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Aula 02 - Fármacos Anticonvulsivantes

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TRANSCRIÇÃO – ANTICONVULSIVANTES
1. Mecanismo da Buspirona – Provinha!!nn
Por definição, a epilepsia caracteriza-se por alterações crônicas, (não é nada aguda) recorrente, (pode passar um período sem essa alteração, mas ela retorna e retorna por várias vezes) auto-limitada (tem início e fim) e paroxística (início e término abruptos) da função neuronal, decorrentes da anormalidade da atividade elétrica.
Eletroencefalograma da cabeça da Monique (:P), os neurônios populacionais estarão disparando sincronizados (tac... tac... tac. ela sadia??? kkk). Um sujeito normal quando ele tiver uma crise, que vai ser de início súbito, tem-se uma atividade elétrica neura exacerbada. Isso é o que caracteriza a epilepsia (alteração crônica, com momentos em que não terá essas alterações, vai está funcionando muito bem, só que apresentará momentos com alterações auto-limitadas, paroxísticas das função neuronal, decorrentes da anormalidade na atividade elétrica).
A crise epiléptica vai se manifestar por alterações, sejam elas, sensoriais, motoras, vegetativas, emocionais ou cognitivas.
O evento mais dramático disso é a convulsão. (Marco atrapalha para saber se tem algum outro sintoma visível, que não seja o desmaio, para saber se alguém teve uma convulsão... Tem sim... Dependendo do tipo como vamos ver é a epilepsia de ausência! É muito comum na infância e às vezes passam despercebido!) (agora é avez do Gustavo, eu acho, de atrapalhar... A pessoa pode estar num mal epiléptico sem convulsionar?? Pode sim... A gente chama de Status Epiléptico! A convulsão, essa manifestação mais violenta, que o indivíduo tem, com abalos motores. Explica o modelo a pilocarpina: administração de um fármaco, a pilocarpina, um agonista muscarínico, e que causa esse status epiléptico. No animal, ele apresenta tremores, abalos recorrentes. Ele não tá tendo a convulsão por epilepsia. Ele só será diagnosticado com epilepsia quando ele passar a ter esse sintomas recorrentes, crônico e de maneira súbita. O sujeito pode ter essa manifestação, a crise convulsiva, uma única vez e não desenvolver a epilepsia, que esse evento mais dramático, onde ele apresentará esses abalos. A epilepsia ele passa a desenvolver quando for recorrente, crônico, de início não esperado, sem sinais. Alguns pacientes ainda conseguem perceber que algo de errado está acontecendo. Alguns pacientes, segundos antes de ter a crise, começam a perceber áurea, alguma alteração sensorial. Daí eles já começam a procurar um local para poder sentar e ficar mais aconchegado, pois se ele tiver em pé, quando da crise, ele pode cair, se machucar. Então a convulsão não significa, necessariamente, a epilepsia. Por exemplo, uma criança numa convulsão por febre, elevação de temperatura, não é necessariamente epilepsia. É um evento que é a manifestação dessa anormalidade. Se isso tornar-se recorrente, com início súbito e tiver essas anormalidades ou locais ou de maneira generalizada, aí sim começa a tratar o paciente como epiléptico.)
Uma das causas da epilepsia pode ser eventos traumáticos, por exemplo, uma pancada na cabeça. Acidente de transito, com pancada na cabeça, o paciente pode vir a desenvolver a epilepsia. 
(Volta para o slide). Então a convulsão, como evento mais dramático, é manifestação associada a atividade hipersincrônica e repetida de um grupamento neuronal do córtex cerebral e de estruturas subcorticais.
Falando mais sobre epilepsia. 1% da população mundial sofre de epilepsia. É o segundo transtorno neurológico mais comum. O primeiro é o AVC. Em geral, a terapia padrão permite o controle adequado das crises de somente uma parte dos pacientes (2/3 deles). Não há 100% de tratamento. 2/3 respondem ao tratamento e os outros 1/3 não respondem. Em especial num tipo de epilepsia, que é a epilepsia do lobo temporal. Esses pacientes são refratários à terapia farmacológica. Nesses casos se busca alternativas ao tratamento farmacológico. Uma das alternativas para esse tipo de epilepsia é a incisão cirúrgica do lobo temporal. Nessa epilepsia se tenta descobrir o foco da origem. No momento em que gera, descarrega as atividades elétricas neuronais, vai e descobre essa região e retira ela, não permitindo mais que a fonte geradora continue produzindo essas atividades. Ao retirar essa parte anormal, o paciente pode ter complicações, mas a retirada é de apenas uma parte da região. Ele pode usar outras áreas para realizar a mesma atividade (neuroplasticidade???).
Em relação aos fatores epileptogênicos, vamos lembrar que existe na epilepsia um equilíbrio entre excitação e inibição. Ex: um sujeito normal apresentação equilíbrio entre a excitação e a inibição, entre os aminoácidos excitatórios (GLUTAMATO) e os aminoácidos inibitórios (GABA). Há um equilíbrio no sujeito normal entre esses aminoácidos excitatórios e inibitórios, entre excitação e inibição. Quando há um desequilíbrio em favor da excitação, que pode ser proveniente do aumento desse neurotransmissor excitatório ou uma diminuição da inibição, quem vai pesar mais é a excitação, daí eu tenho a epilepsia. E existe alguns fatores que vai mudar isso, que aumentam esse peso na balança em favor da excitação. O TCE, AVC, Infecções Virais, Tumores Cerebrais, Estresse Psicológico e Físico, Privação do Sono, Alterações Hormonais, Substâncias Tóxicas e Fármacos (substâncias excitatórias), como a pilocarpina que é excitatória, vão promover um desequilíbrio e fará com que tenha mais excitação neuronal do que a inibição. Todos esses fatores tendem a aproximar a excitação do limiar da convulsão. Tenho fatores predisponentes inibitórios que podem ser divididos em ENDÓGENOS, que vão desde a genética que predispõe o sujeito a ter crises, a história familiar de epilepsia. Estudos epidemiológicos comprovam que existe uma relação entre genes e história de pais e filhos com epilepsia, maturação do SNC e desenvolvimento neurológico anormal.
Em termos da Classificação das Crises Epilépticas, podemos classificá-las em PARCIAIS ou GENERALIZADAS. Como o próprio nome diz parcial, a descarga elétrica anormal acontece numa determinada área, em determinado local. Essas áreas estão localizadas isoladas no córtex cerebral. Então eu posso ter uma crise parcial em determinada área. Ela tem uma origem focal e local, mas ela pode secundariamente generalizar, se espalhar, ou seja, ir de um hemisfério a outro. Mas ela é classificada como parcial.
Numa epilepsia generalizada, como o nome diz, é aquela que atinge todos os hemisférios. Há uma descarga elétrica DIFUSA, e ambos os hemisférios são atingidos de forma SIMETRICA e SIMULTÂNEA. No mesmo instante em que essa descarga atinge um ponto do lobo temporal direito, atinge simultaneamente o ponto correspondente do lobo esquerdo. Se eu for fazer uma atividade elétrica dessa região, teremos um neurônio disparando de uma forma, e se fizermos um registro da atividade do outro lobo teremos o neurônios com o mesmo padrão de potencial de ação. 
Ainda em termos de classificação das crises epilépticas, eu posso ainda ter as CRISES PARCIAIS OU FOCAIS divididas em SIMPLES ou COMPLEXAS. A SIMPLES ocorre sem a perda da consciência, já a COMPLEXA, há perda da consciência. Nas crises parciais (focais), simples e/ou complexas, pode ocorrer generalização secundária, ou seja, sair do local, do foco e atingir ambos os hemisférios.
Nas crises epilépticas GENERALIZADASde maneira simultânea e simétrica, podendo ser dividida em: AUSÊNCIA (lapsos súbitos de ausência da consciência, muito comum em crianças), MIOCLÔNICA (presença de abalos mioclônicos/choques), CLÔNICA (movimentos repetidos de extensão e flexão – flexão das pernas e extensão dos braços), TÔNICA (contração muscular generalizada de membros inferiores e superiores), TÔNICO-CLÔNICA (tônica+clônica) e ATÔNICA (inclinação ou queda rápida da cabeça/corpo – perda do tônus muscular).
REGISTROS ELETROENCEFALOGRÁFICOS.
Aqui (A) temos os dois hemisférios, direito e esquerdo, o registro das regiões frontal, temporal e occipital. Observe que o padrão de disparo desses neurônios (população de neurôniosnessas regiões) é simétrico.
Observe quando o sujeito tem um ataque generalizado (B - grande mal), atinge os dois hemisférios de maneira igual/simétrica e sincrônica. Olhe o que acontece com o registro: eu tenho uma região frontal nos dois hemisférios, começa normal, mas olha o que acontece, começa a ter uma hiperexcitabilidade, simétrica, nos hemisférios direito e esquerdo. Há uma hiperatividade sincrônica, generalizada e simétrica. Acontece a mesma coisa nas outras regiões, temporal e occipital. No paciente com ataque parcial (D), eu tenho somente alterações/excitações em apenas um dos hemisférios. Ela não generalizou. Eu tenho descargas/atividade elétrica anormal num hemisfério, com a excitação prevalecendo sobre a inibição frequentes em determinadas regiões, frontal e temporal. E o pequeno mal (C), que é também um ataque generalizado, um tipo de ausência, eu também ela em ambos os hemisférios, observe novamente a sincronia entre os hemisférios, quando um dispara o outro também.
Isso é o que caracteriza a epilepsia. Um sujeito normal, de uma maneira súbita e recorrente, ele tem um desequilíbrio, uma hiperexcitação local, em um determinado ponto, que pode generalizar ou se for generalizada, que ocorre em ambos os hemisférios de maneira sincrônica e simétrica.
MOSTRANDO OS VÍDEOS DE ATAQUE GENERALIZADO, CRISE DE AUSÊNCIA E A CRISE ATÔNICA.
Na crise generalizada, o indivíduo apresenta a crise do tipo tônico-clônica (flexão e extensão dos membros, repetidamente e contração muscular generalizada). Na crise de ausência, o menino está com atividade normal, mas subitamente ele entre numa crise de ausência (ele para), com atividade elétrica exacerbada e logo em seguida ele volta ao normal. Já na crise atônica, o menino tem a perda do tônus muscular, sem força. Ele tá segurando a mamadeira e de repente ele cai. Logo em seguida, ele acorda assustado.
A farmacoterapia, que veremos, busca justamente isso, fazer com que o equilíbrio entre a excitação e inibição volte ao normal. Se eu tenho uma excitação, que tem a ver com aminoácidos excitatórios, ou eu vou bloquear a ação desses aminoácidos excitatórios ou eu vou potencializar a inibição. Já vimos que a inibição é depressora do SNC.
O neurotransmissor inibitório é o GABA e o excitatório é o GLUTAMATO, que predomina no SNC. Deve haver um equilíbrio entre esses dois neurotransmissores para que se tenha uma atividade normal. Quando esse equilíbrio é quebrado, quando há maior quantidade do excitatório, seja por ter muito mais liberação glutamato ou por ter uma diminuição da liberação do inibitório, GABA, teremos muito mais excitação e é isso que caracteriza o momento das crises. 
O mecanismo de ação dos fármacos anticonvulsivantes visa combater a excitação. Os três principais mecanismos seria:
· A potenciação da transmissão GABAérgica (GABAA), que é inibitória. Então deve-se usar fármacos para potencializar o efeito inibitório. Se eu tenho o equilíbrio em favor da excitação, o que eu posso fazer? Dá maior valência para o inibitório, potenciando a transmissão GABAérgica.
· Posso diminuir a transmissão excitatória. Usar fármacos que vão bloquear os receptores, nos quais aquele aminoácido excitatório que predomina no SN, que é glutamato, possa atuar. Que são os receptores tipo AMPA e NMDA. Deve-se bloquear esses receptores.
· Ou ainda modificar a condutância iônica. Inibir a função do canal de Na+ de Ca2+ regulados por voltagem. Os canais de Na+ apresentam três estágios: ATIVO, REFRATÁRIO E INATIVO. (Lembram como é que funcionava???? Essa informação será útil agora!!! FERROU!!!)
Como mecanismo de ação dos fármacos anticonvulsivantes, eu poderia resumir da seguinte forma: excitar o sistema inibitório, para tentar diminuir a excitação; inibir o sistema excitatório, uma vez que ele está superativado, bloqueando ele fará com que ele volte ao equilíbrio; ou ainda, modificar a condutância iônica, para que aqueles potenciais de ação necessários para ter liberação de neurotransmissor e que chegam a canais iônicos controlados por voltagem, de Na+ e Ca2+, que são ativados, eu poderia modular esses canais para acabar com essa condutância.
POTENCIAÇÃO DA TRANSMISSÃO GABAÉRGICA.
Lembrando: O GLUTAMATO é, através de uma reação enzimática, convertido em GABA. Esse GABA é armazenado em vesículas e liberado com outros neurotransmissores. São liberados pelo processo de exocitose. Uma vez liberados, esse neurotransmissor pode atuar nesses receptores pós-sinápticos (RECEPTOR GABA). Bem como ser captado pelo mesmo neurônio que o liberou. Essa captação pode levar o GABA para o interior da vesícula ou ser degradado por uma enzima importante, a GABA transaminase, formado o metabólito semialdeído succínico. 
A questão da síntese e liberação não é diferente dos outros neurotransmissores. Temos o precursor, que é o GLUTAMATO, através de uma reação enzimática forma-se o GABA, que é armazenado em vesículas e com a chegada de um potencial de ação, há exocitose. Ocorre então a ativação dos receptores pós-sinápticos no qual o GABA atua, o receptor GABAérgico. Ele quando ativa abre canais de Cl-, entrando cloro e hiperpolarizando a célula, o que dificulta a excitação da célula, fazendo com que diminua a excitação anormal.
Conhecendo isso, onde eu poderia atuar para potencializar a ação do GABA?? Inibindo a ação da enzima que degrada o GABA (GABA transaminase), bloquear a receptação do GABA e aumentar a afinidade dos receptores pós-sinápticos pelo GABA.
O que é que os benzodiazepínicos fazem? Liga-se a sítios de ligação presentes nos receptores GABA, aumentando a afinidade desses receptores pelo GABA e aumentando, com isso, a frequência de abertura dos canais de Cl-, permitindo a entrada de cloro na célula e hiperpolarizando ela. Isso dificulta a excitabilidade celular.
Exemplos de fármacos que potencializa a ação do GABA:
	Estimula a liberação do GABA
	Inibe o transportador do GABA
	Inibi a enzima GABA transaminase
	Aumenta a afinidade dos receptores GABA
	Gabapentina
	Tiagabina
	Ácido Valproico
Vigabatrina
	Benzodiazepínicos
Topiramato
Barbitúricos
Ácido Valproico
Outro mecanismo de ação dos fármacos anticonvulsivantes é o bloqueia da transmissão excitatória, através da Diminuição da Transmissão Excitatória e da Modificação da Condutância Iônica.
A diminuição da transmissão excitatória é via GLUTAMATO. O bloqueio, por fármacos, de receptores de glutamato, presentes nas células pós-sinápticas, diminuem a ação glutamatérgica. O glutamato é armazenado, também em vesículas e liberados pela exocitose, atuam nos receptores de glutamato, provocando aumento da atividade glutamatérgica. Nas crises convulsivas, o neurônio glutamatérgico está disparando muito e liberando muito glutamato, que agem nos seus receptores pós-sinápticos. Uma maneira de inibir essa excitação é bloqueando os receptores para o glutamato. Quem pode fazer isso?O Topiramato e o Felbamato. Podem atuar nos receptores de glutamato, fazendo com que essa excitação seja bloqueada.
Para ter a liberação desse glutamato, deve chegar um potencial de ação (PA) ao terminal sináptico. Esse PA se propaga na célula através da abertura de canais de Na+ voltagem-dependente. Esse canais apresentam três estágios: REPOUSO, ATIVO e INATIVO. Os canais de Na+ estarão no estado Inativo com maior frequência nas células glutamatérgicas, que estão envolvidas com a epilepsia. De certa forma, consegue-se uma seletividade com fármacos anticonvulsivantes que atuam nos canais de Na+ Inativos e, portanto, mais frequentes nas células que estão hiperexcitadas. Nas células “normais” o estado dos canais de Na+, repouso, ativo e inativo é bem menor sua frequência. Quando eu dou um fármaco, que é um bloqueador do canal de Na+ voltagem-dependente e que tenha uma maior afinidade pelo estado inativo, ele se ligará nas células que estão disparando muito, pois estas terão mais canais de Na+ no estado inativo.Exemplos de Fármacos que diminuem essa transmissão excitatória e que atuam de maneira seletiva nos canais de Na+ voltagem-dependente, com maior afinidade pelo estadoinativo desses canais:Fenitoína, Carbamazepina, Ácido Valproico, Felbamato, Topiramato, Lomatrigina e Oxcarbazepina.
Numa célula que dispara esporadicamente para realizar suas funções isso não tem muita influência. Agora aquela célula que está envolvida e que responsável pelos disparos hipersincrônicos, extremamente elevados, durante a epilepsia, os canais de Na ficam no estado repouso, ativo e inativo com muita mais frequência, e os fármacos são usados para manter o estado inativo dos canais Na+ e não ocorrer PA para que canais de Ca2+ se abram e promovam a exocitose de glutamato na fenda.
Uma outra forma para se inibir a exocitose de glutamato é inibir os canais de Ca2+ voltagem-dependente, modificando, com isso, a condutância iônica. Exemplos de fármacos que inibem esses canais: Ácido Valproico, Felbamato e Etosuximida.
Como é que eu vou interferir agora? Eu tenho que saber que na excitação pode ser um aumento da atividade glutamatergica , quando o glutamato é liberado nos receptores pos sinápticos, aumenta sódio, sódio despolariza a célula. Ou uma diminuição do inibitório, um problema no qual o GABA não ta funcionando normalmente. O que leva a essa desregulação? Pode ser fatores genéticos. Quando tiver muito excitatorio, pode bloquear o excitatorio, se tiver pouco inibitório, pode aumentar o inibitório. Pode manipular a atuação do Gaba, facilitar sua exocitose, bloquear sua recaptação, ativar diretamente seus recpetores, e no caso do glutamato posso bloquear diretamente seus receptores, posso bloquear os recepetores de cálcio que promovem exocitose para liberar o glutamato e posso bloquear os canais de sódio voltagem dependente que fazem com que o pa chegue e abra canais de cálcio. E esses são interessantes porque são uso-dependentes, só vão atuar nos neurônios que estão em disparando muito, pq a probabilidade de encontrar um canal no estado 	INATIVOS? (É ISSO MESMO, NÉ?) é muito maior, e esses farmacos têm mais afinidades por esses canais. Deixa no estado inativo porque impede que volte pro repouso, no estado de repouso não pode ser ativado, ai não vai permitir o pa. Por isso que mantem no estado inativo, mas o importante é saber que há uma maior seletividade pelo canal inativo, selecionar os neurônios que estão mais ativos. Farmacos anticonvulsivantes podem atuar na via exicitatoria e na via inibitória. Começar com os fármacos.
Alguns fármacos. Começar com a fenitoína, muito utilizada, a mais antiga droga anticonvulsivante não sedativa, eficaz em contra crises parciais e Tonico-clonicas generalizadas, embora não contra ataques de ausência, com dois anéis com dois grupamentos amina. (BOM ANOTAR, BOM ANOTAR). Bem absorvida por VO, 80 a 90 por cento ligada à albumina, aumentando a concentração da fenitoina, potencializa o efeito. Também pode reduzir o efeito em algumas circunstancias, pois teria mais fármaco livre na circulação que seria mais metabolizado, aí não tem tanto fármaco ativo. Vai depender de paciente pra paciente. Sofre metabolismo hepático, indução enzimática, aumento do metabolismo de outros fármacos, em especiais os anticoncepcionais orais. Como efeito indesejado, pela concentração plasmática maior, pode aparecer na dose terapêutica, vertigem, ataxia, cefaléia, maior, pode ter confusão mental, hiperplasia gengival, anemia megaloblástica, teratogenesese, reações cutâneas. O mecanismo de ação altera a condutância dos íons sódio, em especial bloqueia os canais de sódio controlados por voltagem , em especial o canal em estado inativo, também bloqueia canais de potássio e cálcio. Altera a conccentração de aminoaciados (GABA) e diminui o excitatorio (GABA). 
Carbamazepina: estrutura química, parecida com os antidepressivos tricíclicos. Estimulação do trigêmeo para causar depressão, também como terapia anticonvulsivante. Implantam eletrodos para estimulação. Só pra curiosidade. Anticonvulsivante mais utlizados, pode ser utilizado no maníaco depressiva. Liga-se a 75 por centro pelaas proteínas plasmáticas, metabolizado pelo fígado, tempo de meia vida de 20 a 40 horas. Uma preparação de liberação lenta é usada por pacientes que experimentam efeitos colaterais relacionados À dose. Pode ter efeitos que podem durar, aí manipula uma formula farmacêutica de liberação lenta. Potente indutor de enzimas microssomais hepáticas, acelera o metabolismo de outras substancias, pode alterar o efeito de anticoncepcional oral. Efeitos indesejados :sonolências, distubios motores e mentais, distúrbios no tgi, reações de hipersensibilidade. Mecanismo de ação: canais de sódio, potássio e cálcio, potencialização do GABA e inibição do glutamato, alem da liberação de outros neuro, acetil e noradrenalina.
Ácido Valproico, vários mecanismos de ação, tanto atuar no excitatorio como no inibitório. Quimicamente, não parece com os outros anticonvulsivantes, em especial na epilepsia infantil, toxicidade menor e não tem efeito sedativo, estabilização do humor. Farmacocinetica; metabolização hepática, pctes com hepatopatia, tomar cuidado. Eeitos indesejados: cabelo crespo e ralo, hepatoxicidade, anorexia, vomito, sonolência.
Etossuximida: Eficaz nas crises de ausência. Possui pouco ou nenhum efeito nos outros tipos de epilepsia. Substituiu a trimetadiona, que é o primeiro fármaco utilizado para a crise de ausência, mas com efeitos indesejáveis intoleráveis. Por isso foi substituído pela etossuximida pelos seus efeitos serem mais toleráveis. Farmacocinética: sua absorção é lenta, porém completa. Não se liga as proteínas plasmáticas, metabolismo hepático (maior parte), tempo de meia vida é de 48h no adulto e 32h na criança, podendo variar. Possui uma lista de efeitos indesejáveis: intolerância gastrointestinal, cansaço, cefaleia, alteração do humor, agitação, sonolência e incapacidade de concentração. 
Fenobarbital: Da classe dos barbitúricos, utilizados principalmente para ansiedade, que são obsoletos, então você vai usar os benzodiazepínicos, antidepressivos ou a buspirona. Você pode utilizar ele (fenobarbital) como anticonvulsivantes que tem seu mecanismo de ação via receptor GABA-a, hiperpolarizando a célula, tendo uma importante ação anticonvulsivante e alguns utilizados como anestésicos. Para esses dois últimos ele é utilizados, mas para ansiolítico ele é obsoleto, ultrapassado. Assim como o álcool, foi utilizado a milênios como ansiolítico. 
Esse foi introduzido em 1912 como antiepilético. Em termos de eficácia clínica associa-se muito aos efeitos da fenitoína. Em termos de farmacocinética: tem uma absorção oral lenta, 50% é ligado à albumina. Esses 50% é arriscado, pois no deslocamento para o equilíbrio plasmático para forma livre, a concentração pode ser tóxica desse barbitúrico. É um potente indutor de enzimas hepáticas, logo vai acelerar a metabolização de outros fármacos. Geralmente, deve-se ter cuidado com os contraceptivos de via oral. Como efeitos indesejáveis dentro da faixa terapêutica: sedação, anemia megaloblástica e reações brandas de hipersensibilidade. Em doses excessivas, assim como a gente viu nos barbitúricos, doses a cima do normal possui uma dose-resposta progressiva diferente dos benzodiazepínicos, podendo causar coma, falência respiratória e circulatória. E ainda mais potencializado pelo álcool , pode levar a morte. O mecanismo de ação do Fenobarbital é aumentar essa transmissão inibitória atuando na via dos receptores gabaérgicos como modulador do GABAa, mas também tem a ação sobre outros canais, mudando a condutância iônica. Dois mecanismos propostos para a ação do fenobarbital. Bloqueia os canais de sódio e cálcio também. 
Os Benzodiazepínicos tem uma atividade anticonvulsivante, então eu posso tratar com o Diazepam situações de ataque epilético recorrente sem interrupção. Fámaco de escolha para emergência de convulsão, administrado por via endovenosa. Não é utilizado na terapia de longo prazo, uma vez que a dose que eu preciso para ter o efeito anticonvulsivante é maior que o efeito ansiolítico. E quando eu aumento a dose, aumento a probabilidade do efeito sedativo. Além da tolerância,necessitando cada vez mais aumentar a dose. Temos mais dois exemplos, o Clonazepam utilizado para PRIMARIAMENTE para as crises de ausência e o Clobazam. 
Como fármacos mais novos:
Vigabatrina: é análoga ao GABA (neurotransmissor) e é utilizado como medicação adjuvante. Em termos de farmacocinética é importante lembrar que é bem absorvido pela via oral, excretado na urina na forma inalterada e tempo de meia vida entre 5 e 8h. 
Obs: ele não age diretamente nos receptores GABAérgicos, ele age inibindo a enzima GABAtransaminase que vai inibir a degradação do GABA. De certa forma ele aumenta o conteúdo do gaba, seu armazenamento e liberação. Esse fármaco por ter uma estrutura química parecida com o GABA, “engana” a enzima GATA-T que o degrada em vez do GABA. Os efeitos indesejáveis: sonolência, cefaleia, alterações do comportamento, depressão e psicose. 
Lamotrigina: outro fármaco anticonvulsivante com o mesmo perfil de ação da Fenitoína e Carbamazepina. Tem eficácia significativa no tratamento de crise de ausência. Os efeitos indesejáveis são: náusea, tonteira, ataxia e reações de hipersensibilidade (erupções cutâneas).
Felbamato: fármaco anticonvulsivante. É análago ao Meprobamato ( ansiolítico obsoleto, antigo). Mecanismo de ação desconhecido, sabe-se somente do seu efeito anticonvulsivante, mas não como funciona. Amplo perfil terapêutico pois pode usar para vários tipos de crise.
Gabapentina: é análago ao GABA. Não se liga aos receptores GABAérgicos. E O mecanismo de ação também é desconhecido. A absorção intestinal é saturada, dependendo do carreador, logo é seguro em doses excessivas. É relativamente livre de efeitos indesejáveis e utilizados como analgésicos na dor neuropática. 
Tiagabina: é semelhante ao GABA. Seu mecanismo de ação é conhecido, sendo inibidor da receptação do GABA. Efeitos indesejáveis : sonolência e confusão.
 	Topiramato: seu espectro terapêutico lembra muito a fenitoína. O mecanismo de ação é o Bloqueio dos canais de sódio; Potencialização da ação do GABA; Bloqueio dos receptores de glutamato do tipo AMPA e Inibidor fraco da anidrase carbônica. O que tem a anidrase carbônica? Em termos de epilepsia não tem nada claro e evidente, mas é um mecanismo de ação desse fármaco. Os três primeiros está bem relacionada a epilepsia. Efeitos indesejáveis : Comprometimento da atenção, sedação, ataxia, dificuldade de encontrar as palavras, perda de peso, cálculos renais e risco de teratogênese.

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