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Centro de Excelência em Treinamento e Reabilitação Física e Esportiva – CETREFE https://www.facebook.com/cetrefesorocaba/ CLINICA DE HIIT SOROCABA 2017 Avenida Américo Figueiredo, 263 - Jardim Simus – (15) 3326 6170 Facebook.com/cetrefe – lisoboxe.com.br/cetrefe CLÍNICA DE HIIT TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE DATA: 03/12 HORÁRIO: 8h – 18h LOCAL: Av. Américo Figueiredo, 263 Jd Simus CORPO DOCENTE PROF. VLADIMIR JULIANO DE GODOI: Graduado em Educação Física pela Faculdade de Educação Física de Sorocaba – FEFISO; Especialista em Fisiologia do Exercício (CEFE/UNIFESP); Docente na Universidade Paulista de Sorocaba – UNIP Sorocaba; Proprietário do Centro de Excelência em Treinamento e Reabilitação Física – CETREFE; Membro Fundador da Liga Sorocabana de Boxe e Artes Marciais; Diretor da Federação de Boxe do Estado de São Paulo - FEBESP; Pesquisador do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Ciências do Esporte (NEPECE, BOS-Sorocaba) e membro pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Exercício Físico e Adaptações Neuromusculares (GEPEFAN-UNICAMP); Coordenador Técnico da Equipe Sorocabana de Boxe Olímpico. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1) Contextualização do método HIIT; 2) Revisão Fisiológica direcionada ao HIIT; 3) Exercícios para HIIT; 4) Prescrição da aula de HIIT; 5) Oficinas HIIT. DESCRIÇÃO DOS CONTEÚDOS 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MÉTODO HIIT: História do HIIT; Definição e objetivos do método; Benefícios do método; Princípios do método. 2 REVISÃO FISIOLÓGICA DIRECIONADA AO HIIT: Conceitos de exercícios Aeróbios e Anaeróbios; Discussões sobre EPOC e TMR. 3 EXERCÍCIOS PARA HIIT: Conceitos básicos; Modelos de exercícios. 4 PRESCRIÇÃO DA AULA DE PILATES: Profissionais habilitados; Público; Aula: características e orientações; Montagem de aula. 5 OFICINAS HIIT: Vivência de aula modelo; Aplicação de aulas HIIT grupos específicos. Avenida Américo Figueiredo, 263 - Jardim Simus – (15) 3326 6170 Facebook.com/cetrefe – lisoboxe.com.br/cetrefe CRONOGRAMA DA CLÍNICA DE PILATES HORÁRIO CONTEÚDO TEÓRICO – 03/12 PROFESSOR 8h às 8h 30 Cadastramento e pagamento Mateus 8h 30 às 10h Contextualização do método HIIT Vladimir 10h às 10h 15 Café Mateus 10h 15 às 11h Exercícios para HIIT Vladimir 11h às 12h Oficina I – Vivência de HIIT Vladimir CONTEÚDO PRÁTICO – 03/12 PROFESSOR 13h às 14h 30 Revisão fisiológica direcionada ao HIIT Vladimir 14h 30 às 15h 30 Prescrição da aula HIIT Vladimir 15h 30 às 15h 45 Café Mateus 15h 45 às 17h 30 Oficinas II – Aplicação do HIIT Vladimir 17h 30 às 18h Avaliação do Curso e Encerramento Vladimir Avenida Américo Figueiredo, 263 - Jardim Simus – (15) 3326 6170 Facebook.com/cetrefe – lisoboxe.com.br/cetrefe CLÍNICA DE HIIT TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE Prof. Vladimir Juliano de Godoi Segundo o American College of Sports Medicine (ACSM), o Treinamento de Intervalo de Intensidade Elevada (HIIT) é a tendência mais popular para o próximo ano em fitness. O treinamento HIIT é composto por exercícios intensos, seguidos de exercícios moderados para recuperação. Esta tendência foi publicada no artigo "Worldwide Survey of Fitness Trends for 2018: The CREP Edition", na edição de novembro / dezembro do Health & Fitness Journal da ACSM, deste ano. "O treinamento intervalado de alta intensidade tem sido uma tendência consistente de alto escalão na previsão nos últimos anos, aparecendo nos três primeiros lugares desde 2014", disse Walter R. Thompson, Ph.D., FACSM, presidente da ACSM, principal autor da pesquisa e o decano associado na Faculdade de Educação e Desenvolvimento Humano da Georgia State University, em Atlanta. "Embora os entrevistados tenham avisado de um risco relativamente maior de lesão associada ao HIIT, este continua a ser muito popular em academias de todo o mundo". Os entrevistados compartilharam que alguns clientes estão relutantes em participar do HIIT devido a riscos percebidos, e os profissionais de fitness geralmente compartilham essas preocupações. Então, HIIT é perigoso? "HIIT oferece aos participantes um bom treino que pode ser feito sem muito tempo ou equipamento", continuou Thompson. "A pesquisa mostra que, com as devidas precauções, como trabalhar com um treinador pessoal qualificado, o HIIT pode ser uma maneira segura, eficaz e divertida de se exercitar". O ACSM expandiu a pesquisa deste ano para incluir organizações parceiras na Coalizão para o Registro de Profissionais de Exercício® (CREP) e os 4.000 entrevistados estabeleceram um recorde que mais do que duplicou com os dos anos anteriores. A pesquisa fornecia 40 tendências para escolher, e os 20 maiores foram classificados e publicados pelo ACSM. O treinamento em grupo saltou quatro pontos para o segundo lugar. O número um do ano passado, tecnologia wearable, permaneceu alto na lista como a terceira tendência mais popular. As 10 principais tendências de fitness para 2018 são: Avenida Américo Figueiredo, 263 - Jardim Simus – (15) 3326 6170 Facebook.com/cetrefe – lisoboxe.com.br/cetrefe 1. TTRREEIINNAAMMEENNTTOO DDEE IINNTTEERRVVAALLOO DDEE AALLTTAA IINNTTEENNSSIIDDAADDEE ((HHIIIITT)):: O HIIT envolve atividade com pequenas explosões, seguido de um curto período de repouso ou recuperação, esses programas de exercícios geralmente são realizados em menos de 30 minutos. 2. TTRREEIINNAAMMEENNTTOO EEMM GGRRUUPPOO:: os instrutores de exercícios em grupo ensinam, lideram e motivam indivíduos, apesar de cursos de exercícios grupais projetados intencionalmente. Os programas de grupo são projetados para serem motivadores e eficazes para pessoas em diferentes níveis de aptidão física, com instrutores que usam técnicas de liderança que ajudam os indivíduos em suas aulas a alcançar metas de fitness. 3. TTEECCNNOOLLOOGGIIAA WWEEAARRAABBLLEE:: inclui rastreadores de fitness, relógios inteligentes, monitores de freqüência cardíaca e dispositivos de rastreamento GPS. 4. TTRREEIINNAAMMEENNTTOO EEMM PPEESSOO CCOORRPPOORRAALL:: o treinamento com peso corporal usa equipamentos mínimos, tornando-o mais acessível. Não se limitando apenas a flexões e pull- ups, esta tendência permite que as pessoas consigam "voltar ao básico" com fitness. 5. TTRREEIINNAAMMEENNTTOO DDEE FFOORRÇÇAA:: o treinamento de força continua a ser uma ênfase central para muitos clubes de saúde. A incorporação de treinamento de força é uma parte essencial de um programa completo de exercícios para todos os níveis e gêneros de atividade física. (Os outros componentes essenciais são o exercício aeróbio e a flexibilidade). 6. PPRROOFFIISSSSIIOONNAAIISS DDEE FFIITTNNEESSSS EEDDUUCCAADDOOSS EE EEXXPPEERRIIEENNTTEESS:: Dado o grande número de organizações que oferecem certificações de saúde e fitness, é importante que os consumidores escolham profissionais certificados através de programas credenciados pela Comissão Nacional de Agências de Certificação (NCCA), como os oferecidos pela ACSM. A ACSM é uma das maiores e mais prestigiadas organizações de certificação de fitness do mundo. 7. YYOOGGAA:: Com base na tradição antiga, o yoga utiliza uma série de posturas corporais específicas praticadas para a saúde e relaxamento. Isso inclui Power Yoga, Yogalates, Bikram, Ashtanga, Vinyasa, Kripalu, Anurara, Kundalini, Sivananda e outros. 8. TTRREEIINNAAMMEENNTTOO PPEESSSSOOAALL:: cada vez mais estudantes se especializam em cinesiologia, o que indica que eles estão se preparando para carreiras em áreas de saúde aliadas, como treinamento pessoal. Educação, treinamento e credenciamento adequado para treinadores pessoais tornaram-se cada vez mais importantes para as instalações de programas de saúde e fitness que os empregam. 9. PPRROOGGRRAAMMAASS DDEE AAPPTTIIDDÃÃOO PPAARRAAAADDUULLTTOOSS MMAAIISS VVEELLHHOOSS:: À medida que a geração do baby boom envelhece para a aposentadoria, algumas dessas pessoas têm mais dinheiro discricionário do que seus colegas mais jovens. Portanto, muitos profissionais de Avenida Américo Figueiredo, 263 - Jardim Simus – (15) 3326 6170 Facebook.com/cetrefe – lisoboxe.com.br/cetrefe saúde e fitness estão tomando o tempo para criar programas adequados de idade para manter os adultos mais velhos saudáveis e ativos. 10. TTRREEIINNAAMMEENNTTOO FFUUNNCCIIOONNAALL:: Esta é uma tendência para o uso de treinamento de força para melhorar o equilíbrio e a facilidade da vida diária. Os programas de Ginástica Funcional e especiais para adultos mais velhos estão intimamente relacionados. TREINO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE COMO VOCÊ NUNCA VIU ANTES O GUIA DEFINITIVO DO HIIT 7 MOTIVOS PARA VOCÊ TREINAR MENOS E EMAGRECER MAIS SUMÁRIO 5 O INÍCIO DA NOSSA JORNADA QUEM SOMOS NÓS 11 O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O HIIT 9 SUMÁRIO O QUE A CIÊNCIA TEM A DIZER SOBRE O HIIT? EXERCÍCIO AERÓBICO X EXERCÍCIO ANAERÓBICO 16 21 EU POSSO PRATICAR O HIIT? 27 EPOC, VO2 MÁX, OXIDAÇÃO LIPÍDICA... É DE COMER OU DE PASSAR NO CABELO? 33 SUMÁRIO O HIIT SUBSTITUI A MUSCULAÇÃO? VOCÊ COM O CORPO QUE SEMPRE QUIS QUAL O MECANISMO DE FUNCIONAMENTO DO HIIT? 42 7 MOTIVOS PARA VOCÊ TREINAR MENOS E EMAGRECER MAIS 54 38 46 Email: contato@hiitbrasil.com QUEM SOMOS NÓS Site: www.hiitbrasil.com 5 mailto:contato@hiitbrasil.com http://www.hiitbrasil.com/ https://pt-br.facebook.com/hiitbrasil/ DIGA NÃO À PIRATARIA Se você está lendo esse livro, temos certeza de que estamos diante de uma pessoa inteligente e ética. Por isso mesmo, sabemos que temos a mesma opinião sobre a pirataria: Ela é injusta, errada, além de crime, segundo a Lei de Direitos Autorais, nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998. Caso você queira comercializar este livro ou tenha outros planos em mente não deixe de nos contatar através do endereço: contato@hiitbrasil.com Agradecemos por não repassar essa obra a quem não tem permissão e a não comercializá- la de forma ilegal. Contamos com você! mailto:contato@hiitbrasil.com IMPORTANTE As ideias, sugestões, conceitos e opiniões retratadas neste livro tem como único objetivo informar e educar. Este livro não substitui ou pode ser considerado como uma prescrição médica ou diagnóstico de profissional da área, assim como não tem a intenção de ser usado como tratamento para qualquer doença, condição de saúde ou lesão. O HIIT Brasil se exime completamente de qualquer responsabilidade sobre o uso, interpretação e consequências do uso direto ou indireto de qualquer informação contida neste material. É imperativo que antes de começar qualquer programa de exercícios ou dieta, inclusive os sugeridos neste livro, você tenha a aprovação completa de algum profissional licenciado na área. 7 COMO LER ESTE LIVRO? Nós sabemos que ansiedade pode lhe fazer pular alguns capítulos deste livro, pulando direto “para o que interessa”, correto? Entretanto nós recomendamos que você leia este material na ordem, sem pular nenhum tópico. Caso ainda remanesça alguma dúvida após a leitura deste livro, não hesite em nos enviá-la através de nosso endereço de e-mail: contato@hiitbrasil.com. Vamos adorar escrever um novo post para o nosso site respondendo à sua dúvida - que pode ser comum a diversas outras pessoas! Pronto para dar adeus aos longos exercícios chatos e maçantes? Seu tempo é muito precioso! Que tal usá-lo com o que você realmente gosta? 8 mailto:contato@hiitbrasil.com O INÍCIO DA NOSSA JORNADA9 CAPÍTULO I. O que você acha de treinar de 4 a 30 minutos, 2 a 3 vezes por semana e ter resultados mais consistentes do que se fizesse 60 minutos de exercícios 5 vezes por semana? Esse também foi o pensamento da Equipe do HIIT Brasil quando ouvimos falar do famoso Treino Intervalado de Alta Intensidade. Acontece que, até pouco tempo atrás, esta modalidade de treino estava difundida apenas no EUA. Até hoje é difícil encontrar material de qualidade sobre o assunto em português. Na verdade, até existem informações sobre o HIIT, mas toda essa informação está dispersa e desorganizada em milhares de sites e muitas vezes em vocabulário técnico de difícil compreensão. Esta dificuldade em ter nossas principais dúvidas sobre o HIIT respondidas de forma rápida, clara e simples nos atentou para o fato de que deveriam haver milhares de outras pessoas com as mesmas dúvidas… Então, porque não criar um website para falar especificamente sobre o assunto? A equipe do HIIT Brasil resolveu arregaçar as mangas e se debruçou sobre diversos estudos científicos internacionais. O resultado? Um site recheado de informações para te impulsionar rumo aos seus objetivos e à conquista de uma vida mais saudável e feliz. Nosso objetivo é levar até você informação de qualidade sobre essa modalidade de treino, permitindo que você possa conquistar o corpo que sempre sonhou malhando de qualquer lugar e reservando apenas poucos minutos do seu tempo para isso. Estamos 100% comprometidos com os seus resultados! 10 http://hiitbrasil.com/treino/q48h1 http://hiitbrasil.com/treino/q48h1 http://hiitbrasil.com/treino/q48h1 http://hiitbrasil.com/treino/q48h1 O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O HIIT 11 CAPÍTULO II. O QUE É HIIT AFINAL? A sigla HIIT vem do inglês “High Intensity Interval Training”, que significa “Treino Intervalado de Alta Intensidade”. Esta inovadora forma de treino intercala exercícios de alta intensidade (como sprints) com exercícios de baixa intensidade (como andar em ritmo lento) ou descanso absoluto. EM QUE O HIIT CONSISTE? • O máximo de esforço deve ser feito entre 10 e 120 segundos. • Os intervalos de descanso entre os esforços máximos podem ter, igualmente, de 10 a 120 segundos. • Entre 4 e 20 minutos, a depender dos esforços e do intervalo de descanso, já são suficientes para ativar a queima de gordura em repouso após o treino. Esta duração não inclui o período de aquecimento e de desaquecimento, que devem durar cerca de 5 minutos cada. • Este tipo de treino é uma forma de exercício anaeróbico. A energia utilizada em um exercício anaeróbico independe do oxigênio e trata- se de uma atividade praticada por menos tempo, porém, com maior intensidade (como, por exemplo, a musculação). 13 Como o HIIT surgiu? Pode ser que o termo HIIT seja novo para você, mas, na verdade, o treino mais popular do momento surgiu há décadas nos treinos preparatórios para corrida de longa distância. Na época era conhecido como treinamento “Fartlek”, que significa “brincar de velocidade” em sueco. O HIIT chegou à indústria da malhação graças aos resultados obtidos tanto em estudos científicos como em relatos não científicos. Estes estudos comprovaram que o HIIT é bem superior ao exercício contínuo e constante no quesito perda de gordura, embora dure menos tempo. Logo mais iremos apresentar à você alguns destes estudos. Onde o HIIT pode ser praticado? Um dos maiores benefícios deste método de treinamento é a sua versatilidade. As possibilidades são praticamente infinitas!O HIIT pode ser feito não apenas nos aparelhos aeróbicos (como esteira, bicicleta ergométrica, transport, escada) como com corda de pular, peso, faixas elásticas, em uma corrida, fazendo polichinelos ou até mesmo com o peso do seu próprio corpo. A grande sacada do treino HIIT É verdade que o exercício aeróbico (sua longa e contínua corrida na esteira) queima mais gordura enquanto executado do que o HIIT. O HIIT faz com que seu metabolismo fique rápido e acelerado por muitas horas após a conclusão do seu treino. “Tá bom, mas porque acelerar meu metabolismo de repouso pode ser tão efetivo na queima de gordura?” Observe bem o quadro a seguir, da Associação Brasileira de Nutrologia: 14 Se entre 60 a 75% da energia gasta por você é proveniente do seu metabolismo de repouso, é indiscutível que o HIIT é a forma mais inteligente de queimar gordura. Não que os exercícios aeróbicos não promovam, igualmente, a queima de gordura, ou que não tenham inúmeros benefícios. Entretanto, estão longe de ser a melhor alternativa se o seu objetivo é derreter gordura. 15 http://hiitbrasil.com/ebook/q48h2 http://hiitbrasil.com/ebook/q48h2 http://hiitbrasil.com/ebook/q48h2 O QUE A CIÊNCIA TEM A DIZER SOBRE O HIIT? 16 CAPÍTULO III. Para que um método possa ser considerado eficiente e seguro à saúde das pessoas faz-se necessário que diversos estudos e pesquisas científicas sejam realizadas. Mas, afinal, o que os estudos científicos tem a dizer sobre o HIIT? Dê adeus ao contador de calorias da sua esteira! O gasto calórico não é tão importe quanto se pensava. Um dos primeiros estudos sobre HIIT a ser publicado foi realizado em 1994 pela Laval University (Ste-Foy, Quebec, Canadá). Eles descobriram que jovens que seguiram um programa de treinamento intervalado de alta intensidade durante 15 semanas perderam muito mais gordura corporal do que aqueles que realizaram um programa de 20 semanas de exercícios constantes. O que é mais surpreendente neste estudo é que esse resultado foi obtido apesar de o programa de exercícios constantes ter queimado cerca de 15.000 calorias a mais do que o treinamento HIIT! Também na década de 90, uma equipe de pesquisadores japoneses, liderados pelo PhD Izumi Tabata realizaram um estudo para averiguar qual método era mais eficiente para o emagrecimento. O resultado foi publicado no renomado Medicine and Science in Sports and Exercise e, até hoje, é considerado um marco na ciência do exercício físico. O estudo analisou todo o tipo de exercício e concluiu que a intensidade do exercício é tão importante ou até mais importante do que sua duração. O treino formulado por Izumi Tabata está hoje entre os treinos mais famosos do mundo fitness e promete secar sua gordura em apenas 4 minutos! 17 Queime os quilinhos extras sentado no seu sofá! O treino intervalado permite deixar seu metabolismo ativo, queimando gordura por até 48 horas depois do seu treino. Um estudo de 1996 da Baylor College of Medicine, no Texas, EUA, comprovou que indivíduos que seguiram o treinamento intervalado em uma bicicleta ergométrica queimaram bem mais calorias durante as 24 horas pós-treino do que aqueles que pedalaram em intensidade moderada e constante. Outro estudo apresentado na Florida State University indicou que os indivíduos que seguiram um método HIIT queimaram quase 10% a mais de calorias durante as 24 horas pós- treino do que aqueles que realizaram exercícios constantes. Derreta seus pneuzinhos! Um estudo de 2001 da East Tennessee State University, nos EUA, também descobriu que pessoas que seguiram o método HIIT por 8 semanas perderam 2% a mais de gordura corporal do que as pessoas que realizaram exercícios contínuos e constantes na esteira ergométrica. O detalhe? Os indivíduos que praticaram os exercícios contínuos não apresentaram perda de gordura. Esse mesmo estudo averiguou que indivíduos que seguiram a metodologia de treino HIIT queimaram quase 100 calorias a mais por dia durante as 24 horas pós- treino. 18 Outro estudo australiano indica que mulheres que seguiram um treinamento HIIT de 20 minutos (corridas de 8 segundos, seguidas de 12 segundos de descanso) perderam 6x mais gordura corporal que o grupo que seguiu um programa de exercícios aeróbicos de intensidade constante em 60% de sua frequência cardíaca máxima. Os músculos têm enzimas muito específicas que queimam apenas gordura. Um estudo do American Journal of Physiology indicou que 6 semanas de HIIT aumentaram em até 50% a quantidade de enzimas especiais nos músculos que são responsáveis pelo transporte de gordura para as mitocôndrias. 19 A pesquisa da Laval University, já citada anteriormente, também averiguou que as fibras musculares dos praticantes do HIIT tinham níveis bem mais elevados de oxidação lipídica (queima de gordura) do que os indivíduos acostumados aos treinos contínuos. Aumente seus níveis de testosterona em 100% Pesquisadores neozelandeses avaliaram a aplicação de um programa de HIIT de 4 semanas para um grupo de ciclistas, que incluía sprints de 30 segundos na bicicleta ergométrica intercalados com 30 segundos de descanso. Um grupo aplicou alta resistência nos pedais enquanto para o outro grupo a resistência foi menor. Concluiu-se que os ciclistas que pedalaram com maior resistência aumentaram seus níveis de testosterona em quase 100%, enquanto o outro grupo elevou seus níveis em apenas 60%. A testosterona é fundamental para o aumento da força dos músculos, ou seja, realizar um treino HIIT com maior resistência ajuda no crescimento e na potência muscular. Trocando em miúdos... Há fortes evidências científicas de que o Treino Intervalado de Alta Intensidade é mais adequado para a queima de gordura do que treinos aeróbicos contínuos e constantes. Entretanto, o HIIT não é para qualquer pessoa. Ele exige muito do sistema cardiovascular e muscular do indivíduo. Por isso mesmo, reiteramos SEMPRE a necessidade de verificar junto a um especialista médico a atividade física mais adequada à sua situação. 20 EU POSSO PRATICAR O HIIT? 21 CAPÍTULO IV. Qualquer pessoa pode praticar o HIIT? Depende. A princípio, os exercícios intervalados de alta intensidade podem ser executados por indivíduos com quaisquer níveis de aptidão física – desde que tomadas as devidas precauções. Sou Iniciante/Sedentário. Eu posso praticar o HIIT? A boa notícia é que a performance durante a execução do HIIT poderá melhorar gradativamente com a prática constante, então, não se espante se a sensação pós-treino for a de que seu coração vai saltar pela boca, dando suas últimas batidas jogado no chão. Para iniciantes, os intervalos de alta intensidade podem durar menos do que os intervalos de atividade baixa a moderada ou de repouso. Com a prática e o aumento da resistência do praticante, o tempo dispendido na execução dos movimentos de alta intensidade deve aumentar, diminuindo, por sua vez, a fase de moderação. Deste modo, o corpo não se acostuma com o ritmo do exercício e os resultados serão maiores. Apesar dos inúmeros benefícios, como o próprio nome diz, o HIIT é um treinamento de alta intensidade, e, por isso mesmo, vai exigir um grande esforço dos seus músculos e também do seu sistema cardiovascular. Por isso mesmo, ter um coração “em forma” é fundamental.Para pessoas com idade acima de 35 anos é indicado um check-up cardiovascular e metabólico prévio com um médico. 22 Para quem é o HIIT? O HIIT é um treino para as pessoas que possuem pouco tempo para exercitar-se e que desejam melhorar sua capacidade cardiorrespiratória e acentuar a perda de gordura corporal e que, logicamente, estejam aptos ao forte trabalho. Os indivíduos que mais se beneficiarão desta prática são aqueles que não têm muito tempo para treinar ou aqueles que não têm como acessar uma academia, seja por motivos financeiros ou por causa de compromissos familiares (como cuidar dos filhos). Os exercícios intervalados podem ser realizados em casa sem aparelhos especiais. Os programas de exercícios HIIT são perfeitos para pessoas que querem resultados mais rápidos que não permitem que você caia em desânimo na busca pela perda de peso e queima de gordura. Para aqueles que têm possibilidade de frequentar academia e realizar outros esportes, o HIIT pode funcionar como complemento e potencializador de resultados. Podem praticar a modalidade jovens ou pessoas com mais idade, desde que, para cada faixa etária e nível de condicionamento físico, sejam adotados treinos adequados e seguros. Para quem o HIIT não é? Os exercícios do tipo HIIT podem ser adaptados para praticamente qualquer pessoa. Entretanto, como já dito, praticantes iniciantes e com baixa resistência e condicionamento físico deverão realizar os movimentos de alta intensidade em um nível de dificuldade próprio para sua capacidade, além de executar a parte mais intensa do exercício de forma reduzida. 23 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 Pessoas com doenças ou problemas que impeçam a realização de exercício físico de alta intensidade deverão consultar um médico que, provavelmente, recomendará buscar outras modalidades de exercício, também eficazes. O treino HIIT é considerado explosivo e dispara bastante o batimento cardíaco. Por este motivo, pessoas idosas deverão analisar se estão aptas à prática e realizar exercícios com acompanhamento profissional, que irá adaptar o nível de execução de forma adequada e segura para o praticante. Veja quais são as pessoas que devem ter cuidado e avaliação médica antes de iniciar um programa de HIIT (e outras atividades físicas): • Pessoas hipertensas; • Indivíduos com problemas nas articulações; • Portadores de doenças cardiovasculares; • Gestantes; • Idosos; Repetimos que não há impeditivo definitivo para estas pessoas praticarem treinos HIIT, entretanto, nos casos acima vale o alerta de que é muito importante o acompanhamento profissional e a avaliação médica antes da prática de qualquer exercício. Na verdade, para todas as pessoas, o acompanhamento ou a instrução de um profissional capacitado é recomendado para a segurança e eficácia do exercício físico. Igualmente importante é a correta alimentação antes e pós-treino. Jamais faça um treino HIIT em jejum. 24 Quero fazer o HIIT! Quais precauções devo tomar? 1) Procure um médico ou avaliador físico Recomendamos que você faça um check-up cardiovascular e metabólico prévio. Muitas academias tem a capacidade de disponibilizar este diagnóstico por si próprias. Em outros casos será necessário buscar um especialista. Caso nenhuma das alternativas acima seja viável, confie nos sinais que seu corpo lhe oferece. Execute os intervalos de alta intensidade por menos tempo que os intervalos de intensidade moderada e de repouso e vá melhorando seu desempenho com a prática constante. Se sentir tonturas, náuseas ou qualquer outro alerta preocupante, respeite seu corpo e pare o exercício. 2) Encaixe o HIIT corretamente em sua rotina de exercícios Como já mencionamos anteriormente, o HIIT é um exercício que exige uma sólida base fisiológica e musculo-articular, resultado de um treinamento progressivo, e uma boa saúde cardiovascular. Por isso mesmo se você pratica outros tipos de exercício (como a musculação) pode haver risco de overtraining. Durante a leitura deste livro iremos dar algumas dicas sobre como praticar estas duas atividades concomitantemente. O HIIT exige um pouco mais de nosso corpo e para reduzir o risco de lesões, se você quer otimizar seu tempo de treino, pergunte ao seu professor ou, de preferência ao seu médico, sobre como conciliar a sua série atual com os treinos HIIT. 25 3) Tenha uma dieta adequada Se você é daqueles que não vê um pedaço de pão há semanas ou tem evitado comer qualquer tipo de carboidrato, fazer um treino de alta intensidade como esse pode fazer com que você catabolize seus músculos (utilize os músculos como fonte de energia) e ainda tenha grandes chances de não conseguir terminar o treino. Você não pode fazer um treino com a intensidade que o HIIT demanda sem ter glicose no seu sangue. Tanto os carboidratos, quanto a gordura e os músculos requerem vários graus de processamento antes que eles possam ser usados como energia. Os carboidratos são as moléculas que são processadas de forma mais rápida. Consequentemente, se você não tiver uma ingesta adequada deste nutriente não conseguirá completar seu treino. Isso não significa que você possa comer uma lasanha e partir para a academia ok? Quer dizer, poder você até pode, mas quem quer malhar a toa? Existem fontes de carboidratos muito mais interessantes e nutritivas! 26 EXERCÍCIO AERÓBICO X EXERCÍCIO ANAERÓBICO 27 CAPÍTULO V. Você deve estar curioso para entender de que forma o HIIT atua no seu organismo, promovendo a queima de gordura, certo? Entretanto, precisamos lhes apresentar alguns conceitos básicos que irão auxiliar no correto entendimento do mecanismo de funcionamento do HIIT. Em primeiro lugar, precisamos entender a diferença básica entre Exercícios Aeróbicos e Exercícios Anaeróbicos, entendendo em que categoria de exercícios o HIIT se encontra. Todas as atividades físicas são divididas nestes dois grandes grupos. Há variações dentro destes grupos, porém, entender esta divisão principal é importante para saber qual tipo de exercício será mais eficiente para seu objetivo. Primeiro é importante entender que quando falamos de exercícios físicos,desde que corretamente executados, não há melhor ou pior. O que acontece é que certos exercícios apresentarão determinados resultados e cada tipo de pessoa possui um objetivo a ser levado em conta. Além disso, há exercícios cuja prática pode não ser uma boa opção para pessoas de certa faixa etária ou condição corporal. ATP o quê? Primeiro, vamos entender o que é ATP, pois este termo é importante para que você possa entender a diferença entre estes dois tipos de exercício. ATP (sigla do “palavrão” Adenosina Trifosfato ou Trifosfato de Adenosina) é uma molécula indispensável a vida. Essa molécula foi a engenhosa solução achada pela natureza e pela evolução para compor um sistema simples, rápido e robusto de trocar energia. Em qualquer situação prática, trocas de energia precisam ser feitas de forma organizada para evitar perdas. Para isso, usamos pilhas, baterias, caixas d´água, represas, fios elétricos, enfim, um monte de esquemas para organizar a produção e o transporte da energia da fonte de geração ao consumidor. Nas células do nosso corpo, esse gerenciamento é feito com o uso do ATP. O ATP é como um motoboy que pega a energia do local onde é produzida (as mitocôndrias) e leva para onde ela é requisitada, em outras partes da célula. Agora mesmo, quando você move o dedo para clicar seu mouse, os músculos de seu dedo estão tirando um pouco de energia das moléculas de ATP que estão por perto e usando essa energia para contrair as fibras, produzindo o movimento. O mesmo acontece com qualquer outro processo biológico que use energia – isto é, todos! A forma como o ATP armazena e cede energia é simples. O ATP é formado por uma molécula de adenosina e três moléculas de fosfato (por isso, trifosfato de adenosina! ) O processo de quebra desta molécula gera energia. Na verdade, um dos fosfatos do nosso amigo ATP se solta, dando origem à uma molécula de ADP (Adenosina Di-Fosfato, que remete a 2 fosfatos… Tá vendo, as palavras podem ser nossas amigas no entendimento da química) e este processo libera energia. Depois que o ATP libera sua energia e vira ADP, é necessário recarregar sua energia, como em uma bateria. Esse processo, como é fácil de prever, consiste em colar novamente o fosfato no ADP para recuperar o ATP. O mais interessante disso tudo é que um ser humano tem cerca de 100 trilhões de células. Cada uma dessas células tem, a cada instante, cerca de 1 bilhão de moléculas de ATP. 29 Acontece que, pasmem, esse bilhão de moléculas de ATP só é suficiente para atender as necessidades de energia da célula por poucos minutos. Mais ATP tem de ser criado, juntando ADP com fosfato, continuamente e sem parar, senão a gente morre. A energia, na forma de moléculas de ATP, é produzida de duas formas, na fermentação dos alimentos e na cadeia respiratória. O organismo pode sintetizar o ATP através do meio aeróbico ou anaeróbico. O combustível do exercício A diferença entre os exercícios aeróbicos e anaeróbicos está no combustível usado para síntese de ATP. No caso dos exercícios aeróbicos, como diz o próprio termo, o combustível é o ar. O exercício aeróbico é um exercício de longa duração, contínuo e de baixa e moderada intensidade. No caso dos exercícios anaeróbicos, não há uso prioritário do oxigênio como fonte de energia. Estes exercícios são atividades de curta duração e de grande intensidade, e muitos são direcionados apenas para alguns grupos musculares, como no caso da musculação. Apesar do sistema aeróbico não conseguir produzir ATP tão rápido quanto o sistema anaeróbico, ele consegue produzi-lo em maiores quantidades. Mal pessoa inicia a sua atividade física, o sistema anaeróbico é ativado. No entanto, se o tipo de exercício que você está praticando é de baixa/média intensidade e longa duração, o organismo passa a produzir ATP através do sistema aeróbico. 30 O sistema anaeróbico é predominante em atividades que durem até cerca de 90 segundos, como as séries de musculação, saltos em altura e Sprint. De maneira a responder à demanda do organismo por grandes quantidades de energia de forma rápida, o ATP segue outras vias de síntese, vias essas que não necessitam da presença de oxigênio. Isto permite poupar muito tempo ao organismo. Quando praticamos exercícios anaeróbicos, o corpo pode usar duas maneiras para sintetizar energia: alática (que não causa a produção de ácido lático) e lática (causa a produção do ácido lático - aquele responsável por aquela dorzinha “boa” do dia seguinte da academia). Pelo mecanismo alático, o corpo utiliza o ATP que já está nos músculos. Neste caso, o exercício tem pouquíssima duração. Um bom exemplo é subir um lance de escadas rapidamente e depois, parar. Se o corpo continuar o movimento e esta reserva de ATP dos músculos acabar, o organismo terá que usar outra maneira de sintetizar mais ATP. O organismo fará isso através do meio anaeróbico lático ou aeróbico. Vantagens e desvantagens do exercício aeróbico A desvantagem do exercício aeróbico é a sua lentidão, pois depende do oxigênio, de várias enzimas e processos moleculares. Por isso, o exercício aeróbico é mais eficiente quando tem baixa intensidade, mas longa duração. 31 As vantagens do exercício aeróbico são: • Fortalecimento da estrutura cardiorrespiratória, pois exige bastante do coração e dos pulmões; • Diminuição da pressão arterial; • Melhoria da circulação sanguínea; • Elevação das reservas de energia nos músculos, aumentando a resistência. Sendo assim, a prática constante de exercícios aeróbicos ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e respiratórias. Atividades aeróbicas de alto impacto, como corrida, tênis, etc. estimulam o crescimento e o fortalecimento dos ossos, prevenindo a osteoporose. Vantagens e desvantagens do exercício anaeróbico A via lática é potente na produção de resultados, porém, a desvantagem é a produção do ácido lático, que causa dor e desconforto. • O treino de força, por exemplo, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, artrite e dor nas costas • O exercício anaeróbico é altamente eficaz para o aumento e manutenção da massa magra, aumento do metabolismo e do tônus muscular. Conclusão O sistema anaeróbico fornece energia instantânea para a atividade física de curta duração e alta intensidade. O sistema aeróbico fornece energia para a atividade física de média-longa duração e de média-baixa intensidade. O treino intervalado de alta intensidade utiliza ambos os sistemas, daí os bons resultados que este tipo de treino permite pois o treino melhora a eficiência dos dois sistemas energéticos. 32 EPOC, VO2 MÁX, OXIDAÇÃO LIPÍDA… É DE COMER OU DE PASSAR NO CABELO? 33 CAPÍTULO VI. EPOC, VO2 MÁX e outros nomes “tão bonitos quanto” podem parecer de difícil compreensão em um primeiro momento, mas entender o que estas siglas significam vai te ajudar – e muito – a compreender o funcionamento do HIIT no seu organismo. Vamos conhecer melhor cada uma delas? EPOC: A chave para potencializar o emagrecimento O corpo humano, quando em trabalho físico intenso, gera determinados “desgastes” musculares, metabólicos, hormonais e bioenergéticos. Tais “desgastes” são produzidos pelo catabolismo corporal (parte do metabolismo que se refere à degradação da matéria orgânica para fins de obtenção de energia) que ocorre durante a sessão de treinamento.No pós esforço físico uma taxa maior de energia que o normal é necessária para recuperação dos “desgastes” produzidos durante o treinamento. Como o metabolismo preponderante no pós treino é o aeróbio (queima de gordura e de glicose) é identificado um consumo maior de oxigênio que o esperado para o repouso – por isso a sigla EPOC, que, em inglês, significa Excess Post Exercise Oxygen Consumption, ou seja, consumo excessivo de oxigênio após o exercício. O processo de EPOC, conforme o nome sugere, é a queima energética mesmo após o término do exercício. Quando você eleva o metabolismo em uma atividade física que exige o máximo de esforço, este efeito é acionado e o organismo mantém-se queimando calorias em uma velocidade mais alta que a normal mesmo após o término do exercício. Quando praticamos exercícios aeróbicos, por exemplo uma caminhada de uma hora, o corpo se aquece e se mantém queimando calorias por até 12 horas após o término do exercício. 34 Porém, em exercícios de alta intensidade, o organismo poderá manter-se neste estado por até 48 horas. Tal efeito acontece porque o corpo, mesmo que se exercitando por pouco tempo, foi exigido em sua potência máxima. No caso da musculação, o EPOC pode ter duração de 12 a 24 horas. Em treinos mais intensos, a duração da queima calórica alterada pós-exercício pode chegar a 48/49 horas. Em qualquer atividade, os efeitos do EPOC aumentam sua duração depois de um tempo de prática. Isso significa que, depois de alguns meses treinando, a queima calórica após o término do exercício será cada vez maior. Quer mais o quê? VO2 MÁX: Saiba medir e utilizá-lo a seu favor O VO2 máx é o volume máximo de oxigênio que o corpo consegue “pegar” do ar que está dentro dos pulmões, levar até os tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de energia, em uma unidade de tempo. Este valor pode ser obtido indiretamente (através de diferentes testes, cada qual com seu protocolo e suas fórmulas) ou diretamente (pelo teste ergoespirométrico). 35 Através do cálculo do VO2 máx, verifica-se a capacidade aeróbica de uma pessoa. Este cálculo é usado para medir o “condicionamento” e o quão “condicionável” é o indivíduo. A sigla significa “Volume de Oxigênio (O2) máximo”. Normalmente o VO2 máx é genético, não podendo ser melhorado muito acima de 20 ou 30%. Além disso, alguns outros fatores também influem no seu valor, tais como: • Taxa de Gordura (quanto maior a taxa de gordura do indivíduo, menor seu VO2 máx). • Idade (quanto maior a idade, menor o VO2 máx). • Musculatura (quanto maior a musculatura, maior o VO2máx). Se o indivíduo for sedentário, provavelmente, com treinamento, poderá ter seu VO2 máx melhorado em até 30%. Vale lembrar que existem várias diferenças fisiológicas entre homens e mulheres (e o VO2 máx é uma delas). Estatisticamente falando, o VO2 máx das mulheres costuma ser de 10 a 15% menor que o dos homens. Um maratonista tem, em média, um valor de VO2 máx de 70mL/kg/min. E ai, o seu está perto ou longe disso? Oxidação Lipídica: A eliminação da gordura De maneira simplista, a oxidação lipídica nada mais é que o processo de queima de gordura armazenada no corpo. As gorduras representam a maior reserva de energia do organismo e elas têm funções importantes como aquecer o corpo, proteger os órgãos e armazenar energia e nutrientes – além de nos preocupar diante do espelho. Em excesso, porém, todos sabem que além do incômodo estético, representa sério risco à saúde. 36 Há três categorias de processos responsáveis pela queima de calorias no seu corpo. Entre 60% e 70% das calorias queimadas por dia são processadas apenas por você estar vivo. Isto não tem nada a ver com se mexer. Nada. É a chamada taxa metabólica basal. Outros 10% a 15% são queimados pelo simples ato de digerir o que você come, o chamado metabolismo digestivo (ou efeito térmico do alimento). Estes dois processos acima representam, juntos, entre 70% e 85% — tudo isso mal tendo que mover um dedo. Os últimos 15% a 30% vêm da atividade física, seja na forma de malhação (termogênese associada a exercícios) ou apenas por andar pelo seu apartamento (termogênese de atividades que não são exercício). Agora que você já sabe o que tudo isso significa, que tal entender melhor o funcionamento do HIIT no seu organismo? 37 QUAL O MECANISMO DE FUNCIONAMENTO DO HIIT? 38 CAPÍTULO VII. O exercício praticado de maneira intervalada vai acelerar o seu metabolismo, da mesma forma que os exercícios anaeróbicos láticos, mas, na modalidade HIIT, a execução por mais tempo será viável, pois haverá as fases de baixa intensidade, como no caso dos exercícios aeróbicos. Mesmo assim, para dar resultado, a execução não precisará (nem deverá) ter a mesma duração de um exercício aeróbico, como uma caminhada de uma hora. Uma das vantagens do HIIT está em, justamente, consumir menos tempo do praticante. Como realizar o HIIT Para funcionar, o exercício praticado em alta intensidade deve exigir o máximo que o corpo conseguir. Desta maneira, o corpo continuará no mesmo ritmo de queima mesmo durante a fase de moderação e até mesmo após o término do exercício. Porque o HIIT funciona Veja este trecho do estudo “Efeitos do treinamento aeróbico sobre a frequência cardíaca”: “(…) muito embora exercícios moderados já contribuam para o aprimoramento da saúde, há evidências consistentes e recentes de que exercícios de alta intensidade ou vigorosos produzem efeitos positivos ainda mais importantes sobre o perfil lipídico (…)” (ou seja, sobre a gordura corporal). Vemos então que os exercícios de alta intensidade promovem de maneira mais eficaz a queima de gordura. Os intervalos de alta intensidade deverão ser realizados próximo da capacidade aeróbia máxima (VO2 máx) e da fadiga. Porém, o corpo não suporta a realização de atividade física muito elevada por um período grande sem sentir dor ou desconforto (lembra- se do capítulo sobre a atividade anaeróbica lática?). Por isso, deve-se dar um intervalo para que organismo utilize um pouco de ar para sintetizar mais ATP. Com o intervalo de moderação, isso é possível. Seria como “parar para respirar”. O intervalo moderado também permite que o corpo elimine o ácido lático, evitando a dor e permitindo o retorno para a fase de alta intensidade. Mas, o grande diferencial do HIIT é ativar o EPOC (lembra- se da explicação sobre o EPOC?). Este processo consiste na contínua queima energética mesmo após o término do exercício. Quando você eleva o metabolismo em uma atividade física que exige o máximo de seu corpo, este efeito é acionado. Além da queima de gordura mais intensa, outra vantagem do HIIT é não acomodar o corpo em um determinado ritmo. Veja o que diz Maiza Moreira da Silva, coordenadora do Laboratório do Movimento da Universidade Federal de Minas Gerais, em matéria para o site M de Mulher: “(…) a resposta do organismo ao exercício físico é mais evidente nas primeiras semanas ou meses, mas, após um tempo, ele busca equilíbrio e os resultados vão diminuindo. Por isso, é necessário provocar estímulos diferentes, tirando o corpo desse equilíbrio para alcançar a meta desejada.” 40 Além disso, há várias pesquisas que mostram que, pessoas que foram submetidas a treinamentos HIIT obtiveram maior eliminação de gordurado que pessoas submetidas a outros tipos de exercício, como no caso da pesquisa canadense (Impacto da intensidade “Impact of exercise intensity on body fatness and skeletal muscle metabolim” e do exercício na gordura corporal e no metabolismo da estrutura muscular). No estudo, há a demonstração da diferença de resultados entre dois grupos de pessoas: um deles foi submetido a exercícios de resistência (aeróbicos) e o outro a exercícios HIIT. O primeiro grupo apresentou maior gasto energético, porém menor eliminação de dobras cutâneas (gorduras), enquanto o segundo grupo teve uma eliminação até nove vezes maior da gordura corporal. Vemos então que o exercício do tipo HIIT é extremamente eficaz (senão o mais recomendado) para eliminação de gordura corporal. Dê adeus aos seus pneuzinhos! 41 O HIIT SUBSTITUI O TREINO DE MUSCULAÇÃO? 42 CAPÍTULO VIII. Essa é uma das dúvidas mais frequentes quando o assunto é treino intervalado de alta intensidade. Afinal, ele substitui o treino de musculação? Como intercalar o treino HIIT com os treinos de força? Primeiro, vamos entender o foco principal dos dois exercícios. O HIIT tem foco na ativação do mecanismo de queima de gordura e na elevação do gasto energético do corpo, como já vimos anteriormente. O treino de musculação tem foco no fortalecimento muscular e, para algumas pessoas, no ganho de massa muscular. Se o HIIT pode substituir a malhação? Sim e não. Depende do objetivo. Entenda o porquê. Musculação combinada com HIIT Para os praticantes de musculação que pretendem perder gordura sem perder massa magra (ou até mesmo ganhando massa magra), o HIIT pode ser um potencializador sem que a pessoa deixe de praticar a musculação. Para simular os efeitos do HIIT, a própria musculação pode ser praticada de maneira diferente, em um ritmo mais acelerado, intercalando exercícios. Veja o que diz o médico Carlos Kein (fonte: M de Mulher) “A musculação é muito importante na manutenção da massa magra e do tônus muscular. E gasta muitas calorias também. O que você deve fazer é procurar fazer a musculação de forma intensa, respeitando os estímulos propostos pelo professor e o tempo de descanso”. Ele completa: “Na academia, vejo muita gente fazendo musculação e conversando durante 3 ou 4 minutos entre uma série e outra. Nesse tempo, seu corpo já voltou ao estado de repouso. Aqui está um ponto crucial: numa sessão de treino, você não deve jamais deixar seu corpo voltar ao estado de repouso”. 43 Outra opção é intercalar exercícios de musculação com exercícios de HIIT. Por exemplo, praticar a musculação duas a três vezes por semana e o HIIT três vezes por semana. Isso, com certeza, fará com que você perca gordura e aumente o tônus muscular. Mas lembre-se, não pratique o HIIT no mesmo momento da musculação - Por exemplo, praticar exercícios intercalados (correr e caminhar, por exemplo) e depois realizar musculação. Se for fazê-lo no mesmo dia, dê ao menos 6 horas de espaçamento do treinamento. Como os dois treinamentos são anaeróbicos e têm como base a queima glicolítica, um poderá interferir na execução do outro, provocando uma queda na capacidade corporal de responder aos movimentos e nos resultados. HIIT: Amigo da musculação Os longos treinamentos aeróbicos podem liberar muitos hormônios catabólicos, ou seja, que degradam os próprios músculos para obtenção de energia. O mais famoso deles é o cortisol. Um dos efeitos da ação do cortisol é roubar proteína dos músculos para fornecer energia ao corpo, tirando o foco do uso de gordura como combustível e ocasionando perda muscular. O mesmo não ocorre com o treinamento HIIT. Como o treinamento intervalado de alta intensidade tende a ser rápido, o corpo não chega a liberar tais hormônios. Por isso, o HIIT pode ser combinado tranquilamente com a musculação, potencializando a queima de massa gorda e o gasto calórico. 44 Quando o HIIT pode substituir a musculação O HIIT é ideal para pessoas que não possuem tempo para treinar por mais de uma hora (na verdade, exercícios HIIT podem durar, por exemplo, apenas 15 ou 20 minutos) ou que não possuem acesso à academia por motivos financeiros, logísticos ou organização pessoal (família, filhos etc.). Como existem programas de exercícios intervalados que não necessitam de aparelhos ou estruturas diferenciadas, o HIIT pode ser praticado em qualquer lugar e a qualquer momento. Pessoas que não desejam ganhar massa magra e que se encontram numa das situações acima descritas, ou ainda, que não gostam de musculação, podem substituir os exercícios musculares pelo HIIT tranquilamente. Claro que, quanto mais a pessoa consiga encaixar atividades físicas em sua rotina, mais completos serão os benefícios e mais rápidos os resultados. Entretanto, sabemos que a vida moderna não permite que viremos verdadeiros atletas. Por este motivo, os treinos HIIT são tão práticos e viáveis. 7 MOTIVOS PARA VOCÊ TREINAR MENOS E EMAGRECER MAIS 46 CAPÍTULO IX. MENOS EXERCÍCIOS MAIS BENEFÍCIOS Ficamos felizes que você tenha nos acompanhado até aqui! Para fechar nosso livro com chave de ouro, preparamos os 7 principais motivos pelos quais você deve começar já a iniciar seu treino HIIT! Qual o bem mais precioso da vida de qualquer ser humano? Nós te respondemos: o tempo! A cada segundo que passa, você tem menos desse precioso tesouro e, por isso mesmo, não ouse desperdiçá-lo! É possível treinar de 4 a 30 minutos, 2 a 3 vezes por semana, e ter resultados mais consistentes para a queima de gordura do que se você fizesse 60 minutos de exercícios contínuos 5 vezes na semana. Parece mentira, não é? Mas na verdade é só uma das constatações a que chegaram vários cientistas da fisiologia do exercício. Que tal malhar durante sua pausa para o almoço ou durante aquele tempo livre entre um compromisso e outro? Falta de tempo não é mais desculpa! 47 1 QUEIME MAIS GORDURA O HIIT funciona porque a queima de gordura requer oxigênio. Durante um treino intervalado de alta intensidade você não consegue respirar tudo o que precisa e por isso mesmo fica ofegante e com a sensação de que o coração vai sair pela boca. Quando isso acontece a queima de gordura decorre do excesso de consumo de oxigênio após o exercício (EPOC, lembra?), permitindo que você queime calorias por até 48 horas após o exercício. O treino aeróbico, de fato, queima mais gordura enquanto executado, mas o HIIT aumenta a taxa do metabolismo de repouso que é responsável por cerca de 70% do nosso gasto energético diário. Eis aí a grande sacada deste método de treino! 48 2 CORAÇÃO DE ATLETA A maioria das pessoas não está acostumada a se exercitar dentro da zona anaeróbica (aquele faixa de batimentos cardíacos que dá a sensação de que seu coração vai saltar pela boca) mas, por incrível que pareça, isso faz bem ao coração! Um estudo de 2006 descobriu que após 8 semanas praticando o HIIT, indivíduos podiam pedalar o dobro da distância percorrida antes do estudo, mantendo o mesmo ritmo. O HIIT aumenta consideravelmente a sua capacidade cardiovascular. Entretanto, fique atento: Se você é sedentário ou não está acostumado a grandes cargas de exercício físico, comece devagar. Faça treinos de adaptação e procure um especialista para te indicar a intensidade de exercícios adequada. Com certeza em poucotempo você ficará espantado com sua nova resistência e capacidade de execução dos exercícios! 49 3 FACILIDADE DE EXECUÇÃO O HIIT é uma modalidade extremamente versátil! Correr, pedalar, pular corda, nadar, saltar em caixotes ou muretas ou qualquer outro exercício que aumente sua frequência cardíaca (até mesmo utilizando apenas o peso do seu próprio corpo) servirão para executar este tipo de treino. E o melhor disso tudo é que você pode dispensar os equipamentos e a academia, caso queira. Acho que vou ali na beira da praia dar uma corridinha intervalada… Você talvez prefira malhar do conforto da sua casa! 50 4 http://hiitbrasil.com/ebook/cd211 http://hotmart.net.br/show.html?a=T2278863N&ap=4084 PERCA PESO, NÃO MÚSCULOS Qualquer pessoa que já tenha feito uma dieta para “secar” sabe que é quase impossível não perder massa muscular junto com a gordura. Enquanto exercícios longos e contínuos parecem propiciar a perda de massa muscular, exercícios como o HIIT e a musculação permitem a preservação da massa magra e a perda de peso proveniente da oxidação lipídica (queima de gordura). Um estudo da Laval University, no Canadá, averiguou que as fibras musculares dos praticantes do HIIT tinham níveis bem mais elevados de oxidação lipídica (queima de gordura) do que os indivíduos acostumados aos treinos contínuos. Um estudo do American Journal of Physiology indicou que 6 semanas de HIIT aumentaram em até 50% a quantidade de enzimas especiais nos músculos que são responsáveis pelo transporte de gordura para as mitocôndrias. 51 5 CONTROLE O NÍVEL DE AÇÚCAR NO SANGUE Nos anos 50 foi descoberto que a insulina é o hormônio responsável pela acumulação de gordura no corpo e você, provavelmente, já deve ter ouvido falar que a insensibilidade à insulina pode levar ao desenvolvimento de diabetes. O HIIT melhora a sensibilidade à insulina. Um novo estudo publicado no jornal de “Diabetologia” sugere que este tipo de exercício ajude a controlar o nível de açúcar em pessoas com tipo 2 de diabetes. Outro estudo publicado na BMC Endocrine Disorders mostrou que após 2 semanas de treinos intervalados de alta intensidade, com apenas 15 minutos de exercício, a sensibilidade a insulina foi melhorada em 23%. 52 6 DESAFIE A SI MESMO! Esse não é um treino que você consiga fazer enquanto lê uma revista ou joga conversa fora na academia. Justamente por ele ser muito curto, você precisará dar seu máximo. Este formato de exercícios propõe sempre novos desafios e uma forma rápida de perceber resultados. Se entediou da esteira? HIIT na bike! Cansado da academia? HIIT no parque! Está chovendo? HIIT na sala de casa! Você pode estar cansado, fadigado e até com dor, mas te garanto que de uma coisa você não vai estar sofrendo: tédio! E ai, tá esperando o quê para começar seu treino? 53 7 VOCÊ COM O CORPO QUE SEMPRE QUIS! CAPÍTULO X. 54 EMAGREÇA EM 12 SEMANAS COM HIIT! Nós já citamos diversas vezes ao longo deste livro que o treino HIIT pode manter seu metabolismo de repouso queimando gordura por até 48 horas! Mas... Como transformar esse conhecimento em resultados efetivos e duradouros? O HIIT Brasil tem uma parceria com um dos maiores especialistas sobre emagrecimento e Treino Intervalado de Alta Intensidade do Brasil, o RAPHAEL CAPEL! 55 https://go.hotmart.com/T5215560H QUEM É RAPHAEL CAPEL? COMO ELE PODE TE AJUDAR? Raphael Capel é personal trainer, especialista em emagrecimento e criador do Treino Hiit 12 Semanas. O TH12 é um Treinamento Online que já ajudou milhares de pessoas a emagrecer de forma rápida, saudável e sustentável. Como você pode notar nas fotos acima, o Raphael também lutou contra a obesidade e através do Hiit mudou o próprio corpo usando as técnicas que hoje ensina a seus alunos. - CLICK AQUI PARA CONHECER MELHOR O PROGRAMA E AS AULAS DO RAPHAEL - CLICK AQUI PARA INSCREVER-SE NO TREINO HIIT 12 SEMANAS 68 https://go.hotmart.com/T5215560H https://go.hotmart.com/T5215560H?ap=5661 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 6 – Nov/Dez, 2006 393 1. Centro Universitário de Belo Horizonte, BH, MG. 2. Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina – UNIFESP-EPM. Recebido em 27/12/05. Versão final recebida em 30/7/06. Aceito em 24/8/06. Endereço para correspondência: Giselle Foureaux, Rua Igaraúnas, 70, Floramar – 31840-330 – Belo Horizonte, MG. E-mail: gfoureaux.morf@epm.br / gifoureaux@yahoo.com.br Efeito do consumo excessivo de oxigênio após exercício e da taxa metabólica de repouso no gasto energético Giselle Foureaux1-2, Kelerson Mauro de Castro Pinto1 e Ana Dâmaso2 ARTIGO DE REVISÃO Palavras-chave: Obesidade. Emagrecimento. EPOC. TMR. Keywords: Obesity. Weight loss. EPOC. RMR. Palabras-clave: Obesidad. Adelgazamiento. EPOC. TMR. RESUMO A crescente prevalência de obesidade e sobrepeso ressalta a necessidade de intervenções para reverter esse quadro. Nesse contexto, a atividade física pode contribuir com um efeito duplo, por meio de mudanças fisiológicas agudas e crônicas: na primeira condição encontra-se o gasto energético do exercício e recupera- ção (EPOC – consumo excessivo de oxigênio após o exercício), e na segunda encontra-se a taxa metabólica de repouso (TMR). Dessa forma, o objetivo deste trabalho de revisão foi investigar o efeito do EPOC e da TMR como coadjuvantes nos programas de ema- grecimento, buscando discutir os divergentes resultados encon- trados na literatura, no que diz respeito à magnitude e duração do EPOC, bem como discutir o efeito do exercício na TMR. Os estu- dos demonstram, de forma geral, que o exercício de maior inten- sidade é capaz de promover maior EPOC, se comparado com um exercício de intensidade menor e, quando comparam o exercício resistido com o aeróbio, verifica-se maior EPOC no primeiro. Em relação às alterações da TMR, os resultados agudos mostram au- mento significativo, porém os resultados em longo prazo são mais discrepantes, devido à dificuldade de mensurar essa variável, sem superestimá-la. Concluindo, a literatura aponta que a periodização de um treinamento que possa maximizar tanto o EPOC quanto a TMR podem ser importantes fatores para o emagrecimento e, embora, o custo energético dessas variáveis em uma sessão de exercício se mostre pequeno, em longo prazo poderá ser bastan- te significativo. No entanto, novos estudos deverão ser realizados com o intuito de confirmar essas evidências. ABSTRACT Effects of excess post-exercise oxygen consumption and resting metabolic rate in energetic cost The constant growth of obesity and overweight only goes to show the need of intervention to reverse those figures. In this context, physical activity can contribute with a double effect, through acute and chronic physiological changes: in the first con- dition one can find the energetic cost from exercising and recov- ery (EPOC – excess post-exercise oxygen consumption), and in the second, the resting metabolic rate (RMR). Thus, this revision’s goal was to investigate the effect of EPOC and RMR as support- ing factors in weight-control programs, willing to discuss the dif- ferent results found in literature, concerning both magnitude and length of EPOC, as well as discussing the effects of exercising in RMR. Research shows, in general terms, that the most intense exercises are able to promote a bigger EPOC when compared to exercises of lower intensity, while a bigger EPOC was found in resistive exercises when compared to aerobic ones. Concerning RMR changes, the acute results show significant increase at it; however, long-term results are more discrepant, due to the diffi- culty in measuring this variable without overestimating it. In sum- mary, literature points that periodicityof a training that can maxi- mize both EPOC and RMR may be an important factor to weight-losing and, although energetic cost of these variables in a therapy session seem rather small, it can be significant in a long- term relation. However, new studies are important to confirm the- se evidences. RESUMEN Efecto del consumo excesivo de oxígeno después del ejercicio y de la tasa metabólica de reposo en el desgaste energético La creciente prevalencia de la obesidad y el sobrepeso resalta la necesidad de intervenciones para reverter ese cuadro. En ese contexto, la actividad física puede contribuir con un doble efecto, por medio de cambios fisiológicos agudos y crónicos: en la prime- ra condición se encuentra desgaste energético del ejercicio y re- cuperación (EPOC – consumo excesivo de oxígeno después del ejercicio), y en la segunda se encuentra la tasa metabólica de re- poso (TMR). De esta forma, el objetivo de este trabajo de revisión ha sido el de investigar el efecto de EPOC y de TMR como coa- dyuvantes en los programas de adelgazamiento, buscando discu- tir los divergentes resultados encontrados en la literatura, en lo que se refiere a la magnitud y duración de EPOC, así como discu- tir el efecto del ejercicio en TMR. Los estudios demostraron, de una forma general, que el ejercicio de mayor intensidad es capaz de promover un mayor EPOC, al ser comparado con un ejercicio de intensidad menor y, cuando compararon el ejercicio de resis- tencia con el aeróbico, se verifica un mayor EPOC en el primero. En relación a las alteraciones de TMR, los resultados agudos mues- tran un aumento significativo, pero los resultados a largo plazo son más discrepantes, debido a la dificultad de medir esa variable, sin superestimarla. En conclusión, la literatura apunta que la perio- dicidad de un entrenamiento que pueda maximizar tanto EPOC como TMR, que pueden ser importantes factores para adelgaza- miento, a pesar del costo energético de esas variables en una sesión de ejercicio se muestre pequeño, a largo plazo podrá ser bastante significativo. Sin embargo, nuevos estudios deberán ser realizados con el intuito de confirmar estas evidencias. INTRODUÇÃO O gasto energético diário pode ser dividido em três componen- tes: TMR (taxa metabólica de repouso), efeito térmico do alimen- to e gasto energético associado com a atividade física(1). A ativida- de física promove aumento do gasto energético total tanto de forma 394 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 6 – Nov/Dez, 2006 aguda quanto de forma crônica. A primeira condição refere-se ao próprio gasto energético durante a realização do exercício e du- rante a fase de recuperação; já a segunda refere-se às alterações da taxa metabólica de repouso – TMR(2). No que diz respeito ao efeito agudo, está bem estabelecido que, após o término do exercício, o consumo de O2 não retorna aos valores de repouso imediatamente. Essa demanda energética du- rante o período de recuperação após o exercício é conhecida como consumo excessivo de oxigênio após o exercício, ou ainda, ex- cess posterxercise oxygen consumption – EPOC(3). O excesso de consumo de oxigênio após o exercício consiste em um componente rápido e um componente prolongado. O com- ponente rápido do EPOC ocorre dentro de 1h(4). Embora a causa precisa dessas respostas não esteja bem esclarecida, é provável que esses fatores contribuam para: a ressíntese de ATP/CP, redis- tribuição comportamental dos íons (aumento na atividade da bomba de sódio e potássio), remoção do lactato, restauração do dano tecidual, assim como restauração do aumento da FC e do aumen- to da temperatura corporal(4-8). Durante o componente prolonga- do, processos para o retorno da homeostase fisiológica ocorrem continuamente, porém em um nível mais baixo. Esses processos podem incluir o ciclo de Krebs com maior utilização de ácidos gra- xos livres(4,6); efeitos de vários hormônios, como o cortisol, insuli- na, ACTH, hormônios da tireóide e GH(5); ressíntese de hemoglo- bina e mioglobina(7); aumento da atividade simpática(7); aumento da respiração mitocondrial pelo aumento da concentração de nor- epinefrina(9); ressíntese de glicogênio, aumento da temperatura(10). Têm sido discrepantes ainda os resultados dos diversos estu- dos no que diz respeito à magnitude e duração do EPOC. Enquan- to vários estudos demonstram que o EPOC pode permanecer por horas(4,5,7,10-15), outros têm concluído que o EPOC é transitivo e mí- nimo(14,16-18). Vários trabalhos têm analisado a contribuição do EPOC em pro- gramas de emagrecimento, visto que este é o resultado de um balanço energético diário negativo entre consumo e gasto ener- gético(19). Bahr et al.(10) já haviam considerado o EPOC como um importante fator no controle do peso, uma vez que o exercício demanda uma energia extra além da prevista na atividade física. Em corroboração, outros estudos relataram que a magnitude do metabolismo elevado durante a recuperação tem implicação impor- tante na prescrição de programas de redução ponderal(9,12-13,19-20). A redução ponderal também está relacionada às alterações crô- nicas da atividade física, ou seja, da taxa metabólica de repouso (TMR). A TMR é definida como o gasto energético necessário à manutenção dos processos fisiológicos no estado pós-absortivo, chegando a compreender até 60-70% do gasto energético total, dependendo do nível de atividade física(21). Todo esse interesse na redução ponderal deve-se ao fato de a obesidade, atualmente, ser considerada pela Organização Mun- dial de Saúde um problema de saúde pública(22). Uma estimativa considerando a prevalência de pessoas obesas atualmente res- salta que, se essa proporção se mantiver, no ano de 2230, 100% da população norte-americana será obesa(23). Analisando a realida- de brasileira, Meirelles e Gomes(21) mostraram que, no Rio de Ja- neiro, 44% dos homens e 33% das mulheres na faixa etária de 26 a 45 anos apresentam sobrepeso ou obesidade. Embora a obesidade esteja relacionada a diversas causas, como as genéticas, fisiológicas, metabólicas, ambientais, emocionais e culturais, toda a atenção dada no sentido de aumentar o gasto energético diário total é de grande valia, uma vez que o balanço energético é determinado, de um lado, pelo consumo e, de outro, pelo dispêndio de energia(21,24), sendo que um desequilíbrio ener- gético positivo pode levar ao acúmulo excessivo de energia arma- zenada como gordura corporal. Dessa forma, o objetivo deste trabalho de revisão foi investigar o efeito do EPOC e da TMR no gasto energético, buscando discu- tir os divergentes resultados encontrados na literatura, no que diz respeito à magnitude e duração do EPOC, bem como discutir o efeito do exercício na TMR. DESENVOLVIMENTO Efeito do EPOC no aumento do gasto energético diário total com o exercício aeróbio As disparidades nos resultados relacionados ao EPOC podem refletir diferenças em muitos fatores, como: massa muscular en- volvida no exercício; intensidade e duração; estado do treinamen- to; ingestão de alimento (efeito térmico da refeição); qualidade do sono da noite anterior; condições ambientais; familiaridade do su- jeito com o protocolo; variações na temperatura e nas concentra- ções de catecolaminas; custo metabólico da remoção do lactato; utilização do substrato e fase do ciclo menstrual, no caso das mu- lheres(25); ansiedade pré-exercício; ritmo circadiano; o fato de que a maioria dos estudos não analisou os mesmos indivíduos(20); pre- sença de overtraining, em casos de atletas. O EPOC aumenta linearmente com a duração do exercício(10). Porém, a intensidade do exercício parece afetar tanto a magnitu- de quanto a duração do EPOC; já a duração do exercício afeta apenas a duração do EPOC(12). Dessa forma, os estudos têm sugerido que o exercício de maior intensidade produz elevação mais prolongada no EPOC do que exercícios de intensidades menores (quando possuem volume equivalente), devido ao fato de este causar maior estresse meta- bólico, sendo necessário, então, maior dispêndio de energia para retornar àcondição de homeostase(5,13-14). Além disso, maior nível de atividade do sistema nervoso simpático (estimulado pelas ca- tecolaminas) também pode contribuir para elevar a taxa metabóli- ca pós-exercício, visto que a epinefrina e a norepinefrina estimu- lam a respiração mitocondrial e a função celular, facilitando a passagem de sódio e potássio através da membrana celular, au- mentando a produção de ATP e o uso de oxigênio(7,9,26). Existe aumento de 20 a 35% na responsividade lipolítica no adipócito após o exercício(4,6). Contudo, a taxa de oxidação de lipí- dios ainda é maior após exercício de alta intensidade, uma vez que a síntese de glicogênio é aumentada para repor o glicogênio utilizado. A oxidação de lipídios também está associada com o aumento do turnover dos ácidos graxos livres; concomitantemen- te, o aumento do turnover de proteína também pode contribuir para maior EPOC(19). Além desses fatores, o exercício de maior intensidade está associado com maior ressíntese de hemoglobi- na e mioglobina(27) e parece estar associado também de forma inversa com as taxas de obesidade(28). Alguns trabalhos analisaram o EPOC e o gasto energético com- parando protocolos de exercício contínuo e intervalado submáxi- mos(20,29) e exercício contínuo submáximo e intervalado supramáxi- mo(13). Todos esses estudos demonstraram maior gasto energético para os exercícios mais intensos. Partindo-se do princípio de que é possível realizar mais minutos a alta intensidade com o exercí- cio intermitente se comparado com o exercício contínuo(13), pes- soas com sobrepeso podem exercitar-se por tempo menor a uma intensidade que produza um EPOC maior, visto que na maioria das vezes essas pessoas, além de descondicionadas, têm aver- são à atividade física. Porém, deve-se ressaltar que o EPOC é relativamente curto após exercícios de intensidade e duração moderada, < 70% do VO2máx. e/ou < 60 minutos(12,25,30), visto que magnitude do EPOC após o exercício aeróbio depende de ambos os fatores (intensidade e du- ração do exercício). Por outro lado, exercícios com duração > 60 minutos e/ou com intensidade > que 70% do VO2máx. parecem es- tar relacionados a um EPOC prolongado(4,7,10,12-13). Tem sido propos- to, ainda, que para as pessoas que querem emagrecer, a magnitu- de do EPOC (custo energético) é mais importante que a duração(25). Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 6 – Nov/Dez, 2006 395 Efeito do EPOC no aumento do gasto energético diário total com o exercício resistido Os estudos que compararam o exercício resistido com o aeró- bio(31-32) enfatizaram que o resistido, provavelmente, causaria maior distúrbio na homeostase que o exercício aeróbio, sugerindo que este, devido às altas intensidades envolvidas, poderia requerer maior gasto energético, tanto durante o exercício quanto durante a recuperação. Além disso, analisando agora somente o exercício resistido, também é sugerido que um protocolo mais extenuante é mais eficaz no controle de peso(15). Dois fatores têm sido atribuídos ao fato de o exercício resistido produzir maior EPOC. O primeiro fator refere-se às respostas hor- monais que podem alterar o metabolismo, especificamente cate- colaminas, cortisol e GH(33-34). O segundo refere-se ao dano teci- dual acompanhado do estímulo para a hipertrofia tecidual(34), pois a síntese de proteína é diminuída durante o exercício em si, mas após o exercício existe um fenômeno compensatório, em que o turnover de proteína parece ser estimulado. Além disso, o proces- so de síntese de proteína exige alta demanda energética (6 ATP por mol de peptídio formado). Esse mecanismo pode também con- tribuir para uma longa estimulação do gasto energético após o exercício(35). Um estudo(36) acompanhou sete homens saudáveis em dois cir- cuitos de treinamento de peso, um usando 20’’ de intervalo e ou- tro usando 60’’ a 75% de 20 RM. Os resultados demonstraram que o EPOC foi significativamente maior no protocolo de 20’’, se comparado com o de 60’’. O gasto energético em 1h de recupera- ção foi de 51 ± 2,84kcal x 37 ± 1,97kcal, respectivamente; essa diferença também foi significativa. Porém, o gasto de energia to- tal (exercício + 1h de recuperação) foi significativamente maior no protocolo de 60’’ de intervalo (277,23kcal) comparado com o pro- tocolo de 20’’ de intervalo (242,21kcal). O protocolo de 20’’ resul- tou em maior componente rápido do EPOC, o que era esperado, uma vez que este é proporcional à intensidade do exercício(37). Uma combinação ótima parece existir entre intensidade e dura- ção no exercício resistido, para maximizar o EPOC(15). Contudo, essa combinação ótima ainda permanece obscura. Nesse estu- do(15), foi encontrado um EPOC para além de 16h após 38’ de um exercício resistido. Além disso, também se verificou que o VO2 aumentou constantemente durante todo o dia, atribuindo a isso a provável acumulação dos efeitos provocados pelas atividades do dia, emoções e ritmo circadiano. Apesar de esses autores terem mencionado as questões do ritmo circadiano e emocionais (que podem alterar a atividade simpática), isso não foi controlado no estudo em questão. O efeito do exercício resistido sobre o EPOC foi verificado em homens de 22 a 40 anos previamente treinados com exercício resistido, em que foi observado que, após uma sessão de 90 mi- nutos, a taxa metabólica permaneceu elevada por mais que duas horas após o exercício(38). Outro estudo(39) investigou o efeito de 45’ de exercício resistido em mulheres treinadas sobre o EPOC. Após 120 minutos de recuperação, observou-se elevação de 18,6% no metabolismo de repouso, se comparado com o controle. Em contraposição aos trabalhos mencionados anteriormente, um estudo(8) analisou seis homens adultos por 42 minutos duran- te exercício de levantamento do peso (12RM), observando-os nos 60 minutos iniciais da recuperação. A taxa metabólica estava sig- nificativamente elevada ao final dos 60 minutos, porém, apenas 19kcal adicionais foram despendidas. Os autores ressaltaram que esse gasto energético de recuperação teria pouco efeito na regu- lação do peso. No entanto, o fato de o consumo de oxigênio ter permanecido elevado após o controle de uma hora impossibilitou que esses autores determinassem a verdadeira duração do EPOC e o verdadeiro gasto energético durante esse período. Visto isso, o consumo de oxigênio poderia ter retornado aos valores de re- pouso imediatamente após esse período, como pode ter perma- necido elevado por horas. EPOC e treinamento Existem muitos mecanismos potentes pelos quais o exercício regular poderia facilitar a manutenção ou redução do peso corpo- ral, o que inclui: o aumento do gasto energético diário total, redu- ção do apetite, aumento da TMR, aumento da massa livre de gor- dura, aumento do efeito térmico da refeição, aumento do consumo excessivo de oxigênio após o exercício e aumento da taxa de mo- bilização e oxidação de gordura(40). Um diagrama esquemático des- se mecanismo está descrito na figura 1. Figura 1 – – – – – A função do exercício regular na manutenção e redução ponde- ral Um grupo de 15 mulheres foi submetido a um treinamento de peso e aeróbio, no qual verificou-se um GE (gasto energético) maior durante o EPOC no treinamento resistido se comparado com o aeróbio quando as sessões foram equivalentes em VO2 e duração (95kcal e 64kcal, respectivamente, em 30’ de recuperação)(32). En- tretanto, esses autores ressaltam que muitos fatores contribuem para a recuperação do exercício resistido que, por outro lado, não ocorrem após o exercício aeróbio. Estudos indicam que alterações hormonais, particularmente das catecolaminas, cortisol e GH, po- dem ser substanciais, especialmente se as repetições por série forem altas (> 5) e o intervalo entre a série for menor que um minuto(29,34). Além disso, a maior oxidação de lipídios pode ser um importante fator decorrente da adaptação ao treinamento. Indiví- duos treinados utilizam mais gordura no período de recuperação que os não treinados(41). EPOC e obesidade Vários são os estudos que mencionaram o efeito
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