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Caderno SEG - Ergonomia e Saúde Ocupacional

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Ergonomia e Saúde Ocupacional 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
Educação a Distância 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ergonomia e Saúde Ocupacional 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | Abr. 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
Abril, 2020 
Professor(es) Autor(es) 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Revisão 
Fabiana Roberta Alves de Matos Batista 
 
Coordenação de Curso 
Raísa Rení Lima Andrade 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 5 
1.Competência 01 | Compreender e Identificar os Serviços de Saúde Ocupacional Necessários à 
Organização, Assessorando-a no Cumprimento das Políticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST)
 ................................................................................................................................................................ 7 
1.1 Breve histórico da saúde ocupacional ........................................................................................................ 8 
1.2 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT) ............................................................................................................................................ 15 
1.3 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ............................... 21 
1.4 Norma Regulamentadora 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) ............. 24 
2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a Promoção da Saúde 
Ocupacional no Ambiente de Trabalho................................................................................................ 28 
2.1 Riscos ocupacionais .................................................................................................................................. 28 
2.2 Mapa de risco............................................................................................................................................ 32 
2.3 Medidas de prevenção dos riscos ............................................................................................................. 34 
3.Competência 03 | Estruturar e Desenvolver Avaliação Ergonômica nos Ambientes de Trabalho .. 45 
3.1 Surgimento da ergonomia ........................................................................................................................ 45 
3.2 Entendendo a ergonomia ......................................................................................................................... 47 
3.3 Classificação da ergonomia....................................................................................................................... 51 
3.4 Risco Ergonômico ...................................................................................................................................... 52 
3.5 Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia ............................................................................................... 58 
3.6 Análise Ergonômica de Trabalho (AET) ..................................................................................................... 59 
Conclusão ............................................................................................................................................. 63 
Referências ........................................................................................................................................... 64 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 66 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
Caro Estudante, 
Seja bem-vindo à disciplina de Ergonomia e Saúde Ocupacional do curso de Técnico de 
Segurança do Trabalho! 
Convido você a fazer uma viagem no mundo da Ergonomia e Saúde Ocupacional e nessa 
viagem você irá conhecer, se surpreender e se motivar a tomar uma postura prevencionista dentro 
de diversos setores laborais, como também dentro de seu lar pois tais conhecimentos são 
importantíssimos no cotidiano doméstico e Empresarial. 
Nesta jornada você deve aproveitar cada momento dessa viagem, você precisa se 
envolver interagindo com os conceitos apresentados no material de estudo, o E-book, e demais 
materiais de pesquisa sobre essa disciplina de Ergonomia e Saúde do Trabalho. 
Você entenderá qual a importância dessa disciplina no dia a dia prático de vocês, futuros 
técnicos de segurança do trabalho, e como tais conhecimentos trarão embasamento para solidificar 
as ações técnicas para a implantação de medidas Ergonômicas dentro da empresa. 
Ressalta-se que ao longo dessa viagem você aprenderá e fará alguns questionamentos, 
que serão comuns a você, estudante, no decorrer da disciplina, desse modo, serão feitas algumas 
perguntas como: De que forma eram as condições de trabalho nas indústrias? Quando e por que 
surgiu a preocupação com as condições laborais dentro das indústrias? Quais são os serviços que 
atuam na Saúde Ocupacional dos trabalhadores e como eles se estruturam e atuam nas empresas? 
Quais são os fatores de risco ambientais e porque a necessidade de identificá-los? O que é um mapa 
de risco, qual a sua importância e como é feita a sua elaboração? Quais os cuidados que se deve 
tomar ao elaborar medidas de prevenção em um local de trabalho? Quando surgiu a ergonomia e 
como ela se classifica? Como é realizada a análise ergonômica do trabalho? 
Prezado estudante são muitas perguntas que serão respondidas e discutidas durante a 
viagem no mundo da Ergonomia e Saúde Ocupacional, e desse modo durante esse percurso você 
conseguirá finalizar essa disciplina, proporcionando a apropriação desses conteúdos de tal forma que 
será habilitado para reconhecer os diversos riscos ambientais nos locais de trabalho, conseguirá 
elaborar um mapa de risco, e finalmente fazer uma análise ergonômica do trabalho (AET). 
Na primeira competência uma breve viagem no panorama histórico geral da saúde 
ocupacional, em seguida como iniciaram os primeiros serviços de prevenção a doenças ocupacionais 
 
 
 
 
 
 
6 
dos trabalhadores. Posteriormente serão estudadas as Normas Regulamentadoras (NR´s) e 
identificados os programas e serviços de saúde e prevenção de acidentes e doenças do trabalho que 
devem ser assegurados nas empresas. 
Passando para a segunda competência, serão apresentados os riscos ambientais, a 
importância de serem identificados e reconhecidos no ambiente de trabalho, seguindo a viagem será 
conhecido o mapa de risco, como se elabora e qual é a sua função. Logo após, será retomado o estudo 
dos riscos ambientais tratando de algumas recomendações que podem ser implantadas dentro do 
ambiente laboral para prevençãodos mesmos. 
Por último a terceira competência, onde será conhecida a ciência denominada de 
Ergonomia, que irá lhe encantar e porque não dizer lhe apaixonar por essa ciência interdisciplinar que 
agrega outros campos de conhecimentos, em função da adequação das condições trabalho ao 
homem, portanto, o estudo prosseguirá vendo como essa ciência surgiu, qual é a sua importância 
nesse processo de homem x trabalho x ambiente, qual é a sua classificação e o campo de atuação 
dela. E por fim, será visto o assunto chamado de Análise Ergonômica do Trabalho (AET) uma 
ferramenta de análise importante, que você aprenderá a fazer e sua aplicação dentro das 
organizações de trabalho. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
7 
1.Competência 01 | Compreender e Identificar os Serviços de Saúde 
Ocupacional Necessários à Organização, Assessorando-a no Cumprimento 
das Políticas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) 
Caro estudante, primeiramente será abordado nos seus estudos como se deu o panorama 
geral do histórico da saúde ocupacional no mundo e que repercussões se deram no Brasil. De que 
forma ocorreu a preocupação com a Saúde dos trabalhadores no período da Revolução Industrial, 
diante do cenário crítico das condições precárias do ambiente laboral no processo fabril, que os 
trabalhadores se submetiam nesse período? 
Essa relação entre o trabalho e a saúde/doença foi mencionada desde os primórdios e se 
destacou mais ainda com a Revolução Industrial. 
 Prezado estudante infelizmente também ressalta-se, que na antiguidade essas questões 
de trabalho x trabalhador x saúde repercutiam numa condição meramente de escravidão ao trabalho 
sendo este como um castigo, conforme Nosela (1989), apud Gomez e Costa (1997), “Afinal, no 
trabalho escravo ou no regime servil, inexistia a preocupação em preservar a saúde dos que eram 
submetidos ao trabalho, interpretado como castigo ou estigma: o "tripalium", instrumento de 
tortura. O trabalhador, o escravo, o servo eram peças de engrenagens "naturais", pertences da terra, 
assemelhados a animais e ferramentas, sem história, sem progresso, sem perspectivas, sem 
esperança terrestre, até que, consumidos seus corpos, pudessem voar livres pelos ares ou pelos céus 
da metafísica”. 
 
Figura 1 - Escravos sendo torturados. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/fUk6dKdyxreSQAPQA 
Descrição: A imagem mostra escravos em um instrumento de tortura, o tripalium, de onde surgiu o termo trabalho que 
é originário do latim. 
https://images.app.goo.gl/fUk6dKdyxreSQAPQA
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
 
Diante desse cenário da estória, como é que surgiu a preocupação com a Saúde dos 
trabalhadores nesses ambientes de fábricas? Que medidas foram tomadas para prevenir os riscos de 
acidentes e doenças no ambiente laboral? Como esse contexto idealizou os primeiros serviços de 
Saúde Ocupacional e, como eles atuam dentro das empresas nos dias de hoje? 
 
1.1 Breve histórico da saúde ocupacional 
Primeiramente a viagem será no histórico da saúde ocupacional, pense como era o 
panorama da Revolução Industrial, pode-se dizer que existia a figura de um trabalhador “livre”, onde 
este tinha que vender sua força de trabalho se tornando parte integrante da máquina, ditando assim 
os ritmos no modo de produção impostos pelo funcionamento das máquinas. 
 
 
Figura 2 - Homens em Linha de produção. 
Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/tempos-modernos-ainda-tao-atual/ 
Descrição: A imagem apresenta uma linha de produção, onde sob uma bancada onde circula uma esteira rolante, há 3 
trabalhadores em sequência realizando movimentos repetitivos a partir do uso de chaves inglesas na atividade de 
apertar parafusos das peças que passam pela esteira. Imagem extraída do filme tempos modernos. 
 
Perceba estudante que as regras de produção tinham o intuito de atender à necessidade 
de acumulação rápida de capital e de máximo aproveitamento dos equipamentos, antes de se 
tornarem obsoletos. 
https://ensinarhistoriajoelza.com.br/tempos-modernos-ainda-tao-atual/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
Com as jornadas cansativas, em ambientes extremamente desfavoráveis e precários à 
saúde, às quais se submetiam também mulheres e crianças, eram diariamente incompatíveis com a 
vida. A aglomeração de pessoas em espaços inadequados fechados, com máquinas sem nenhuma 
proteção, ocasionava a rapidez da proliferação de doenças infectocontagiosas, ao mesmo tempo em 
que a periculosidade das máquinas era responsável por mutilações e mortes. 
Saiba estudante que essa época da Revolução Industrial, que se iniciou na Europa 
(Inglaterra, França e Alemanha) e ocorreu entre 1760 e 1850, foi uma grande referência para o 
surgimento de uma preocupação inicial com a saúde dos trabalhadores. 
Perceba que nesse panorama da história da Revolução industrial as condições de vida dos 
operários nas fábricas e como eles eram tratados pelos seus patrões era extremamente desumana. 
Nesse momento, tão difícil que viviam os trabalhadores dando sua força de trabalho para 
ser explorada de forma desumana em função da produtividade e do lucro das grandes indústrias, 
sendo assim, tornou-se necessária uma interferência na tentativa de preservar a vida dos 
trabalhadores. Com esse contexto é que surge, na Inglaterra, a medicina do trabalho. 
Prezado estudante, diante de tantos problemas nessa época, eis que surge nesse período 
a iniciativa de um proprietário de uma fábrica têxtil chamado Robert Dernham, que estava 
preocupado com a saúde dos seus trabalhadores que não dispunham de nenhum cuidado médico, 
além dos prestados por instituições filantrópicas, surge assim, uma atenção voltada no âmbito da 
medicina do trabalho. 
 
Figura 3 - Crianças Trabalhando em Fábrica Têxtil 
Fonte: http://historiaatevoce.blogspot.com/2013/08/criancas-trabalhando-nas-fabricas.html(2018) 
Descrição: A imagem mostra duas crianças na época da Revolução industrial trabalhando, sem uma estrutura adequada, 
em uma máquina de uma fábrica têxtil. 
 
Esse empresário resolveu então procurar o seu médico particular, Robert Baker, e com 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
isso, ele indagou de que forma poderia fazer para melhorar a situação dos trabalhadores nas atuais 
circunstâncias que se encontrava o ambiente da fábrica. 
De acordo com Mendes e Dias (1991), segue descrito abaixo o trecho da resposta que o 
médico, Robert Baker, falou: 
"Coloque no interior da sua fábrica o seu próprio médico, que servirá de 
intermediário entre você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a fábrica, 
sala por sala, sempre que existam pessoas trabalhando, de maneira que ele possa 
verificar o efeito do trabalho sobre as pessoas. E se ele verificar que qualquer dos 
trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele 
competirá fazer tal prevenção. Dessa forma você poderá dizer: meu médico é a 
minha defesa, pois a ele dei toda a minha autoridade no que diz respeito à proteção 
da saúde e das condições físicas dos meus operários; se algum deles vier a sofrer 
qualquer alteração da saúde, o médico unicamente é que deve ser responsabilizado". 
Com essa iniciativa do empresário Robert Dernham contratar Baker para trabalhar em 
sua fábrica, nesse ano de 1830, é surgido assim, o primeiro serviço de medicina do trabalho na 
história. 
Caro estudante, se você prestou atenção nas palavras do doutor Baker, reflita agora com 
essas considerações dadas, alguns traços elementares que refletem no capitalismo quanto às 
finalidades de um serviço de medicina do trabalho, são essas: 
• O empresário coloca a frente dos Serviços de Medicina da empresa, somente 
pessoas de inteira confiança dele e que estas possam realmente defender os seus 
interesses; 
• Os Serviços devem ser obrigatoriamente ligados na figura do médico responsável; 
• Precisa ser uma tarefa integralmente médica a prevenção dos danos à saúde 
provenientedos riscos do trabalho; 
• Era exclusivamente ligado ao médico a responsabilidade pela ocorrência de 
problemas de saúde. 
É possível perceber com essas considerações acima que devido à carência ou 
precariedade dos serviços de saúde acrescentando também a visão das expectativas dos 
empregadores, o padrão descrito acima se repercutiu rapidamente entre vários países. O que com 
isso, promoveu nas empresas o interesse pelos serviços de medicina do trabalho, com o intuito de 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
obter e manter a dependência do trabalhador e de seus familiares ao mesmo tempo em que 
controlava diretamente a força de trabalho. 
As propostas que discutiam em intervir nas empresas, naquela época, expressaram-se 
numa sucessão de normatizações e legislações, que tem no Factory Act, de 1833, seu ponto mais 
destacável, passando a tomar corpo, na Inglaterra, a medicina de fábrica. Como visto acima com a 
presença de um médico no interior das unidades fabris, o qual representava, ao mesmo tempo, um 
esforço em detectar os processos danosos à saúde e uma espécie também de braço do empresário 
para recuperação do trabalhador, visando nada mais que o seu retorno à linha de produção, num 
momento em que a força de trabalho era fundamental à industrialização emergente. Determinava o 
que seria uma das características da Medicina do Trabalho, mantida até hoje e onde predomina na 
forma tradicional: sob uma visão eminentemente biológica e individual, no espaço restrito da fábrica, 
numa relação única e no mesmo sentido, buscando assim, as causas das doenças e acidentes. 
Assim, a Medicina do Trabalho, centrada na figura do médico, orienta-se pela teoria da 
causa e efeito, ou seja, para cada doença, um agente etiológico. Veja bem caro estudante, todas essas 
questões ambientais se repercutem no âmbito do trabalho e interferem no aparecimento dos 
agentes específicos, dessa forma, atuar sobre suas consequências, tratando como um problema 
médico em função dos sintomas e sinais, ou quando muito, relacionando-os a uma doença 
legalmente reconhecida. Como repetidamente as doenças originadas no trabalho são vistas em 
estágios avançados, até porque muitas delas, em suas fases iniciais, mostram sintomas comuns a 
outras patologias, torna-se difícil, sob essa ótica, identificar os processos que as geraram, bem mais 
amplos que a mera exposição a um agente particular (restrito). 
Observe atentamente, em todo o nosso cotidiano estamos cercados de vários produtos 
químicos, os quais podem ser prejudiciais a nossa saúde, quando passamos a nos expor 
frequentemente a eles, desse modo, é inevitável que essas substâncias também estejam presentes 
nos ambientes de trabalho e que em contato com o trabalhador podem vir a gerar algum efeito 
indesejado. Como exemplo, pode-se citar o caso dos mineradores, que além de uma exposição a 
produtos químicos também se submetem a trabalhos pesados. Veja as imagens a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
 
Figura 4 - trabalhadores atuando em uma jazida de extração de cobre 
Fonte: https://politike.cartacapital.com.br/mineracao-e-a-maior-responsavel-por-mortes-no-trabalho-ao-redor-do-
mundo/ 
Descrição: apresenta um grupo de trabalhadores atuando em uma jazida de extração de cobre, realizando a atividade 
de lavagem do mesmo. 
 
 
 
Figura 5 – Mineradores (Painel do Museu do Ouro – MG) 
Fonte: http://guayaberamineira.blogspot.com.br/2008_11_01_archive.html (2016) 
Descrição: mostra três trabalhadores no âmbito da mineração representando o risco que esta atividade traz para o 
trabalhador. 
 
 
Quando existem diversos fatores em conjunto isso vai refletir simultaneamente no 
desenvolvimento de alguma doença ocupacional, como por exemplo: o tempo de exposição ao 
agente, a concentração das substâncias, a quantidade do agente no ambiente laboral, a intensidade 
da exposição e a suscetibilidade individual do trabalhador. 
https://politike.cartacapital.com.br/mineracao-e-a-maior-responsavel-por-mortes-no-trabalho-ao-redor-do-mundo/
https://politike.cartacapital.com.br/mineracao-e-a-maior-responsavel-por-mortes-no-trabalho-ao-redor-do-mundo/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
Preste muito atenção agora prezado estudante, quanto maior for o tempo e a intensidade 
de exposição ao agente, à concentração das substâncias, à quantidade do agente no ambiente 
laboral, mais vulneráveis ao adoecimento estarão os trabalhadores. 
 
 
Figura 6 – Ilustração de Fábricas 
Fonte:https://osociologo.wordpress.com/2017/02/16/2o-ano-aula-2-sociologia/ (2018) 
Descrição: mostra um parque industrial da época da revolução industrial com muita fumaça saindo das chaminés 
 
É preciso compreender que as doenças ocupacionais podem surgir e evoluir para um 
estado mais grave, dependendo da disposição (condição) individual, em adquirir doenças, pois cada 
individuo tem suas particularidades, como por exemplo, uns tem estatura mais alta outros são mais 
baixos, uma variedade imensa de pesos corpóreos, variedades de raças, níveis de imunidade baixa no 
organismo, enfim, todas essas particularidades individuais vão interferir no aparecimento das 
doenças entre determinados grupos. 
 Em 1700 foi publicada pelo médico italiano Bernardino Ramazzini (1633 - 1714), uma 
obra intitulada “De Morbis Artificum” (Doenças ocupacionais), onde a mesma, foi a primeira a 
descrever a respeito de lesões relacionadas ao trabalho. O doutor Ramazzini visitava os locais de 
trabalho dos seus pacientes com a finalidade de identificar as causas de seus problemas. 
 Prezado estudante você está curioso em saber como ocorreu a evolução da Saúde 
Ocupacional no Brasil? 
No cenário da América Latina, incluindo o Brasil, o processo da Revolução Industrial 
ocorreu por volta de 1930, bem mais tarde que os países norte-americanos e europeus. Infelizmente 
com tantos exemplos negativos já vividos por outros países, não conseguimos entender e apreender 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
que deveríamos mudar nossa visão e assim consequentemente vivenciamos as mesmas etapas, e 
com isso, em 1970, o Brasil conseguiu atingir o ranking de campeão de acidentes de trabalho. 
Na realidade brasileira houve a iniciativa dos empregadores de criar serviços médicos 
para serem prestados aos empregados e essa iniciativa foi de fato um modelo novo, primeiramente 
os serviços baseavam-se na assistência médica gratuita para os trabalhadores, originários geralmente 
do campo. E vale salientar que apesar da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que 
recomendava que os serviços médicos deveriam ser caracterizados com caráter essencialmente 
preventivos, os brasileiros eram geralmente curativos e assistenciais. 
Prezado estudante o que geralmente ocorre na sistemática do Brasil desde esse período 
até os dias de hoje é que não se investia na prevenção das doenças e acidentes, era mais fácil 
remediar do que prevenir, dessa forma, no Brasil acontecia essa sistemática, não se evitava que o 
trabalhador sofresse um acidente ou adoecesse, apenas se tratava e curava os danos quando eles já 
tinham acometido um funcionário. 
Diante dessa preocupação voltada para os serviços médicos prestados na empresa surge 
em 1972, a portaria nº 3237 que foi baixada pelo governo brasileiro que se tornou obrigatória a 
existência desses serviços médicos, de higiene e segurança em todas as empresas com mais de 100 
trabalhadores. 
 
 
 
Figura 7 - Crianças Trabalhando em Fábrica Têxtil 
Fonte: http://acervo.plannetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=504 
Descrição: A imagem mostra crianças trabalhando nas máquinas de tecelagem. 
 
http://acervo.plannetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=504
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
 
Figura 8 - um trabalhador com um livro na mão 
Fonte: https://segurancadotrabalhoacz.com.br/historia-da-seguranca-trabalho/ 
Descrição: um trabalhador segurando um livro e em destaque o nome Histórico da Segurançado Trabalho. 
 
 Prezado estudante segue abaixo um pequeno vídeo que vai relatar brevemente pra 
você a História da Segurança e Medicina do Trabalho, o qual você precisa assistir para se apropriar 
melhor desses conteúdos estudados. 
 
Agora que você já sabe um pouco sobre o surgimento da Saúde Ocupacional conheça 
alguns serviços que existem nas empresas com o objetivo de preservar a saúde dos funcionários, 
como os que estão contidos nas normas regulamentadoras apresentadas a seguir. 
 
 
1.2 Norma Regulamentadora 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT) 
Caro estudante continuando a viagem pelo mundo da Saúde Ocupacional entre agora no 
assunto extremamente importante que é sobre o SESMT. Você caro estudante como futuro técnico 
de Segurança do Trabalho, fará parte também dessa equipe do SESMT, tendo também outros 
profissionais como: Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do 
Trabalho, e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. Todos esses profissionais são portadores de 
 
Para finalizar esse Breve histórico da Segurança e Medicina do Trabalho assista 
ao vídeo sobre a História da Segurança e Medicina do Trabalho. 
https://www.youtube.com/watch?v=I9eWFEQJKsI 
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/historia-da-seguranca-trabalho/
https://www.youtube.com/watch?v=I9eWFEQJKsI
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
certificados de conclusão do seu curso de formação sendo habilitados para trabalharem na empresa 
se envolvendo inteiramente na prevenção de Acidentes do Trabalho e das Doenças Ocupacionais 
dentro do local de trabalho. 
No mundo da Segurança do Trabalho tem muitas siglas e SESMT significa Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
Para definir o que esse Setor faz na empresa leia abaixo o inciso 4.1 da Norma 
Regulamentadora Portaria n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, onde diz que: 
 
“As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e 
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a 
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física do trabalhador no seu 
local de trabalho”. 
 
Deste modo a lei determina que todas as empresas, que possuam empregados regidos 
pela CLT, possuam SESMTs, inclusive as empresas públicas que tenham funcionários regidos pela CLT. 
Saiba que para dimensionar o SESMT deve-se utilizar o Quadro I da Norma 
Regulamentadora nº 4. Nesse Quadro I, está disposto o CNAE (Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas) e também o grau de risco dessa empresa que está sendo pesquisando para graduá-la, 
observe que toda empresa possui o CNPJ nele, observe o campo chamado de Classificação Nacional 
de Atividades Econômicas – CNAE. Neste campo será mostrada a atividade da empresa na qual se 
identifica nesse Quadro I o grau de risco da atividade principal dela. 
Preste muita atenção agora, logo em seguida vá para o Quadro II da Norma 
Regulamentadora nº 4, ou seja, identificado o Grau de Risco dessa atividade da empresa, você irá 
para outra tabela do Quadro em Anexo na Norma Regulamentadora nº 4, chamado de 
dimensionamento do SESMT, onde você identifica tanto a gradação do Risco da Atividade principal 
na tabela, como também correlaciona com o quantitativo total de funcionários que compõem essa 
empresa, daí você identificará o quantitativo de profissionais que irá compor o SESMT. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
17 
 
Figura 9 - Quadro II – NR 04 – Dimensionamento dos SESMT 
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf18 
Descrição: quadro II do dimensionamento do SESMT, constando a graduação dos riscos (de 1 a 4), intervalos dos limites 
de funcionários e composição dos cargos integrantes do SESMT da empresa. 
 
Preste muita atenção agora caro estudante! 
De acordo com o estabelecido no quadro II da NR 04, nem todas as empresas estão 
obrigadas a constituir um SESMT. 
Se você perceber no referido quadro, a presença de um técnico de enfermagem do 
trabalho é necessária apenas quando o número de empregados no estabelecimento alcançar o 
patamar entre 2.001 e 3.500, para todos os graus de riscos, será obrigatório a presença do técnico de 
enfermagem do trabalho, porém não é exigida a atuação do enfermeiro do trabalho. 
Com essa situação demonstrada acima se evidencia na a NR – 4 essa exigência do 
profissional técnico de enfermagem habilitado para trabalhar na empresa, no entanto, isso vai de 
encontro ao disposto na lei do exercício profissional da equipe de enfermagem, uma vez que o técnico 
de enfermagem só poderá atuar no exercício de sua função quando este for supervisionado por um 
enfermeiro do trabalho. Desse modo, se faz necessário que os técnicos de enfermagem exerçam suas 
atribuições já no patamar entre 2.001 e 3.500 empregados, acompanhados por um Enfermeiro do 
Trabalho, não praticando assim o exercício ilegal da sua profissão. 
Prezado Estudante preste muita atenção agora! 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
18 
Para fazer o dimensionamento do SESMT de um estabelecimento da empresa, deve-se 
levar em consideração o grau de risco da atividade principal e a quantidade de funcionários deste 
estabelecimento, e não de todos os funcionários da empresa (soma de todos os estabelecimentos). 
Os canteiros de obras e as frentes de trabalho que possuam menos de 1.000 (um mil) 
empregados e que estejam situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão 
considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal 
responsável, tendo com isso, a responsabilidade de formar e organizar os Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
Em relação ao que foi exposto acima, a norma fala que os funcionários de nível superior 
poderão ficar centralizados. No que se refere aos funcionários de nível técnico, como o Técnico de 
Segurança do Trabalho e Técnico de Enfermagem, o dimensionamento será feito por canteiro de obra 
ou frente de trabalho, conforme o Quadro II acima, lembrando que a carga horária do funcionário de 
nível médio é de 8 horas diárias e do nível superior de 3 ou 6 horas diárias. 
 
Figura 10 – Desenho de bonecos representando os Profissionais do SESMT 
Fonte: https://sstemexercicios.wixsite.com/concursos/single-post/2018/01/22/Profissionais-do-SESMT 
Descrição: A imagem mostra o desenho de bonecos representando várias profissões que fazem parte do serviço 
especializado de engenharia de segurança e medicina do trabalho. 
 
 
 
 
 
Querido estudante, pare a leitura deste caderno e assista à video sobre 
Dicas e tutoriais - Como fazer o dimensionamento do SESMT 
https://youtu.be/I5JNZXvoNqg 
https://sstemexercicios.wixsite.com/concursos/single-post/2018/01/22/Profissionais-do-SESMT
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi9oYaEkYjmAhUmIbkGHfp3CAgQjRx6BAgBEAQ&url=/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=&url=https://sstemexercicios.wixsite.com/concursos/single-post/2018/01/22/Profissionais-do-SESMT&psig=AOvVaw2vWM1dDpSmsyQTqg1loeNV&ust=1574864504520269&psig=AOvVaw2vWM1dDpSmsyQTqg1loeNV&ust=1574864504520269
https://youtu.be/I5JNZXvoNqg
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
19 
Como foi visto na videoaula, você como futuro técnico de segurança do trabalho será 
parte integrante dessa equipe do SESMT e com isso você terá algumas funções e obrigações, como 
técnico de Segurança do Trabalho que também se atribui a todos da equipe Multidisciplinar, 
portanto, segue abaixo, algumas de suas atribuições descritas no item 4.12 e suas alíneas: 
• Aplicar os conhecimentos de Engenhariade Segurança e de Medicina do Trabalho ao 
ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e 
equipamentos, de modo a reduzir ou até eliminar os riscos ali existentes à saúde do 
trabalhador; 
• Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco 
e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de 
Proteção Individual – EPI, de acordo com o que determina a NR-6, desde que a 
concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija; 
• Colaborar nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da 
empresa, exercendo a competência disposta na alínea “a”; 
• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos 
trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais; 
• Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; 
• Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes e casos de doenças 
ocorridos na empresa; 
• Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças 
ocupacionais e agentes de insalubridade; 
• Manter permanente relacionamento com a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA), valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la 
e atendê-la. 
 
 
O SESMT deve manter uma estreita relação com a CIPA, estudando suas 
observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, ou seja, 
precisa utilizá-la como um agente multiplicador. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
20 
Em que situações uma empresa pode constituir um SESMT comum? 
 
Quando houver na mesma empresa alguns estabelecimentos que, isoladamente não se 
enquadram no quadro II, poderão juntar-se e organizar um SESMT centralizados em cada Estado, 
Território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos de fato alcance 
os limites determinados dos patamares do quadro II acima, assim perceba que nesses casos, o 
dimensionamento será em função do somatório dos empregados das empresas participantes. 
As empresas que possuam mais de 50% (Cinquenta por cento) de seus empregados em 
estabelecimento ou setor com a atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade 
principal deverão dimensionar o SESMT em função do maior grau de Risco, conforme está disposto 
no Quadro II, portanto, se faz necessário observar atentamente a atividade com maior grau de Risco. 
Outra situação também, é quando as empresas desenvolvem suas atividades em um 
mesmo polo industrial ou comercial, nesse caso, poderá ser feito um SESMT comum para atende-las 
desde que o dimensionamento se baseie no somatório dos trabalhadores assistidos cuja a atividade 
econômica empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos. 
 
Destaca-se outros casos que são relevantes para que as empresas possam centralizar o 
seu SESMT: 
 
Quando temos a empresa que possui o atendimento aos diversos estabelecimentos 
pertencentes a ela, o mesmo local onde se situa o serviço não poderá percorrer a uma distância que 
ultrapassa 5000 mil metros, entre o seu estabelecimento que se encontra o serviço e cada um dos 
demais estabelecimentos, com essa condição é que poderá ser centralizado o SESMT. 
Quando se tem na mesma empresa, a presença de estabelecimento que isoladamente 
não se enquadrem no quadro II, será formado SESMT´s que sejam centralizados em cada Estado, 
Território ou Distrito Federal, uma vez que o número total de empregados dos estabelecimentos no 
Estado, Território ou Distrito Federal, alcance os limites previstos no Quadro II. 
Na NR-4 também consta que a empresa que é contratante se enquadrar no quadro II, e 
for contratar outra (s) para prestar serviços em seus estabelecimentos o seu SESMT centralizado 
deverá estender seus atendimentos obrigatoriamente aos trabalhadores terceirizados, uma vez que 
ocorra desse total de empregados nos seus estabelecimentos contratados não atingirem os limites 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
21 
previstos no quadro II, tendo que a empresa Contratante ampliar os seus serviços aos funcionários 
da empresa contratada, ou seja, caso a empresa contratada não seja obrigada a constituir um SESMT, 
a empresa contratante fará esse atendimento utilizando o seu SESMT próprio. 
Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas, sozinhas, não se 
enquadrem no quadro II, mas se ambas as empresas totalizarem um quantitativo dos seus 
empregados, no estabelecimento, e assim atingirem os limites dispostos no quadro II, poderá 
também ser formado um SESMT comum da própria empresa interessada, como também, poderá ser 
organizado pelo Sindicato ou Associação da categoria econômica correspondente. 
 
 
1.3 Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
Percorrendo ainda a viagem no mundo da Saúde Ocupacional e Ergonomia, será 
abordado um assunto muito importante agora que é sobre a CIPA, você já ouviu e leu sobre essa sigla, 
veja o seu significado conforme consta na NR-5: “A CIPA é a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho, que tem como seu objetivo principal a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
Prezado estudante, quando se pensa, fala e faz a Segurança do Trabalho tudo isto está 
diretamente relacionado à Prevenção, e saiba que o foco maior no objetivo da CIPA é dar total apoio 
as empresas na adoção de medidas que eliminem, neutralizem, ou, pelo menos, reduzam os riscos 
ocupacionais nos ambientes de trabalho. 
 
Para você poder estudar mais profundamente sobre a NR 4, e ficar por dentro do 
SESMT acesse agora através do link abaixo: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
22 
 
Compreenda e conheça um pouco mais do papel da CIPA enumerando suas atribuições 
conforme é citado na Norma NR 5: 
• A CIPA tem que identificar os riscos do processo de trabalho, para que em seguida 
possa elaborar o mapa de riscos, envolvendo a participação do maior número de 
trabalhadores, com assessoria do SESMT, quando houver. Posteriormente, será visto 
como se faz um mapa de risco. Primeiramente, se faz necessário compreender que o 
reconhecimento dos riscos ocupacionais é a primeira medida a ser adotada para que seja 
possível fazer o seu controle; 
• Elaborar plano de trabalho que proporcione a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho; 
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção 
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. Se faz 
necessário que a empresa tenha um plano de ação com a descriminação do que que deve 
ser priorizado para que possa elaborar um cronograma das medidas a implementar, visto 
que nem todas poderão ser adotadas ao mesmo tempo; 
• Realizar, frequentemente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando 
à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos 
trabalhadores. Nesse caso existe a preocupação de se checar as condições do ambiente 
de trabalho periodicamente, uma vez que, o mesmo, deve ser verificado, visto que esse 
ambiente de trabalho, é ativo e é alterado incessantemente; 
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de 
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas. Com essa reunião vai ser 
mais fácil verificar quais foram as medidas executadas que de fato estão surtindo efeito 
e quais são as outras situações de risco que precisam ser revistas para adotar as devidas 
medidas; 
 
Esta comissãoé composta por trabalhadores da própria empresa que assumem o 
cargo através de um processo eleitoral. Para entender como acontece o processo 
eleitoral e o dimensionamento da CIPA acesse o link abaixo e leia a NR 5 na 
íntegra. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
23 
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho. Se 
faz necessário que diariamente e constantemente a empresa dedique tempo para 
orientar seus trabalhadores sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho com 
clareza e objetividade para que esses trabalhadores se conscientizem da importância da 
sua Saúde e Segurança dentro do ambiente laboral; 
• Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, 
para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho, relacionados 
à segurança e saúde dos trabalhadores; 
• Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou 
setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; 
• Colaborar com o desenvolvimento e implementação do Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e 
de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como 
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no 
trabalho; 
• Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise 
das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos 
problemas identificados, ter como prática frequentemente a análise das ocorrências de 
acidentes e doenças evidenciando que medidas serão propostas para sanar esses 
problemas. 
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham 
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; 
• Requisitar à empresa as cópias da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) 
emitidas; 
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da 
AIDS; 
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT). 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
24 
 
Figura 11 - Trabalho em Equipe 
Fonte: http://jornalemdia.com.br/noticias.php?p=15216 
Descrição: A imagem mostra vários trabalhadores que fazem parte da CIPA. 
 
Caro estudante você precisa entender que é imprescindível que o empregador permita 
condições necessárias para que os membros da CIPA desenvolvam suas atribuições, permitindo o 
tempo suficiente no expediente do trabalho para que a CIPA realize suas atividades regularmente 
conforme o plano de trabalho traçado por ela. 
Em relação as reuniões existem dois tipos: a primeira chama-se reunião ordinária que 
ocorre no dia marcado mensalmente sempre no horário do expediente normal da empresa, e a outra 
é chamada de extraordinária quando acontece uma denúncia de situação de risco grave e iminente 
que determine aplicação de medidas corretivas de emergência, e quando ocorre acidente do trabalho 
grave ou fatal e por último nas necessidades expressas de uma das representações da CIPA 
representantes do empregador ou dos empregados. 
 
1.4 Norma Regulamentadora 7 – Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) 
Agora será estudada a Norma Regulamentadora (NR) 7 do MTE que foi criada também 
pela portaria nº 3.214, de 8 de Junho de 1978, e alterada pela Portaria nº 1.892, de 9 de Dezembro 
de 2013, este é mais um dos programas relacionados a Saúde e Segurança que tem como objetivo a 
promoção e a preservação da saúde de seus colaboradores. 
Prezado estudante o PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da 
empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais 
http://jornalemdia.com.br/noticias.php?p=15216
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
25 
NR´s, ele deverá abordar as seguintes fases: Prevenção, Rastreamento e Diagnóstico precoce dos 
agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
Mais como abordar essas fases citadas acima de ações de prevenção, rastreamento e 
diagnóstico precoce? 
Quando uma empresa tem a preocupação de vacinar seus trabalhadores com a vacina de 
da H1N1 da Influenza (do Vírus da gripe) ela está tomando uma medida de prevenção, já que, ao 
vacinar seus colaboradores estará prevenindo que os mesmos venham a adquirir a gripe. 
 
 
Figura 12 - Trabalhador sendo vacinado 
Fonte: https://www.jornalcorreioms.com/2018/12/campanha-de-vacinacao-do-sesi-imunizou.html 
Descrição: A imagem mostra uma profissional de saúde aplicando uma vacina em um trabalhador. 
 
Através do rastreamento de uma doença como Pressão Alta, é realizado como ação a 
coleta de dados de todos os colaboradores nos diversos setores da empresa (os que têm sintomas, 
queixas e os que não sentem nada), em seguida são feitos os exames cardiológicos necessários para 
detecção de Hipertensão, dessa forma, são diagnosticados e classificados os casos de Hipertensão 
dos trabalhadores. 
Na medida em que os colaboradores são submetidos a exames, previamente pode ser 
identificado quem sabe precocemente um diagnóstico de determinado agravo, ou seja, diagnosticar 
alguma doença antes que o colaborador apresente sintomas e seja prejudicado. Desse modo, tem-se 
a chance de começar o tratamento precocemente e evoluir no intuito de se ter um tratamento bem-
sucedido. 
Conforme a Norma Regulamentadora nº 7 caberá ao empregador algumas obrigações, 
entre elas pode-se citar: 
https://www.jornalcorreioms.com/2018/12/campanha-de-vacinacao-do-sesi-imunizou.html
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
26 
• Fazer cumprir a elaboração e implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua 
eficácia; 
• Garantir os recursos monetários do custeio do PCMSO, sem ônus para os empregados, 
cumprindo com todos os procedimentos descritos no programa PCMSO; 
• Indicar dentre os médicos do SESMT da empresa, um coordenador responsável ou 
contratar um médico para coordenar o PCMSO caso a empresa esteja desobrigada de 
manter o médico de acordo com a NR-7. 
Caberá ao médico coordenador do programa: 
• Realizar os exames médicos previstos ou encaminhar o trabalhador para médico 
familiarizado com os princípios e causas da doença; 
• Encarregar-se dos exames complementares profissionais e/ou entidades devidamente 
capacitados, equipados e qualificados. 
O PCMSO precisa conter obrigatoriamente um planejamento, sendo descriminada todas 
as ações de saúde a serem executadas durante o ano todo, onde as mesmas se tornarão foco central 
do relatório anual. Este relatório anual deverá ser detalhado, por setores da empresa, o número e a 
natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas 
de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano. 
Prevê ainda a realização obrigatória de exames médicos tais como: Admissionais, 
Periódicos, de Retorno ao Trabalho, de mudança de função e Demissionais, verificando cada 
particularidade de acordo com a idade do funcionário, a atividade exercida, o tempo de serviço e a 
sua situação na empresa. Nesses exames devem ser realizados uma avaliação clínica com exames 
físico e mental e o histórico do trabalhador e exames complementares, caso necessário, como exames 
de sangue, urina e imagem, por exemplo. 
 
 
 
 
Ficou curioso? Quando esses exames são realmente necessários? Para tirar 
essas dúvidas assista ao vídeo sobre os Exames relacionados no PCMSO 
 https://www.youtube.com/watch?v=8AMzJYAz5j0 
https://www.youtube.com/watch?v=8AMzJYAz5j0
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
27 
 
Os trabalhadores expostos a alguns riscos físicos e químicos necessitamrealizar exames 
complementares com uma periodicidade específica. Esses dados podem ser observados nos quadros 
I e II desta NR-7. 
Para cada um desses exames realizados o médico deverá emitir o Atestado de Saúde 
Ocupacional (ASO) em duas vias, onde uma fica arquivada no local de trabalho e a outra é entregue 
ao trabalhador. 
 
Ressalta-se que a NR-7 também determina que todo estabelecimento deve estar 
equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros e que este material pode variar 
de acordo com as características da atividade desenvolvida na empresa. Esta caixa de primeiros 
socorros ou armário deve estar em local de fácil acesso e sob a guarda de pessoa treinada para usá-
lo. 
 
Figura 13 - Material de Primeiros Socorros 
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-dos-desenhos-animados-do-kit-de-primeiros-socorros-da-
gripe_4983227.htm 
Descrição: A imagem mostra o desenho de uma caixa de primeiros socorros com vários itens para prestação de um 
atendimento de emergência, como gaze, esparadrapo e agulha. 
 
 
 
 
 Para ter acesso aos quadros e detalhes da NR 7 acesse o link abaixo: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf 
https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-dos-desenhos-animados-do-kit-de-primeiros-socorros-da-gripe_4983227.htm
https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-dos-desenhos-animados-do-kit-de-primeiros-socorros-da-gripe_4983227.htm
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-07.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
28 
2.Competência 02 | Estabelecer Ações Preventivas e Corretivas para a 
Promoção da Saúde Ocupacional no Ambiente de Trabalho 
Agora você iniciará a 2ª Competência, e para um melhor resultado revise o que você 
estudou na competência anterior, que tratou sobre alguns programas e serviços que interferem 
diretamente na vida dos trabalhadores sobre Segurança e Saúde deles. Você iniciará agora os estudos 
dos agentes que colocam em risco a segurança e saúde dos colaboradores na empresa. 
Quando se fala sobre agentes ambientais nos reportamos a vários riscos ambientais e 
quais são eles: químicos, físicos e biológicos. Saiba que as doenças ocupacionais e os acidentes de 
trabalho podem acontecer mediante a exposição dos colaboradores a esses fatores de riscos 
descritos da NR-9 (PPRA), como também a outros dois fatores de riscos descritos nas demais normas 
em geral e na NR-17 que fala exclusivamente de Riscos Ergonômicos e nas Normas em gerais dos 
Riscos de Acidentes. Portanto caro estudante, você precisa conhecer a fundo esses riscos 
mencionados anteriormente que se encontram nas diversas atividades laborais da empresa, que você 
vai atuar como futuro técnico de Segurança do Trabalho, para assim, poder adotar as medidas 
prevencionistas e corrigir tais situações de grave e iminente risco. 
 
 
 
2.1 Riscos ocupacionais 
Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho, 
capazes de causar danos à saúde do empregado. Os ambientes de trabalho, pela natureza das 
atividades desenvolvidas e/ou pelas características de organização, podem comprometer a saúde do 
trabalhador em curto, médio e longo prazo, gerando lesões imediatas, doenças ou até a morte, além 
de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa. 
 
Veja um manual de procedimentos para os serviços de saúde feito pelo 
Ministério da Saúde, com uma lista de doenças relacionadas ao trabalho. 
Confira no link abaixo: 
www.segtreinne.com.br/manuais/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf 
 
http://www.segtreinne.com.br/manuais/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
29 
A fim de promover uma melhoria nas condições do ambiente de trabalho reduzindo assim 
a gravidade das condições insalubres, você continuará a viagem fazendo um processo chamado de 
investigação dos riscos dentro do local de trabalho onde poderá identificar que fatores de riscos estão 
nesse ambiente em contato com os trabalhadores e que recomendações poderá propor em virtude 
desses riscos. 
Primeiramente serão caracterizados os dois tipos básicos de avaliação dos riscos 
ambientais que são: 
• Avaliação Qualitativa – Nesse tipo de avaliação preliminar há a figura do avaliador 
dotado do seu conhecimento e sensibilidade para observar os tipos de riscos que se 
encontram no ambiente laboral. Exemplo: Adentrando num ambiente muito barulhento 
o avaliador através de sua audição e do seu breve conhecimento imediatamente 
identificará o risco de ruído nesse local. 
• Avaliação Quantitativa – É utilizado um método cientifico e minucioso de avaliação 
onde são utilizados diversos equipamentos e procedimentos a fim de obter a mensuração 
dos valores quantificados dos riscos concentrados dentro dos ambientes. Exemplo: Num 
determinado setor da fábrica foi feita a Avaliação quantitativa do ruído presente através 
dos equipamentos de mensuração o Dosímetro e/ou Decibelímetro. 
 
Prezado estudante você precisa compreender que através da NR 9 - Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), só serão considerados para efeito dessa Norma os seguintes 
riscos ambientais: os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho. 
 
Deve-se considerar que os riscos físicos são as diversas formas de energia a que possam 
estar expostos os trabalhadores. 
Os agentes físicos têm a funcionalidade de promover alteração das características físicas 
do meio ambiente, eles determinam um meio de transmissão nocivo que age sobre os trabalhadores 
 
Veja outras informações da NR-9 no link abaixo: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-
atualizada-2019.pdf 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
30 
diretamente no posto de trabalho, como também, pode repercutir sobre os demais indivíduos que 
não estão em contato direto com a fonte de risco. São eles: ruído, vibração, pressões anormais, 
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, umidade, bem como o 
infrassom e o ultrassom. 
 
Figura 14 - Trabalhador Exposto ao Risco Calor e Radiação não ionizante (exposição ao sol) 
Fonte: https://imirante.com/sao-luis/noticias/2015/07/14/operario-de-empresa-terceirizada-morre-soterrado-em-
obra-no-bairro-da-areinha.shtml 
Descrição: A figura mostra funcionários realizando serviço de esgotamento sanitário, com a instalação de tubos. 
 
Os riscos químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no 
organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, 
ou que pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo 
através da pele ou pelo trato gastrointestinal (ingestão). 
 
 
Figura 15 - Trabalhador Exposto ao Risco Químico 
Fonte: https://vitorionetto.com.br/aposentadoria-especial-do-quimico-industrial/ 
Descrição: A figura mostra um funcionário com EPI completo manipulando produtos químicos. 
 
Os riscos biológicos são diversos microrganismos que podem infectar o indivíduo por vias 
respiratórias, como as bactérias, os vírus, os fungos, bacilos, parasitas, protozoários, capazes de 
provocar infecções, alergias ou toxidades em seres humanos, através das vias respiratórias, contato 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
31 
com a pele ou pela ingestão. Ainda podem ser incluídos mordidas e ataques por animais peçonhentos, 
domésticos e selvagens. 
 
Figura 16 - Trabalhador Exposto ao Risco Biológico 
Fonte: https://iusnatura.com.br/riscos-biologicos/ 
Descrição: A figura mostra um funcionário com EPI observando placa de petri contaminada com vírus. 
 
Além dos riscos citados anteriormente, pode-se destacar outros riscos que estão 
presentes no ambientede trabalho, que podem causar lesões e doenças: os riscos ergonômicos e de 
acidente ou mecânicos. 
Os Riscos ergonômicos são todas as condições que afetam o bem-estar do indivíduo, 
sejam elas físicas, mentais ou organizacionais. Podem ser compreendidas como fatores que 
interferem nas características psicofisiológicas do profissional, provocando desconfortos e problemas 
de saúde. São exemplos de riscos ergonômicos: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, 
monotonia, repetitividade, postura inadequada, esforço físico intenso, mobiliário inadequado, 
controle rígido de tempo para produtividade. 
 
Figura 17 – Trabalhador Exposto ao Risco Ergonômico 
Fonte: https://nucleohealthcare.com.br/2017/05/30/laudo-ergonomico-o-que-e-e-como-aplica-lo-na-empresa/ 
Descrição: A figura mostra um funcionário com postura inadequada segurando uma carga maior que o recomendado. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
32 
 
Os riscos de acidente ou mecânicos são todos os fatores que colocam em perigo o 
trabalhador ou afetam sua integridade física. São considerados como riscos geradores de acidentes: 
arranjo físico deficiente, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou 
defeituosas, instalações elétricas defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, probabilidade de 
incêndio ou explosão, animais peçonhentos, armazenamento inadequado, dentre outros. 
 
Figura 18 - Trabalhadores Expostos ao Risco de Acidente 
Fonte: https://blog.humberseguros.com.br/post/risco-de-acidentes/ 
Descrição: A figura mostra um funcionário pisando em prego exposto em tábua. 
 
2.2 Mapa de risco 
O mapa de risco é uma forma de representar o local de trabalho, através de uma planta 
baixa (representação gráfica), identificando os riscos existentes no posto de trabalho. Os riscos são 
representados por círculos de diferentes cores e tamanhos, facilitando assim a visualização de todos 
os riscos do setor de trabalho. 
A graduação do Risco é representada pelo tamanho do círculo, ou seja, quanto maior o 
círculo maior será a intensidade do agente (risco), podendo ser: pequeno, médio ou grande. 
A cor do círculo está relacionada com o agente de risco identificado, que poderá ser: 
Risco Físico = Verde 
Risco Químico = Vermelho 
Risco Biológico = Marrom 
Risco de Acidente = Azul 
Risco Ergonômico = Amarelo 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
33 
 
Figura 19 - Simbologia das Cores 
Fonte: https://querobolsa.com.br/enem/geografia/mapas 
Descrição: A figura mostra um quadro que correlaciona as cores e tamanhos dos círculos aos seus riscos. 
 
A elaboração de um mapa de risco é importante para que os riscos sejam identificados e 
mostrados aos funcionários, e assim tenham mais cautela ao acessar os locais de trabalho e a empresa 
possa fornecer equipamentos de segurança, adequados ao risco daquele local de trabalho. 
O mapa de risco deve ser construído de forma participativa com a colaboração dos 
trabalhadores, da CIPA e do SESMT, possibilitando assim a troca de informações entre os 
trabalhadores e estimulando sua participação na prevenção de acidentes. 
 
 
Etapas para elaboração de um mapa de risco: 
1. Conhecer o processo de trabalho no local analisado: 
2. Identificar os riscos existentes no local analisado 
3. Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia 
4. Identificar os indicadores de saúde 
5. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. 
6. Elaborar o mapa de risco, sobre o layout da empresa, indicando por meio do círculo 
 
Agora que você já sabe elaborar um mapa de riscos conheça alguns benefícios ao adotá-
lo: 
 
Como um técnico de segurança você precisa saber elaborar um mapa de risco, 
para ensinar aos membros da CIPA. Assista ao vídeo e estude esse assunto. 
https://www.youtube.com/watch?v=aALnHh6-CxE 
https://www.youtube.com/watch?v=aALnHh6-CxE
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
34 
1) Prévia identificação dos riscos existentes nos locais de trabalho analisado; 
2) Adoção de medidas preventivas adequadas aos riscos identificados: medidas de 
proteção coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual e de higiene e 
conforto; 
3) Redução de gastos com acidentes e/ou doenças; 
4) Redução de dias perdidos com acidentes e/ou doenças; 
5) Redução de perdas e danos materiais; 
6) Melhoria do clima organizacional; 
7) Aumento da produtividade e lucratividade. 
 
O Mapa de Risco ao ser discutido, elaborado e aprovado pela CIPA, deverá ser colocado 
em um local visível, onde transitam vários funcionários tendo fácil acesso ao mapa de riscos. Essa 
representação gráfica é uma forma de lembrar frequentemente aos trabalhados que é necessário 
tomar os devidos cuidados para evitar acidentes nesse ambiente laboral. Esse gráfico pode ser único 
para toda a empresa ou ser distribuído em cada setor específico. 
 
2.3 Medidas de prevenção dos riscos 
A partir do momento em que são identificados os riscos existentes dentro do ambiente 
laboral, deve-se adotar medidas a fim de neutralizar, minimizar e eliminar esses agentes ambientais. 
Essas medidas serão especificas para cada Risco/Situação conforme serão citados alguns casos 
abaixo: 
 
1. Agentes Físicos 
 
Estes agentes são as diversas formas de energia a que possam estar expostos os 
trabalhadores e são encontrados em diversos ambientes de trabalho. 
Seguem abaixo algumas medidas de controle para o agente físico calor: 
 
• Promover a renovação do ar no ambiente através de ventiladores e ar condicionado; 
• Adotar aberturas no ambiente através de portas e janelas; 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
35 
• Implantação de sistemas de Exaustores para remoção do ar quente; 
• Adotar medidas para evitar o choque térmico (Aclimatação do trabalhador); 
• Instalação de ventiladores para promover a renovação e circulação do ar no ambiente; 
• Realizar a proteção do local do trabalho com material isolante térmico (Kevlar, 
cerâmica e etc.), impedindo o contato da fonte geradora de calor com o trabalhador; 
• Adotar a Automatização do processo produtivo utilizando as máquinas reduzindo a 
interação do trabalhador; 
• Distribuir vários bebedores em locais de fácil acesso para restituição hídrica e também 
reposição de sais através de isotônicos aos trabalhadores; 
• Adoção de vestimentas e de EPIs adequados a função que o trabalhador exerça para a 
proteção devida dos seus membros superiores e inferiores bem como das demais partes 
do seu corpo permitindo a completa proteção. 
 
Figura 20 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Calor 
Fonte: https://supremaluvas.com.br/nr-15-anexo-3-nr-que-fala-dos-limites-de-tolerancia-para-exposicao-ao-calor/ 
Descrição: A figura 20 mostra um funcionário com EPI exposto ao calor. 
 
Seguem abaixo algumas medidas de controle para o agente físico frio: 
 
• Adotar medidas para evitar o choque térmico (Aclimatação do trabalhador); 
• Acompanhamento nutricional balanceado para repor as perdas energéticas; 
• Manter o corpo hidratado; 
• Não ficar sozinho no local de trabalho (trabalhar em dupla); 
• Adotar assentos de material resistente ao frio; 
• Sistema de abertura automática das portas do ambiente interno; 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
36 
• Usar roupas que mantenham o corpo sempre aquecido, evitando que as mesmas 
fiquem úmidas e adotar os EPI´s necessários como capote, luvas e botas de couro com 
forro. 
 
 
Figura 21 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Frio 
Fonte: https://www.ocupacional.com.br/ocupacional/riscos-e-cuidados-no-trabalho-em-ambientes-frios/ 
Descrição: A figura 21 mostra um funcionário com EPI trabalhando em uma câmara fria. 
 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico radiação ionizante: 
 
• Controle rigoroso das áreas que fazem utilização de radiação ionizante; 
• Adoção de sinalização de segurança com indicação dos Riscos e EPI´s a serem 
utilizados; 
• Utilização de barreiras físicas constituídas de material isolante a radiação(chumbo e 
concreto); 
• Adoção de EPI´s com revestimentos de chumbo (avental, protetor de gônadas, tireoide 
e óculos de vidro com proteção lateral); 
• Manter os EPI´s guardados num local apropriado para evitar danos em suas camadas 
de proteção; 
• Utilização de Dosímetros individuais para o monitoramento da exposição da radiação. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
37 
 
Figura 22 – Trabalhador Exposto ao Risco Físico Radiação Ionizante 
Fonte:http://www.protecao.com.br/noticias/leia_na_edicao_do_mes/gerenciar_a_exposicao_dos_trabalhadores_as_r
adiacoes_ionizantes_e_essencial/AQjjJjy4/831 
Descrição: mostra um funcionário operando uma máquina de raio x. 
 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico radiação não ionizante: 
 
• Utilização de bloqueadores solares; 
• Utilizar camisas de proteção UVA/UVB, calças compridas, chapéu ou Boné, óculos de 
sol e protetor solar. 
 
 
Figura 23 - Trabalhador Exposto ao risco físico Radiação Não Ionizante 
Fonte: http://ururau.com.br/cidades10664 (2016) 
Descrição: mostra uma dermatologista utilizando um depilador a laser. 
 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico pressões anormais: 
 
• Treinamentos dos trabalhadores quanto a forma correta de realizar a descompressão 
a fim de evitar traumas e doenças descompressivas; 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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• Rigoroso controle nos Exames Médicos Ocupacionais; 
 
 
Figura 24 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Pressões Extremas 
Fonte: https://areasst.com/riscos-fisicos/ 
Descrição: a figura 24 mostra uma mergulhadora em atividade 
 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico ruído: 
 
• Substituição de equipamento por outro com menor nível de ruído; 
• Plano de Manutenção de Máquinas com previsão de ajustes, regulagens, lubrificação 
e troca de partes móveis (rolamentos); 
• Segregação de fontes de ruído isolando da área que tem mais funcionários diminuindo 
a exposição ao risco; 
• Enclausuramento da fonte de ruído com a utilização de material absorvente, afim de 
neutralizar ou reduzir o nível de exposição do trabalhador; 
• Realização de medições periódicas no local de trabalho; 
• Realização de Exames Médicos Periódicos; 
• Utilização de Protetores Auriculares (Tipo plug e/ou concha) conforme o nível de ruído 
a ser reduzido. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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Figura 25 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Ruído 
Fonte: http://blog.instrusul.com.br/conheca-os-efeitos-dos-ruidos-no-ambiente-de-trabalho/ 
Descrição: mostra um funcionário com EPI manipulando uma furadeira. 
 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico vibração: 
 
• Substituição de equipamentos por outros que produzam menor nível de vibração; 
• Instalar dispositivos anti-vibração em assentos; 
• Adotar calços de borracha contra vibração de máquinas; 
• Utilização de EPIs (luvas anti-vibração e botas de borracha). 
 
 
Figura 26 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Vibração 
Fonte:https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/entenda-o-que-e-vibracao-
ocupacional-e-seus-riscos-seguranca-trabalho/ 
Descrição: mostra um funcionário manipulando no solo uma máquina que gera vibração. 
 
Seguem algumas medidas de controle do agente físico umidade: 
 
• Adoção de canaletas para permitir o escoamento da água no ambiente; 
• Realizar a atividade em piso que absorva a água; 
• Adoção de EPIs (Botas de PVC, luvas de PVC, Avental de PVC) e etc. 
http://blog.instrusul.com.br/conheca-os-efeitos-dos-ruidos-no-ambiente-de-trabalho/
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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Figura 27 - Trabalhador Exposto ao Risco Físico Umidade 
Fonte: https://consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/seguranca-do-trabalho/ 
Descrição: mostra um frigorífico em atividade. 
 
2. Agentes Biológicos 
Esses agentes são geralmente encontrados em serviços de saúde, cemitérios, aterros 
sanitários e etc. 
Seguem algumas medidas de controle dos agentes biológicos: 
 
• Fazer regularmente o controle rigoroso da limpeza, desinfecção de todos os ambientes 
reduzindo a incidência da proliferação de contaminantes no ambiente; 
• Dispor de Lavatório para higienização das mãos com o fornecimento de água corrente, 
sabonete líquido, toalha descartável e lixeira com acionamento automático de abertura 
evitando o contato das mãos; 
• Seguir os procedimentos gerais de padrões internos e universais conforme diz as 
Normas de Segurança e Certificações entre algumas pode-se citar: Protocolos de 
segurança, Adoção de EPIs conforme os riscos e a exigência de seu uso correto, Treinar 
os colaboradores para o correto manuseio dos instrumentos perfurocortantes 
descartando-lhes na caixa de descartex utilizadas como coletoras, evitando o reencape 
de agulhas ou a desconexão da mesma na seringa; 
• Estabelecer o uso adequado das vestimentas e EPI´s habituais a rotina do hospital 
como: aventais, jaleco, toucas, máscara, luva, avental cirúrgico, protetor auricular, 
protetor ocular, protetor facial, sapatos fechados, botas, pró-pés); 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
41 
• Fazer uso de dispositivos de segurança como conectores e sistemas de infusão sem 
agulhas, agulhas e seringas com travas de segurança e seringas com sistema retrátil da 
agulha; 
• Estabelecer a rigorosa norma da higienização das mãos antes e depois de cada 
procedimento; 
• Manter controle rigoroso de Higienização de todas as vestimentas usadas nos blocos 
cirúrgicos e obstétricos, nas UTI´s, nos locais com a presença de pacientes com doenças 
infectocontagiosas; 
• Seguir controle de Vacinação dos colaboradores; 
• Em hipótese nenhuma será permitindo usar as pias de trabalho para outros fins como 
por exemplo manusear alimentos sobre ela; 
• É proibido aos colaboradores fumar nas áreas externas e internas, do mesmo modo o 
uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho, não se pode 
guardar e nem consumir alimentos e nem bebidas nos postos de trabalho deverá ter locais 
destinados para este fim, os calçados devem ser obrigatoriamente fechados e devem 
dispor de local para a sua guarda bem como os equipamentos de proteção individual e as 
vestimentas utilizadas em suas atividades laborais; 
• Seguir Protocolo de Segurança para o atendimento do colaborador em caso de 
exposição ao material orgânico. 
 
 
Figura 28 - Trabalhador Exposto ao Risco Biológico 
Fonte: http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/epi-para-coleta-de-lixo-quais-sao-os-itens-de-uso-obrigatorio 
Descrição: mostra um gari coletando lixo. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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3. Agentes Químicos 
 
Esses agentes se concentram em diversas substâncias que podem estar presentes 
contaminando o ambiente de trabalho e causando vários danos a integridade física e mental dos 
trabalhadores. Veja algumas medidas de controle dos agentes químicos: 
• Se for possível trocar a substância por outra menos tóxica ou lesiva; 
• Propor no processo produtivo da fábrica a automatização com as mudanças 
tecnológicas; 
• Fazer o Enclausuramento da operação, evitando que os agentes contaminantes se 
propaguem e entre em contato com o trabalhador. 
• Adotar a Umidificação como forma de controlar as poeiras; 
• Implantar sistema de ventilação exaustora local com todos os procedimentos de 
segurança e manutenção garantindo a remoção dos diversos tipos de poluentes (poeiras, 
gases, vapores, fumos) diretamente na fonte antes que eles sejam desprendidos 
externamente; 
• Estabelecer quais são as Classificações e rotulagens das substâncias químicas; 
• Dispor de EPI´s adequados a função tipo: máscaras, óculos, cremes protetores, luvas e 
botas; 
• Adotar regularmente a rotina da higiene pessoal com alguns cuidados como: de lavar 
as mãos, o rosto e os cabelos no fim da jornada de trabalho e nas pausas para refeições. 
 
 
Faça a leitura do Guia Técnico sobre riscos biológicos no âmbito da Norma 
Regulamentadora Nº 32 
https://www.unifesp.br/reitoria/dga/images/legislacao/biosseg/guia_tecnico_cs3.pdf 
 
Veja um modelo de protocolo de atendimento pós-exposição a material 
biológico. 
https://www.youtube.com/watch?v=KXHFe51DeXU 
https://www.unifesp.br/reitoria/dga/images/legislacao/biosseg/guia_tecnico_cs3.pdf
https://www.unifesp.br/reitoria/dga/images/legislacao/biosseg/guia_tecnico_cs3.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=KXHFe51DeXU
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
43 
 
Figura 29 - Trabalhador Exposto ao Risco Químico 
Fonte: https://blog.previnsa.com.br/trabalho-em-espaco-confinado-o-que-eu-preciso-saber/ 
Descrição: mostra um funcionário utilizando EPI ao entrar em ambiente confinado, onde há liberação de gases. 
 
 
4. Riscos de Acidente 
 
São inúmeros os riscos de acidentes num ambiente de trabalho portanto, essa variedade 
está diretamente ligada a atividade que está sendo realizada. Dessa forma, seguem algumas medidas 
gerais de controle dos riscos de acidente: 
• Possibilitar um local de trabalho devidamente confortável; 
• Dispor de um local de trabalho devidamente organizado com os objetos distribuídos 
adequadamente e bem localizados; 
• Garantir o uso adequado dos dispositivos de prevenção de acidentes dentro do local 
de trabalho. 
 
Figura 30 - Trabalhador Exposto ao Risco de Acidente 
Fonte: https://www.consultoriaiso.org/como-realizar-a-avaliacao-de-riscos-de-acidentes/ 
Descrição: mostra dois funcionários realizando serviço em altura. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
44 
Medidas de controle gerais que podem ser utilizadas para todos os riscos: 
 
• Estabelecer cronograma de treinamentos e capacitações a fim de promover a 
conscientização dos colaboradores; 
• Estabelecer o sistema de rodízios e pausas durante a jornada de trabalho; 
• Reduzir o número de trabalhadores expostos; 
• Estabelecer cronogramas de manutenções periódicas de máquinas e equipamentos; 
• Dispor de sistema de sinalização visualizando os riscos nos locais; 
• Realização dos exames periódicos. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
45 
3.Competência 03 | Estruturar e Desenvolver Avaliação Ergonômica nos 
Ambientes de Trabalho 
 
Prezado aluno você agora irá aprofundar seus conhecimentos sobre a ergonomia!!! 
Você aprenderá sobre os riscos ergonômicos, entenderá melhor sobre essa ciência que é 
denominada Ergonomia. Iniciando os seus estudos você identificará como foi seu surgimento, onde 
ela atua e como interfere diretamente na vida laboral dos colaboradores proporcionando condições 
para a melhoria da qualidade de vida como também, a redução de acidentes e/ou doenças LER 
(Lesões por esforços repetitivos) e DORT (Doenças Osteomusculares) relacionadas ao trabalho. 
 
3.1 Surgimento da ergonomia 
 
Você lembra que na primeira semana, foi feita uma viagem no cenário histórico da época 
da Revolução Industrial, onde as indústrias deram um grande salto para o avanço da tecnologia 
contratando vários trabalhadores sem dar mínimas condições dignas de trabalho, esses 
trabalhadores não eram vistos pelos empresários, eles apenas serviam como mãos-de-obra barata 
para produzir nos seus postos de trabalho gerando riqueza nessa indústria. 
Contudo, o que se repercutiu nesse cenário sombrio foi um elevado número de 
trabalhadores acidentados, doentes e mortos, despertando uma problemática dessa situação pois 
era alarmante o número altíssimo de trabalhadores que ficavam inválidos e que chegavam ao óbito, 
repercutindo numa diminuição da mão-de-obra. 
Paralelamente a esse cenário a Ergonomia surge após a 2ª Guerra Mundial, tendo em 
vista as falhas ocorridas na interface entre o homem e a máquina, onde muitos militares morreram, 
sendo necessário aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos em função de melhores aviões, 
submarinos, tanques, radares e armas mais eficientes, já que os soldados tinham que ser muito 
habilidosos e precisos na operação militar enfrentando condições ambientais adversas que 
ocasionavam com muito erros e acidentes matando os militares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
46 
 
Figura 31 - Segunda Guerra Mundial 
Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/segunda-guerra-mundial-em-100-fotos-poderosas/ss-BBNArPc 
Descrição: mostra vários tanques de guerra sendo transportados por ferrovia. 
 
Finalizada a guerra, houve um aumento de diversos profissionais comprometidos com 
uma série de projetos, a fim de proporcionar uma adaptação desses instrumentos de guerra às 
características e capacidade desses soldados que operavam essas máquinas. 
Prezado estudante, o termo ergonomia foi proposto em 1857 pelo polonês Wojciech 
Jarstembowsky, quando ele publicou um artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência do 
trabalho”, e eis que surge o interesse na área de ergonomia que foi crescendo rapidamente, em 
especial na Europa e nos Estados Unidos da América, e em 12 de julho de 1949, na Inglaterra, foi 
fundada a primeira Sociedade de Pesquisa em Ergonomia, e alguns anos depois, em 1961, foi criada 
a Associação Internacional de Ergonomia (IEA). 
Também pode-se mencionar que nesse mesmo período, pós guerra, os Estados Unidos, 
juntamente com a marinha e a sua força aérea, se mobilizaram para montagem de um laboratório de 
pesquisa ergonômica a fim de estudar e melhorar a eficiência de suas aeronaves e submarinos. 
Portanto, vê-se que a ergonomia possibilitou o avanço e o desenvolvimento tecnológico. 
 
 
 
Alguns estudiosos acreditam que o surgimento da ergonomia ocorreu com a 
criação de ferramentas para melhorar a atividade da caça, tornando-as mais 
eficazes e confortáveis para o caçador primitivo, evidenciando uma ação 
ergonômica: Adaptar o trabalho ao homem. 
https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/segunda-guerra-mundial-em-100-fotos-poderosas/ss-BBNArPc
 
 
 
 
 
Competência 03 
47 
3.2 Entendendo a ergonomia 
Prezado estudante conheça o significado dessa palavra Ergonomia, você tem ideia do que 
significa, ficou curioso? 
Ergonomia é uma palavra de origem grega, ergon que significa trabalho e nomos que 
significa normas, regras, leis. Segundo, a definição de Wisner, 1987: “Ergonomia é o conjunto dos 
conhecimentos científicos relacionados ao homem e necessários à concepção de instrumentos, 
máquinas, dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência”. 
Portanto, na medida que é feito esse estudo da interação do homem com o meio que o cerca, deixará 
claro que dentro da empresa a ergonomia tem como objetivo adequar o posto de trabalho ao homem 
de maneira que esse trabalhador efetue suas tarefas com um máximo de conforto e segurança, 
favorecendo a prevenção de patologias ocupacionais e contribuindo para uma melhor eficiência no 
desempenho das funções, o que acarretará numa maior produtividade. 
No Brasil, existe a Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO, fundada em 1983, sendo 
filiada a (IEA). Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO): “A Ergonomia objetiva 
modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existentes às características, 
habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro 
(ABERGO, 2000). Nessa perspectiva todo estudo dessa ciência envolverá essas interações entre 
pessoas x tecnologia x organização do trabalho x ambiente laboral, com o propósito de serem feitas 
intervenções ergonômicas. 
Pode-se destacar que essa nova ciência chamada de Ergonomia tem seu papel 
interdisciplinar se baseando em outras áreas do conhecimento cientifico, como antropometria, 
biomecânica, fisiologia, psicologia, toxicologia, engenharia, desenho industrial, eletrônica, 
informática, e gerencia industrial, visto que se apropriando desses diversos campos de 
conhecimentos ela conseguiu elaborar métodos e técnicas em função da melhoria das condições 
laborais do trabalhador e por fim na sua qualidade de vida. 
A origem da palavra Antropometria vem do grego que significa anthropos, homem, e, 
metron, medida, ou seja, é uma técnica que

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