Buscar

5º Peça - Contestação Trabalhista

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTISSIMO DOUTO JUÍZO DA 73º VARA DO TRABALHO 
DE MANGUEIRA 
 
Processo nº: 58.070/2020 
 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA CONFECÇÃO VIBE BOA S.A, reclamada, 
empresa regularmente inscrita no CNPJ/MF sob o número ________, com 
endereço na Rua: ______________, nº 00, Bairro___, Mangueira,Estado__, 
CEP ___, onde receberá as notificações e intimações futuras, vem 
respeitosamente, à presença da Vossa Excelência apresentar sua 
CONTESTAÇÃO, com fundamento no artigo 847 CLT, combinando com o artigo 
335 do CPC, nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move Quiara 
Moreira, reclamante, consubstanciados nos motivos de fato e de direito a seguir 
articulados: 
 
 
I - DO RESUMO DA INICIAL: 
A requerente foi empregada da SOCIEDADE EMPRESÁRIA CONFECÇÃO 
VIBE BOA S.A, de 05/04/2010 a 24/08/2020, ajuizou reclamação trabalhista em 
face da sociedade empresária, em 10/09/2020, requerendo o pagamento de 
indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que 
o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia. 
Alega, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, 
requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. 
Relata que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os 
empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de julho de 2020, 
violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de julho 
e agosto de 2020. 
 Diz que, no ano de 2020, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma 
hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, 
caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado 
como hora extra, o que requereu. 
 Afirma ter sido coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a 
sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter 
feito de errado. 
Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos 
como sendo uma dispensa sem justa causa. 
Ela reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o 
início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e 
avisar a refeição para os 10 empregados do setor. Esse procedimento 
caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer 
o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. 
Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2018 a 
julho de 2020, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma 
cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada 
nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se 
automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a todos 
os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que 
ocorreria todos os dias ao fim do expediente. 
Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, juntou também, com 
a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o 
diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, 
que lhe foi entregue pela empresa na admissão. 
 
II- DA PRELIMINAR DE INÉPCIA AO PEDIDO DE ADICIONAL DE 
PERICULOSIDADE 
 Requer o reconhecimento da inépcia ao pedido de adicional de periculosidade, 
com a extinção do processo sem resolução do mérito em relação a esse pleito, 
na forma do Art. 330, § 1º, inciso I, e do Art. 485, inciso I, ambos do CPC. 
 
III - DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
A reclamante trabalhou para reclamada no período de 05/04/2010 a 24/08/2020, 
tendo distribuído a presente ação aos 10/09/2020. 
 A reclamada arguiu nessa oportunidade a prescrição quinquenal declinada no 
artigo 7º, inciso XXIX, da CF em relação a qualquer direito anterior a 15/10/2013. 
Assim, se algum valor for devido ao reclamante, o que aqui admite-se em 
observância ao princípio da eventualidade, somente poderá ser deferido 
relativamente ao período imprescrito. 
. 
IV- DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
Podemos verificar que a doença degenerativa não é considerada doença 
profissional, nem ao menos doença do trabalho, conforme o artigo 20, § 1º, 
alínea a, da Lei nº 8.213/91, não sendo devido o pagamento da indenização por 
danos morais. 
 
 
 
 V- DO PLANO ODONTOLÓGICO 
Com relação ao plano odontológico não se caracteriza salário utilidade por 
expressa vedação legal, na forma do Art. 458, § 2º, inciso IV e § 5º, da CLT, daí 
porque não poderá ser integrado ao salário. 
 
VI- DA CESTA BÁSICA. 
Ao analisarmos o pedido de cesta básica vemos que a norma coletiva juntada 
findou em julho de 2020 e não possui ultratividade, na forma do Art. 614, § 3º, 
da CLT. 
 
 VII- PRATICAS RELIGIOSAS DENTRO DA EMPRESA 
 A empresa convidou todos os empregados para participarem voluntariamente 
das práticas religiosas que ocorreriam dentro da empresa e, não o caracteriza, 
por explícita vedação legal, na forma do Art. 4º, § 2º, inciso I, da CLT. 
 
VIII - A CARTA DE DEMISSÃO 
 Não houve nenhum tipo de coação no pedido de demissão e o ônus de provar 
o alegado vício de consentimento pertence à autora, na forma do Art. 818, inciso 
I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC. Alternativamente, será aceita a tese de 
negar a prática de qualquer ato ilícito capaz de provocar dano, conforme Artigos 
186 e 927 CCB. 
 
IX - DO ACÚMULO DE FUNÇÃO 
 Com relação ao pedido de acúmulo funcional deverá ser negado, uma vez que 
a atividade desempenhada pela autora era compatível com a sua condição 
pessoal e profissional, na forma do Art. 456, parágrafo único, da CLT. 
 
 X - DA COMPENSAÇÃO E DEDUÇÕES FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS 
 Caso ocorra uma condenação da Reclamada, que sejam os valores já pagos 
devidamente compensados a títulos fiscais e previdenciários. 
. 
 
V- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS 
 Diante do exposto, requer: 
a) O acolhimento da Preliminar da Contestação, conforme o artigo 33 0, I, do C 
PC, com a extinção do processo sem resolução do mérito, quanto ao pedido de 
adicional de periculosidade, conforme artigo 485, I, do C PC. 
 b) Requer todos os tipos de provas admitidos em direito, especialmente os 
documentais e testemunhais. 
c) A improcedência dos pedidos feito pela Reclamante na petição inicial. 
d) O pagamento dos honorários advocatícios no importe de 15%, e as devidas 
custas processuais e sucumbenciais. 
e) Protesta provar o a legado mediante todos os meios de prova em direito 
admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica 
desde já requerido, sob pena de confissão , bem como pela juntada de 
documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário 
para elucidação dos fatos. 
 
Nestes temos, 
Pede deferimento. 
Mangueira, _, ____. 
Advogado. OAB -___ .