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Alterações citológicas do colo docx

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Alterações citológicas do colo
Classificações citológicas feitas com Papanicolau e as
novas atualizações no decorrer dos anos. As
classificações de Richard ainda são bastante usadas.
*AIS: Adenocarcinoma In Situ.
Grau de recomendação de procedimento
O câncer do colo do útero inicia-se a partir de uma
lesão precursora, curável na quase totalidade dos
casos. Trata-se de anormalidades epiteliais conhecidas
como neoplasias intraepiteliais cervicais de grau II e
III (NIC II/III), além do Adenocarcinoma In Situ.
Apesar de muitas lesões poderem regredir
espontaneamente, sua probabilidade de progressão é
maior, justificando seu tratamento. As mulheres que
desenvolvem infecção persistente por HPV do tipo 16
(o mais agressivo dos oncogênicos) têm cerca de 5%
de risco de desenvolverem NIC III ou lesão mais grave
em três anos e 20% de risco em dez anos. Quando a
infecção persistente for por outros tipos de HPV
oncogênico, esse risco reduz pela metade. Já a NIC I,
por ter maior probabilidade de regressão ou
persistência do que de progressão, não é considerada
uma lesão precursora do câncer do colo do útero.
(Questão de prova)
Recomendações:
O método de rastreamento do câncer do colo do útero e
de suas lesões precursoras é o exame citopatológico. O
intervalo entre os exames deve ser de três anos, após
dois exames negativos, com intervalo anual (A).
O inicio da coleta deve ser aos 25anos para as
mulheres que já tiveram atividade sexual (A).
Os exames devem seguir até os 64 anos e serem
interrompidos quando, após essa idade, as mulheres
tiverem pelo menos dois exames negativos
consecutivos nos últimos cinco anos (B).
Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca
realizaram o exame citopatológico, deve-se realizar
dois exames com intervalo de um a três anos. Se
ambos forem negativos, essas mulheres podem ser
dispensadas de exames adicionais. (B)
Em esfregações normais, somente com células
escamosas devem ser repetidos com intervalo de um
ano, e, com dois exames normais anuais consecutivos,
o intervalo poderá ser de três anos (B).
Para garantir boa representação celular do epitélio do
colo do útero, o exame citopatológico deve conter
amostra do canal cervical, preferencialmente, coletada
com escova apropriada, e da ectocervice, coletada com
espátula tipo ponta longa (espátula de Ayre). (A).
Amostras insatisfatórias (material acelular ou
hipocelular <10% do esfregaço, e/ou presença de
sangue, piócitos, dessecamento, superposição celular
intensa em mais de 75 % do esfregaço. (A). *repetir a
coleta em 6 a 12 semanas, após correção do problema.
Situações especiais
● Gestantes: segue as mesmas recomendações
das não gestantes. (A)
● Menopausadas: seque as mesmas
recomendações das não menopausadas. Se
necessário estrogenizar antes da coleta. (tópico
ou sistêmico). (A)
● Histerectomizadas: se foi por lesão benigna,
devem ser excluídas do rastreamento. Nos
casos de lesões precursoras de CA. Devem ser
acompanhadas de acordo com a lesão tratada.
(A)
● Sem atividade sexual: devem ser excluídas do
rastreio. (D)
● Imunossuprimidas: o exame citopatológico
deve ser realizado nesse grupo após o início da
atividade sexual com intervalos semestrais no
primeiro ano e, se normais, manter seguimento
anual enquanto se mantiver o fator de
imunossupressão (B). Mulheres HIV positivas
com CD4 abaixo de 200 células/mm3 devem
ser priorizada a correção dos níveis de CD4 e,
enquanto isso, devem ter o rastreamento
citológico a cada seis meses. (B)
Alterações Benignas
Resultado normal:
● Seguir rotina de rastreamento. (B)
Alterações celulares benignas (reativas/reparativas)
● Inflamação sem identificação de agentes
o Alterações celulares geralmente
causadas por agentes físicos
(radioativos, mecânicos, térmicos),
químicos (medicamentos, cáusticos,
acidez vaginal), DIU.
o Seguir rotina de rastreamento (B)
Metaplasia escamosa imatura
● É um processo reparativo (paciente pode ter
uma ectopia na adolescência decorrente de
ação hormonal, que provoca edema das
mamas, com os anos isso se estabiliza e o
organismo promove uma reparação da ectopia)
● Seguir rotina de rastreamento (B)
Resultado indicando reparação
● Decorrentes de lesões da mucosa com
exposição do estroma. Fase final do processo
inflamatório de repação.
● Seguir rotina de rastreamento citológico. (B)
Resultado indicando atrofia com inflamação
● É um achado considerado normal no
climatério (por falência ovariana) e puerpério
(alterações hormonais);
● Seguir rotina de rastreamento citológico. Se
houver referência de dificuldade diagnóstica
pela atrofia, realizar estrogenização e coletar
novo material 07 dias após para a medicação.
(B)
● Estrogenização:
o Estrógenos conjugados creme 0,5g/dia
(0,3mg), 01 a três meses (21 pausa7)
ou 02 vezes por semana – não é muito
usado atualmente, usa-se mais o
estriol;
o Estriol creme 1g nos mesmos
esquemas. Pode ser usado também o
promestrieno que é uma molécula que
tem ação semelhante ao estriol, porém
sem ação hormonal.
● Quando em uso de inibidores da aromatase
(CA. Mama) está contraindicado uso dos
estrógenos. É indicado o promestrieno.
Resultado indicando radiação
● Ocorre em mulheres tratadas por
radioterapia. O procedimento deve ser
relatado no pedido do exame.
● Seguir rotina de rastreamento citológico.
(B)
Achados microbiológicos
● Lactobacilos, cocos, outros bacilos (são
considerados normais). Se houver
sintomas deve ser encaminhada para
avaliação clínica.
● Seguir rotina de rastreamento citológico.
(B)
Situações especiais nas alterações benignas
● Mulheres até 20 anos, gestantes, na pós
menopausa e imunossuprimidas com
alterações celulares benignas não
demandam recomendações especiais.
Células escamosas atípicas de significado
indeterminado: ASC-US
Atipias de significado indeterminado em células
escamosas, possivelmente não neoplásica: ASC-US
● São as presenças de alterações celulares
insuficientes para o diagnóstico de leão
intraepitelial.
● Para mulheres com 30 anos ou mais
recomenda-se repetir a citologia em 06
meses. (corrigir infecções, atrofias se
necessário). (B)
● Para mulheres com menos de 30 anos,
repetir o exame com intervalo de 12
meses. (B)
● Em ambas, se dois resultados
subsequentes derem negativos, a paciente
deve voltar para a rotina trienal. Se algum
resultado for igual ou mais significativo, a
paciente deve ser encaminhada para
Colposcopia. (B)
● Se um novo resultado for diferente de
ASC-US, deve ser investigada conforme o
resultado. (A).
● Na Colposcopia normal deve retornar para
rastreamento semestral ou anual de acordo
com a idade. (B)
● Na Colposcopia com alterações deve
realizar a biópsia. (A).
● Se na Biópsia der Lesão Alto Grau ou
CA., a conduta será específica para o caso.
(A)
SITUAÇÕES ESPECIAIS P/ ASC-US
● MULHERES ATÉ 20 ANOS:
acompanhamento citopatológico anual até
regressão da lesão por 02 anos. (B). Considera
regressão 02 exames citológicos consecutivos
negativos. (A). Caso persista a alteração ou
haja progressão nos 02 anos, deverá ser
encaminhada à Colposcopia. (B).
● GESTANTES: O CA. Colo é raro (15/10.000),
sendo assim, manter a mesma rotina das não
gravidas. (I)
● IMUNOSSUPRIMIDAS: Nas pacientes com
ASC-US, devem ser encaminhadas para
Colposcopia já no 1o exame alterado. Seguir a
rotina das demais mulheres a partir daí. (B).
CELULAS ESCAMOSAS ATÍPICAS DE
SIGNIFICADO INDETERMINADO QUANDO NÃO
SE PODE EXCLUIR LESÃO DE ALTO GRAU:
ASC-H
RECOMENDAÇÕES:
● Todas as mulheres com ASC-H devem ser
encaminhadas à Colposcopia. (A)
● Colposcopia Satisfatória:
o Sem alterações: nova citologia em 06
meses. Retorno à rotina após 02
citologias consecutivas negativas. (B).
Se a citologia se mantiver ou piorar,
deve-se realizar a Exerese da Zona de
Transição. (EZT). (B)
o Com alterações: realizar Biópsia. (B).
Seguir tratamento conforme resultado
da biópsia (NIC II/III = HSIL, CA).
(A). Se Biópsia NIC I = LSIL ou
negativa, realizar nova citologia em 06
meses. Retornar à rotina após
02citologias negativas consecutivas.
(B)
● Colposcopia Insatisfatória:
o Mas semalterações detectadas,
realizar nova citologia. (B). Se
mantiver o mesmo resultado ou
alteração maior deve-se realizar
conização. (B). Se nova citologia
normal, retornar à rotina após 02
citologias negativas consecutivas.
(Outra Opção é revisão da citologia
inicial).
o Mas com alteração: realizar Biópsia.
(B). Se NIC II/III = HSIL ou CA.
Seguir conduta específica para o caso.
(A). Caso contrário seguir com
citologia. (B). Se Citologia persistir
ASC-H ou mais relevante, realizar
conização. (B). Se o resultado
(citologia) for negativo, voltar à rotina
trienal após 02 resultados consecutivos
negativos. (B).
SITUAÇÕES ESPECIAIS PARA ASC-H
• Mulheres até 20 anos: Encaminhar para Colposcopia.
Se negativa ou achados menores, seguir com citologia
em 12 meses. (A). Se Achados maiores, proceder a
Biópsia. Conduta conforme resultado biópsia. (A).
• Gestantes: Colposcopia. E biópsia apenas se suspeitar
de lesão invasora. (A). Reavaliar 02 meses após o
parto para diagnóstico e decisão terapêutica. (A).
• Imunossuprimidas: A conduta deve ser igual às
demais pacientes com ASC-H. (B).
CELULAS GLANDULARES ATIPICAS DE
SIGNIFICADO INDETERMINADO,
POSSIVELMENTE NÃO NEOPLÁSICAS OU
QUANDO NÃO SE PODE AFASTAR LESÃO
INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU: AGC
RECOMENDAÇÕES:
● Devem ser encaminhadas para Colposcopia.
(A).
● Na Colposcopia deve-se colher material para
citologia do canal cervical. (A).
● É recomendável a avaliação endometrial
(Ultrassom e/ou anatomopatológico) em
pacientes acima de 35 anos. (A). Abaixo dos
35 anos é feito se houver sangramento uterino
anormal. (A).
● Investigar patologia extra uterina nos casos
persistentes de AGC onde não se detectar
doença do colo uterino. Independentemente da
idade. (I).
● Durante a colposcopia se detectada qualquer
alteração, realizar biópsia. (A).
● Caso a biópsia detecte Adenocarcinoma In
Situ (AIS) ou Invasor, seguir recomendações
específicas. (A).
● Se biópsia for NIC II/III = HSIL (lesão de auto
grau), buscar excluir doença glandular,
considerando a citologia endocervical, colhida
no momento da colposcopia e outros exames
solicitados para avaliar os outros órgãos
pélvicos. (US, RNM,). (A).
● Independente de doença escamosa, se nova
citologia mantiver o diagnóstico de AGC, é
recomendável realizar Conização. (a frio) (A).
● Se a nova citologia sugerir doença escamosa
ou for negativa, seguir rotina para o resultado
da citologia ou da biópsia. (o que for mais
grave) (A).
● Se a biópsia for negativa ou a Colposcopia
normal, seguir a conduta pelo resultado da
nova citologia. (A).
● Se a nova citologia mantiver AGC, fazer
conização. (A).
● Se a citologia no momento da colposcopia der
negativa, seguir com citologia a cada 06
meses, voltar à rotina trienal após 02 anos (4
exames) de citologia semestral negativas. (B).
● Nos casos que persistir AGC, sem definir
doença no colo útero, realizar exame
● histológico endometrial
(histeroscopia/curetagem), mesmo com
ultrassom normal. (B).
SITUAÇÕES ESPECIAIS PARA AGC
● MULHERES ATÉ 20 ANOS, PÓS
MENOPAUSA E IMUNOSSUPRIMIDAS:
devem ser acompanhadas conforme as demais.
● GESTANTES: devem ser investigadas da
mesma maneira, exceto a avaliação
endometrial. (D). A biópsia do colo somente
quando houver suspeita de lesão invasora. A
Conização se indicada, apenas 90 dias após o
parto. (A).
Atipias de origem indefinida
CELULAS ATÍPICAS DE ORIGEM INDEFINIDA,
POSSÍVELMENTE NÃO NEOPLÁSICA E
QUANDO NÃO SE PODE EXCLUIR LESÃO DE
ALTO GRAU
RECOMENDAÇÕES:
● Sempre encaminhar para investigação. (A).
● Colposcopia e investigação de endométrio e
anexos por ex. de imagem em mulheres acima
35 anos. E nas mais jovens quando houver
sangramento uterino anormal (S.U.A). (B).
● Na Colposcopia (satisfatória ou não) com
achados sugestivos de lesão intraepitelial ou
Câncer, realizar biópsia. (A).
● Se biópsia negativa ou NIC I = LSIL, nova
citologia deve ser realizada em 90 dias.
Retornar à rotina após 02 citologias negativas.
(B).
● Se biópsia NIC II/III = HSIL, ou mais grave
seguir recomendação específica. (A).
● Se Colposcopia sem lesão, realizar coleta
imediata de material do canal para citologia.
(B). Se a nova citologia definir a origem da
alteração (escamosa ou glandular), a conduta
será de acordo com o resultado. (B). Se
mantiver a indefinição, reiniciar a investigação
em 90 dias, inclusive endometrial e extra
uterina. (B).
● Se detectar alteração endometrial, esta deverá
ser tratada antes de nova coleta citológica. (B).
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
● Mulheres com menos de 20 anos, Gestantes e
Imunossuprimidas: seguidas iguais às demais.
Nas Gestantes não é factível a avaliação
endometrial. (D). Biópsia de colo somente se
suspeita de lesão invasiva. Conização se
indicada, apenas 90 dias após o parto. (A).
LESÃO INTRAEPITELIAL DE BAIXO GRAU -
LSIL
RECOMENDAÇÕES:
● Repetir citologia em 06 meses. (A). Tratar
infecções e atrofia se identificadas. (A).
● Voltar ao seguimento de rotina trienal após 02
citologias consecutivas negativas. (B).
● Se qualquer citologia subsequente for positiva,
encaminhar para Colposcopia. (A).
● Colposcopia Satisfatório ou Insatisfatória, se
mostrar alterações, realizar Biópsia. (A).
Seguir conduta especifica de acordo com a
biópsia.
● Se apresentar alterações menores a biópsia
pode ser evitada, a depender da idade (<30
anos) com citologia negativa prévia, e
ausência de alteração cervical prévia. Seguir
com citologia e Colposcopia semestral. (B).
● Na Colposcopia sem alterações, seguir com
citologia semestral. (B).(enfatizar exame
vaginal nesses casos). Após 02 exames
consecutivos negativos voltar à rotina trienal.
(A).
● Caso Citologia mantenha NIC I = LSIL, seguir
com citologia semestral até normalizar. (A).
● Caso apareça lesão mais relevante, seguir de
acordo com novo resultado. (A).
● No NIC I = LSIL, seguimento citológico
semestral ou anual. (A).
● Se 21 anos ou menos, com NIC I = LSIL
persistente por 24 meses a manutenção do
seguimento é aceitável (I). Optando por
tratamento, se colposcopia satisfatória, pode
optar por métodos destrutivos. (Eletro, crio,
Laserterapia) ou EZT. (A).
● Na lesão recorrente tratamento excisional é
necessária. (A).
● Na colposcopia insatisfatória, é necessário a
Conização. (B).
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
Mulheres até 20 anos: Repetir o exame após 12 meses.
Encaminhar para Colposcopia somente se persistir a
lesão por 24 meses. (A). Se NIC I = LSIL, manter
seguimento citológico anual até completar 21 anos. A
partir daí seguir como as outras mulheres. (A).
Métodos excisionais não são indicados antes dos 21
anos. (D).
Mulheres na pós menopausa: Seguir como nas demais
mulheres. Apenas estrogenizar antes da segunda coleta
citológica, porque a paciente pode apresentar atrofia, a
qual pode simular alterações celulares que confundem
com lesão de baixo grau.
Imunossuprimidas: Devem ser encaminhadas para
Colposcopia imediatamente. (B). As lesões
persistentes devem ser tratadas excisionalmente (EZT)
nas que apresentam zona de transformação (ZT)
totalmente visível e com Conização quando a ZT não
está visível. (A). O seguimento pós tratamento deve ser
anual por dois anos, com citologia e colposcopia. (I)
LESÃO INTRA EPITELIAL DE ALTO GRAU –
LIAG/HSIL
RECOMENDAÇÕES:
• Realizar Colposcopia sempre, em até 90 dias após o
diagnóstico. (A).
• Colposcopia Satisfatória com alterações maiores,
sugestivas de lesão de Alto grau, restrita ao colo e não
se estendendo além de 01 cm no canal, recomenda-se a
EZT. (A). (ver-e-tratar). Quando houver algum evento
que impeça a EZT (infecção ou escassez de material
específico) essa deverá ser realizada assim que corrigir
o impedimento. (A). Quando a EZT estiver indicada e
não puder ser realizada no ato da colposcopia por falta
de condições do ambulatório, a biópsia não está
recomendada. (D). Nesse caso a paciente deve ser
encaminhada ao Hospital para o procedimento (EZT).
(A).
• Se a alteração colposcópica se estende à periferia do
colo ou à vagina, deve-se considerar a possibilidade de
NIC I = LSIL concomitante. Avaliar necessidade de
biópsiapara diagnóstico. (B). Se confirmada NIC I =
LSIL e a alteração colposcópica for menor, o
procedimento excisional deve ser direcionado para as
alterações maiores e as demais áreas podem ser
tratadas de forma destrutiva ou não tratadas. (A). Se
confirmada NIC II/III = HSIL na periferia do colo ou
vagina, encaminhar para tratamento hospitalar, na
vagina principalmente por necessitar de anestesia, já
que a sensibilidade vaginal é maior. (B).
Se Colposcopia satisfatória sugestiva de alto grau ou
Câncer, realizar Biópsia. (A). Se lesão extensa ou
múltiplas áreas de atípias, obter amostras múltiplas ou
mais representativa, direcionadas às áreas com
alterações mais marcantes. (A).Se a biópsia for
negativa ou lesão de menor gravidade, repetir citologia
e colposcopia em 3 a 6 meses. (B).
• Se a biópsia der NIC II/III = HSIL ou sugestiva de
Microinvasão, método excisional deve ser realizado.
(EZT se colposcopia satisfatória ou Conização de
insatisfatória). (A).
• Se o diagnóstico for de doença invasiva, encaminhar
para serviço terciário. (A)
• Se a Colposcopia não mostrar alteração, nova
citologia deve ser colhida com ênfase para o canal, 90
dias após a primeira citologia. (A). (A coleta do canal
deve ser coletada com escova e disposta em lamina
separada). (nesse caso deve-se dar atenção especial à
colposcopia vaginal). (A).
• Se a nova citologia mostrar LIAG/HSIL, realizar
EZT se colposcopia satisfatória ou cone se
insatisfatória. (A).
• Se a colposcopia for insatisfatória e sugerir lesão
intraepitelial qualquer grau, realizar Conização. (A).
Biópsia nesse caso só se colposcopia sugestivo de
invasão (A), pois no CA. não faz conização e
referencia para serviço terciário. (A). Se biópsia
mostrar Alto grau ou lesão menor, fazer Conização.
(A).
SEGUIMENTO PÓS TRATAMENTO NIC II / III =
HSIL
RECOMENDAÇÕES:
• Quando a patologia mostra margens comprometidas
por NIC II/III = HSIL, seguir com citologia e
colposcopia semestral por 02 anos. (A). Após isso,
seguimento citológico trienal. (A).
• Se margens com NIC I = LSIL ou livres, seguimento
citológico semestral por 01 ano. (B). Após 02 exames
negativos, seguimento citológico trienal. (A).
• Nova Excisão será indicada caso citologia mostre
novo HSIL = NIC II/III (ou por biópsia) (A). Se
seguimento adequado não for possível, realizar nova
excisão. (A).
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
• MULHERES ATÉ 20 ANOS: Realizar Colposcopia
em até 03 meses. (A). Ver-e-tratar é inaceitável nesses
casos. (D). Na colposcopia normal ou sem alterações
maiores, repetir citopatológico em 3 a 6 meses. (B).
Após 02 exames consecutivos negativos com intervalo
de 6 meses, retornar ao seguimento citológico trienal.
(B). Colposcopia com alteração maior, realizar biópsia.
(A). Se biópsia negativa ou lesão de menor gravidade,
repetir citologia 3 a 6 meses após a biópsia. (B). Se
biópsia NIC II/III = HSIL, seguir com citologia
semestral por até 02 anos. (A). Após esse período, se
persistir lesão, manter seguimento ou tratar com
excisão ou destrutiva. (A). Após 02 exames negativos
com intervalo de 06 meses, seguir com citologia
trienal. (B).
Se Colposcopia insatisfatória e biópsia com NIC II/III
= HSIL, está indicado a Conização. (A). Rastreio
trienal após 02 citologias negativas. (A).
GESTANTES: Encaminhar para colposcopia. (A).
Biópsia somente se colposcopia sugerir invasão. (A).
Se não houver alteração sugestiva de invasão, repetir
citologia e colposcopia 90 dias após o parto. (A).
Colposcopia no 1o trimestre com alteração maior,
pode-se repetir outra durante a gestação. (I). Caso
citologia e colposcopia sugiram piora das alterações,
pode-se repetir biópsia e tratamento excisional se
suspeita de lesão invasiva e se isso for mudar a
conduta na gestação. (A). Na presença de lesão
invasiva, encaminhar para atenção terciária. (A). Não
há contraindicação para o parto vaginal. (A).
• PÓS MENOPAUSA: É a mesma indicada para as
outras mulheres. (A). Estrogenizar se necessário. (B).
• IMUNOSSUPRIMIDAS: A conduta inicial é a
mesma que a das demais mulheres. (A). Seguimento
citológico semestral por 02 anos e anual após este
período. (B).
LIAG não exclui CA
LESÃO INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU, NÃO
PODENDO EXCLUIR MICROINVASÃO OU
CARCINOMA EPIDERMOIDE INVASOR
RECOMENDAÇÕES:
• Colposcopia imediata para todas. (A). Colposcopia
sem lesão aparente ou alterações não sugestivas de
invasão, realizar EZT se satisfatória e Conização se
insatisfatória. (A). Se colposcopia houver presença de
lesão sugestiva de invasão, 01 ou mais biópsias devem
ser realizadas, (A). Se a biópsia mostrar NIC II/III =
HSIL ou microinvasão, realizar EZT (na colposcopia
satisfatória) ou Conização (na insatisfatória). (A). Se
no Cone vier CA. Microinvasor IA1 (<3P <5L) com
margens livres, sem comprometimento linfovascular,
com prole incompleta, está tratada. (B). Se for por
EZT, realizar cone a frio. (B). Seguir com citologias
cada 04-06 meses por 02 anos e anual nos próximos
3-5 anos. (B). Encaminhar para atenção terciária
quando com prole definida, comprometimento
linfovascular ou margens comprometidas do cone ou
estadiamento IA2.(3-5P e<7L) (A).
Se EZT ou Cone excluir invasão, seguir conforme
resultado histopatológico. (A) Se confirmar CA
invasor, encaminhar para atenção 3a. (A). Se houver
indícios clínicos de Invasão e sem possibilidade de
biópsia ou conização para confirmar, encaminhar para
serviço terciário. (A).
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
• Mulheres menores de 20 anos, Menopausadas e
Imunossuprimidas: mesma conduta que para as demais
mulheres.
• Gestantes: Biópsia somente nas com colposcopia
sugestiva de invasão. (A). Os demais procedimentos
(EZT, Conização) devem ser realizados 90 dias após o
parto. (A).
ADENOCARCINOMA IN SITU E INVASOR
RECOMENDAÇÕES:
• Encaminhar para colposcopia. (A). Realizar
conização, exceto se colposcopia for sugestiva de
invasão. Nesse caso realizar biópsia. (A). Se a
patologia confirmar invasão, encaminhar para atenção
terciária. (A). Se a biópsia for negativa ou outra lesão
que não a invasão, manter a indicação de Conização.
(A).
• Recomendável avaliação endometrial com US. e/ou
anatomopatológico nas pacientes acima 35 anos. (A).
Abaixo dos 35 anos, avaliação endometrial somente se
S.U.A.
• A presença de AIS na conização indica Histerectomia
simples. (A). Exceto nas pacientes com prole
incompleta. (B). Se cone com margens comprometidas
e prole completa, realizar novo cone. (p/ excluir
doença invasiva). (A). Se diagnóstico de CA.
Encaminhar para atenção terciária. (A).
• Seguimento pós cone: citologia semestral por 02
anos. Retornar à citologia trienal se todos negativos.
(B). Nova conização ou histerectomia (na
impossibilidade do cone) se houver evidência de lesão
residual. (A).
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
• Mulheres até 20 anos, Pós menopausa e
Imunossuprimidas: Investigar da mesma forma que as
demais mulheres.
• Gestantes: Investigar conforme demais mulheres,
exceto avaliação endometrial. (D). Biópsia do colo
apenas na suspeita de invasão. Conização se indicada,
realizar 90 dias após o parto. (A).
BLIOGRAFIA
• Diretrizes para o rastreamento do colo do útero (M.S.
– INCA).

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