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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO, CAPITAL
  Mariazinha de Jesus, professora, casada, domiciliada na Rua Sai Zica, nª_, Bairro Tenha Esperança, RG nª_, devidamente inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas, conforme o nª xxx.xxx.xxx-xx, localizada no endereço eletrônico - mariazinhaeducadora@gmail.com, por intermédio de sua advogada que a esta subscreve, conforme procuraçãoaneax, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a seguinte: AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO;
  Em face de Encrenqueira da Silva e Silva, do lar, casada, domiciliada na Rua Bate Bate, nª_, Bairro Tô Nem ai, RG nª_, devidamente inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas, conforme o nª xxx.xxx.xxx.-xx, pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos:
DOS FATOS
Por volta das 21h e 30 minutos do dia 16/06/2018, transitava a AUTORA pela Rua Desacerto, altura do nª_, na região Central desta capital, quando o semáforo localizado nesta Rua fechou para os veículos no sentido em que trafegará a AUTOR, que obedecendo a sinalização parou, reduzindo a velocidade de seu veículo, marca FIAT, modelo UNO, ano 2005, placa XXXX-222, quando foi surpreendida com o abalroamento traseiro e súbito do mesmo.
Ocorre, que o veículo que abalroou o veículo da AUTORA era conduzido e de propriedade da RÉ , um carro da marca HONDA, modelo CIVIC, ano 2010, placa XXXX-666, e que foi realizado boletim de ocorrência pela polícia militar, conforme anexo, mas que os prejuízos suportados pela AUTORA , que teve que arcar com as custas de sua franquia, no importe e R$4500,00, como se observa do comprovante de sinistro anexo, não foram restituídos pela RÉ quando contatada para resolução pacífica do litígio. Razão pela qual é a presente.
O DIREITO
Da inexistência de culpa da AUTORA por culpa presumida da RÉ
Meritíssimo, além do sofrimento e transtorno amargado pela a AUTORA, é evidente que ela não teve qualquer influência sobre o acidente, e que o próprio boletim de ocorrência registrou as seguintes palavras da RÉ - "Eu estava dirigindo enquanto fumava um cigarro, momento em que o cigarro caiu de minha mão, e por alguns segundos me distraí na direção, causando o"choque"com o veículo da AUTORA". 
Assim sendo, há inclusive a confissão da RÉ no sentido de a responsabilidade pelo cometimento do acidente ter sido sua, que agiu com conduta totalmente negligente, violando o seu dever de cuidado no trânsito, desrespeitando o enunciado no Art. 28 do CTB e, inclusive, que através de sua conduta fere o exposto no Art. 5, X da CF/88, que diz   
"São invioláveis a intimidade, a vida privada, e a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação"
Neste sentido, o Art. 186 do Código Civil adverte que "Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". E ainda, segundo o Código Civil, no Art. 927 que "Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo".
Deste modo, súplica a AUTORA, que este Douto Juízo reconheça a negligência da RÉ, por sua própria confissão e, que a RÉ seja compelida por este órgão ao cumprimento de seu dever de indenização. Inclusive, cabe mencionar, ainda, que observando o CTB em seu Art. 252, incisos I e V, a RÉ também descumpriu norma de trânsito, vez que fumando no veículo, certamente deixou o braço de fora do veículo, e não conduzia com as duas mãos ao volante, ocasionando presunção de culpa evidente.
Se não bastasse, a RÉ foi contatada posteriormente e na ocasião se omitiu quanto o pagamento das despesas que a AUTORA teve com seu veículo, se negando a cumprir seu dever legal pela culpa no acidente.
Neste sentido, já se manifestou, inclusive, o Egrégio Tribunal de Justiça, senão vejamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL- ACIDENTE DE TRÂNSITO- DINÂMICA DO EVENTO COMPROVADA- CULPA DO RÉU DEMONSTRADA- COLISÃO TRASEIRA- Hipótese em que confirmada a responsabilidade da autor pelo sinistro, pois seu motorista colidiu na traseira de veículo da demandada, sendo presumido a culpa daquele. Apelação desprovida. (Apelação Cível n.70077047223, décima primeira câmara cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antonio Maria Rodrigues de Freitas Isubaral, julgado em 20/06/2018).
Da Imprudência da RÉ quanto à distância segura de tráfego
Excelência, peço vênia, para que reconheça de igual modo a infração da condutora RÉ, quanto a falta de distanciamento de segurança frontal veicular, posto que o próprio boletim de ocorrência assim a descreve, nas fls. _,
Ademais, este é o entendimento já pacificado no STJ e aplicado nos Juizados Especiais Cíveis, conforme acórdão n. 1143445.07123834921880700007, Relator: João Luiz Fischer Dias, Data do julgamento 12/12/2018, publicado no DJE 17/12/2018, o qual prolata:
"Nos termos dos Art. 28 e 29, inciso II, do CTB, o condutor do veículo deverá guardar distância de segurança frontal entre o seu veículo e os demais, além de, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. É jurisprudência pacificada nos Egrégios STJ e TJDF a presunção de culpa de quem colide na traseira de veículo alheio".
Diante de tais expostos, requer a AUTORA que a condutora RÉ seja responsabilizada, atendendo este Douto juízo aos seguintes pedidos;
DOS PEDIDOS
1) Que seja a RÉ citada, nos termos do Art. 238 do CPC, para contestar a ação caso considere necessária, sendo esta advertida conforme Art. 344 do CPC quanto à revelia;
2) Que seja a RÉ condenada a reparação dos danos materiais experimentados pela AUTORA, para arcar com as custas relativas a franquia do seguro, no importe de R$4.500,00, com incidência de juros e correção monetária, desde a data do evento danoso;
3) Que seja julgada totalmente procedente a ação e, que seja deferida a porcentagem de 10% de honorários advocatícios no caso de reconecida procedência.
Dá- se à causa, o valor de R$4.500,00.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
ADV/SP XXX.XXX
São Paulo, 20 de setembro de 2018.
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