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Módulo 8

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Módulo 8 – Diversidade Cultural e Meio Ambiente
A maior parte das sociedades contemporâneas é multiétnica e multicultural.
Isso significa que se caracterizam por uma enorme variedade de identidades simbólicas e expressivas. Esta afirmação também se aplica às novas nações latino-americanas que se formaram a partir da expansão comercial europeia do século XVI, quando culturas milenares e radicalmente distintas foram protagonistas do que se constituiu em uma das mais extraordinárias e trágicas experiências de encontro de civilizações da história da humanidade.
Assim, os povos que vieram a formar o Novo Mundo se confrontaram com uma enorme diversidade de referências para definir os seus modos de inserção em suas sociedades e os seus modelos de vida. Hoje é perfeitamente visível o diversificado mosaico cultural que, nos últimos quinhentos anos, formou-se nas Américas, resultante da grande variedade de experiências e de realizações humanas produzidas por esses povos.
Baseia-se na sua história, nas suas tradições e seus idiomas, na sua criatividade e singularidade envolvendo por igual o que se costuma designar como cultura erudita e cultura popular.
O panorama social e político contemporâneo das Américas estão dominados por demandas de reconhecimento público de múltiplas expressões simbólicas, frequentemente traduzidas na afirmação de novos e velhos direitos de cidadania, cuja natureza varia do reconhecimento das raízes étnicas, religiosas e culturais de grupos específicos – como os indígenas ou os descendentes de imigrantes - até a valorização dos legados materiais e imateriais deixados como herança identitária dos grupos formadores das sociedades nacionais.
Expressão da construção social de sentido dos modelos de vida que os povos adotam em sua trajetória, a cultura realiza-se através de um movimento permanente de mutação. Por isso, se a diversidade cultural é um componente fundamental da história da maior parte dos latino americanos, submetendo-os a uma intensa troca de perspectivas de vida, ela também envolve um processo constante de construção e reconstrução das suas identidades. Isso significa que o fenômeno da cultura não existe fora dos contextos em que se produzem as identidades que são o seu substrato mais profundo, é uma referência às condições de possibilidade do próprio modo como o auto-reconhecimento e a criatividade dos povos forjam modelos alternativos de vida.
No entanto, devido a uma série de fatores como, por exemplo, a mundialização da cultura, a discussão passou por dois desdobramentos contraditórios. Por uma parte, é como se o mundo tivesse ingressado em um processo de ampla atenuação das diferenças culturais, como se os povos estivessem sendo confrontados.
Esse fato levou alguns autores a considerarem que o fenômeno da variação entre as culturas estivesse se suavizando através de um processo que tenderia a tornar mais pálidas as diferenças entre os povos. É como se os povos entrassem em um processo de relativa homogeneização cultural, como se o que contasse agora fosse a tendência de reconhecer exclusivamente os valores da própria cultura que, ao mesmo tempo, estimula o ressurgimento de formas novas de etnocentrismo.
O Desenvolvimento Sustentável e os Problemas Ambientais
Em qualquer sociedade, a garantia de um desenvolvimento sustentável deve levar à definição duma estratégia a qual poderá ter como base a orientação: Os recursos mundiais devem ser geridos com o objetivo de ir ao encontro das necessidades de gerações atuais sem pôr em risco as de gerações futuras.
Os fatores limitativos do desenvolvimento sustentável são por um lado a taxa de crescimento da população humana, gerando problemas de alimentação e água. No âmbito das pescas verificam-se limitações em nível da capacidade de renovação das espécies. A falta de água poderá condicionar o desenvolvimento no futuro sendo a dessalinização da água do mar uma opção, provavelmente cara para o terceiro mundo.
A utilização de recursos energéticos tem aumentado mundialmente devido ao incremento da industrialização. Alguns países industrializados implementaram políticas conducentes ao uso racional da energia mas com crescentes consumos. Países em desenvolvimento devem tomar medidas mais rigorosas para maior poupança. Por outro lado devem ser desenvolvidos esforços para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente, devendo ser incentivada a florestação. Tem-se verificado uma redução significativa da área total florestal com crescente utilização das florestas tropicais além de danos ambientais ocorridos em florestas do hemisfério norte.
A deflorestação gera a extinção de espécies vegetais e animais. Cerca de 140 a 150 espécies desaparecem diariamente cujas consequências ecológicas são desconhecidas, bem como as respectivas potencialidades de utilização.
O meio ambiente não é um bem corpóreo, na verdade, a água, o solo, o ar, a fauna, a flora, os ecossistemas e os monumentos de valor histórico-cultural, são em sua maioria os elementos corpóreos que compõem o meio ambiente.
Segundo Álvaro Luiz Valery Mirra1, o meio ambiente “para o nosso direito, é um conjunto de relações e interações que condiciona a vida em todas as suas formas. É, pois, essencialmente incorpóreo e imaterial”.
Referidos bens ambientais, possuem conceitos e regimes jurídicos próprios, e normalmente são regidos por uma legislação particular, contudo, quando se pretende resguardar referidos bens, o objetivo é proteger o meio ambiente como um todo e não o elemento em si.
Tais elementos corpóreos e incorpóreos são vistos e considerados não de forma individual, mas como integrantes de uma cadeia, de forma a manter o equilíbrio ambiental, assim, quando da ocorrência de um dano este poderá atingir mais de um bem ambiental.
O bem difuso por possuir natureza transindividual, não possui titulares determinados, porém, estão ligados por circunstâncias de fato.
Assim, podemos concluir que o meio ambiente não constitui bem público, pois todos são titulares de referido direito, o qual se reporta a toda a uma coletividade de pessoas indeterminadas. “Quando o texto constitucional aí se refere a patrimônio público, significa o conjunto de bens de propriedade estatal, os bens públicos, nos quais não está inserido o meio ambiente. Este tem titularidade difusa, não estatal”.
Conforme nos instrui o ilustre jurista Celso Antonio Pacheco Fiorillo:
O bem ambiental é, portanto, um bem que tem como  característica constitucional mais relevante ser ESSENCIAL À SADIA QUALIDADE DE VIDA, sendo ontologicamente de uso comum do povo, podendo ser desfrutado por toda e qualquer pessoa dentro dos limites constitucionais.
Cabe asseverar ainda, que embora o artigo 20, incisos III, IV, V e VI, e artigo 26, incisos I, II, e III, da Constituição Federal disponha pertencer a União ou aos Estados, determinados bens ambientais tais como: lagos, rios, ilhas fluviais, mar territorial, entre outros, a verdade é que com o advento da Lei Federal 8.078, de l990, referidos bens que antes possuíam natureza pública, passaram a ter natureza difusa.
Diante de tais alterações, passou a caber aos entes federados a função de gestores de determinados bens ambientais, os quais pertencem ao povo.
Assim, por força do art. 23, estão todos os entes federados autorizados a atuar em defesa do meio ambiente, independentemente da titularidade do bem ambiental lesado.
Mais do que da União, dos Estados e dos Municípios, os bens ambientais são de natureza difusa commune omnium, ou seja, busca-se, assim, tutelar o patrimônio comum de todos e não o patrimônio de determinada pessoa jurídica de direito público.
Exercício 1: 
A maior parte das sociedades contemporâneas é multicultural, multiétnica ou mestiças. Isso significa que se caracterizam por uma enorme variedade de identidades simbólicas e expressivas. Esta afirmação também se aplica às novas nações latino-americanas que se formaram a partir da expansão comercial européia do século XVI, quando culturas milenares e radicalmente distintas foram protagonistas do que se constituiu em uma das maisextraordinárias e trágicas experiências de encontro de civilizações da história da humanidade.
A) 
Assim, os povos que vieram a formar o Novo Mundo se confrontaram com uma enorme diversidade de referências para definir os seus modos de inserção em suas sociedades e os seus modelos de vida.
B) 
Assim, os povos que vieram a formar o Velho Mundo se confrontaram com uma enorme diversidade de referências para definir os seus modos de inserção em suas sociedades e os seus modelos de vida.
C) 
Assim, os povos que vieram a formar o  Mundo Ideal se confrontaram com uma enorme diversidade de referências para definir os seus modos de inserção em suas sociedades e os seus modelos de vida.
D) 
Assim, os povos que vieram a formar o Mundo Maravilhoso se confrontaram com uma enorme diversidade de referências para definir os seus modos de inserção em suas sociedades e os seus modelos de vida.
E) 
Assim, os povos que vieram a formar o Mundo antigo se confrontaram com uma enorme diversidade de referências para definir os seus modos de inserção em suas sociedades e os seus modelos de vida.
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Exercício 2: 
Em qualquer sociedade, a garantia de um desenvolvimento sustentável deve levar à definição duma estratégia a qual poderá ter como base a orientação: 
A) 
Os recursos mundiais devem ser geridos com o objetivo de ir ao encontro das necessidades de gerações atuais sem pôr em risco as de gerações futuras.
B) 
Os recursos mundiais devem ser geridos com o objetivo de ir ao encontro das necessidades de gerações atuais sem pôr em risco as de gerações passadas.
C) 
Os recursos mundiais devem ser geridos com o objetivo de ir ao encontro das necessidades de gerações atuais sem pôr em risco as de gerações extintas. 
D) 
Os recursos mundiais devem ser geridos com o objetivo de ir ao encontro das necessidades de gerações atuais sem pôr em risco as de gerações aniquiladas. 
E) 
Os recursos mundiais devem ser geridos com o objetivo de ir ao encontro das necessidades de gerações atuais sem pôr em risco as de gerações do velho mundo. 
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Exercício 3: 
Dizer que “A maior parte das sociedades contemporâneas é multiétnica e multicultural”, significa:
A) 
que se caracterizam por uma pequena variedade de identidades simbólicas e expressivas.
B) 
que não se caracterizam por uma enorme variedade de identidades simbólicas e expressivas.
C) 
que se caracterizam por uma enorme variedade de identidades simbólicas e expressivas.
D) 
que se caracterizam por uma única variedade de identidade simbólica e expressiva.
E) 
N. D. A.
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Exercício 4: 
No Brasil, com relação à diversidade étnico–racial, é correto afirmar:
A) 
a fim de fomentar a igualdade étnico–racial, é facultado aos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, o estudo da história geral da África.
B) 
é vedada a utilização da expressão população negra por ser considerada uma forma de discriminação decorrente de raça ou de cor.
C) 
as ações afirmativas adotadas para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades substituirão, paulatinamente, as medidas repressivas previstas para a prática do racismo, inclusive possibilitando a futura revogação de leis que a considere como crime.
D) 
são considerados ilegais programas e políticas de emprego e de geração de renda voltados para populações vítimas de intolerância étnica em virtude da vedação constitucional a qualquer forma de preconceito de origem, raça, sexo, cor ou idade.
E) 
a população negra abrange o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga.
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Exercício 5: 
O etnocentrismo como uma postura que avalia os outros a partir dos valores de sua própria cultura está associado a práticas sociais de
A) 
integração cultural, desenvolvimento social e participação política.
B) 
diálogo inter-religioso, desenvolvimento cooperativo social e participação comunitária.
C) 
integração cultural, xenofobia e desigualdade social.
D) 
intolerância étnica, intolerância religiosa e violência social.
E) 
tolerância inter-étnica, igualdade social e democracia.
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Exercício 6: 
A suposição de que havia um consenso absoluto sobre a organização social e a vida cultural de cada tribo só era possível através da ideia que os administradores e cientistas europeus tinham da “tradição”. As sociedades “tribais” (ou “primitivas”) seriam, para eles, “sociedades tradicionais” — não só as regras de conduta eram pautadas rigidamente pelo costume, como esse costume era transmitido, oralmente e de forma imutável, de geração a geração, desde o princípio dos tempos. Os europeus não admitiam que os africanos pudessem refletir criticamente sobre a sua própria cultura”. (FIGUEIREDO, 2010, p. 9).
O texto pontua a construção do olhar europeu sobre a África, no período colonial.
A partir dos debates atuais sobre as relações étnicas no Brasil, identifique com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas sobre o texto.
( ) O resultado sociopolítico dessa visão estereotipada ainda hoje pode ser observado em relação à população afro-brasileira.
( ) Os conflitos raciais resultam de esteriótipos sociais, e não de fatos científicos.
( ) Um indivíduo etnocêntrico não tem capacidade de observar outras culturas nas próprias condições em que elas se mostram.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a:
A) 
V V V
B) 
F V V
C) 
V F F
D) 
F V F
E) 
V V F
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