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Historial de Ergonomia

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Historial de Ergonomia
Na ideia de DE OLIVEIRA (2015), Historicamente o projecto do posto de trabalho surgiu antes da Ergonomia, ou seja, surgiu com o trabalho, e este, como sabemos, é tão antigo quanto a humanidade. A Ergonomia como ciência teve suas origens em estudos e pesquisas na área da Fisiologia do Trabalho, mais especificamente na fadiga e no consumo energético provocado pelo trabalho. Estes estudos tiveram como objectivo diagnosticar os problemas que causavam a fadiga no trabalho e, consequentemente, procurar soluções que pudessem eliminar e/ou minimizar a fadiga no trabalho.
Na Inglaterra, durante a I Guerra Mundial (1914 a 1917), fisiologistas e psicólogos foram chamados para colaborar no sector industrial, como recurso para aumentar a produção de armamentos com a criação da Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, em 1915. Com o fim da guerra, esta comissão foi transformada no Instituto de Pesquisada Fadiga Industrial, que, por sua vez, realizou diversas pesquisas sobre o problema da fadiga na indústria. Em 1929, com a reformulação do Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial, que se passou a chamar Instituto de Pesquisa Sobre Saúde no Trabalho, o campo de actuação e abrangência das pesquisas em Ergonomia foi ampliado. Nele foram realizadas pesquisas sobre posturas no trabalho e suas consequências, carga manual e esforço físico, selecção e treinamento de trabalhadores, bem como, foram analisadas as consequências das condições ambientais (iluminação, ventilação) na saúde e no desempenho do indivíduo no trabalho, delineando deste então a necessidade de agregação de conhecimentos interdisciplinares ao estudo do trabalho. Na II Guerra Mundial (1939 a 1945), com a utilização de equipamentos e instrumentos bélicos (relativo à guerra), de concepção complexa e de alta tecnologia, exigia dos operadores habilidades acima de suas capacidades e em condições ambientais desfavoráveis e tensas no campo de batalha. Em função do elevado número de problemas encontrados decorrentes da inadequação ergonómica nos projectos de designe dos equipamentos, instrumentos, painéis e consoles de operação, os esforços foram redobrados para adequar estes produtos às necessidades operacionais, a capacidade e limitações dos usuários (pilotos, controladores e operadores), objectivando a melhoria no desempenho, redução da fadiga e dos acidentes.
1ª. A adaptação do homem à máquina - os estudos se concentra sobre a máquina, procurando formar e seleccionar os operadores de acordo com as exigências da máquina;
2ª. O erro humano - que pode levar aos acidentes e a custos económicos. Surge a consciência de que os estudos devem se concentrar no homem, a fim de respeitar e conhecer seus limites;
3ª. O sistema homem-máquina - as investigações se reconduzem aos sistemas determinados pelo homem e pela máquina, buscando a mútua adaptação e operacionalidade.
Desta forma, se não houver a adaptação ergonómica do posto de trabalho os problemas ergonómicos continuarão a existir. Estes problemas podem ser minimizados com acções paliativas (ginástica laborativa, pausas durante a jornada de trabalho, redução da jornada de trabalho, rotatividade de tarefas), mas, jamais eliminados em sua totalidade, pois com estas acções, não se combate a causa, e sim o efeito. 
I Definição de Ergonomia
Segundo VIDAL (1976), “ a primeira definição de Ergonomia foi feita em 1857 na égide do movimento industrialista europeu. Esta definição foi feita por um cientista polonês, Wojciech Jarstembowsky numa perspectiva típica da época, de se entender a Ergonomia como uma ciência natural em um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia, ou ciência do trabalho, baseada nas leis objectivas da ciência sobre a natureza”. Esta primeira definição estabeleciaque: A ergonomia como uma ciência do trabalho requer que entendamos a actividade humana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação.”
Correntes da Ergonomia
Segundo Silva apud Montmollin (2008) existem “duas ergonomias relacionadas com as duasgrandes correntes complementares que caracterizam, actualmente, a ergonomia” e que devemser encaradas como complementares e não como contraditórias são:
· Ergonomia centrada no factor humano.
· Ergonomia centrada na actividade humana.
Ergonomia Centrada no Factor Humano, é considerada a ergonomia clássica e o principal objectivo é estudar as características do ser humano e adaptar as máquinas a estas mesmas características. Entenda-se por máquinas todas as ferramentas, equipamentos, mobiliário que interage com o ser humano e que o ajuda a realizar as suas tarefas, o desenvolvimento de uma cadeira, de uma chave de fendas, de um ecrã, de um posto de trabalho, de acordo com esta ergonomia será feito tendo em conta as características do ser humano e suas limitações (SILVA apud Montmollin, 2008).
Ergonomia Centrada na Actividade Humana, preocupa-se em identificar qual o contexto real em que o colaborador executa as suas tarefas introduzindo posteriormente melhorias que aumentem a segurança, saúde e haja uma diminuição dos erros e acidentes. Ou seja, estuda o trabalho do homem com a finalidade de o melhorar (SILVA, 2008).
Análise Ergonómica do Trabalho
Na óptica de SOUZA apud OLIVEIRA (2011) “é possível através da análise do trabalho, entender a actividade dos trabalhadores, como por exemplo, postura, esforços, busca de informação, comunicação, como uma resposta pessoal a uma série de determinantes, algumas são relacionadas à empresa, como a organização formal do trabalho e outras relacionadas ao trabalhador, como por exemplo, as características pessoais, idade, experiências e outros”.
Na ideia de SILVA apud LACOMBLEZ (2008)“a análise da actividade centra-se no estudo do conjunto de gestos, regras, estratégias e procedimentos que o trabalhador utiliza para realizar o seu trabalho”. Podemos então dizer que ao analisarmos uma actividade estamos a analisar o comportamento que o colaborador apresenta perante as regras definidas e como este vai lidar com todo o meio envolvente e suas limitações para conseguir atingir os objectivos pretendidos.”

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