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Hormônios são mensageiros químicos que atuam coordenando estritamente a resposta do sistema nervoso. Ex: o estímulo que a vaca recebe (quando avista o bezerro, ou quando ouve o barulho da ordenha) é captado pelo sistema nervoso periférico, levado ao sistema nervoso central e determina que o leite seja ejetado (a produção e a liberação da ocitocina, hormônio responsável pela ejeção). Autócrino: ação de um hormônio na mesma célula que o produz. Ex: a célula A produziu um hormônio X e esse hormônio vai atuar sobre a célula A. Parócrino: ação de um hormônio sobre células vizinhas, não é necessário cair na corrente sanguínea e ser transportado para uma célula distante para atuar. Ex: o hormônio é produzido em uma célula A e atinge/atua nas células vizinhas. Endócrino: o hormônio é produzido em uma determinada células, despejado na corrente sanguínea e levado até a célula de destino. Glândulas Os hormônios são produzidos em glândulas que podem ser completamente endócrinas ou que tem função endócrina (que produz hormônios) ou exócrina (o pâncreas, por exemplo, que tem uma porção que produz hormônios e outra que produz enzimas, que participam na digestão). Hormônios proteicos e lipídicos O proteico é uma molécula hidrofílica que não necessita se ligar em outra para ser transportada no sangue, mas para passar pela membrana tem que ser reconhecido por um receptor. Já os esteroides são moléculas lipofílicas, necessitando de um transportador para circularem na corrente sanguínea, mas quando chegam na membrana, não precisam de transportador. Fisiologia do Sistema Endócrino Eixo Hipotálamo-Hipófise A hipófise é divida em lobo posterior (ou neuroipófise), lobo anterior (ou adenoipófise) e a porção intermediária. Neuroipófise: O hipotálamo se comunica com a neuroipófise através de um neurônio que tem o corpo celular ainda no hipotálamo e o axônio e terminação nervosa na hipófise. A partir dessa comunicação são produzidos a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina). A função da ocitocina é a contração das células mioepiteliais para ejeção do leite. A função do ADH é inibir a diurese (perda de água). Isso corre quando o volume de líquido circulante diminui, então é necessário reter líquido para coordenar a pressão sanguínea. Adenoipófise: O hipotálamo se comunica com a adenoipófise lançando um hormônio específico na corrente sanguínea, chegando na hipófise e estimulando a produção de outro hormônio. Ex: o hipotálamo produziu CRH, que é liberado na corrente sanguínea em uma região chamada eminência média e nessa região há um aglomerado de vasos sanguíneos denominado de sistema porta hipotalâmico hipofisário. Esse hormônio é levado e lançado na adenoipófise, e a função dele é estimular a produção do ACTH. Hormônios hipotalâmicos de liberação Eixo Hipotálamo - Hipófise Eixo Hipotálamo – GH O hormônio que atua diretamente no crescimento é o IGF-1 (fator de crescimento semelhante a insulina 1) e não simplesmente o hormônio do crescimento. O hormônio liberador do hormônio do crescimento é produzido no hipotálamo, chega na adenoipófise que produz o hormônio do crescimento, que é lançado na corrente sanguínea atuando em diversos tecidos, mas principalmente no fígado onde é produzido o IGF-1 em resposta ao hormônio do crescimento. No fígado o hormônio do crescimento é reconhecido por um receptor, e na membrana a ligação entre eles estimula o hepatócito a produzir o IGF-1 que atua determinando crescimento ósseo e muscular, direcionando a captação de aminoácido pelo músculo. Rota: GHRH e GHIH – GH – GHR – IGF-1 – Crescimento. Tireoide O hipotálamo produz o hormônio liberador de tirotropina (TRH) esse hormônio chega até a adenoipófise e estimula a produção de hormônio tireoestimulante (TSH). A função do TSH é agir sobre as tireoides. A função hormonal principal de tireoide é produzir T3 (tri iodo tironina) e T4 (tetra iodo tironina). A função do T3 e T4 é agir no metabolismo basal promovendo a produção de calor, quando há estresse por frio, aumentando o catabolismo, aumentando a beta oxidação nas mitocôndrias. O iodo que veio da alimentação, passou pela célula do folículo e foi encaminhada para o coloide. A ligação desse iodo com uma proteína chamada tireoglobulina formam MIT (um iodo associado), DIT (dois iodos associados), RT3, T3 e T4. T3 e T4 são proteicos, mas possuem atividade lipídica, por isso necessitam estar ligados a uma proteína para circular no sangue. Efeitos do T3 e T4 A meia-vida (duração) do T3 é de cerca de 48h, já o T4 é de cerca de 6-7 dias. Porém, o hormônio que tem efetivamente atividade biológica é o T3. Quando o T4 chega à célula, transportado pela TBG (globulina transportadora de tirosina) é convertido em T3. A enzima chamada 5- deiodinase é quem converte T4 em T3. Calorigênico; Crescimento em conjunto com o GH; De maneira geral, são catabólicos; Potencializa o efeito do SN simpático; Aumenta frequência cardíaca e a força da contração. Adrenais Os hormônios produzidos nas adrenais são responsáveis por combates situações de estresse, promovendo as alterações metabólicas e as adaptações cardiovasculares. A adrenal possui a região do córtex (mais periférica, que se divide em zona reticulada, intermediária e glomerular), e no centro tem a medula, que produz adrenalina e noradrenalina. A zona reticular e fasciculada são responsáveis por produzir glicocorticoides (cortisol), e a zona glomerular é responsável por produzir aldosterona. A aldosterona é o único hormônio que não está relacionado em combater o estresse, ela controla pressão sanguínea e equilíbrio eletrolítico. A primeira área da adrenal ativada pelo SNC é a medula, produção de adrenalina e noradrenalina. A noradrenalina é produzida primeiro, aumentando pressão arterial, ventilação, débito cardíaco, sudorese e redirecionando o sangue para os músculos esqueléticos. Depois acontece a conversão de noradrenalina em adrenalina, reforçando atividade simpática descrita na projeção anterior, mobilizando carboidratos dos depósitos (glicogenólise) e sintetiza glicose a partir de lipídeos (gliconeogênese). Se a situação de estresse permanece após 30min ocorre a elevação do cortisol (CRH -> ACTH -> Cortisol), com efeitos do tipo: Glicogenólise; Gliconeogênese; Liberação de AA dos músculos esqueléticos, para reparar tecidos; Vasoconstrição esplâncnica (sistema digestório); Anti-inflamatório; Imunossupressor. Pâncreas O pâncreas tem uma porção que produz hormônios e outra que produz enzimas que participam na digestão. Os principais hormônios envolvidos no controle da glicemia é o glucagon (produzido nas células alfa) e a insulina (produzida nas células beta). Glicemia está relacionado a taxa de glicose no sangue. Hiperglicemia é a elevação da taxa de concentração de glicose. Hipoglicemia é a baixa taxa de concentração de glicose. Após a digestão, há uma alta taxa de glicose no sangue, que estimula as células beta lá nas ilhotas de Langerhans a produzir insulina, mas a alta taxa de glicose também inibe a célula alfa que produz glucagon. A função da insulina é promover a captação de glicose do sangue direcionando para dentro das células. É usada como fonte de ATP, e a glicose que não foi utilizada é armazenada como fonte de glicogênio, ou produção de lipídeos, carboidratos... Quando a glicose entre nas células, abaixa a concentração no sangue e estimula a células alfa produzir glucagon, que quebra o glicogênio e libera glicose no sangue. ParatireoideSão glândulas que se sobrepõem a tireoide, que produzem um hormônio que é relacionado ao metabolismo do cálcio. Nos ossos há duas células com a função de manter a concentração circulante de cálcio. Osteoclastos atuam na reabsorção, ou seja, tira do osso e manda para o sangue. Osteoblastos atuam na deposição, ou seja, tira do sangue e manda para os ossos. O PTH (produzido na paratireoide) e Calcitriol (produzidos a partir da vitamina D3) atuam sobre os osteoclastos, retirando cálcio dos ossos e elevando a concentração circulante de cálcio. A calcitonina está relacionada com a deposição de cálcio nos ossos, através da ação dos osteoblastos. Passo a passo: Para reestabelecer o cálcio no sangue, o PTH é produzido e vai até os ossos e estimula a produção de osteoclastos, e baixa o pH dos ossos, facilitando a retirada de cálcio. O PTH também estimula a reabsorção de cálcio nos rins e estimula também a absorção de cálcio no intestino, porém essa última ação é mediana pelo Calcitriol, que além de potencializar as ações dos osteoclastos, aumenta a absorção de cálcio no intestino. Tendo concentração de cálcio no sangue, a calcitonina é produzida na célula C da tireoide e impede todas ações (retirada de cálcio do osso, a reabsorção nos túbulos renais e atua sob os osteoblastos) abaixando a concentração de cálcio no sangue.
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