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Ergonomia e Saúde Ocupacional Fabiana Roberta Alves de Matos Batista Curso Técnico em Segurança do Trabalho Educação a Distância 2020 Ergonomia e Saúde Ocupacional Fabiana Roberta Alves de Matos Batista Curso Técnico em Segurança do Trabalho Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 1.ed. | Abr. 2020 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Diagramação Jailson Miranda Coordenação Executiva George Bento Catunda Renata Marques de Otero Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Geral Maria de Araújo Medeiros Souza Maria de Lourdes Cordeiro Marques Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Abril, 2020 Professor(es) Autor(es) Fabiana Roberta Alves de Matos Batista Revisão Fabiana Roberta Alves de Matos Batista Coordenação de Curso Raísa Rení Lima Andrade Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Izabela Pereira Cavalcanti Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Descrição de imagens Sunnye Rose Carlos Gomes Sumário Introdução .............................................................................................................................................. 5 1.Competência 01 | Compreender e Identificar os Serviços de Saúde Ocupacional Necessários à Organização, Assessorando-a no Cumprimento das Políticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) ................................................................................................................................................................ 7 1.1 Breve histórico da saúde ocupacional ........................................................................................................ 8 1.2 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ............................................................................................................................................ 15 1.3 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ............................... 21 1.4 Norma Regulamentadora 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ............. 24 2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Saúde Ocupacional no Ambiente de Trabalho................................................................................................ 28 2.1 Riscos ocupacionais .................................................................................................................................. 28 2.2 Mapa de risco............................................................................................................................................ 32 2.3 Medidas de prevenção dos riscos ............................................................................................................. 34 3.Competência 03 | Estruturar e Desenvolver Avaliação Ergonômica nos Ambientes de Trabalho .. 45 3.1 Surgimento da ergonomia ........................................................................................................................ 45 3.2 Entendendo a ergonomia ......................................................................................................................... 47 3.3 Classificação da ergonomia....................................................................................................................... 51 3.4 Risco Ergonômico ...................................................................................................................................... 52 3.5 Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia ............................................................................................... 58 3.6 Análise Ergonômica de Trabalho (AET) ..................................................................................................... 59 Conclusão ............................................................................................................................................. 63 Referências ........................................................................................................................................... 64 Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 66 5 Introdução Caro Estudante, Seja bem-vindo à disciplina de Ergonomia e Saúde Ocupacional do curso de Técnico de Segurança do Trabalho! Convido você a fazer uma viagem no mundo da Ergonomia e Saúde Ocupacional e nessa viagem você irá conhecer, se surpreender e se motivar a tomar uma postura prevencionista dentro de diversos setores laborais, como também dentro de seu lar pois tais conhecimentos são importantíssimos no cotidiano doméstico e Empresarial. Nesta jornada você deve aproveitar cada momento dessa viagem, você precisa se envolver interagindo com os conceitos apresentados no material de estudo, o E-book, e demais materiais de pesquisa sobre essa disciplina de Ergonomia e Saúde do Trabalho. Você entenderá qual a importância dessa disciplina no dia a dia prático de vocês, futuros técnicos de segurança do trabalho, e como tais conhecimentos trarão embasamento para solidificar as ações técnicas para a implantação de medidas Ergonômicas dentro da empresa. Ressalta-se que ao longo dessa viagem você aprenderá e fará alguns questionamentos, que serão comuns a você, estudante, no decorrer da disciplina, desse modo, serão feitas algumas perguntas como: De que forma eram as condições de trabalho nas indústrias? Quando e por que surgiu a preocupação com as condições laborais dentro das indústrias? Quais são os serviços que atuam na Saúde Ocupacional dos trabalhadores e como eles se estruturam e atuam nas empresas? Quais são os fatores de risco ambientais e porque a necessidade de identificá-los? O que é um mapa de risco, qual a sua importância e como é feita a sua elaboração? Quais os cuidados que se deve tomar ao elaborar medidas de prevenção em um local de trabalho? Quando surgiu a ergonomia e como ela se classifica? Como é realizada a análise ergonômica do trabalho? Prezado estudante são muitas perguntas que serão respondidas e discutidas durante a viagem no mundo da Ergonomia e Saúde Ocupacional, e desse modo durante esse percurso você conseguirá finalizar essa disciplina, proporcionando a apropriação desses conteúdos de tal forma que será habilitado para reconhecer os diversos riscos ambientais nos locais de trabalho, conseguirá elaborar um mapa de risco, e finalmente fazer uma análise ergonômica do trabalho (AET). Na primeira competência uma breve viagem no panorama histórico geral da saúde ocupacional, em seguida como iniciaram os primeiros serviços de prevenção a doenças ocupacionais 6 dos trabalhadores. Posteriormente serão estudadas as Normas Regulamentadoras (NR´s) e identificados os programas e serviços de saúde e prevenção de acidentes e doenças do trabalho que devem ser assegurados nas empresas. Passando para a segunda competência, serão apresentados os riscos ambientais, a importância de serem identificados e reconhecidos no ambiente de trabalho, seguindo a viagem será conhecido o mapa de risco, como se elabora e qual é a sua função. Logo após, será retomado o estudo dos riscos ambientais tratando de algumas recomendações que podem ser implantadas dentro do ambiente laboral para prevençãodos mesmos. Por último a terceira competência, onde será conhecida a ciência denominada de Ergonomia, que irá lhe encantar e porque não dizer lhe apaixonar por essa ciência interdisciplinar que agrega outros campos de conhecimentos, em função da adequação das condições trabalho ao homem, portanto, o estudo prosseguirá vendo como essa ciência surgiu, qual é a sua importância nesse processo de homem x trabalho x ambiente, qual é a sua classificação e o campo de atuação dela. E por fim, será visto o assunto chamado de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) uma ferramenta de análise importante, que você aprenderá a fazer e sua aplicação dentro das organizações de trabalho. Bons estudos! Competência 01 7 1.Competência 01 | Compreender e Identificar os Serviços de Saúde Ocupacional Necessários à Organização, Assessorando-a no Cumprimento das Políticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) Caro estudante, primeiramente será abordado nos seus estudos como se deu o panorama geral do histórico da saúde ocupacional no mundo e que repercussões se deram no Brasil. De que forma ocorreu a preocupação com a Saúde dos trabalhadores no período da Revolução Industrial, diante do cenário crítico das condições precárias do ambiente laboral no processo fabril, que os trabalhadores se submetiam nesse período? Essa relação entre o trabalho e a saúde/doença foi mencionada desde os primórdios e se destacou mais ainda com a Revolução Industrial. Prezado estudante infelizmente também ressalta-se, que na antiguidade essas questões de trabalho x trabalhador x saúde repercutiam numa condição meramente de escravidão ao trabalho sendo este como um castigo, conforme Nosela (1989), apud Gomez e Costa (1997), “Afinal, no trabalho escravo ou no regime servil, inexistia a preocupação em preservar a saúde dos que eram submetidos ao trabalho, interpretado como castigo ou estigma: o "tripalium", instrumento de tortura. O trabalhador, o escravo, o servo eram peças de engrenagens "naturais", pertences da terra, assemelhados a animais e ferramentas, sem história, sem progresso, sem perspectivas, sem esperança terrestre, até que, consumidos seus corpos, pudessem voar livres pelos ares ou pelos céus da metafísica”. Figura 1 - Escravos sendo torturados. Fonte: https://images.app.goo.gl/fUk6dKdyxreSQAPQA Descrição: A imagem mostra escravos em um instrumento de tortura, o tripalium, de onde surgiu o termo trabalho que é originário do latim. https://images.app.goo.gl/fUk6dKdyxreSQAPQA Competência 01 8 Diante desse cenário da estória, como é que surgiu a preocupação com a Saúde dos trabalhadores nesses ambientes de fábricas? Que medidas foram tomadas para prevenir os riscos de acidentes e doenças no ambiente laboral? Como esse contexto idealizou os primeiros serviços de Saúde Ocupacional e, como eles atuam dentro das empresas nos dias de hoje? 1.1 Breve histórico da saúde ocupacional Primeiramente a viagem será no histórico da saúde ocupacional, pense como era o panorama da Revolução Industrial, pode-se dizer que existia a figura de um trabalhador “livre”, onde este tinha que vender sua força de trabalho se tornando parte integrante da máquina, ditando assim os ritmos no modo de produção impostos pelo funcionamento das máquinas. Figura 2 - Homens em Linha de produção. Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/tempos-modernos-ainda-tao-atual/ Descrição: A imagem apresenta uma linha de produção, onde sob uma bancada onde circula uma esteira rolante, há 3 trabalhadores em sequência realizando movimentos repetitivos a partir do uso de chaves inglesas na atividade de apertar parafusos das peças que passam pela esteira. Imagem extraída do filme tempos modernos. Perceba estudante que as regras de produção tinham o intuito de atender à necessidade de acumulação rápida de capital e de máximo aproveitamento dos equipamentos, antes de se tornarem obsoletos. https://ensinarhistoriajoelza.com.br/tempos-modernos-ainda-tao-atual/ Competência 01 9 Com as jornadas cansativas, em ambientes extremamente desfavoráveis e precários à saúde, às quais se submetiam também mulheres e crianças, eram diariamente incompatíveis com a vida. A aglomeração de pessoas em espaços inadequados fechados, com máquinas sem nenhuma proteção, ocasionava a rapidez da proliferação de doenças infectocontagiosas, ao mesmo tempo em que a periculosidade das máquinas era responsável por mutilações e mortes. Saiba estudante que essa época da Revolução Industrial, que se iniciou na Europa (Inglaterra, França e Alemanha) e ocorreu entre 1760 e 1850, foi uma grande referência para o surgimento de uma preocupação inicial com a saúde dos trabalhadores. Perceba que nesse panorama da história da Revolução industrial as condições de vida dos operários nas fábricas e como eles eram tratados pelos seus patrões era extremamente desumana. Nesse momento, tão difícil que viviam os trabalhadores dando sua força de trabalho para ser explorada de forma desumana em função da produtividade e do lucro das grandes indústrias, sendo assim, tornou-se necessária uma interferência na tentativa de preservar a vida dos trabalhadores. Com esse contexto é que surge, na Inglaterra, a medicina do trabalho. Prezado estudante, diante de tantos problemas nessa época, eis que surge nesse período a iniciativa de um proprietário de uma fábrica têxtil chamado Robert Dernham, que estava preocupado com a saúde dos seus trabalhadores que não dispunham de nenhum cuidado médico, além dos prestados por instituições filantrópicas, surge assim, uma atenção voltada no âmbito da medicina do trabalho. Figura 3 - Crianças Trabalhando em Fábrica Têxtil Fonte: http://historiaatevoce.blogspot.com/2013/08/criancas-trabalhando-nas-fabricas.html(2018) Descrição: A imagem mostra duas crianças na época da Revolução industrial trabalhando, sem uma estrutura adequada, em uma máquina de uma fábrica têxtil. Esse empresário resolveu então procurar o seu médico particular, Robert Baker, e com Competência 01 10 isso, ele indagou de que forma poderia fazer para melhorar a situação dos trabalhadores nas atuais circunstâncias que se encontrava o ambiente da fábrica. De acordo com Mendes e Dias (1991), segue descrito abaixo o trecho da resposta que o médico, Robert Baker, falou: "Coloque no interior da sua fábrica o seu próprio médico, que servirá de intermediário entre você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fábrica, sala por sala, sempre que existam pessoas trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. E se ele verificar que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele competirá fazer tal prevenção. Dessa forma você poderá dizer: meu médico é a minha defesa, pois a ele dei toda a minha autoridade no que diz respeito à proteção da saúde e das condições físicas dos meus operários; se algum deles vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que deve ser responsabilizado". Com essa iniciativa do empresário Robert Dernham contratar Baker para trabalhar em sua fábrica, nesse ano de 1830, é surgido assim, o primeiro serviço de medicina do trabalho na história. Caro estudante, se você prestou atenção nas palavras do doutor Baker, reflita agora com essas considerações dadas, alguns traços elementares que refletem no capitalismo quanto às finalidades de um serviço de medicina do trabalho, são essas: • O empresário coloca a frente dos Serviços de Medicina da empresa, somente pessoas de inteira confiança dele e que estas possam realmente defender os seus interesses; • Os Serviços devem ser obrigatoriamente ligados na figura do médico responsável; • Precisa ser uma tarefa integralmente médica a prevenção dos danos à saúde provenientedos riscos do trabalho; • Era exclusivamente ligado ao médico a responsabilidade pela ocorrência de problemas de saúde. É possível perceber com essas considerações acima que devido à carência ou precariedade dos serviços de saúde acrescentando também a visão das expectativas dos empregadores, o padrão descrito acima se repercutiu rapidamente entre vários países. O que com isso, promoveu nas empresas o interesse pelos serviços de medicina do trabalho, com o intuito de Competência 01 11 obter e manter a dependência do trabalhador e de seus familiares ao mesmo tempo em que controlava diretamente a força de trabalho. As propostas que discutiam em intervir nas empresas, naquela época, expressaram-se numa sucessão de normatizações e legislações, que tem no Factory Act, de 1833, seu ponto mais destacável, passando a tomar corpo, na Inglaterra, a medicina de fábrica. Como visto acima com a presença de um médico no interior das unidades fabris, o qual representava, ao mesmo tempo, um esforço em detectar os processos danosos à saúde e uma espécie também de braço do empresário para recuperação do trabalhador, visando nada mais que o seu retorno à linha de produção, num momento em que a força de trabalho era fundamental à industrialização emergente. Determinava o que seria uma das características da Medicina do Trabalho, mantida até hoje e onde predomina na forma tradicional: sob uma visão eminentemente biológica e individual, no espaço restrito da fábrica, numa relação única e no mesmo sentido, buscando assim, as causas das doenças e acidentes. Assim, a Medicina do Trabalho, centrada na figura do médico, orienta-se pela teoria da causa e efeito, ou seja, para cada doença, um agente etiológico. Veja bem caro estudante, todas essas questões ambientais se repercutem no âmbito do trabalho e interferem no aparecimento dos agentes específicos, dessa forma, atuar sobre suas consequências, tratando como um problema médico em função dos sintomas e sinais, ou quando muito, relacionando-os a uma doença legalmente reconhecida. Como repetidamente as doenças originadas no trabalho são vistas em estágios avançados, até porque muitas delas, em suas fases iniciais, mostram sintomas comuns a outras patologias, torna-se difícil, sob essa ótica, identificar os processos que as geraram, bem mais amplos que a mera exposição a um agente particular (restrito). Observe atentamente, em todo o nosso cotidiano estamos cercados de vários produtos químicos, os quais podem ser prejudiciais a nossa saúde, quando passamos a nos expor frequentemente a eles, desse modo, é inevitável que essas substâncias também estejam presentes nos ambientes de trabalho e que em contato com o trabalhador podem vir a gerar algum efeito indesejado. Como exemplo, pode-se citar o caso dos mineradores, que além de uma exposição a produtos químicos também se submetem a trabalhos pesados. Veja as imagens a seguir. Competência 01 12 Figura 4 - trabalhadores atuando em uma jazida de extração de cobre Fonte: https://politike.cartacapital.com.br/mineracao-e-a-maior-responsavel-por-mortes-no-trabalho-ao-redor-do- mundo/ Descrição: apresenta um grupo de trabalhadores atuando em uma jazida de extração de cobre, realizando a atividade de lavagem do mesmo. Figura 5 – Mineradores (Painel do Museu do Ouro – MG) Fonte: http://guayaberamineira.blogspot.com.br/2008_11_01_archive.html (2016) Descrição: mostra três trabalhadores no âmbito da mineração representando o risco que esta atividade traz para o trabalhador. Quando existem diversos fatores em conjunto isso vai refletir simultaneamente no desenvolvimento de alguma doença ocupacional, como por exemplo: o tempo de exposição ao agente, a concentração das substâncias, a quantidade do agente no ambiente laboral, a intensidade da exposição e a suscetibilidade individual do trabalhador. https://politike.cartacapital.com.br/mineracao-e-a-maior-responsavel-por-mortes-no-trabalho-ao-redor-do-mundo/ https://politike.cartacapital.com.br/mineracao-e-a-maior-responsavel-por-mortes-no-trabalho-ao-redor-do-mundo/ Competência 01 13 Preste muito atenção agora prezado estudante, quanto maior for o tempo e a intensidade de exposição ao agente, à concentração das substâncias, à quantidade do agente no ambiente laboral, mais vulneráveis ao adoecimento estarão os trabalhadores. Figura 6 – Ilustração de Fábricas Fonte:https://osociologo.wordpress.com/2017/02/16/2o-ano-aula-2-sociologia/ (2018) Descrição: mostra um parque industrial da época da revolução industrial com muita fumaça saindo das chaminés É preciso compreender que as doenças ocupacionais podem surgir e evoluir para um estado mais grave, dependendo da disposição (condição) individual, em adquirir doenças, pois cada individuo tem suas particularidades, como por exemplo, uns tem estatura mais alta outros são mais baixos, uma variedade imensa de pesos corpóreos, variedades de raças, níveis de imunidade baixa no organismo, enfim, todas essas particularidades individuais vão interferir no aparecimento das doenças entre determinados grupos. Em 1700 foi publicada pelo médico italiano Bernardino Ramazzini (1633 - 1714), uma obra intitulada “De Morbis Artificum” (Doenças ocupacionais), onde a mesma, foi a primeira a descrever a respeito de lesões relacionadas ao trabalho. O doutor Ramazzini visitava os locais de trabalho dos seus pacientes com a finalidade de identificar as causas de seus problemas. Prezado estudante você está curioso em saber como ocorreu a evolução da Saúde Ocupacional no Brasil? No cenário da América Latina, incluindo o Brasil, o processo da Revolução Industrial ocorreu por volta de 1930, bem mais tarde que os países norte-americanos e europeus. Infelizmente com tantos exemplos negativos já vividos por outros países, não conseguimos entender e apreender Competência 01 14 que deveríamos mudar nossa visão e assim consequentemente vivenciamos as mesmas etapas, e com isso, em 1970, o Brasil conseguiu atingir o ranking de campeão de acidentes de trabalho. Na realidade brasileira houve a iniciativa dos empregadores de criar serviços médicos para serem prestados aos empregados e essa iniciativa foi de fato um modelo novo, primeiramente os serviços baseavam-se na assistência médica gratuita para os trabalhadores, originários geralmente do campo. E vale salientar que apesar da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que recomendava que os serviços médicos deveriam ser caracterizados com caráter essencialmente preventivos, os brasileiros eram geralmente curativos e assistenciais. Prezado estudante o que geralmente ocorre na sistemática do Brasil desde esse período até os dias de hoje é que não se investia na prevenção das doenças e acidentes, era mais fácil remediar do que prevenir, dessa forma, no Brasil acontecia essa sistemática, não se evitava que o trabalhador sofresse um acidente ou adoecesse, apenas se tratava e curava os danos quando eles já tinham acometido um funcionário. Diante dessa preocupação voltada para os serviços médicos prestados na empresa surge em 1972, a portaria nº 3237 que foi baixada pelo governo brasileiro que se tornou obrigatória a existência desses serviços médicos, de higiene e segurança em todas as empresas com mais de 100 trabalhadores. Figura 7 - Crianças Trabalhando em Fábrica Têxtil Fonte: http://acervo.plannetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=504 Descrição: A imagem mostra crianças trabalhando nas máquinas de tecelagem. http://acervo.plannetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=504 Competência 01 15 Figura 8 - um trabalhador com um livro na mão Fonte: https://segurancadotrabalhoacz.com.br/historia-da-seguranca-trabalho/ Descrição: um trabalhador segurando um livro e em destaque o nome Histórico da Segurançado Trabalho. Prezado estudante segue abaixo um pequeno vídeo que vai relatar brevemente pra você a História da Segurança e Medicina do Trabalho, o qual você precisa assistir para se apropriar melhor desses conteúdos estudados. Agora que você já sabe um pouco sobre o surgimento da Saúde Ocupacional conheça alguns serviços que existem nas empresas com o objetivo de preservar a saúde dos funcionários, como os que estão contidos nas normas regulamentadoras apresentadas a seguir. 1.2 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) Caro estudante continuando a viagem pelo mundo da Saúde Ocupacional entre agora no assunto extremamente importante que é sobre o SESMT. Você caro estudante como futuro técnico de Segurança do Trabalho, fará parte também dessa equipe do SESMT, tendo também outros profissionais como: Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. Todos esses profissionais são portadores de Para finalizar esse Breve histórico da Segurança e Medicina do Trabalho assista ao vídeo sobre a História da Segurança e Medicina do Trabalho. https://www.youtube.com/watch?v=I9eWFEQJKsI https://segurancadotrabalhoacz.com.br/historia-da-seguranca-trabalho/ https://www.youtube.com/watch?v=I9eWFEQJKsI Competência 01 16 certificados de conclusão do seu curso de formação sendo habilitados para trabalharem na empresa se envolvendo inteiramente na prevenção de Acidentes do Trabalho e das Doenças Ocupacionais dentro do local de trabalho. No mundo da Segurança do Trabalho tem muitas siglas e SESMT significa Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Para definir o que esse Setor faz na empresa leia abaixo o inciso 4.1 da Norma Regulamentadora Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, onde diz que: “As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física do trabalhador no seu local de trabalho”. Deste modo a lei determina que todas as empresas, que possuam empregados regidos pela CLT, possuam SESMTs, inclusive as empresas públicas que tenham funcionários regidos pela CLT. Saiba que para dimensionar o SESMT deve-se utilizar o Quadro I da Norma Regulamentadora nº 4. Nesse Quadro I, está disposto o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e também o grau de risco dessa empresa que está sendo pesquisando para graduá-la, observe que toda empresa possui o CNPJ nele, observe o campo chamado de Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Neste campo será mostrada a atividade da empresa na qual se identifica nesse Quadro I o grau de risco da atividade principal dela. Preste muita atenção agora, logo em seguida vá para o Quadro II da Norma Regulamentadora nº 4, ou seja, identificado o Grau de Risco dessa atividade da empresa, você irá para outra tabela do Quadro em Anexo na Norma Regulamentadora nº 4, chamado de dimensionamento do SESMT, onde você identifica tanto a gradação do Risco da Atividade principal na tabela, como também correlaciona com o quantitativo total de funcionários que compõem essa empresa, daí você identificará o quantitativo de profissionais que irá compor o SESMT. Competência 01 17 Figura 9 - Quadro II – NR 04 – Dimensionamento dos SESMT Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf18 Descrição: quadro II do dimensionamento do SESMT, constando a graduação dos riscos (de 1 a 4), intervalos dos limites de funcionários e composição dos cargos integrantes do SESMT da empresa. Preste muita atenção agora caro estudante! De acordo com o estabelecido no quadro II da NR 04, nem todas as empresas estão obrigadas a constituir um SESMT. Se você perceber no referido quadro, a presença de um técnico de enfermagem do trabalho é necessária apenas quando o número de empregados no estabelecimento alcançar o patamar entre 2.001 e 3.500, para todos os graus de riscos, será obrigatório a presença do técnico de enfermagem do trabalho, porém não é exigida a atuação do enfermeiro do trabalho. Com essa situação demonstrada acima se evidencia na a NR – 4 essa exigência do profissional técnico de enfermagem habilitado para trabalhar na empresa, no entanto, isso vai de encontro ao disposto na lei do exercício profissional da equipe de enfermagem, uma vez que o técnico de enfermagem só poderá atuar no exercício de sua função quando este for supervisionado por um enfermeiro do trabalho. Desse modo, se faz necessário que os técnicos de enfermagem exerçam suas atribuições já no patamar entre 2.001 e 3.500 empregados, acompanhados por um Enfermeiro do Trabalho, não praticando assim o exercício ilegal da sua profissão. Prezado Estudante preste muita atenção agora! https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf Competência 01 18 Para fazer o dimensionamento do SESMT de um estabelecimento da empresa, deve-se levar em consideração o grau de risco da atividade principal e a quantidade de funcionários deste estabelecimento, e não de todos os funcionários da empresa (soma de todos os estabelecimentos). Os canteiros de obras e as frentes de trabalho que possuam menos de 1.000 (um mil) empregados e que estejam situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, tendo com isso, a responsabilidade de formar e organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Em relação ao que foi exposto acima, a norma fala que os funcionários de nível superior poderão ficar centralizados. No que se refere aos funcionários de nível técnico, como o Técnico de Segurança do Trabalho e Técnico de Enfermagem, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme o Quadro II acima, lembrando que a carga horária do funcionário de nível médio é de 8 horas diárias e do nível superior de 3 ou 6 horas diárias. Figura 10 – Desenho de bonecos representando os Profissionais do SESMT Fonte: https://sstemexercicios.wixsite.com/concursos/single-post/2018/01/22/Profissionais-do-SESMT Descrição: A imagem mostra o desenho de bonecos representando várias profissões que fazem parte do serviço especializado de engenharia de segurança e medicina do trabalho. Querido estudante, pare a leitura deste caderno e assista à video sobre Dicas e tutoriais - Como fazer o dimensionamento do SESMT https://youtu.be/I5JNZXvoNqg https://sstemexercicios.wixsite.com/concursos/single-post/2018/01/22/Profissionais-do-SESMT https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi9oYaEkYjmAhUmIbkGHfp3CAgQjRx6BAgBEAQ&url=/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=&url=https://sstemexercicios.wixsite.com/concursos/single-post/2018/01/22/Profissionais-do-SESMT&psig=AOvVaw2vWM1dDpSmsyQTqg1loeNV&ust=1574864504520269&psig=AOvVaw2vWM1dDpSmsyQTqg1loeNV&ust=1574864504520269 https://youtu.be/I5JNZXvoNqg Competência 01 19 Como foi visto na videoaula, você como futuro técnico de segurança do trabalho será parte integrante dessa equipe do SESMT e com isso você terá algumas funções e obrigações, como técnico de Segurança do Trabalho que também se atribui a todos da equipe Multidisciplinar, portanto, segue abaixo, algumas de suas atribuições descritas no item 4.12 e suas alíneas: • Aplicar os conhecimentos de Engenhariade Segurança e de Medicina do Trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir ou até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; • Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo com o que determina a NR-6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija; • Colaborar nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea “a”; • Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais; • Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; • Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes e casos de doenças ocorridos na empresa; • Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade; • Manter permanente relacionamento com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la. O SESMT deve manter uma estreita relação com a CIPA, estudando suas observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, ou seja, precisa utilizá-la como um agente multiplicador. Competência 01 20 Em que situações uma empresa pode constituir um SESMT comum? Quando houver na mesma empresa alguns estabelecimentos que, isoladamente não se enquadram no quadro II, poderão juntar-se e organizar um SESMT centralizados em cada Estado, Território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos de fato alcance os limites determinados dos patamares do quadro II acima, assim perceba que nesses casos, o dimensionamento será em função do somatório dos empregados das empresas participantes. As empresas que possuam mais de 50% (Cinquenta por cento) de seus empregados em estabelecimento ou setor com a atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar o SESMT em função do maior grau de Risco, conforme está disposto no Quadro II, portanto, se faz necessário observar atentamente a atividade com maior grau de Risco. Outra situação também, é quando as empresas desenvolvem suas atividades em um mesmo polo industrial ou comercial, nesse caso, poderá ser feito um SESMT comum para atende-las desde que o dimensionamento se baseie no somatório dos trabalhadores assistidos cuja a atividade econômica empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos. Destaca-se outros casos que são relevantes para que as empresas possam centralizar o seu SESMT: Quando temos a empresa que possui o atendimento aos diversos estabelecimentos pertencentes a ela, o mesmo local onde se situa o serviço não poderá percorrer a uma distância que ultrapassa 5000 mil metros, entre o seu estabelecimento que se encontra o serviço e cada um dos demais estabelecimentos, com essa condição é que poderá ser centralizado o SESMT. Quando se tem na mesma empresa, a presença de estabelecimento que isoladamente não se enquadrem no quadro II, será formado SESMT´s que sejam centralizados em cada Estado, Território ou Distrito Federal, uma vez que o número total de empregados dos estabelecimentos no Estado, Território ou Distrito Federal, alcance os limites previstos no Quadro II. Na NR-4 também consta que a empresa que é contratante se enquadrar no quadro II, e for contratar outra (s) para prestar serviços em seus estabelecimentos o seu SESMT centralizado deverá estender seus atendimentos obrigatoriamente aos trabalhadores terceirizados, uma vez que ocorra desse total de empregados nos seus estabelecimentos contratados não atingirem os limites Competência 01 21 previstos no quadro II, tendo que a empresa Contratante ampliar os seus serviços aos funcionários da empresa contratada, ou seja, caso a empresa contratada não seja obrigada a constituir um SESMT, a empresa contratante fará esse atendimento utilizando o seu SESMT próprio. Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas, sozinhas, não se enquadrem no quadro II, mas se ambas as empresas totalizarem um quantitativo dos seus empregados, no estabelecimento, e assim atingirem os limites dispostos no quadro II, poderá também ser formado um SESMT comum da própria empresa interessada, como também, poderá ser organizado pelo Sindicato ou Associação da categoria econômica correspondente. 1.3 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Percorrendo ainda a viagem no mundo da Saúde Ocupacional e Ergonomia, será abordado um assunto muito importante agora que é sobre a CIPA, você já ouviu e leu sobre essa sigla, veja o seu significado conforme consta na NR-5: “A CIPA é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, que tem como seu objetivo principal a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Prezado estudante, quando se pensa, fala e faz a Segurança do Trabalho tudo isto está diretamente relacionado à Prevenção, e saiba que o foco maior no objetivo da CIPA é dar total apoio as empresas na adoção de medidas que eliminem, neutralizem, ou, pelo menos, reduzam os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho. Para você poder estudar mais profundamente sobre a NR 4, e ficar por dentro do SESMT acesse agora através do link abaixo: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf Competência 01 22 Compreenda e conheça um pouco mais do papel da CIPA enumerando suas atribuições conforme é citado na Norma NR 5: • A CIPA tem que identificar os riscos do processo de trabalho, para que em seguida possa elaborar o mapa de riscos, envolvendo a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, quando houver. Posteriormente, será visto como se faz um mapa de risco. Primeiramente, se faz necessário compreender que o reconhecimento dos riscos ocupacionais é a primeira medida a ser adotada para que seja possível fazer o seu controle; • Elaborar plano de trabalho que proporcione a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; • Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. Se faz necessário que a empresa tenha um plano de ação com a descriminação do que que deve ser priorizado para que possa elaborar um cronograma das medidas a implementar, visto que nem todas poderão ser adotadas ao mesmo tempo; • Realizar, frequentemente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores. Nesse caso existe a preocupação de se checar as condições do ambiente de trabalho periodicamente, uma vez que, o mesmo, deve ser verificado, visto que esse ambiente de trabalho, é ativo e é alterado incessantemente; • Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas. Com essa reunião vai ser mais fácil verificar quais foram as medidas executadas que de fato estão surtindo efeito e quais são as outras situações de risco que precisam ser revistas para adotar as devidas medidas; Esta comissãoé composta por trabalhadores da própria empresa que assumem o cargo através de um processo eleitoral. Para entender como acontece o processo eleitoral e o dimensionamento da CIPA acesse o link abaixo e leia a NR 5 na íntegra. https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf Competência 01 23 • Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho. Se faz necessário que diariamente e constantemente a empresa dedique tempo para orientar seus trabalhadores sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho com clareza e objetividade para que esses trabalhadores se conscientizem da importância da sua Saúde e Segurança dentro do ambiente laboral; • Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho, relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; • Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; • Colaborar com o desenvolvimento e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; • Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; • Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados, ter como prática frequentemente a análise das ocorrências de acidentes e doenças evidenciando que medidas serão propostas para sanar esses problemas. • Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; • Requisitar à empresa as cópias da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) emitidas; • Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS; • Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT). Competência 01 24 Figura 11 - Trabalho em Equipe Fonte: http://jornalemdia.com.br/noticias.php?p=15216 Descrição: A imagem mostra vários trabalhadores que fazem parte da CIPA. Caro estudante você precisa entender que é imprescindível que o empregador permita condições necessárias para que os membros da CIPA desenvolvam suas atribuições, permitindo o tempo suficiente no expediente do trabalho para que a CIPA realize suas atividades regularmente conforme o plano de trabalho traçado por ela. Em relação as reuniões existem dois tipos: a primeira chama-se reunião ordinária que ocorre no dia marcado mensalmente sempre no horário do expediente normal da empresa, e a outra é chamada de extraordinária quando acontece uma denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de emergência, e quando ocorre acidente do trabalho grave ou fatal e por último nas necessidades expressas de uma das representações da CIPA representantes do empregador ou dos empregados. 1.4 Norma Regulamentadora 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) Agora será estudada a Norma Regulamentadora (NR) 7 do MTE que foi criada também pela portaria nº 3.214, de 8 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria nº 1.892, de 9 de Dezembro de 2013, este é mais um dos programas relacionados a Saúde e Segurança que tem como objetivo a promoção e a preservação da saúde de seus colaboradores. Prezado estudante o PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais http://jornalemdia.com.br/noticias.php?p=15216 Competência 01 25 NR´s, ele deverá abordar as seguintes fases: Prevenção, Rastreamento e Diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. Mais como abordar essas fases citadas acima de ações de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce? Quando uma empresa tem a preocupação de vacinar seus trabalhadores com a vacina de da H1N1 da Influenza (do Vírus da gripe) ela está tomando uma medida de prevenção, já que, ao vacinar seus colaboradores estará prevenindo que os mesmos venham a adquirir a gripe. Figura 12 - Trabalhador sendo vacinado Fonte: https://www.jornalcorreioms.com/2018/12/campanha-de-vacinacao-do-sesi-imunizou.html Descrição: A imagem mostra uma profissional de saúde aplicando uma vacina em um trabalhador. Através do rastreamento de uma doença como Pressão Alta, é realizado como ação a coleta de dados de todos os colaboradores nos diversos setores da empresa (os que têm sintomas, queixas e os que não sentem nada), em seguida são feitos os exames cardiológicos necessários para detecção de Hipertensão, dessa forma, são diagnosticados e classificados os casos de Hipertensão dos trabalhadores. Na medida em que os colaboradores são submetidos a exames, previamente pode ser identificado quem sabe precocemente um diagnóstico de determinado agravo, ou seja, diagnosticar alguma doença antes que o colaborador apresente sintomas e seja prejudicado. Desse modo, tem-se a chance de começar o tratamento precocemente e evoluir no intuito de se ter um tratamento bem- sucedido. Conforme a Norma Regulamentadora nº 7 caberá ao empregador algumas obrigações, entre elas pode-se citar: https://www.jornalcorreioms.com/2018/12/campanha-de-vacinacao-do-sesi-imunizou.html Competência 01 26 • Fazer cumprir a elaboração e implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; • Garantir os recursos monetários do custeio do PCMSO, sem ônus para os empregados, cumprindo com todos os procedimentos descritos no programa PCMSO; • Indicar dentre os médicos do SESMT da empresa, um coordenador responsável ou contratar um médico para coordenar o PCMSO caso a empresa esteja desobrigada de manter o médico de acordo com a NR-7. Caberá ao médico coordenador do programa: • Realizar os exames médicos previstos ou encaminhar o trabalhador para médico familiarizado com os princípios e causas da doença; • Encarregar-se dos exames complementares profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. O PCMSO precisa conter obrigatoriamente um planejamento, sendo descriminada todas as ações de saúde a serem executadas durante o ano todo, onde as mesmas se tornarão foco central do relatório anual. Este relatório anual deverá ser detalhado, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano. Prevê ainda a realização obrigatória de exames médicos tais como: Admissionais, Periódicos, de Retorno ao Trabalho, de mudança de função e Demissionais, verificando cada particularidade de acordo com a idade do funcionário, a atividade exercida, o tempo de serviço e a sua situação na empresa. Nesses exames devem ser realizados uma avaliação clínica com exames físico e mental e o histórico do trabalhador e exames complementares, caso necessário, como exames de sangue, urina e imagem, por exemplo. Ficou curioso? Quando esses exames são realmente necessários? Para tirar essas dúvidas assista ao vídeo sobre os Exames relacionados no PCMSO https://www.youtube.com/watch?v=8AMzJYAz5j0 https://www.youtube.com/watch?v=8AMzJYAz5j0 Competência 01 27 Os trabalhadores expostos a alguns riscos físicos e químicos necessitamrealizar exames complementares com uma periodicidade específica. Esses dados podem ser observados nos quadros I e II desta NR-7. Para cada um desses exames realizados o médico deverá emitir o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias, onde uma fica arquivada no local de trabalho e a outra é entregue ao trabalhador. Ressalta-se que a NR-7 também determina que todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros e que este material pode variar de acordo com as características da atividade desenvolvida na empresa. Esta caixa de primeiros socorros ou armário deve estar em local de fácil acesso e sob a guarda de pessoa treinada para usá- lo. Figura 13 - Material de Primeiros Socorros Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-dos-desenhos-animados-do-kit-de-primeiros-socorros-da- gripe_4983227.htm Descrição: A imagem mostra o desenho de uma caixa de primeiros socorros com vários itens para prestação de um atendimento de emergência, como gaze, esparadrapo e agulha. Para ter acesso aos quadros e detalhes da NR 7 acesse o link abaixo: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-dos-desenhos-animados-do-kit-de-primeiros-socorros-da-gripe_4983227.htm https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-dos-desenhos-animados-do-kit-de-primeiros-socorros-da-gripe_4983227.htm https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf Competência 02 28 2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Saúde Ocupacional no Ambiente de Trabalho Agora você iniciará a 2ª Competência, e para um melhor resultado revise o que você estudou na competência anterior, que tratou sobre alguns programas e serviços que interferem diretamente na vida dos trabalhadores sobre Segurança e Saúde deles. Você iniciará agora os estudos dos agentes que colocam em risco a segurança e saúde dos colaboradores na empresa. Quando se fala sobre agentes ambientais nos reportamos a vários riscos ambientais e quais são eles: químicos, físicos e biológicos. Saiba que as doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho podem acontecer mediante a exposição dos colaboradores a esses fatores de riscos descritos da NR-9 (PPRA), como também a outros dois fatores de riscos descritos nas demais normas em geral e na NR-17 que fala exclusivamente de Riscos Ergonômicos e nas Normas em gerais dos Riscos de Acidentes. Portanto caro estudante, você precisa conhecer a fundo esses riscos mencionados anteriormente que se encontram nas diversas atividades laborais da empresa, que você vai atuar como futuro técnico de Segurança do Trabalho, para assim, poder adotar as medidas prevencionistas e corrigir tais situações de grave e iminente risco. 2.1 Riscos ocupacionais Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado. Os ambientes de trabalho, pela natureza das atividades desenvolvidas e/ou pelas características de organização, podem comprometer a saúde do trabalhador em curto, médio e longo prazo, gerando lesões imediatas, doenças ou até a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa. Veja um manual de procedimentos para os serviços de saúde feito pelo Ministério da Saúde, com uma lista de doenças relacionadas ao trabalho. Confira no link abaixo: www.segtreinne.com.br/manuais/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf http://www.segtreinne.com.br/manuais/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf Competência 02 29 A fim de promover uma melhoria nas condições do ambiente de trabalho reduzindo assim a gravidade das condições insalubres, você continuará a viagem fazendo um processo chamado de investigação dos riscos dentro do local de trabalho onde poderá identificar que fatores de riscos estão nesse ambiente em contato com os trabalhadores e que recomendações poderá propor em virtude desses riscos. Primeiramente serão caracterizados os dois tipos básicos de avaliação dos riscos ambientais que são: • Avaliação Qualitativa – Nesse tipo de avaliação preliminar há a figura do avaliador dotado do seu conhecimento e sensibilidade para observar os tipos de riscos que se encontram no ambiente laboral. Exemplo: Adentrando num ambiente muito barulhento o avaliador através de sua audição e do seu breve conhecimento imediatamente identificará o risco de ruído nesse local. • Avaliação Quantitativa – É utilizado um método cientifico e minucioso de avaliação onde são utilizados diversos equipamentos e procedimentos a fim de obter a mensuração dos valores quantificados dos riscos concentrados dentro dos ambientes. Exemplo: Num determinado setor da fábrica foi feita a Avaliação quantitativa do ruído presente através dos equipamentos de mensuração o Dosímetro e/ou Decibelímetro. Prezado estudante você precisa compreender que através da NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), só serão considerados para efeito dessa Norma os seguintes riscos ambientais: os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho. Deve-se considerar que os riscos físicos são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. Os agentes físicos têm a funcionalidade de promover alteração das características físicas do meio ambiente, eles determinam um meio de transmissão nocivo que age sobre os trabalhadores Veja outras informações da NR-9 no link abaixo: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09- atualizada-2019.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf Competência 02 30 diretamente no posto de trabalho, como também, pode repercutir sobre os demais indivíduos que não estão em contato direto com a fonte de risco. São eles: ruído, vibração, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, umidade, bem como o infrassom e o ultrassom. Figura 14 - Trabalhador Exposto ao Risco Calor e Radiação não ionizante (exposição ao sol) Fonte: https://imirante.com/sao-luis/noticias/2015/07/14/operario-de-empresa-terceirizada-morre-soterrado-em- obra-no-bairro-da-areinha.shtml Descrição: A figura mostra funcionários realizando serviço de esgotamento sanitário, com a instalação de tubos. Os riscos químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou pelo trato gastrointestinal (ingestão). Figura 15 - Trabalhador Exposto ao Risco Químico Fonte: https://vitorionetto.com.br/aposentadoria-especial-do-quimico-industrial/ Descrição: A figura mostra um funcionário com EPI completo manipulando produtos químicos. Os riscos biológicos são diversos microrganismos que podem infectar o indivíduo por vias respiratórias, como as bactérias, os vírus, os fungos, bacilos, parasitas, protozoários, capazes de provocar infecções, alergias ou toxidades em seres humanos, através das vias respiratórias, contato Competência 02 31 com a pele ou pela ingestão. Ainda podem ser incluídos mordidas e ataques por animais peçonhentos, domésticos e selvagens. Figura 16 - Trabalhador Exposto ao Risco Biológico Fonte: https://iusnatura.com.br/riscos-biologicos/ Descrição: A figura mostra um funcionário com EPI observando placa de petri contaminada com vírus. Além dos riscos citados anteriormente, pode-se destacar outros riscos que estão presentes no ambientede trabalho, que podem causar lesões e doenças: os riscos ergonômicos e de acidente ou mecânicos. Os Riscos ergonômicos são todas as condições que afetam o bem-estar do indivíduo, sejam elas físicas, mentais ou organizacionais. Podem ser compreendidas como fatores que interferem nas características psicofisiológicas do profissional, provocando desconfortos e problemas de saúde. São exemplos de riscos ergonômicos: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada, esforço físico intenso, mobiliário inadequado, controle rígido de tempo para produtividade. Figura 17 – Trabalhador Exposto ao Risco Ergonômico Fonte: https://nucleohealthcare.com.br/2017/05/30/laudo-ergonomico-o-que-e-e-como-aplica-lo-na-empresa/ Descrição: A figura mostra um funcionário com postura inadequada segurando uma carga maior que o recomendado. Competência 02 32 Os riscos de acidente ou mecânicos são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, instalações elétricas defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, probabilidade de incêndio ou explosão, animais peçonhentos, armazenamento inadequado, dentre outros. Figura 18 - Trabalhadores Expostos ao Risco de Acidente Fonte: https://blog.humberseguros.com.br/post/risco-de-acidentes/ Descrição: A figura mostra um funcionário pisando em prego exposto em tábua. 2.2 Mapa de risco O mapa de risco é uma forma de representar o local de trabalho, através de uma planta baixa (representação gráfica), identificando os riscos existentes no posto de trabalho. Os riscos são representados por círculos de diferentes cores e tamanhos, facilitando assim a visualização de todos os riscos do setor de trabalho. A graduação do Risco é representada pelo tamanho do círculo, ou seja, quanto maior o círculo maior será a intensidade do agente (risco), podendo ser: pequeno, médio ou grande. A cor do círculo está relacionada com o agente de risco identificado, que poderá ser: Risco Físico = Verde Risco Químico = Vermelho Risco Biológico = Marrom Risco de Acidente = Azul Risco Ergonômico = Amarelo Competência 02 33 Figura 19 - Simbologia das Cores Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/geografia/mapas Descrição: A figura mostra um quadro que correlaciona as cores e tamanhos dos círculos aos seus riscos. A elaboração de um mapa de risco é importante para que os riscos sejam identificados e mostrados aos funcionários, e assim tenham mais cautela ao acessar os locais de trabalho e a empresa possa fornecer equipamentos de segurança, adequados ao risco daquele local de trabalho. O mapa de risco deve ser construído de forma participativa com a colaboração dos trabalhadores, da CIPA e do SESMT, possibilitando assim a troca de informações entre os trabalhadores e estimulando sua participação na prevenção de acidentes. Etapas para elaboração de um mapa de risco: 1. Conhecer o processo de trabalho no local analisado: 2. Identificar os riscos existentes no local analisado 3. Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia 4. Identificar os indicadores de saúde 5. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. 6. Elaborar o mapa de risco, sobre o layout da empresa, indicando por meio do círculo Agora que você já sabe elaborar um mapa de riscos conheça alguns benefícios ao adotá- lo: Como um técnico de segurança você precisa saber elaborar um mapa de risco, para ensinar aos membros da CIPA. Assista ao vídeo e estude esse assunto. https://www.youtube.com/watch?v=aALnHh6-CxE https://www.youtube.com/watch?v=aALnHh6-CxE Competência 02 34 1) Prévia identificação dos riscos existentes nos locais de trabalho analisado; 2) Adoção de medidas preventivas adequadas aos riscos identificados: medidas de proteção coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual e de higiene e conforto; 3) Redução de gastos com acidentes e/ou doenças; 4) Redução de dias perdidos com acidentes e/ou doenças; 5) Redução de perdas e danos materiais; 6) Melhoria do clima organizacional; 7) Aumento da produtividade e lucratividade. O Mapa de Risco ao ser discutido, elaborado e aprovado pela CIPA, deverá ser colocado em um local visível, onde transitam vários funcionários tendo fácil acesso ao mapa de riscos. Essa representação gráfica é uma forma de lembrar frequentemente aos trabalhados que é necessário tomar os devidos cuidados para evitar acidentes nesse ambiente laboral. Esse gráfico pode ser único para toda a empresa ou ser distribuído em cada setor específico. 2.3 Medidas de prevenção dos riscos A partir do momento em que são identificados os riscos existentes dentro do ambiente laboral, deve-se adotar medidas a fim de neutralizar, minimizar e eliminar esses agentes ambientais. Essas medidas serão especificas para cada Risco/Situação conforme serão citados alguns casos abaixo: 1. Agentes Físicos Estes agentes são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores e são encontrados em diversos ambientes de trabalho. Seguem abaixo algumas medidas de controle para o agente físico calor: • Promover a renovação do ar no ambiente através de ventiladores e ar condicionado; • Adotar aberturas no ambiente através de portas e janelas; Competência 02 35 • Implantação de sistemas de Exaustores para remoção do ar quente; • Adotar medidas para evitar o choque térmico (Aclimatação do trabalhador); • Instalação de ventiladores para promover a renovação e circulação do ar no ambiente; • Realizar a proteção do local do trabalho com material isolante térmico (Kevlar, cerâmica e etc.), impedindo o contato da fonte geradora de calor com o trabalhador; • Adotar a Automatização do processo produtivo utilizando as máquinas reduzindo a interação do trabalhador; • Distribuir vários bebedores em locais de fácil acesso para restituição hídrica e também reposição de sais através de isotônicos aos trabalhadores; • Adoção de vestimentas e de EPIs adequados a função que o trabalhador exerça para a proteção devida dos seus membros superiores e inferiores bem como das demais partes do seu corpo permitindo a completa proteção. Figura 20 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Calor Fonte: https://supremaluvas.com.br/nr-15-anexo-3-nr-que-fala-dos-limites-de-tolerancia-para-exposicao-ao-calor/ Descrição: A figura 20 mostra um funcionário com EPI exposto ao calor. Seguem abaixo algumas medidas de controle para o agente físico frio: • Adotar medidas para evitar o choque térmico (Aclimatação do trabalhador); • Acompanhamento nutricional balanceado para repor as perdas energéticas; • Manter o corpo hidratado; • Não ficar sozinho no local de trabalho (trabalhar em dupla); • Adotar assentos de material resistente ao frio; • Sistema de abertura automática das portas do ambiente interno; Competência 02 36 • Usar roupas que mantenham o corpo sempre aquecido, evitando que as mesmas fiquem úmidas e adotar os EPI´s necessários como capote, luvas e botas de couro com forro. Figura 21 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Frio Fonte: https://www.ocupacional.com.br/ocupacional/riscos-e-cuidados-no-trabalho-em-ambientes-frios/ Descrição: A figura 21 mostra um funcionário com EPI trabalhando em uma câmara fria. Seguem algumas medidas de controle do agente físico radiação ionizante: • Controle rigoroso das áreas que fazem utilização de radiação ionizante; • Adoção de sinalização de segurança com indicação dos Riscos e EPI´s a serem utilizados; • Utilização de barreiras físicas constituídas de material isolante a radiação(chumbo e concreto); • Adoção de EPI´s com revestimentos de chumbo (avental, protetor de gônadas, tireoide e óculos de vidro com proteção lateral); • Manter os EPI´s guardados num local apropriado para evitar danos em suas camadas de proteção; • Utilização de Dosímetros individuais para o monitoramento da exposição da radiação. Competência 02 37 Figura 22 – Trabalhador Exposto ao Risco Físico Radiação Ionizante Fonte:http://www.protecao.com.br/noticias/leia_na_edicao_do_mes/gerenciar_a_exposicao_dos_trabalhadores_as_r adiacoes_ionizantes_e_essencial/AQjjJjy4/831 Descrição: mostra um funcionário operando uma máquina de raio x. Seguem algumas medidas de controle do agente físico radiação não ionizante: • Utilização de bloqueadores solares; • Utilizar camisas de proteção UVA/UVB, calças compridas, chapéu ou Boné, óculos de sol e protetor solar. Figura 23 - Trabalhador Exposto ao risco físico Radiação Não Ionizante Fonte: http://ururau.com.br/cidades10664 (2016) Descrição: mostra uma dermatologista utilizando um depilador a laser. Seguem algumas medidas de controle do agente físico pressões anormais: • Treinamentos dos trabalhadores quanto a forma correta de realizar a descompressão a fim de evitar traumas e doenças descompressivas; Competência 02 38 • Rigoroso controle nos Exames Médicos Ocupacionais; Figura 24 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Pressões Extremas Fonte: https://areasst.com/riscos-fisicos/ Descrição: a figura 24 mostra uma mergulhadora em atividade Seguem algumas medidas de controle do agente físico ruído: • Substituição de equipamento por outro com menor nível de ruído; • Plano de Manutenção de Máquinas com previsão de ajustes, regulagens, lubrificação e troca de partes móveis (rolamentos); • Segregação de fontes de ruído isolando da área que tem mais funcionários diminuindo a exposição ao risco; • Enclausuramento da fonte de ruído com a utilização de material absorvente, afim de neutralizar ou reduzir o nível de exposição do trabalhador; • Realização de medições periódicas no local de trabalho; • Realização de Exames Médicos Periódicos; • Utilização de Protetores Auriculares (Tipo plug e/ou concha) conforme o nível de ruído a ser reduzido. Competência 02 39 Figura 25 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Ruído Fonte: http://blog.instrusul.com.br/conheca-os-efeitos-dos-ruidos-no-ambiente-de-trabalho/ Descrição: mostra um funcionário com EPI manipulando uma furadeira. Seguem algumas medidas de controle do agente físico vibração: • Substituição de equipamentos por outros que produzam menor nível de vibração; • Instalar dispositivos anti-vibração em assentos; • Adotar calços de borracha contra vibração de máquinas; • Utilização de EPIs (luvas anti-vibração e botas de borracha). Figura 26 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Vibração Fonte:https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/entenda-o-que-e-vibracao- ocupacional-e-seus-riscos-seguranca-trabalho/ Descrição: mostra um funcionário manipulando no solo uma máquina que gera vibração. Seguem algumas medidas de controle do agente físico umidade: • Adoção de canaletas para permitir o escoamento da água no ambiente; • Realizar a atividade em piso que absorva a água; • Adoção de EPIs (Botas de PVC, luvas de PVC, Avental de PVC) e etc. http://blog.instrusul.com.br/conheca-os-efeitos-dos-ruidos-no-ambiente-de-trabalho/ Competência 02 40 Figura 27 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Umidade Fonte: https://consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/seguranca-do-trabalho/ Descrição: mostra um frigorífico em atividade. 2. Agentes Biológicos Esses agentes são geralmente encontrados em serviços de saúde, cemitérios, aterros sanitários e etc. Seguem algumas medidas de controle dos agentes biológicos: • Fazer regularmente o controle rigoroso da limpeza, desinfecção de todos os ambientes reduzindo a incidência da proliferação de contaminantes no ambiente; • Dispor de Lavatório para higienização das mãos com o fornecimento de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira com acionamento automático de abertura evitando o contato das mãos; • Seguir os procedimentos gerais de padrões internos e universais conforme diz as Normas de Segurança e Certificações entre algumas pode-se citar: Protocolos de segurança, Adoção de EPIs conforme os riscos e a exigência de seu uso correto, Treinar os colaboradores para o correto manuseio dos instrumentos perfurocortantes descartando-lhes na caixa de descartex utilizadas como coletoras, evitando o reencape de agulhas ou a desconexão da mesma na seringa; • Estabelecer o uso adequado das vestimentas e EPI´s habituais a rotina do hospital como: aventais, jaleco, toucas, máscara, luva, avental cirúrgico, protetor auricular, protetor ocular, protetor facial, sapatos fechados, botas, pró-pés); Competência 02 41 • Fazer uso de dispositivos de segurança como conectores e sistemas de infusão sem agulhas, agulhas e seringas com travas de segurança e seringas com sistema retrátil da agulha; • Estabelecer a rigorosa norma da higienização das mãos antes e depois de cada procedimento; • Manter controle rigoroso de Higienização de todas as vestimentas usadas nos blocos cirúrgicos e obstétricos, nas UTI´s, nos locais com a presença de pacientes com doenças infectocontagiosas; • Seguir controle de Vacinação dos colaboradores; • Em hipótese nenhuma será permitindo usar as pias de trabalho para outros fins como por exemplo manusear alimentos sobre ela; • É proibido aos colaboradores fumar nas áreas externas e internas, do mesmo modo o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho, não se pode guardar e nem consumir alimentos e nem bebidas nos postos de trabalho deverá ter locais destinados para este fim, os calçados devem ser obrigatoriamente fechados e devem dispor de local para a sua guarda bem como os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais; • Seguir Protocolo de Segurança para o atendimento do colaborador em caso de exposição ao material orgânico. Figura 28 - Trabalhador Exposto ao Risco Biológico Fonte: http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/epi-para-coleta-de-lixo-quais-sao-os-itens-de-uso-obrigatorio Descrição: mostra um gari coletando lixo. Competência 02 42 3. Agentes Químicos Esses agentes se concentram em diversas substâncias que podem estar presentes contaminando o ambiente de trabalho e causando vários danos a integridade física e mental dos trabalhadores. Veja algumas medidas de controle dos agentes químicos: • Se for possível trocar a substância por outra menos tóxica ou lesiva; • Propor no processo produtivo da fábrica a automatização com as mudanças tecnológicas; • Fazer o Enclausuramento da operação, evitando que os agentes contaminantes se propaguem e entre em contato com o trabalhador. • Adotar a Umidificação como forma de controlar as poeiras; • Implantar sistema de ventilação exaustora local com todos os procedimentos de segurança e manutenção garantindo a remoção dos diversos tipos de poluentes (poeiras, gases, vapores, fumos) diretamente na fonte antes que eles sejam desprendidos externamente; • Estabelecer quais são as Classificações e rotulagens das substâncias químicas; • Dispor de EPI´s adequados a função tipo: máscaras, óculos, cremes protetores, luvas e botas; • Adotar regularmente a rotina da higiene pessoal com alguns cuidados como: de lavar as mãos, o rosto e os cabelos no fim da jornada de trabalho e nas pausas para refeições. Faça a leitura do Guia Técnico sobre riscos biológicos no âmbito da Norma Regulamentadora Nº 32 https://www.unifesp.br/reitoria/dga/images/legislacao/biosseg/guia_tecnico_cs3.pdf Veja um modelo de protocolo de atendimento pós-exposição a material biológico. https://www.youtube.com/watch?v=KXHFe51DeXU https://www.unifesp.br/reitoria/dga/images/legislacao/biosseg/guia_tecnico_cs3.pdf https://www.unifesp.br/reitoria/dga/images/legislacao/biosseg/guia_tecnico_cs3.pdf https://www.youtube.com/watch?v=KXHFe51DeXU Competência 02 43 Figura 29 - Trabalhador Exposto ao Risco Químico Fonte: https://blog.previnsa.com.br/trabalho-em-espaco-confinado-o-que-eu-preciso-saber/ Descrição: mostra um funcionário utilizando EPI ao entrar em ambiente confinado, onde há liberação de gases. 4. Riscos de Acidente São inúmeros os riscos de acidentes num ambiente de trabalho portanto, essa variedade está diretamente ligada a atividade que está sendo realizada. Dessa forma, seguem algumas medidas gerais de controle dos riscos de acidente: • Possibilitar um local de trabalho devidamente confortável; • Dispor de um local de trabalho devidamente organizado com os objetos distribuídos adequadamente e bem localizados; • Garantir o uso adequado dos dispositivos de prevenção de acidentes dentro do local de trabalho. Figura 30 - Trabalhador Exposto ao Risco de Acidente Fonte: https://www.consultoriaiso.org/como-realizar-a-avaliacao-de-riscos-de-acidentes/ Descrição: mostra dois funcionários realizando serviço em altura. Competência 02 44 Medidas de controle gerais que podem ser utilizadas para todos os riscos: • Estabelecer cronograma de treinamentos e capacitações a fim de promover a conscientização dos colaboradores; • Estabelecer o sistema de rodízios e pausas durante a jornada de trabalho; • Reduzir o número de trabalhadores expostos; • Estabelecer cronogramas de manutenções periódicas de máquinas e equipamentos; • Dispor de sistema de sinalização visualizando os riscos nos locais; • Realização dos exames periódicos. Competência 03 45 3.Competência 03 | Estruturar e Desenvolver Avaliação Ergonômica nos Ambientes de Trabalho Prezado aluno você agora irá aprofundar seus conhecimentos sobre a ergonomia!!! Você aprenderá sobre os riscos ergonômicos, entenderá melhor sobre essa ciência que é denominada Ergonomia. Iniciando os seus estudos você identificará como foi seu surgimento, onde ela atua e como interfere diretamente na vida laboral dos colaboradores proporcionando condições para a melhoria da qualidade de vida como também, a redução de acidentes e/ou doenças LER (Lesões por esforços repetitivos) e DORT (Doenças Osteomusculares) relacionadas ao trabalho. 3.1 Surgimento da ergonomia Você lembra que na primeira semana, foi feita uma viagem no cenário histórico da época da Revolução Industrial, onde as indústrias deram um grande salto para o avanço da tecnologia contratando vários trabalhadores sem dar mínimas condições dignas de trabalho, esses trabalhadores não eram vistos pelos empresários, eles apenas serviam como mãos-de-obra barata para produzir nos seus postos de trabalho gerando riqueza nessa indústria. Contudo, o que se repercutiu nesse cenário sombrio foi um elevado número de trabalhadores acidentados, doentes e mortos, despertando uma problemática dessa situação pois era alarmante o número altíssimo de trabalhadores que ficavam inválidos e que chegavam ao óbito, repercutindo numa diminuição da mão-de-obra. Paralelamente a esse cenário a Ergonomia surge após a 2ª Guerra Mundial, tendo em vista as falhas ocorridas na interface entre o homem e a máquina, onde muitos militares morreram, sendo necessário aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos em função de melhores aviões, submarinos, tanques, radares e armas mais eficientes, já que os soldados tinham que ser muito habilidosos e precisos na operação militar enfrentando condições ambientais adversas que ocasionavam com muito erros e acidentes matando os militares. Competência 03 46 Figura 31 - Segunda Guerra Mundial Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/segunda-guerra-mundial-em-100-fotos-poderosas/ss-BBNArPc Descrição: mostra vários tanques de guerra sendo transportados por ferrovia. Finalizada a guerra, houve um aumento de diversos profissionais comprometidos com uma série de projetos, a fim de proporcionar uma adaptação desses instrumentos de guerra às características e capacidade desses soldados que operavam essas máquinas. Prezado estudante, o termo ergonomia foi proposto em 1857 pelo polonês Wojciech Jarstembowsky, quando ele publicou um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho”, e eis que surge o interesse na área de ergonomia que foi crescendo rapidamente, em especial na Europa e nos Estados Unidos da América, e em 12 de julho de 1949, na Inglaterra, foi fundada a primeira Sociedade de Pesquisa em Ergonomia, e alguns anos depois, em 1961, foi criada a Associação Internacional de Ergonomia (IEA). Também pode-se mencionar que nesse mesmo período, pós guerra, os Estados Unidos, juntamente com a marinha e a sua força aérea, se mobilizaram para montagem de um laboratório de pesquisa ergonômica a fim de estudar e melhorar a eficiência de suas aeronaves e submarinos. Portanto, vê-se que a ergonomia possibilitou o avanço e o desenvolvimento tecnológico. Alguns estudiosos acreditam que o surgimento da ergonomia ocorreu com a criação de ferramentas para melhorar a atividade da caça, tornando-as mais eficazes e confortáveis para o caçador primitivo, evidenciando uma ação ergonômica: Adaptar o trabalho ao homem. https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/segunda-guerra-mundial-em-100-fotos-poderosas/ss-BBNArPc Competência 03 47 3.2 Entendendo a ergonomia Prezado estudante conheça o significado dessa palavra Ergonomia, você tem ideia do que significa, ficou curioso? Ergonomia é uma palavra de origem grega, ergon que significa trabalho e nomos que significa normas, regras, leis. Segundo, a definição de Wisner, 1987: “Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relacionados ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas, dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência”. Portanto, na medida que é feito esse estudo da interação do homem com o meio que o cerca, deixará claro que dentro da empresa a ergonomia tem como objetivo adequar o posto de trabalho ao homem de maneira que esse trabalhador efetue suas tarefas com um máximo de conforto e segurança, favorecendo a prevenção de patologias ocupacionais e contribuindo para uma melhor eficiência no desempenho das funções, o que acarretará numa maior produtividade. No Brasil, existe a Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO, fundada em 1983, sendo filiada a (IEA). Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO): “A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro (ABERGO, 2000). Nessa perspectiva todo estudo dessa ciência envolverá essas interações entre pessoas x tecnologia x organização do trabalho x ambiente laboral, com o propósito de serem feitas intervenções ergonômicas. Pode-se destacar que essa nova ciência chamada de Ergonomia tem seu papel interdisciplinar se baseando em outras áreas do conhecimento cientifico, como antropometria, biomecânica, fisiologia, psicologia, toxicologia, engenharia, desenho industrial, eletrônica, informática, e gerencia industrial, visto que se apropriando desses diversos campos de conhecimentos ela conseguiu elaborar métodos e técnicas em função da melhoria das condições laborais do trabalhador e por fim na sua qualidade de vida. A origem da palavra Antropometria vem do grego que significa anthropos, homem, e, metron, medida, ou seja, é uma técnica que
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