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Aula 6 - Tumores de testículo e pênis

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TUMORES TESTICULARES
TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS
· 95% surgem das células germinativas;
· Tumores de células germinativas geralmente são agressivos e disseminação rápida;
· Aumento global na incidência;
· Brancos:negros (5:1);
· Células germinativas multipotenciais;
· 2 categorias: único padrão histológico (40%), mais de um padrão histológico (60%);
· Seminoma
· Seminoma espermático
· Carcinoma embrionário
· Tumor do saco vitelino (seio endodérmico)
· Coriocarcinoma
· Teratoma
· Origem de neoplasia de cél germinativas intratubulares;
· Raramente nas crianças (apenas os teratomas e tumores do saco vitelino);
· Encontrado: criptorquidia, tumores de cél. germinativas anteriores, forte história familiar de tumor de cél germinativas, síndrome de insensibilidade a androgênio e disgenesia testicular;
· Não tratado vai invadir em 5 anos em 50%;
· Tratamento com radioterapia de baixas doses (destrói cél germinativa e não destrói cél. de Leydig); 
SEMINOMA
· + comum dos tumores de cél. Germinativas (50%).
· Maioria produz células Uniformes.
· Quase nunca ocorre em crianças.
· Pico na 4a. Década de vida.
· No ovário é o disgerminoma.
· Macro: produzem grandes massas (10X) são homogêneos, branco-acinzentados, lobulados, geralmente sem necrose e hemorragia.
· Geralmente a túnica albugínea é livre e ocasionalmente há extensão para epidídimo, cordão espermático ou saco escrotal.
· Micro: cél. Uniformes, divididas em lóbulos demarcados por septos fibrosos contendo linfócitos T.
· Célula grande e redonda, membrana celular distinta, citoplasma claro ou aquoso, grande núcleo central com 1 ou 2 nucléolos. Número variado de mitose.
· Geralmente cél. 
(+) para fosfatase alcalina
(-) α fetoproteina 
(-) gonadotrofina coriônica humana
SEMINOMA ESPERMÁTICO
· Incomum.
· 1 a 2 % dos tu de cél. Germinativas.
· > acima de 65 anos.
· Crescimento lento.
· Raramente faz metástase.
· Macro: > que o seminoma, ao corte é acinzentado e macio e as vezes com cistos mucoides.
· Micro: 3 tipos de cél.: cél. de tamanho médio, cél. menores e cél. Gigantes.
CARCINOMA EMBRIONÁRIO
· Ocorre + entre 20 e 30 anos.
· Mais agressivos que os seminomas.
· Macro: < que o seminoma, ao corte é uma massa variegada, fracamente demarcada das margens, com pontos de necrose e hemorragia.
· Comumente invade a túnica albugínea, epidídimo e cordão espermático.
· Micro: cél. Crescem em padrão alveolar ou tubular as vezes com papilas, anaplásicas e grandes, núcleos hipercromáticos e nucléolo proeminente, sem demarca bem o citoplasma.
· Cél. (+) para a AFP e HCG.
TUMOR DO SACO VITELINO
· Carcinoma embrionário infantil ou tumor do seio endodérmico.
· + comum em crianças até 3 anos e tem bom prognóstico.
· É raro a forma pura em adultos.
· Macro: tumor não-encapsulado, ao corte é homogêneo, branco-amarelado e mucinoso.
· Micro: rede em forma de renda(reticular) de cél. cubóides ou alongadas, estruturas papilares ou cordões sólidos.
· 50% observam-se estruturas semelhantes a seios endodérmicos(corpos de Schiller-Duval).
· Cél. (+) para a AFP e HCG.
CORIOCARCINOMA
· Altamente maligno.
· Composto por células do citotrofoblástico e sinciciotrofoblásto.
· Raramente forma pura.
· Tumores pequenos (< que 5 cm), não aumentam o volume testicular.
· Faz metástase rapidamente.
· (+) HCG.
TERATOMA
· Ocorre da infância a vida adulta.
· Macro: tumores grandes (5 a 10 cm), heterogêneo, áreas sólidas,císticas, cartilaginosas e outras.
· Micro: cél. Diferenciadas e estruturas organóides (músculo,tecido neural, cartilagem, osso, epitélios, glândulas, etc). Podem ser maturos ou imaturos.
TUMORES NÃO-GERMINATIVOS DERIVADOS DO ESTROMA OU CORDÃO SEXUAL
· Tumores não-germinativos derivados do estroma ou cordão sexual geralmente benignos, alguns elaboram corticóides e hormônios sexuais;
· Tumor da cél. de Leydig (Estroma)
· Tumor da cél de Sertoli (Cordão sexual)
TUMOR DA CÉULA DE LEYDIG
· Podem elaborar androgênios e estrogênios e também corticoides.
· Qual quer idade (+ dos 20 aos 60 anos).
· Nódulos circunscritos, menores que 5 cm de cor marrom-dourada.
· cél. De leydig são grandes redondas e citoplasma granular eosinofílico.
· Maioria benigno, 10% nos adultos são invasivos com metástase.
TUMOR DA CÉLULA DE SERTOLI
· Podem elaborar androgênios e estrogênios em pequena quantidade.
· Pequeno nódulo firme, branco-acinzentado.
· Cél. De Sertoli arranjadas em trabéculas formando estruturas semelhantes a cordões. 
· Maioria benigno, 10% são malignos com metástase.
AUTO-EXAME DOS TESTÍCULOS
   
 O auto-exame é a forma eficaz de detectar o câncer do testículo em estágio inicial, o que aumenta as chances de cura.
Quando fazer?
O auto-exame dos testículos deve ser realizado mensalmente, sempre após um banho quente.
O calor relaxa o escroto e facilita a observação de anormalidades.
O que procurar?
• Qualquer alteração do tamanho dos testículos.
• Sensação de peso no escroto.
• Dor imprecisa em abdômen inferior ou na virilha.
• Derrame escrotal, caracterizado por líquido no escroto.
• Dor ou desconforto no testículo ou escroto.
Como fazer?
1) De pé, em frente ao espelho, verifique a existência de alterações em alto relevo na pele do escroto.
2) Examine cada testículo com as duas mãos. Posicione o testículo entre os dedos indicador, médio e o polegar. Remova o testículo entre os dedos; você não deve sentir dor ao realizar o exame. Não se assuste se um dos testículos parecer ligeiramente maior que o outro, isto é normal.
3) Ache o epidídimo - pequeno canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma. Se você se familiarizar com esta estrutura, não confundirá o epidídimo com uma massa suspeita. Os tumores malignos são frequentemente localizados lateralmente aos testículos, mas também podem ser encontrados na porção ventral.
TUMORES DO PÊNIS
CONDILOMA ACUMINADO
· Benigno.
· Causado pelo HPV (tipos 6 e 11).
· Antígenos e genomas (IHQ e Hibridização IN SITU).
· Ocorrem na genitália externa e área perineal.
· Verrugas únicas ou múltiplas.
· Sulco coronal e superfície interna do prepúcio (+ frequêntes).
CARCINOMA “IN SITU” (DOENÇA DE BOWEN)
· Cél. malignas intraepiteliais.
· Pré-malignas.
· Associada ao HPV em 80% dos casos (tipo 16).
· Doença de Bowen (Eritroplasia de Queyrat) e Papulose Bowenóide.
CARCINOMA EPIDERMOIDE INVASIVO
· Associado ao HPV em 50% dos casos (tipo 16 e 18).
· Raro em pacientes com circuncisão.
· Geralmente entre 40 e 70 anos.
· Geralmente começa na glande ou parte interna do prepúcio.
· Plano ou papilar (ulcerado ou vegetante e verrucoso).
· Ninhos de células epiteliais malignas infiltrando o córion.
· Metástase para linfonodos ilíacos e inguinais.
· Disseminação generalizada é rara.
INCIDÊNCIA DE ACORDO COM A SOC. BRAS. DE UROL.
· Europa ocidental, Canadá e EUA - 0,4% a 0,6%
· Paraguai, África e Índia - 20%
· Brasil – 1000 pênis/ano. N-NE – 16%. Sul e Sudeste – 05 vezes menor.
· Alagoas – 01 amputação a cada 13,5 dias. (SBU - 2007)
ETIOLOGIA
· Higiene precária.
· Fimose e Prepúcio exuberante.
· H.P.V. ( 16 e 18 ).
· Doença de Bowen.
· Eritroplasia de Queirat.
· Balanite xerótica obliterante.
· Descendentes de judeus – 0%
* Postectomia em neonatos!!!
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
· Ocorrem predominantemente - 5ª/6ª décadas
· Verruga ou ferida
· Invasão da glande e corpos cavernosos
· Invasão de linfonodos inguinais
· Invasão de linfonodos pélvicos
CÂNCER DE PÊNIS X HPV
· Estreita relação entre as duas patologias.
· 75% dos homens em idade reprodutiva apresenta HPV genital.
· O HPV está associado em 60 a 80% dos casos de câncer de pênis.
· Homens com câncer de pênis associado ao HPV apresentam grande índice de parceiras com câncer de colo uterino também associado ao HPV.
HISTOPATOLOGIA
· Carcinomas epidermóides ou. Espinocelular 90% a 95%.
· Ocorrem em:
48% na glande
25% no prepúcio
9% na glande e prepúcio
6% sulco balano-prepucial
ESTADIAMENTO - TNM
Tis - Carcinoma in situ
Ta - Carcinoma não infiltrativo
T1 - Invade tecido conectivo subepitelial
T2 - Invade corpo cavernoso ou esponjoso
T3 - Invade uretra ou próstata
T4 - Invadeoutras estruturas adjacentes 
TRATAMENTO
· Amputação do pênis / Linfadenectomia
· Radioterapia
· Quimioterapia sistêmica

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