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NEONATOLOGIA GRANDES ANIMAIS

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09/02/2021
CLÍNICA MEDICA DE GRANDES ANIMAIS- 1º SEMESTRE 2021
· Neonatologia: 
- Neonatologia: Engloba o estudo da fêmea prenhe e do recém-nascido. Estuda as doenças que ocorrem na primeira semana de vida, se prolongando até o primeiro mês de vida! É o período com mais desafios para vida do animal.
- Perinatologia: Estudo que engloba a período gestacional até as 24 horas pós-nascimento.
· Alterações durante a gestação pode interferir na vida de recém-nascido.
· Introdução: 
- Alta taxa de mortalidade: distocia (parto dificultoso, animais que nasceram de distocias, possuem vitalidade mais baixa, porque por vezes, o animal demorou muito para nascer, ou o cordão umbilical rompeu antes do tempo); hipotermia (principalmente em ovinos); hipoglicemia e inanição ->são responsáveis por cerca de 50-60% das perdas de recém-nascidos!
· Tríade neonatal: hipotermia, hipoglicemia e desidratação (inanição)! Responsável por cerca de 50-70% de morte nos 3 primeiros dias de vida.
- A elevada perda de neonatos é relegada a segundo plano, pelo baixo impacto econômico que eles geram, porém, deve ser priorizado, pois os animais recém-nascidos são os que vão substituir os adultos em determinado tempo!
- Segundo estudos epidemiológicos, a mortalidade de 5-20% acontece nas primeiras 5 semanas de vida, pois por vezes, os tratadores não entendem como funciona fisiologicamente o animal, com isso, não é instituído o manejo correto.
- Ao nascimento: os recém nascidos de grandes animais apresentam um estoque energético (gordura, ou seja, tecido adiposo marrom, que fica armazenado em fígado e rim) limitado, portanto, a principal finalidade desse estoque é o neonato levantar e ir até a mãe ingerir o colostro.
· Essa gordura especifica, é consumida por meio da atividade elevada do hormônio triiodotironina (T3), que faz a quebra da gordura liberando energia para o animal.
· O recém-nascido possui pouca gordura no subcutânea, a qual é responsável por controle de temperatura, PORTANTO, podem facilmente desenvolver hipotermia!
· Ao ingerir o colostro, o neonato está ingerindo carboidrato, gordura, aminoácidos, ou seja, substratos para produção de energia, conseguindo assim, manter sua temperatura.
- Glicogênio (que é armazenado em fígado e musculatura) e gordura marrom (fígado e rins) é suficiente para sobrevida energética para 12-24 hrs, ocorrendo hipoglicemia se não houver a ingestão de alimento.
- Agamaglobulinêmicos: animais que nascem sem as imunoglobulinas (anticorpos). Ou seja, em grandes animais não ocorre passagem de anticorpos pela placenta, sendo a única forma de TIP (transferência de imunidade passiva) de mãe para filho, a ingestão de colostro
-Perinatologia: o foco de atenção é a mãe e o recém-nascido!!!! Serve para identificação do neonato de alto risco, que precise de uma atenção maior. 
· Avaliação pré parto: manejo sanitário (a mãe foi vacinada, se foi vermifugada ou não, se houve algum problema antes ou durante o parto).
· Avaliação pós-parto: curativo do umbigo (serve para nutrição materno-fetal, portanto, o umbigo é composto por vasos sanguíneos). Quando necessário, realizar a ressuscitação dos neonatos. Ingestão do colostro.
- Cuidados sanitários na prenhez: vermifugação 30 dias antes do parto (principalmente em animais primíparas). Vacinação (em equinos, principalmente contra o herpesvírus, nos 5º, 7º e 9º mês, pois é responsável por abortamentos; nos ovinos, principalmente contra clostridiose no terço final de gestação, pois são as principais afecções infectocontagiosas). Separar as fêmeas prenhas em baias ou piquetes maternidade, onde os funcionários e tratadores estão mais próximos, para intervir a qualquer situação necessária, além de ter um manejo diferenciado e específicos para esses animais.
- Manejo do parto: é interessante mudar as fêmeas prenhas para piquetes maternidade (é um local com menos animais, com mais disponibilidades de sombra e alimentos sem disputas), com mais ou menos 60 dias para parir, para ter um parto assistido e um acompanhamento pré-natal. A reprodução geralmente é feita por programas de reprodução assistida, como o IATF (inseminação artificial em tempo fixo) ou IA, ou utiliza-se a estação de monta (estimando um período aproximado para o parto).
- Manejo do recém-nascido: ressuscitação. Avaliar o comportamento do recém-nascido (vitalidade [observando o neonato de risco], tempo para ficar em pé, consequentemente tempo para mamar o colostro [TIP]). Ingestão e qualidade do colostro). Eliminação do mecônio (primeiras fezes). Queima ou curativo do umbigo!
· Se o neonato passa por algum sofrimento fetal, acaba liberando o mecônio antes de nascer, deixando-o com a pelagem de coloração amarelada (além de acabar aspirando mecônio, o mecônio é gorduroso, o que impede que o animal consiga receber e dissipar calar com o meio ambiente). O sofrimento fetal está diretamente ligado a alta de cortisol no feto. Tornando esse neonato de alto risco após o parto. 
· Quando o neonato nasce tingido de mecônio, isso indica três coisas: sofrimento fetal; se não limpar o animal o mais rápido possível, vai ocorrer hipotermia; aspiração de mecônio para os pulmões, que vai ocasionar dificuldade respiratória no pós-parto 
· O mecônio só é retirado do pelo do animal, utilizando detergente ou clorexidina, para lavar a pele do animal, associado com agua morna (para não diminuir ainda mais a temperatura do neonato), ou agua fria na cabeça, quando o animal não está respirando (vai “assustar” o animal, estimulando a inspiração). 
- No animal dentro do útero, como ele não precisa do pulmão, o sangue vai de um átrio para o outro, através do forame oval (o qual é fechado depois do nascimento, pois o sangue passa a precisar ir para o pulmão para circulação). Com isso, os alvéolos estão colabados até algumas horas antes do nascimento do feto (pneumocitos tipo II produzem uma substancia chamada surfactante, que serve para fazer a dilatação na primeira inspiração, com a chegada de ar aos alvéolos, fazendo com que eles só diminuam na expiração, e não se colabem novamente).
· A hemoglobina fetal serve para transporte de O2, quando o animal está dentro do útero (pulmão afuncional). Depois do parto, ocorre aumento da hemoglobina “adulta”, ocorrendo uma quebra das hemoglobinas fetais para virarem adultas, gerando uma anemia pouco após o nascimento (24-48hrs), na maioria dos casos, essa anemia tende a ser resolvida (caso não, investigar presença de hemoparasitose que pode ser passado pela placenta). Se houver dúvida, coletar sangue da via jugular, dando para ver se há presença de hemoparasitos, ou quebra se hemácias fetais.
- Identificar animais de alto risco: escore modificado de APGAR, aplicado apenas logo após o parto, ou em até 5 minutos depois. 
- SEMPRE LEMBRAR QUE NOS ANIMAIS QUE AINDA ESTÃO INGERINDO LEITE, O RUMEN É AFUNCIONAL, DEVIDO A GOTEIRA ESOFAGICA!
- Condições associados ao neonato de alto risco: condições maternas (corrimento vaginal, febre, hidropsia [acumulo excessivo de liquido aminiotico ou alaitodiano, gerando dificuldade de troca gasosa com o feto, podendo ser secundaria com alguma má formação do recem nascido], anestesia geral, cólica, cirurgia, medicamentos, perda de colostro, deficiência nutricional [principalmente a deficiência de cobre nos ovinos, que gera no recem nascido ataxia enzootica, ou seja, não permite a mielinização do neurônio, ocasionando dificuldade de transmissão nervosa, principalmente nos neurônios motores inferiores e superiores, fazendo com que o animal não consiga se manter em estação], verminose), condições do parto (parto prematuro, gestação longa, parto demorado, parto induzido, distocia, ruptura precoce do cordão umbilical, cesarianas), condições neonatais (retenção de mecônio [principalmente nos potros machos, gera muita dor abdominal] anormalidades da placenta [dificuldade de trocas gasosas entre mãe e feto], gestações gemelares ou trigemelares [especialmente em pequenos ruminantes], falha na ingestão do colostro, imaturidade/prematuridade, doenças infecciosas, traumatismo[principalmente no momento do parto]).
22/03/2021
· Idade gestacional: 
- Potro (normal) 320-360, com média de 340 dias
- Potro prematuro 300-320 dias, com sinais de imaturidade!
- Potros dismaturos maior que 320 dias (dentro do período normal de gestação), porém, com sinais clínicos de imaturidade
- Bezerros holandês 278-282 dias
- Bezerros brahma 271-310 dias
- Bezerros shorthon 271-310 dias, com média de 292 dias
- Cordeiros (normal) 145 a 148 dias 
-Cordeiros maior que 138 dias
- Prematuridade: animal nasce antes do período ideal de gestação, sinais de imaturidade.
- Dismaturidade: idade gestacional é a ideal, porém, o animal nasce com a maturidade inapropriada. 
- Sinais de imaturidade: baixo peso corporal, com costelas a vista (devido a pequena cobertura muscular sobre a cavidade torácica), apatia (devido à dificuldade de oxigenação, pois os sistemas respiratórios e circulatórios ainda não estão totalmente formados; horas antes do nascimento o surfactante é formado, que posterior ao nascimento vai servir para funcionamento dos pulmões), pelagem curta e sedosa (parece um ursinho de pelúcia), orelhas muito flexíveis, hiperextensão ou hiperflexão dos boletos (não houve tempo do aparelho osteomuscular se desenvolver corretamente), em virtude disso, há dificuldade em permanecer em estação (vai demorar para ingerir o colostro, ou seja, FTIP!!!), cascos úmidos e moles.
· Comportamento ao nascimento: 
- Vitalidade do animal e escore APGAR!!
- O pós-parto imediato é o momento mais difícil para o neonato, pois ele precisa se alimentar sozinho, respirar sozinho, manter temperatura sozinho, tudo que dentro do útero, a mãe fazia por ele!
- Presença do reflexo de sucção em até 20 minutos após o nascimento, se não apresentar esse reflexo, o colostro deve ser administrado de alguma outra forma!
- Decúbito esternal (dentro da normalidade, potros em até 5 minutos, ruminantes até 3 minutos)
- Tentativas de levantar-se (bezerros e potros de 15-30 minutos, cordeiros e cabritos de 10-20 minutos)
· Atuação imediata: 
- Remoção de secreção de narinas e boca – deixar o animal deitado sob uma superfície elevada e esfregar tórax (massageando com “força”), para sair secreções do pulmão e estimular respiração. 
- Permitir e estimular interação materna!
- Favorecer drenagem de líquidos -> massagem em tórax, movimento de pêndulos, deixar a mãe lamber, estimular que o animal fique em decúbito esternal.
- Estimular e permitir que o filhote se levante e vá mamar. 
- CASO NESCESSARIO, fazer oxigenioterapia!!!!
· Doenças pós-natais precoces (48horas após o nascimento!)
- Geralmente é não infecciosa. 
- Negligencia materna: a mãe ter contato com o feto, propicia a manutenção de temperatura.
- Exposição ao frio e chuva
- Doenças congênitas
- Tríade neonatal: hipoglicemia, hipotermia e inanição (associada com desidratação!) -> ciclo vicioso, um sempre leva ao outro.
· Hipotermia: é a diminuição da temperatura corpórea abaixo do limite fisiológico da espécie. O controle da temperatura é feito devido ao aumento do metabolismo, porém, os recém-nascidos possuem pouca reserva energia (gordura marrom) para essa manutenção, até a ingestão do colostro. 
· Tratamento: o ideal é fazer um tratamento com agua quente a 38ºC (bolsa quente), com secagem imediata. Abrigo de ventos e frio, oferecendo cobertores, aquecedores (luvas/garrafas com agua morna). CUIDADO PARA NÃO QUEIMAR O ANIMAL!!!!
· Hipoglicemia: pouca reserva energética, em limites abaixo do fisiológico para a espécie (estoques hepáticos de glicogênio). Os recém-nascidos nascem com os limites próximos aos mínimos de energia, portanto, se ocorre demora para ingestão de colostro, a reserva energética diminui, entrando em um quadro de hipoglicemia. Apresentando sinais clínicos, como diminuição do reflexo de sucção e apatia.
· Tratamento: administração de glicose 20% aquecida a 39ºC intraperitoneal (se o animal esta desidratado, é difícil pegar veia), ou glicose IV, ou então, quando possível, oferecer colostro ou leite.
· Doenças pós-natais não precoces (2-7 dias depois do nascimento)
- Geralmente, doenças infecciosas difusas, devido a FTIP (não ingestão do colostro, ou demorou muito para fazer essa ingestão. 
- Septicemia ou bacteremia (a bactéria se dissemina no organismo do animal, gerando uma gama gigantesca de sinais clínicos, como insuficiência renal, hepática, neurológica, diarreiais, etc.). 
- Enteropatias: bactérias ingressão pela via oral
- Onfalopatias: bactérias ingressão pelo umbigo (curativo não feito ou feito de maneira incorreta)
- Inanição
· Doenças pós-natais tardias (1-4 semanas, geralmente depois do período neonatal)
- Geralmente, doenças infecciosas difusas, devido a FTIP
- Enteropatias tardias, onfalopatias tardias, artropatias (principalmente inflamação das articulações, pois a bactéria pode se disseminar para vários locais, depois de cair na circulação, como é o caso do liquido sinovial que fica nas articulações), pneumonia, etc
23/02/2021
· Transferência da imunidade passiva: COLOSTRO
- Em grandes animais, os recém-nascidos não recebem os anticorpos (AC) através da corrente sanguínea, em virtude do tipo de placenta (que possuem uma barreira placentária muito maior que em pequenos animais, fazendo com que a corrente sanguínea materna fique muito longe da corrente sanguínea do feto, além disso, os AC são macroproteinas, fazendo com que fique ainda mais difícil atravessar a placenta que possui várias camadas). Portanto, a transferência de AC de mãe para filho, é através do colostro.
· Ruminantes: placenta sinepteliocorial
· Equinos: placenta epiteliocorial
- O colostro é fonte de imunoglobulinas (Igs) e outras células do sistema imune (células de defesa, as quais estimulam o organismo do recém-nascido a produzir suas próprias células de defesa mais precocemente), além de grande quantidade de gordura e carboidratos (provendo energia para o recém-nascido, auxiliar na manutenção de temperatura inicialmente, até o animal se desenvolver por completo).
· Boa qualidade: contem grande quantidade de AC e células de defesa.
· Idade da mãe influencia positivamente: quanto mais velha a mãe, melhor a qualidade do colostro – animal já entrou em contato com mais antígenos, produzindo uma quantidade maior e mais variável de AC que passam para o colostro!
· Precisa ser ingerido o mais rápido possível: primeiras 4 horas é o período máximo de absorção dos anticorpos, podendo ser ingerido em até 24 hrs, mas com menores absorção. Ou seja, quanto mais próximo do parto for ingerido o colostro, mais proveitoso será a absorção de AC.
- Máxima absorção: 3 hrs pós-parto em potros; 4 hrs pós-parto em ruminantes
- Satisfatória absorção: 8 a 12 hrs pós-parto em potros; 6 a 8 hrs pós-parto em ruminantes
- Mínima absorção: 12 a 24 hrs pós-parto em potros; 8 a 24 hrs pós-parto em ruminantes
· Necessário ter CERTEZA que o recém-nascido ingeriu o colostro, através da mensuração de anticorpos (IGG, pois é ela que este presente no sangue e no colostro), verificando se estão com níveis adequados.
· O recém-nascido precisa ingerir, no mínimo, 10% de seu peso vivo de colostro, dividido em duas ou mais mamadas!!
· Colostrômetro: trabalha com densidade, possui duas faces, uma com numeração e outra dividida em três cores (verde, amarelo e vermelho, respectivamente, do melhor para o pior), junto vem uma proveta. Coloca-se o colostro na proveta e então se coloca o colostrômetro, ele vai boiar no leite, na face de numeração, vai mostrar a concentração de imunoglobulinas, na parte das cores, vai identificar se é de excelente, media ou péssima qualidade. Para o teste ser fidedigno, o colostro deve estar entre 35-37ºC.
· OU SEJA, para que não ocorra falha na transferência da imunidade passiva: o colostro precisa ser ingerido o mais rápido possível, sendo que a quantidade mínima precisa ser 10% do peso vivo do recém-nascido e o colostro precisa ser de boa qualidade!!!
- Nem sempre a vaca vai ter uma quantidade adequada de colostro depois de parir, então é importante ter banco de colostro em propriedadesde criação (pois evita do recém-nascido vir a óbito).
- Banco de colostro: armazenado congelado, então descongelar o colostro em banho maria a 37ºC para fornecer aos recém-nascidos (o processo de congelamento já deixa as proteínas mais sensíveis, então, se aquecer mais que 37ºC pode acontecer de desnaturar as proteínas, consequentemente os AC necessários aos recém-nascidos também). EVITAR O MAXIMO RECONGELAR O COLOSTRO, pois vai deixa-lo com péssima qualidade, pois perde grande parte dos AC e proteínas!
· Importante identificar a data da ordenha e a espécie animal do colostro!
· Prazo de 1 ano para manter o colostro congelado! Pois depois disso os AC já vão estar desnaturados e não vão ser mais viáveis de se utilizar, então precisa ser jogado fora!
· Falha na transferência da imunidade passiva
- Níveis séricos de imunoglobulinas abaixo do necessário!
- Podem ser fatores maternos, que é quando a mãe produz pouco colostro, ou a concentração de IGS é inadequada (normalmente acontece em animais de primeira cria), ou então, pouca habilidade materna (a mãe não permite que o recém-nascido se aproxime dela)
- Ou então fatores de origem com a cria: demora ou não ingestão do colostro, imaturidade (prematuros ou dismaturos ou então que passaram por sofrimento fetal, não conseguem se levantar, ou se aproximar da mãe), demora na ingestão do colostro, fazendo com que seja absorvido muito pouco Igs.
- Níveis séricos de Igs, após 24 horas de vida (IGG)
	
	Equinos
	Bovinos
	Normal
	400 a 800 mg/dL
	>1600 mg/dL
	Falha parcial
	220 a 400 mg/dL
	800 a 1600 mg/Dl
	Falha total
	<200 mg/dL
	<800 mg/dL
	
	
	PT: >5,5 g/Dl
	
	
	GGT: >50 UI/L
· Para verificar se a transferência de IP está OK, o melhor método é a dosagem de IGG, mas para isso, é necessário equipamento especial, por isso existem outros métodos
· Nos ruminantes é possível aferir a proteína total (PT), os bezerros normalmente nascem com a PT entre 3,5-4 g/dL, quando recebem um colostro de boa qualidade, esse valor sobe para cerca de 5,5g/dL (pois os AC são proteínas!).
· Refratômetro é um aparelho que se coloca uma gota do colostro em um lado e no outro é possível enxergar ali a quantidade de PT
· Nos equinos não é possível utilizar a dosagem de PT, pois precisam ingerir bem menos colostro, pois o colostro da égua normalmente tem mais AC que as vacas, tornando o incremento proteico imensurável.
· Em ruminantes, também é possível utilizar medição de Gamaglutamiltransferase (GGT), é uma enzima especifica do fígado, isso porque o colostro das fêmeas ruminantes é rico em GGT, e quanto maior a quantidade de anticorpos, maior a quantidade de GGT, por isso os valores dessa enzima aumentam depois de ingerido o colostro!
· Em equinos não é possível dosar GGT, pois o colostro das éguas não possui essa enzima.
· Em equinos e ruminantes, pode-se fazer o teste de turvação de sulfato de zinco: é uma substancia transparente, límpida, então, ao se colocar o soro do sangue do recém-nascido é possível verificar a transferência de IP, pois quanto mais turva, mais AC presente no animal, se houver falha, a substancia vai permanecer límpida.
- Tratamento: se for em um período menor que 24 hrs de nascimento, pode-se oferecer mais colostro, mas passado esse período, a absorção por via oral não é mais possível, então é feito a transfusão venosa de plasma (coleta de sangue com anticoagulante, para que seja possível retirar a parte liquida do sangue, que é o plasma).
· Transfusão de plasma é de 20-40 ml/kg do peso vivo do recém-nascido. São necessários tirar 2 litros de sangue para retirar 1 litro de plasma.
· Normalmente se utiliza outro animal que não seja a mãe, pois ela já vai estar imunossuprimida (os AC circulantes dela vão para o colostro para o recém-nascido), normalmente se escolhe o garanhão, essa transfusão pode ser feita quantas vezes forem necessárias (caso aconteça alguma reação, que normalmente é um choque anafilática, usa-se adrenalina). 
· Para coleta de bolsa de sangue é cerca de 4% do peso vivo do animal.
· Em ruminantes é mais difícil, pois ele não tem a característica de decantar e separar a parte liquida da solida, como nos equinos, então, então é necessário fazer transfusão de sangue total, ou mandar para algum hemocentro para fazer a decantação por maquinas.
· 2 litros de sangue total para cada litro de plasma necessário! Fazer muito lentamente, muito mesmo, pois o animal não está precisando de nenhum hemocomponente ou reposição de volemia, apenas dos anticorpos, então se fizer rápido, é muito mais chances de ocorrer reações adversas.
· Mecônio:
- São as primeiras fezes que o animal elimina após o parto, sendo que a ingestão do colostro estimula o peristaltismo fazendo com que todo o mecônio seja eliminado em 24 horas.
- Retenção de mecônio acontece mais em potros, tendo maior incidência em machos, é a maior causa de dor abdominal em neonatos. Seu tratamento pode ser cirúrgico (último caso, pois cirurgia em neonato é sempre mais complicado), mais costumeiramente é realizado enemas (passa uma sonda flexível lubrificada pelo ânus do animal, anexado uma seringa com solução fisiológica aquecida (podendo ter metade glicerina ou não) que será inserida lentamente, umedecendo as fezes, fazendo com que saiam mais facilmente
· Umbigo: 
- No útero, faz a comunicação da mãe com o feto.
- Constituído por veia umbilical, artérias umbilicais e úraco.
- Após o corte, essas estruturas se retraem e formal o ligamento redondo do fígado (veia umbilical) e o ligamento redondo da bexiga (artérias umbilicais e se liga também a artéria aorta).
- Se o curativo umbilical não for bem feito, pode causar infecções na bexiga, no fígado, e se caírem na corrente circulatória, pode causar pneumonia, poli artrite séptica e muitas outras complicações!! POR ISSO É MUITO IMPPORTANTE FAZER A CALTERIZAÇÃO DO UMBIGO!!
Desinfeção do umbigo: serve para evitar a entrada de agentes infecciosos, de preferência no 1º dia de vida (imediatamente após o parto se possível). A desinfecção é feita por lavagem (quando necessária) e iodo de 2-10% (quanto menor a porcentagem, mais vezes é preciso refazer o curativo!)

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