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TÉCNICAS PARA A DETERMINAÇÃO DE TEMPOS 1. Cronometragem para a medição dos tempos de cada elemento e depois determinar os tempos-padrão. 2. Estabelecimento de tempos-padrão mediante: a)Tempos pré-determinados e Tempos sintéticos. 3. Amostragem do trabalho. Baseia-se nas leis das probabilidades. Uma amostra ocasional, retirada de um grupo maior, tende a ter a distribuição do universo da população Possibilita a coleta de dados em menor tempo e custos mais baixos que outros métodos de medida do trabalho Usos principais AMOSTRAGEM DO TRABALHO RELAÇÃO DE ESPERA AMOSTRAGEM DE DESEMPENHO MEDIDA DO TRABALHO - Medir atividades e esperas de homens e máquinas - Medir tempo de trabalho e descanso em operações manuais para estabelecer nível de desempenho (tolerâncias, avaliar ritmo) - Em tarefas manuais estabelecer o tempo- padrão para uma atividade (menos usada para este fim) PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 1. DEFINIR O PROBLEMA a) Descrever os principais objetivos ou finalidade do estudo. - Se o estudo precisa avaliar o ritmo de trabalho e estabelecer tempos- padrão deve ser feito por analistas treinados. - Se o objetivo é estabelecer nível de desempenho ou medir atividades e esperas de homens e máquinas os próprios supervisores fazem o trabalho b) Descrever em detalhes cada elemento a ser medido. Depende dos objetivos definidos: - Para reduzir tempos inativos, os elementos devem controlar as esperas sob controle do operador e esperas sob controle da administração. - Para estabelecer tempo-padrão a unidade de medida é considerada como estudo de tempo e as unidades produzidas tem que ser contadas. PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 2. DETERMINAR ERRO RELATIVO MÁXIMO OU ERRO ABSOLUTO MÁXIMO TOLERÁVEL E ESCOLHER O NÍVEL DE CONFIANÇA A SER USADO. - O erro relativo (S) mais usado é de +/- 5%. (Erro relativo é a razão entre o erro absoluto e o valor exato x) . Logo se tem que: S = Ea/x - O nível de confiança mais usado é 95%. - Mas também podem ser usados outros erros relativos (S) que variam entre +/- 1 e +/- 10. - O erro absoluto (Ea) permitido oscila entre +/-1 e +/- 3,5%. (Erro absoluto é a diferença entre o valor exato de um número e o seu valor aproximado). S.p = 2 p(1-p) N S: erro relativo desejado p: porcentagem de ocorrência de atividade ou espera sendo medida com respeito ao número total de observações. N: Número total de amostras aleatórias. SÃO INCÓGNITAS PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO Para S = 5% Nível de confiança = 95% N = 1600 (1-p) p Também existem tabelas para determinar o valor de N a partir de diferentes valores de erros relativos 3. FAZER ESTUDO PRELIMINAR DA PORCENTAGEM DE OCORRÊNCIA DE ATIVIDADE OU ESPERA A SER MEDIDA. - O mais comum é fazer um estudo preliminar de dois ou três dias ou de 100 observações. - Determinar o valor de p como porcentagem de atividade ou de espera em função do número total de observações. TABELA 63 PAG. 422-423 (BARNES) DETERMINAÇÃO DE NÚMERO DE OBSERVAÇÕES (N) PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 4. PROJETAR O ESTUDO b) Determinar o número de dias ou de turnos necessários para fazer o estudo. c) Fazer planos detalhados para a execução das observações, como, o tempo e caminho a serem seguidos pelo observador. - As observações a serem feitas têm de ser aleatórias e independentes Como garantir isso? USANDO NÚMEROS ALEATÓRIOS - Determinar o instante do dia em que a observação deve ser realizada. - Indicar a ordem na qual os operadores devem ser observados TABELAS, GERADORES (EXCEL) PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO Determinar o número de observações necessário (recalcular N para ver se podemos parar o estudo) 1. Depois de ter feito um determinado número de observações determinamos o valor de “p” como um valor percentual de atividade ou espera com respeito a esse número de observações. 2. Utilizamos esse novo valor de “p” e recalculamos o valor de “N” mediante a expressão ou tabelas N = 1600 (1-p) p RECALCULANDO O VALOR DE “N” DURANTE O ESTUDO PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 3. Com o novo valor de “N” e “p”, recalculamos o valor de “S” segundo a expressão ou tabelas: S.p= 2 p(1-p) N Se “S” calculado < “S” definido, conclui- se que o número de observações é suficiente e paramos o estudo. RECALCULO DO VALOR DE “S” DURANTE O ESTUDO TABELA 64 PAG 426-427 (BARNES) ERRO RELATIVO (S) PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 5. EXECUTAR AS OBSERVAÇÕES SEGUNDO O PLANO DETALHADO a) Executar as observações e registrar os dados. b) Sumariar os dados ao fim de cada dia. c) Determinar os limites de controle. p = p +/- 3 p (1-p) n p: porcentagem de ocorrência de atividade ou espera sendo medida com respeito ao número total de observações. n: número de observações diárias PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 5. EXECUTAR AS OBSERVAÇÕES SEGUNDO O PLANO DETALHADO d) Registrar os dados no gráfico de controle ao fim de cada dia Dia do estudo p - Analisar causa - Eliminar a observação EXEMPLO DE GRÁFICO DE CONTROLE PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO 6. VERIFICAR O RELATIVO OU ABSOLUTO DOS DADOS AO FIM DO ESTUDO - Mediante expressão ou tabelas. TABELA 64 PAG 426-427 (BARNES) ERRO RELATIVO (S) I TABELA 66 PAG 428-429 (BARNES) ERRO ABSOLUTO II PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO Os dados obtidos mediante o estudo permitem: I. OBTER DIRETAMENTE A RELAÇÃO DE ESPERA (TOLERÂNCIA) Tempos de atividade, espera, causas dos problemas, medidas de melhoras, etc. II.OBTER DESEMPENHO E CONTROLE DE CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA INDIRETA EXEMPLO EXEMPLO USO DA AMOSTRAGEM FT = 1/(1-p) = 1/(1-0,21) = 1/0,79 = 1,26FATOR TOLERÂNCIA Número de observações Número de vezes inativo 150 30 150 25 150 40 Onde p é a relação entre o total de tempo parado devido às permissões e a jornada de trabalho. PROCEDIMENTO PARA EXECUTAR UM ESTUDO DE AMOSTRAGEM DO TRABALHO Os dados obtidos mediante o estudo permitem: III. DETERMINAR OS TEMPOS-PADRÃO NA PRÁTICA É POUCO UTILIZADA PARA DETERMINAR OS TEMPOS PADRÃO (POUCO PRECISA) III. DETERMINAR OS TEMPOS-PADRÃO olerâncias ou X tolerâncias VANTAGENS DA AMOSTRAGEM DO TRABALHO 1. Menor custo para fazer o estudo. 2. Um único observador pode realizar o estudo para vários operários. 3. As observações podem ser tomadas durante dias ou semanas diminuindo a possibilidade de que variações ocasionais afetem os resultados. 4. Somente é necessário que o estudo seja realizado por especialistas experientes no caso de avaliação do ritmo para determinar tempos-padrão. 5. É menos fatigante e monótono de ser realizado o estudo. DESVANTAGENS DA AMOSTRAGEM DO TRABALHO 1. Não é econômico para fazer o estudo para um único operário ou máquina. 2. Esta técnica não fornece tantas informações como os outros métodos. 3. Em alguns tipos de amostragens não se faz registro do método de trabalho, portanto quando ocorrer mudança do método o estudo tem que ser feito de novo. 4. Existe tendência a minimizar a importância de seguir corretamente todos os passos. BIBLIOGRAFIA BARNES, R. M. Estudo de tempos e movimentos: projeto e medida do trabalho. Editora Edgard Blucher LTDA, 1977 Capítulos 28, 32. MARTINS, P. G; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. Capítulo 4 Estudar exercícios resolvidos.
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