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RESUMO av2 Teorias e sistemas psicologicco IV

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COGNITIVISMO
COGNITIVISMO / PSICOLOGIA COGNITIVA
Movimento Doutrinário -->“Metateoria” que defende que através de observações empíricas podemos inferir constructos teóricos inobserváveis.
Área de pesquisa: Ciência Cognitiva -->Estudo do processamento humano de informações (memória, linguagem, percepção, pensamento, inteligência).
Psicologia Cognitiva
Precursores do Cognitivismo na Psicologia:
Estruturalismo - introspecção para estudar a consciência – tentativa mal sucedida cientificamente.
Jean Piaget (Não precisa estudar muito)
· Ser humano ATIVO
· Teoria Epistemologia Genética é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência;
· Como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento. 
· O indivíduo deve atuar como sujeito de seu conhecimento. 
· O desenvolvimento cognitivo se organiza em uma série de estágios. 
RACIONALISMO CRÍTICO – Karl Popper
Método hipotético-dedutivo
· É impossível estudar com o modelo experimental positivista, indutivamente um objeto não observável diretamente.
· Só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro
· Todo homem é mortal (premissa maior)
João é homem (premissa menor)
Logo, João é mortal (conclusão)
· Suposição inicial e, por aproximações sucessivas, chega à conclusão se o suposto era verdadeiro ou não.
Construção de conjecturas (hipóteses) que devem ser submetidas a testes e ao confronto com os fatos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo às tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas. É um método de tentativas e eliminação de erros, que não leva à certeza, pois o conhecimento absolutamente certo e demonstrável não é alcançado.
Cognitivismo e Realismo
“Uma vez que a Psicologia Cognitiva pressupõe que os modelos para os quais ela está construindo modelos ideais ou as estruturas que ela está procurando descrever têm existência real na mente de outros sujeitos, ela pressupõe o realismo. As representações, os processos e - as cognições – existem na mente de sujeitos que fazem parte de um mundo real e objetivo. E embora as teorias que temos delas, os modelos, sejam somente construções nossas que se aproximam da realidade, elas são construídas em interação com o real”. 
O que é cognição?
Objeto de estudo da Psicologia cognitiva = Mente, pensamento.
“Atividade cognitiva humana deve ser descrita em termos de símbolos, esquemas, imagens, idéias e outras formas de representação mental”.
Psicologia cognitiva e Epistemologia
INATISTA E CONSTRUTUTIVISTA
Nos nascemos com um aparato inato (cérebro) e ao longo da vida vamos construir a inteligência e a vivencia com a troca com o mundo
“(É consenso hoje que o cognitivismo como movimento é tanto inatista, em relação à existência de algumas potencialidades inatas que só aguardam maturação biológica e oportunidade contextual para emergência da estrutura), quanto construtivista, visto que considera que é a partir dessa estruturação mental prévia que organizamos o material dos sentidos e criamos estruturas mais elaboradas toda vez que a anterior não é suficiente para integrar coerentemente os dados”.
Ambientalismo empirista
“Para o empirismo, que defende aquilo a que o construtivismo se refere geralmente como objetivismo, a origem do conhecimento estaria na realidade externa”. (Castañon, 2007)
Inatismo racionalista
 “Para o Racionalismo, o conhecimento é inato e sua evolução seria apenas atualização de estruturas pré-formadas”.
3ª alternativa a este problema milenar: 
 CONSTRUTIVISMO
“É o sujeito que, ativo e a partir da ação, constrói suas representações de mundo interagindo com o objeto do conhecimento”. 
Cognitivismo e Construtivismo
Verbo construir (struere) = organizar, dar estrutura.
· O sujeito constrói suas representações de mundo, e não recebe passivamente impressões causadas pelos objetos.
· Existem formas e categorias, a priori, inatas e uma função ativa e criativa da razão.
· “O sujeito para o construtivismo é proativo, é foco de atividade do universo, e não um aglomerado de células que recebe passivamente estímulos do ambiente, sendo motivadas por estes”.
· “(...) somos ativos quando interpretamos a experiência para assimilá-la aos nossos esquemas e teorias, e somos ativos quando mudamos nossos esquemas e teorias de forma a acomodarem-se à realidade (...) O mundo vai moldando nossos esquemas quando os desmente, exigindo uma nova acomodação”.
· “Nosso conhecimento pode ser em parte, ou na maior parte, construído; contudo, isto implica potencial genético para tal, afinal de contas outras espécies não conseguem estruturas nem próximas da sofisticação humana”.
TEORIA COGNITIVA DA PERSONALIDADE
AARON T. BECK
 “Revolução Cognitiva na Psicologia” – impacto no desenvolvimento da teoria / psicoterapia cognitiva de Beck
Evolução inicial do Modelo Cognitivo e Terapia Cognitiva da Depressão
“As origens remotas das minhas formulações referentes à Terapia Cognitiva da depressão não estão completamente claras para mim no presente. Tanto quando recordo, as primeiras manifestações surgiram em meu empreendimento, iniciado em 1956, para validar algumas preocupações psicanalíticas sobre a depressão”. (Beck, 1979)
 Investigações projetadas para suprir dados convincentes
 Desejo de localizar a configuração psicológica precisa da depressão para desenvolver uma forma de psicoterapia breve voltada específicamente para o alívio desta psicopatologia focal
 Descobertas iniciais de Beck com estudos empíricos sobre a depressão – buscar apoio à crença nos fatores psicodinâmicos específicos da depressão: hostilidade retrofletida (“Eu preciso sofrer”)
 Experiências posteriores: achados inesperados que pareceram contradizer esta hipótese de “hostilidade retrofletida” ou “necessidade de sofrer”
“Os achados de pesquisa anômalos conduziram então à conclusão de que os pacientes deprimidos não têm uma necessidade de sofrer. As manipulações experimentais indicaram que os pacientes deprimidos tendiam mais do que os não deprimidos a evitar comportamentos evocadores de rejeição ou desaprovação em favor de respostas evocando aceitação e aprovação dos outros.” 
 Observações sobre pacientes deprimidos que reagiam adversamente a intervenções terapêuticas embasadas na hipótese de “hostilidade retrofletida”.
 Base do estudo original de Beck: Observação dos sonhos “masoquistas”
 
Busca de uma variedade de explicações alternativas para os temas persistentes ou freqüentes nos quais o sonhador deprimido aparecia como um perdedor
 Foco do estudo: Descrições dos pacientes de si mesmo, de suas experiências
 
Adoção consistente de um construto negativo de si mesmo e de suas experiências de vida – imagens em seus sonhos – distorção da realidade
 Pesquisas sistemáticas adicionais validaram a noção de que o paciente deprimido distorcia sistematicamente suas experiências de uma forma negativa
 
Tríade cognitiva da depressão expressada em ampla gama de distorções cognitivas negativas.
 Desenvolvimento de técnicas para corrigir as distorções através da aplicação da lógica e de regras de evidência, a fim de ajustar o processamento de informação à realidade
 Estudos adicionais sobre como o paciente deprimido avalia o seu desempenho e faz predições sobre seu desempenho futuro – exposição graduada 
 
Uso de experimentos reais para testar crenças errôneas exageradamente negativas – testar hipóteses em uma situação de vida real
PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
COGNIÇÕESAFETOCOMPORTAMENTO
 Diversidade de princípios e procedimentos (diferentes orientações teóricas)
· “A T.C. se fundamenta na racionalidade teórica subjacente de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são em grande parte determinados pelo modo como ele estrutura o mundo”.
· “As cognições (“eventos” verbais ou pictórios no fluxo de consciência) baseiam-se em atitudes ou pressuposições (esquemas) desenvolvidosa partir de experiências anteriores”.
· “O terapeuta cognitivo ajuda o paciente a pensar e agir de forma mais realística e adaptativa em relação aos seus problemas psicológicos e, deste modo, reduz os sintomas”. (Beck, 1967)
 Terapeuta continuamente ativo – interage deliberadamente com o paciente, com o seu (do paciente) engajamento e colaboração.
 
 Paciente colabora na formulação do plano terapêutico
· Relevância das recordações da infância – esclarecimento das observações atuais (compreensão sobre a origem da formação das crenças disfuncionais)
· Objetivo fundamental: Investigar pensamentos e sentimentos do paciente durante e entre as sessões de terapia
Investigação empírica dos P.A´s, inferências, conclusões e pressuposições do paciente
· Diferença com a Terapia Comportamental: Maior ênfase sobre as experiências internas (mentais), como pensamentos, sentimentos, devaneios, pressupostos, atitudes
· Terapeuta formula as idéias e crenças disfuncionais do paciente sobre si mesmo, suas experiências e seu futuro em hipóteses para passar a testar a realidade destas hipóteses de forma sistemática
 Pressuposições gerais sobre as quais a TC se baseia: (Beck, 1967)
1. A percepção e a experiência em geral são processos ativos que envolvem tanto a inspeção quanto a introspecção.
2. O modo como uma pessoa avalia uma situação geralmente fica evidente em suas cognições (pensamentos e imagens visuais).
3. Estas cognições constituem o “fluxo de consciência” ou campo fenomenal da pessoa, que reflete a configuração de si próprio, do seu mundo, do seu passado e do seu futuro.
4. Alterações no conteúdo das estruturas cognitivas subjacentes da pessoa afetam seu estado afetivo e padrão comportamental.
5. Através da terapia um paciente pode tornar-se ciente de suas distorções cognitivas.
6. A correção destes construtos disfuncionais falhos pode conduzir a uma melhora clínica.
Desenvolvimento do Modelo Cognitivo da Depressão de Beck
· Evoluiu a partir de observações clínicas sistemáticas e de testagem experimental
· Modelo Cognitivo postula 3 conceitos específicos para explicar o substrato psicológico da Depressão:
1) Tríade Cognitiva
2) Esquemas
3) Erros Cognitivos
· Conceito de TRÍADE COGNITIVA – 3 padrões cognitivos maiores que induzem o paciente a considerar a si mesmo, seu futuro e suas experiências de uma forma idiossincrásica
VISÃO NEGATIVA DE SI MESMO: (defeituoso, inadequado, doente, carente, etc)	 
VISÃO NEGATIVA DE MUNDO: (mundo fazendo exigências exorbitantes sobre si mesmo e apresentando obstáculos insuperáveis para atingir suas metas de vida)
VISÃO NEGATIVA DE MUNDO: (projeções a longo prazo – dificuldades, frustrações e privações incessantes)
· Conceito de Esquemas – padrão de cognições estáveis que conceitua as situações
“Quando uma pessoa se defronta com uma circunstância específica, um esquema relacionado à circunstância é ativado. 
O esquema é a base para moldar os dados em cognições. Um esquema, portanto, constitui a base para extrair, diferenciar e codificar os estímulos que confrontam o indivíduo. Ele categoriza e avalia suas experiências através de uma matriz de esquemas”. (Beck, 1967)
· Conceito de Erros Cognitivos – erros sistemáticos do pensamento, processamento falho das informações
 
Crenças Centrais
“Eu não sou uma pessoa atraente”
Crenças Intermediárias
 Regra: “Eu deveria ser capaz de enfrentar todos os meus problemas sem comer doces”
 Atitude: “Ser gorda é o fracasso total” 
Suposições: “Como aparência é fundamental, ninguém gosta de mim” “Se eu emagrecer todos os meus problemas irão se resolver” “Se eu for magra, as pessoas me respeitarão”.
CRENÇAS CENTRAIS (Beck, J., 1997)
É uma idéia, não necessariamente uma verdade 
Estão enraizadas nos eventos da infância e pode ou não ter sido verdadeira no momento em que o paciente imediatamente veio a acreditar nela 
Se pode, com convicção, acreditar nisso, até mesmo “sentir” 
Continua a ser mantida através da operação dos seus esquemas, nos quais a paciente prontamente as reconhece em forma de dados que a apóiam enquanto ignora ou reduz dados em contrário.
Paciente e terapeuta podem usar uma variedade de estratégias ao longo do tempo para mudar essa idéia,de modo que a paciente possa ver a si mesma de uma forma mais realista. 
CATEGORIAS DE CRENÇAS CENTRAIS
	DESAMPARO
	DESVALOR
	DESAMOR
	Eu sou desamparado.
	Eu sou inadequado.
	Eu não sou capaz de ser amado.
	Eu sou impotente.
	Eu sou ineficiente
	Eu sou indesejável.
	Eu estou fora de controle
	Eu sou incompetente.
	Eu não sou atraente.
	Eu sou fraco.
	Eu sou um fracasso.
	Ninguém me quer.
	Eu sou vulnerável.
	Eu sou desrespeitado.
	Ninguém liga para mim
	Eu sou carente.
Eu estou sem saída.
	Eu sou desrespeitado.
Eu não sou bom suficiente.
	Eu sou mau.
Eu sou rejeitado.
CRENÇAS CENTRAIS
	Crença antiga
	Nova crença central
	Eu não sou (completamente) querida
	Eu sou geralmente uma pessoa querida
	Eu sou má.
	Eu sou uma pessoa digna com características positivas negativas.
	Eu sou impotente. 
	Eu tenho controle sobre muitas coisas.
	Eu não sou perfeita.
	Eu sou normal, tanto com pontos fortes como com pontos fracos.
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
 ATITUDE: É insuportável ser rejeitada;; REGRA Eu devo sempre agradar os outros.
 SUPOSIÇÕES: (positiva) Se agrado, sou amada.
 (negativa) Se eu não agradar o tempo todo, não consigo ser amada. 
Identificação das Crenças Intermediárias (Beck, J., 1997)
· Reconhecimento de quando uma crença foi expressa como um pensamento automático 
T: O que passou pela sua cabeça quando você recebeu o teste corrigido? 
P: Que eu deveria ter ido melhor. Eu não sei fazer nada direito. Eu sou muito incapaz. (crença central). 
· Organizando a primeira parte de uma suposição 
T: Então, você teve o pensamento”Eu terei que ficar acordada a noite toda trabalhando”. 
P: Sim. 
T: E se você não trabalhar tão arduamente quanto você pode em um trabalho ou em um projeto... 
P: Então, eu não dei o melhor de mim. Eu fracassei. 
T: Isso soa familiar a respeito do que nós conversamos antes na terapia? É assim que você vê geralmente os seus esforços, que, se você não trabalha tão duro quanto você é capaz, então você fracassou?
 P: Sim, eu acho que sim. 
T: Você pode dar-me mais alguns exemplos para que eu possa ver o quanto está difundida essa crença? 
 Obtendo diretamente uma regra ou atitude
 T: Então, é bastante importante para você sair-se realmente bem no seu trabalho voluntário?
 P: Sim... 
T: Você lembra que nós conversamos sobre esse tipo de coisa antes: ter que fazer as coisas muito bem? Você tem uma regra em relação a isso? 
P: Oh... Eu não havia realmente pensado sobre isso... E acho que eu tenho que fazer o que quer que faça realmente bem. 
 Usando a técnica da flecha descendente (Burns, 1980)
 1. Identifica-se o pensamento automático chave
 2. Questiona-se o sentido dessa cognição... 
SIGNIFICADO DO PENSAMENTO CRENÇA INTERMEDIÁRIA CRENÇA CENTRAL 
Seta descendente
“Nunca conseguirei dar conta de cuidar dos meus filhos e do meu trabalho ao mesmo tempo” (PA)
“Eu deveria conseguir fazer isso por mim mesma” (Regra)
“É vergonhoso pedir ajuda” (Atitude)
“Se eu pedir ajuda as pessoas me acharão uma fraca” (Suposição)
Uma pessoa fraca é uma fracassada (Crença Central)
ATENÇÃO COGNITIVA -- Atenção tem haver com memória porque se mantem a memoria através da atenção. Uma vez que o ambiente é muito estimulante (bombardeio de estímulos) as pessoas perdem a atenção, o foco e influência na aprendizagem e memória.
TEORIA DE ESQUEMAS DE YOUNG -- Aperfeiçoar o modelo cognitivo com o objetivo de criar novas estratégias de tratamento para os transtornos de personalidade e também para os pacientes maiscrônicos, mais rígidos e que não respondem bem ao tratamento cognitivo padrão. 
TE utiliza elementos provenientes de abordagens distintas como a Gestalt-terapia, a Psicodinâmica, conceitos da teoria do apego além, é claro, da própria teoria cognitiva tradicional proposta por Aaron Beck e seguidores.
Transtornos de personalidade: 
-Apresentam padrões disfuncionais rígidos, inflexíveis, profundos; 
-Raramente buscam psicoterapia; 
-Chegada ao tratamento por imposição de terceiros como o cônjuge e a família ou quando seu comportamento passa a afetar de maneira drástica os relacionamentos pessoais e profissionais;
-Traços disfuncionais fazem parte da própria construção da personalidade e da identidade do indivíduo.
Conceito de personalidade para Beck: “estruturas cognitivas que codificam, avaliam e interpretam, impondo um padrão de percepção da realidade, numa espécie de filtro cognitivo”. 
Para Young (2003): Os esquemas que vão aparecendo na infância (Esquemas Iniciais Desadaptativos - EIDs) estariam no centro dos transtornos de personalidade, sendo mais rígidos e difíceis de ser modificados. São basicamente resultantes de necessidades emocionais centrais para a criança que de alguma forma não foram atendidas, como a necessidade de um apego seguro, de afeto, carinho, estabilidade, das noções de autonomia e competência, de liberdade para expressão das emoções, da espontaneidade, do brincar e de limites adequados.
EIDS- núcleo do autoconceito e da concepção de mundo do indivíduo ( a mudança é percebida como ameaça) 
Young (2003) descreve 18 esquemas principais. Correspondem às necessidades não atendidas da criança em seu período de desenvolvimento.
1 - Desconexão e rejeição: ligado às falhas de vinculação segura com o outro, de carinho, de estabilidade, da maternagem em geral. Forte dificuldade no estabelecimento de relações afetivas saudáveis. Os esquemas ligados a este domínio são os de abandono / instabilidade, desconfiança / abuso, privação emocional, vergonha, isolamento social / alienação. Em função de seu desenvolvimento precoce, esses esquemas são bastante difíceis de ser acessados. 
2 - Autonomia e desempenho prejudicados: os indivíduos não conseguem desenvolver um senso de confiança, de se estabelecer no mundo por si mesmo, possuindo geralmente famílias superprotetoras que, na tentativa de proteger a criança, acabam não reforçando a sua autonomia. Os esquemas aqui envolvidos são os de dependência / incompetência, vulnerabilidade, emaranhamento / self subdesenvolvido, fracasso. 
3 - Limites prejudicados: ligado às falhas na aplicação de limites realistas, na capacidade de seguir regras e normas, de respeitar os direitos de terceiros e de cumprir as próprias metas pessoais. O egoísmo é a principal característica desses indivíduos, sendo a família geralmente permissiva. Dentro desse domínio estão merecimento / grandiosidade e autocontrole / autodisciplina insuficiente.
4 - Orientação para o outro: com o objetivo de ganhar aprovação e evitar retaliação, os pacientes nesse domínio têm uma ênfase excessiva no atendimento dos desejos e necessidades do outro, às custas das suas próprias necessidades. A família de origem geralmente estabelece uma relação de amor condicional, ou seja, a criança só recebe atenção e aprovação se ela suprime sua livre expressão e se comporta da maneira desejada. Os esquemas aqui envolvidos são os de subjugação, auto-sacrifício, busca de aprovação / reconhecimento. 
5 - Supervigilância e inibição - em função de uma educação rígida, repressora, na qual não houve possibilidade de expressar suas emoções de maneira livre, os indivíduos com esquemas ligados a esse domínio são geralmente tristes e introvertidos, com regras internalizadas excessivamente rígidas, autocontrole e pessimismo exagerados e uma hipervigilância para possíveis eventos negativos. Os esquemas que aqui se apresentam são: negativismo / pessimismo, inibição emocional, padrões inflexíveis, caráter punitivo. 
Estilos de Enfrentamento 
· Respostas à ameaça: luta, fuga ou congelamento 
· EID: frustração das necessidades emocionais da criança 
· 3 estilos de manejo para lidar com os esquemas: supercompensação, evitação e rendição 
- Supercompensação: padrão de pensamento e comportamento de forma 
 exatamente oposta à do momento ou período de aquisição do esquema 
- Evitação: afastamento das situações que possam desencadear os EIDs 
 (evitação comportamental, cognitiva ou afetiva) 
- Rendição ou submissão: “entrega” aos esquemas, aceitando-os como 
 verdadeiros e inquestionáveis (distorções cognitivas) 
Terapia Racional emotivo-comportamental (TREC)
Fundada por Albert Ellis - Enfatiza a reestruturação cognitiva ou o combate filosófico, de acordo com o modelo A-B-C de perturbação emocional.
MODELO “A-B-C” 
“A” = acontecimento ativador 
“B” = belief – crença pessoal sobre o acontecimento ativador 
“C”= conseqüências demonstradas pelos sentimentos pessoais e os comportamentos
“Arte” do pensamento lógico - Pensamento racional envolve raciocínio lógico baseado em afirmações empiricamente verificáveis
Terapia Comportamental - Uso de métodos comportamentais ativos de mudança de comportamento e “tarefas de casa”
Metas importantes que são consonantes com os valores da TREC;
· Auto-interesse 
· Interesse social 
· Autodireção 
· Tolerância 
· Flexibilidade 
· Aceitação da incerteza 
· Comprometimento 
· Pensamento lógico 
· Auto-aceitação 
· Aceitação de correr riscos 
· Expectativas realistas
Método terapêutico na TREC - Forma ativa e diretiva – terapeuta age diretamente na identificação dos conceitos filosóficos (crenças) 
A (confirmável) -- Ex: “poucas pessoas me convidam para almoçar ou tentam interagir comigo fora de assuntos de trabalho” 
A (percebido) -- Ex: “Acho que ninguém gosta de mim” 
B (avaliação realizada) -- Ex: “É terrível e catastrófico que ninguém goste de mim” 
C (conseqüências emocionais e comportatentais) -- Depressão 
(DEBATER) -- Combater, desafiar o sistema de crenças irracionais 
Processo lógico-empírico no qual o paciente é ajudado a parar e pensar para poder internalizar uma nova filosofia que envolva uma solução

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