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Prática de Ensino em Ciências UNIDADE I

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Disciplina: Prática de Ensino em Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental
Aluna: Gabriella Simon Maia
RGM: 26628180
Atividade Reflexiva da Unidade I 
 O Aluno “Docente”: Possibilidades e Desafios do Estágio
 
Caro Aluno,
 
“Quando pensamos no ensino de ciências na atualidade, a primeira palavra que nos surge à mente é: desafios. Isso porque a realidade complexa impõe dificuldades àqueles que pretendem adentrar-se pelos caminhos da educação científica. Por outro lado, a Didática das Ciências, nas últimas décadas, tem se constituído uma profícua área de pesquisa, cujos principais resultados podem orientar os professores de Ciências ao enfrentamento desses desafios da prática”.
De acordo com essa ideia de Martins (2005), discuta a importância da prática de Ensino em Ciências para superar esses desafios e como o estágio supervisionado poderá ajudá-lo na prática docente. Além disso, reflita sobre o seguinte questionamento: Professor de Ciências: uma atividade fácil ou difícil de ser realizada? Para embasar melhor sua reflexão, você pode trazer exemplos, ao menos, algum dos itens a seguir: um artigo científico com um breve comentário sobre o mesmo, correlacionado ao tema proposto, três comentários crítico-reflexivos, dois vídeos relacionados ao tema e com uma breve descrição de cada um e uma notícia que relata alguma prática de ensino que permitiu superar os desafios da atuação docente (pode ser um estudo de caso também). 
 
Vamos lá?
Resposta da Unidade I 
Para o professor, em geral, a carreira ocorre diante de muitos desafios, abrangendo políticas educacionais, falta de estrutura de instituições de ensino, a relação com os alunos e seus pais bem como condições salariais (BARROS, 2011). Para o professor de Ciências esse desafio aumenta, tendo em vista que nos anos formativos do profissional na universidade, o assunto é abordado de forma genérica e superficial (GATTI, 2010). 
A prática de ensino em ciências é de grande importância para a conexão com os conhecimentos teóricos onde, idealmente, o aluno consegue visualizar o conteúdo de maneira lúdica e dessa forma o aprendizado fica facilitado. Essa prática pode ser classificada de diferentes formas, desde demonstrações práticas realizadas pelo educador até mesmo experimentos investigativos feitos pelos alunos com mínima supervisão do professor, mas com seu apoio (BASSOLI, 2014). Sabe-se que a realidade nas escolas é diferente, apesar de educadores considerarem a prática muito importante, raras são as oportunidades de práticas experimentais devido a insegurança do próprio educador, remetendo à sua incompleta formação, bem como a falta de apoio e estrutura precária da instituição.
O Estágio Supervisionado tornou- se uma exigência da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional nº 9394/96 nos cursos de formação de professores considerando ser um momento imprescindível na formação dos docentes. Deixando claro que a necessidade de uma formação sólida do profissional, bem como, estarem cientes de metodologias e técnicas que proporcionem a construção de aprendizagem de forma efetiva continua sendo de supra importância (IMBERNÓN, 2006). Nesse meio, ao observar a dinâmica da sala de aula pode avaliar o professor e refletir sobre sua própria metodologia. 
Conhecendo o ambiente de aprendizado real (a sala de aula), idealmente, o aluno docente toma consciência do seu papel como agente transformador, transferindo a noção de que a valorização do conhecimento científico e tecnológico determina o rompimento de conceitos arcaicos e desconectados da realidade global possibilitando aos alunos, um melhor compreendimento da sociedade e a capacidade de questionamentos de forma crítica e independente (SHULMAN 1987, TARDIF, 2002). 
É possível afirmar que ser professor de ciências não é uma atividade fácil e conta com muitos obstáculos, mas sua atuação é cada vez mais importante para a dissipação da ideia que a ciência faz parte do cotidiano e não é algo contido em um grupo de intelectuais desconectados com a sociedade. Para fortalecer a formação do professor de ciências é importante uma formação continuada, tendo em vista que a ciência em si está sempre mudando e evoluindo. Essa formação ocorre por meio de diversos fatores como as vivências profissionais, através do estágio, interações com outros professores, atividades aplicadas com os alunos, e estar a par com novas descobertas científicas. 
Dentro os artigos pesquisados é de consenso que o professor beneficia-se da prática de ensino por meio de estágios 
Referências
BARROS, José Deomar de Souza; SILVA, Maria de Fátima Pereira da; VÁSQUEZ, Silvestre Fernández. A Prática Docente Mediada Pelo Estágio Supervisionado. Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação – FURB. n. 2. v. 6, 2011.
BASSOLI, Fernanda. Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções. Ciênc. Educ., Bauru, v. 20, n. 3, p. 579-593, 2014.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Brasília: Casa Civil da Presidência da República Federativa do
Brasil/Subsecretaria para Assuntos Jurídicos, 1996.
CHAVES, Isabelle C. Gutierrez; RODRIGUES, Jéssica Salomão; SILVA, Ana Paula Brito. A Importância do estágio na formação de professores. Anais da Semana de Pedagogia da UEM. v 1, n.1, 2012.
GATTI, B. A. Formação de Professores no Brasil: Características e Problemas. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, 2010. 
GATTI, B. A. Formação de Professores e Carreira: problemas e movimentos de renovação. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
IMBERNÓN, F. Formação Docente e Profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. Cortez, 2006. 
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
SHULMAN, L. S. Those Who understand: knowledge growth in teaching. Education Researcher, vol. 15, n. 2, 1986.

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