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- Pneumócito tipo II – imaturo-> células volumosas com aspecto cuboide que secretam surfactante (diminui a pressão interna dos alvéolos) e têm capacidade de proliferação. . - Não consegue realizar hematose - Quando amadurece evolui para pneumócito tipo I. Espirro reverso -> animal pega impulso do pulmão para espirrar e tem obstrução na narina – voltando para o pulmão Se tiver algum desequilíbrio dessas bactérias (por exemplo, administração de antibióticos) -> pode ter alteração patológica pela proliferação de algumas bactérias devido a diminuição de outras. Esses mucos têm -> IgA, interferon, lisozima e lactoferrina – agem contra bactérias Morfologia Sistema Respiratório o Divisão estrutural -> trato respiratório pode ser dividido em superior e inferior Anterior/superior -> narinas, cavidade nasal, seios nasais, faringe e bolsas guturais e laringe. Posterior/inferior -> traqueia, brônquios, bronquíolos e pulmões., pleura e cavidade torácica como um todo o Divisão funcional -> função dos diferentes segmentos ou componentes respiratórios. Sistema de condução -> responsável pela condução do ar (nariz, cavidade nasal, seios nasais, faringe e bolsas guturais, laringe, traqueia, brônquios) Sistema de transição -> conduz o ar e tem início do sistema de trocas gasosas ( bronquíolos) Sistema de trocas gasosas -> realiza o processo de trocas gasosas propriamente ditas (alvéolos- constituídos de pneumócito do tipo I) Histologia do Trato Respiratório Epitélio pseudoestratificado ciliado com células caliciformes (epitélio respiratório) -> vão ser encontrados na cavidade nasal, seios nasais, bolsas guturais (equinos), traqueia e brônquios. Epitélio simples – pneumócito do tipo I - maturo (são células bastante delgadas, cuja morfologia favorece a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue circulante, processo denominado hematose). -> vão ser encontrados nos bronquíolos respiratórios, sacos alveolares e alvéolos = pulmão. Mesotéllio -> recobre a pleura e cavidade torácica Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado -> nariz e laringe Mecanismos de defesa o A função desses mecanismos é proteger o parênquima pulmonar (alvéolos) por meio da remoção de agentes potencialmente lesivos, além de umedecer e aquecer o ar inspirado -> isso ocorre principalmente nas vias respiratórias superiores. Se algum agente infeccioso chegar ao pulmão, os mecanismos de defesa começam a trabalhar para eliminar tais agentes agressores. o Sistema respiratório superior é colonizado por microrganismos o Pulmão é estéril -> não tem nenhum agente etiológico Esses mecanismos incluem: Própria anatomia do nariz, cavidade nasal e vias aéreas -> prepara o ar para ele chegar ao pulmão, filtrando, umidificando, aquecendo e fazendo turbilhonamento do ar deixando pequenas partículas nas conchas nasais para diminuir a pressão. Microbiota bacteriana -> residente – cada animal têm uma microbiota única, presente predominantemente no trato respiratório superior, essa microbiota atua por competição por meio da aderência das bactérias aos receptores das células endoteliais, de modo a não possibilitar a colonização de organismos de maior potencial patogênico. Tosse -> geralmente é um reflexo da traqueia e pulmão – ocorre quando tem uma partícula /fluido maior que o esperado nessas estruturas. Espirro -> reflexo de alguma partícula maior que esteja situada no trato respiratório superior Aparelho mucociliar -> cobre toda a superfície das vias respiratórias com uma camada praticamente contínua de muco (denso e fluido) – tem função de remover partículas do trato respiratório e fazer difusão de substâncias protetoras. Se o animal tiver desidratado -> diminui a quantidade de muco fluido -> muco denso vai restringir o movimento dos cílios -> dificuldade de limpeza do trato respiratório. Alvéolos -> têm macrófagos alveolares e intersticiais, líquido no interior dos alvéolos contendo IgG, lisozima, lactoferrina e complemento Sinoftalmia -> fusão parcial Portas de entradas de agentes patógenos 1. Aerógena -> Mais comum – animal inala o agente via ar (bactérias, vírus, micoplasmas, gases, partículas) 2. Hematógena -> agente chega pela corrente circulatória – comum em septicemias, bacteremias, protozoários, parasitas, fungos e vírus endoteliotropicos. 3. Extensão direta -> Injúrias penetrantes através de pulmão e pleura – projéteis, espinhos, mordidas, rupturas de esôfago e diafragma. (fraturas/traumas que atinge diretamente o sistema respiratório) DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ANTERIOR Anomalias do desenvolvimento LÁBIO LEPARINO - QUEILOSQUIOSE o Não tem separação da comissura nasal com a comissura labial o Pode ser unilateral ou bilateral DESVIO DA NARINA – desvio de chanfro o Em cavalo o desvio de chanfro é conhecido como Wry nose (os potros já nascem assim) o Animal pode sobreviver ou pode ter complicações que levam ao óbito o Existe cirurgia para correção, mas nem sempre é bem sucedida e é traumática para o animal. CICLOPIA o Não desenvolvimento da cavidade nasal – animal nasce com um olho só o Caracterizada pela fusão completa dos componentes oculares de ambos os olhos ( não desenvolvimento da cavidade nasal – animal nasce com um olho só) o Essas três doenças (queilosquiose, desvio de chanfro e ciclopia) podem ser alterações genéticas ou alterações de radiações ou intoxicações da mãe durante a gestação. o Jurema-preta (Mimosa tenuiflora) e Veratum californicum -> plantas tóxicas principalmente para ovinos, encontrada geralmente no nordeste ou no sul do Brasil. FENDA PALATINA – PALATOSQUISE o É caracterizada por fenda no palato que faz com que haja uma comunicação entre a cavidade oral e nasal. o Pode ser pelo não fechamento da comissura do palato duro ou do palato mole, ou de ambos. o É uma alteração mais frequente em bovinos e suínos (principalmente em rebanhos endogâmicos – alto grau de consanguinidade) o Geralmente o animal morre por pneumonia aspirativa – quando mama o leite cai na cavidade nasal e ocorre aspiração desse leite. o Se a lesão for de comunicação pequena – pode ser que o animal viva normal. (depende do grau da lesão) o Intoxicação e radiação da mãe durante a gestação pode gerar isso DISCINESIA CILIAR PRIMÁRIA o É caracterizada pela incoordenação ou pela diminuição da função ciliar, com ou sem alterações ultraestruturais dos cílios. o É mais acometida em cães e gatos o Essa alteração compromete os mecanismos de defesa do trato respiratório, predispondo o indivíduo a rinite e pneumonias crônicas. Alterações do metabolismo AMILOIDOSE – Equinos o Deposição de proteínas (amiloide) dentro das células do epitélio respiratório o Muda totalmente a conformação -> forma nódulos -> estreita o canal de passagem de ar -> dificuldade respiratória o Os locais mais comuns de deposição do amiloide são -> vestíbulo nasal, porções rostrais do septo nasal e os cornetos nasais. o Se estiver localizado mais no fundo da cavidade nasal – só é possível observar se fizer uma endoscopia. Alterações circulatórias HIPEREMIA ATIVA o Geralmente está relacionada a uma inflamação (observadas nos estágios iniciais de rinite aguda) EPISTAXE o Sangramento pelas vias aéreas superiores (narina) -> hemorragia nasal o Todo sangramento pela narina pode ser chamado de epistaxe o Se souber a origem desse sangue, podem-se dar nomes específicos. Ex: Cavidade nasal -> rinorragia, Pulmões -> hemoptise. Toda vez que encontrar espuma na cavidade nasal -> está relacionado a edema pulmonar Causas Traumas Hematomas (é um tipo de hemorragia– fica retido no tecido) Exercício intenso -> Estudo de 100 cavalos -> 75% dos cavalos que fizeram exames endoscópios apresentam hemorragia pulmonar e 1-10% apresentavam epistaxe – acredita-se que a grande maioria dos cavalos que fazem esforços intensos vai ter certo grau de sangramento pulmonar (principalmente sem preparo) o Diáteses hemorrágicas (hemorragia generalizada) Trombocitopenia (diminuição da contagem de plaquetas- atrapalha coagulação do sangue) Deficiência de vitamina K Intoxicação por dicumarínicos (chumbinho) Intoxicação por samambaia Septicemia o Ruptura de vasos Síndrome da veia cava (bovinos) Micose da bolsa gutural (equinos) Neoplasias – podem levam a rupturas Alterações inflamatórias RINITE o Inflamação das conchas nasais o Pode ser causada por vírus, bactérias, alérgenos, fungos. Fatores que predispõe: Inalação de gases de amônia e gás sulfídrico (presentes na urina dos animais) – animais criados em lugares muito fechados onde não tem onde evaporar esses gases -> acaba inalando essas substâncias -> fragiliza a narina -> favorecendo a proliferação de agentes infecciosos. Poeira Baixa umidade do ar (diminuição da secreção e desidratação do muco) Classificações Quanto ao tempo Aguda -> exsudação Crônica -> alterações proliferativas Crônico-ativa -> quando a ação inflamatória ainda não terminou e já começou um processo cicatricial. Secreção Serosa -> fluido translúcido e limpo (aguda) – geralmente no início de uma rinite Catarral -> fluida com aspecto mais viscoso (animais imunossuprimido – filhotes e animais doentes) - aguda Catarral-purulenta/Mucopurulenta -> evolução da rinite catarral – há maior concentração de leucócitos no exsudato. (geralmente está associada à infecção bacteriana) – aguda Purulenta -> acúmulo de grande quantidade de neutrófilos e células epiteliais de descamação – aspecto de pus ao exsudato (infecção bacteriana) – aguda (exemplo é o garrotilho em equinos) Hemorrágica -> processo inflamatório associado com hemorragia – sangue compondo exsudato inflamatório – aguda Fibrinosa/pseudodiftérica -> caracterizada pelo acúmulo de uma camada ou placa de fibrina, que contem células inflamatórias. Granulomatosa -> processo inflamatório crônico, em geral associado a alterações proliferativas, como fibrose (ex: rinosporidiose). Herpesvirus tem característica de latência -> ficam no corpo e só apresentam sinais clínicos e alterações quando acham condição favorável para replicação Rinite em suínos o Rinite viral dos suínos Causada pelo citomegalovírus (herpesvirus) Replica nas células -> atrapalha o epitélio pseudoestratificado dos animais -> deixando as células de defesas fracas -> predisposição a uma inflamação severa Animais de 1 a 5 meses de idade Característica -> Seromucosa - catarral o Rinite atrófica Pasteurella multocida (tipo A ou D) -> produção de potentes toxinas que inibem a atividade osteoblástica (sintetização dos ossos) e promove à atividade osteoclástica (absorção dos ossos) -> osso vai ficando cada vez mais fino (especialmente na concha nasal ventral) Perde conformação das conchas nasais (atrofia) – tem desvio de chanfro A colonização do epitélio da cavidade nasal por essa bactéria só é possível mediante a agressão prévia dessa região por outro agente ou condição -> como infecção concomitante com Bordetella bronchiseptica- favorece o desenvolvimento dessas lesões, infecção por citomegalovírus (rinite com inclusão) , gases nocivos (amônia, gás sulfídrico) e deficiência de cálcio. Na maioria das vezes a pasteurella já está na cavidade nasal dos suínos -> e por essas predisposições (bactéria/vírus) -> ela começa a proliferar Geralmente acomete animais adultos e jovens Rinites em bovinos o Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) Causada pelo herpes - vírus bovino tipo 1 (HVB-1) É caracterizada pela inflamação do trato respiratório superior O HVB-1 é comum nos confinamentos com alta densidade populacional O vírus provoca lesão nas células epiteliais ciliadas e nas células produtoras de muco Rinite e traqueíte fibrina ou fibrinonecrótica Geralmente acomete animais jovens ou animais imunossuprimido o Rinite alérgenos Bovino é um animal resistente, mas tem muita alergia (pólen, poeira, mofo) Podem desenvolver rinite granulomatosa (granuloma nasal) dependendo de qual agente ele foi exposto. No Brasil, é difícil isso ocorrer porque a maioria dos sistemas de criação é aberta (acontece mais na Europa) Rinite em equinos o Garrotilho Causada pelo Streptococcus equi subespécie equi É uma doença contagiosa aguda dos cavalos (surtos) A patogênese envolve a aderência e a internalização do patógeno em células epiteliais, provocando intenso acúmulo quimiotático para neutrófilos. Um cavalo saudável pode ter a presença do Stheptococcus equi, só que quando está imunossuprimido pode desenvolver a rinite ou o garrotilho. Essa bactéria tem a capacidade de chegar aos linfonodos regionais (mandibulares e retrofaríngeo) e causar uma linfadenite purulenta Causa uma rinite e linfadenite catarral ou purulenta (rinite extremamente purulenta) Mais frequente em animais entre 1 a 5 anos Animais que passam por estresse tem predisposição a desenvolver essa doença Sinais clínicos -> febre, tosse e descarga nasal purulenta. Consequências -> empiema nas bolsas guturais (pus) e disseminação para outros órgãos (pulmão, fígado, intestino, etc) o Mormo Doença crônica e caquetizantes de notificação obrigatória É considerada uma zoonose Caudada por Burkholderia mallei Rinite granulomatosa Tem lesões nodulares e ulcerativas na mucosa nasal (particularmente no septo nasal) e nódulos granulomatosos nos pulmões. Diagnóstico -> tem que mandar para laboratório credenciado Veterinário precisa fazer um curso na IMA e ter um registro especial para coletar sangue desses animais. Não tem tratamento -> animal precisa ser eutanasiado. Muares e jumentos são mais resistentes (apresentam menos sinais clínicos) Haras fica interditado até provar que todos os animais são negativos. (quarentena durante 6 meses) Rinite em caninos o Cinomose Causada pelo Paramyxovirus canino Causa imunossupressão no animal -> as células de defesa são destruídas -> podendo causar rinite, conjuntivite, traqueíte e broncopneumonia. Pode gerar também lesões na pele (hiperqueratose- principalmente de coxim), alterações no sistema nervoso central (desmielinização da bainha de mielina) e trato digestivo. o Rinosporidiose Causada pelo agente Rinosporidium seeberi (fungo) Rinite granulomatosa Sangra com qualquer contato Rinite em felinos o Herpesvirus o Calicivirus o Chlamydophila felis o Criptococcose Causada pelo fungo Criptococcus neoformans É uma zoonose Fungo presente em fezes de aves (principalmente pombos) Gato se contamina mais -> andam nos telhados, geralmente onde os pombos fazem ninhos e tem uma grande concentração desse agente. Rinite granulomatosa e ulcerativa As lesões frequentemente se estendem para os seios paranasais Macroscopicamente -> há formação de nódulos polipoides ou massas difusas com aspecto gelatinoso Histologicamente -> observa-se intenso infiltrado inflamatório piogranulomatoso, constituído por macrófagos e linfócitos. Sinais clínicos -> corrimento nasal serossanguinolento a mucopurulento, lesões papulares ou nodulares na ponte nasal ou na pele de outras regiões do corpo, linfoadenomegalia (aumento dos linfonodos),sinais neurológicos e sinais oculares. o Esporotricose Tem como agente etiológico o Sporothrix schenckii -> fungo dimórfico (pode existir em várias formas), saprofítico (se alimenta de matéria orgânica em decomposição) que habita solos e vegetais (tronco de árvores) em decomposição. É uma doença zoonótica Animal inocula o fungo através da unha de materiais em decomposição (só tem lesão se o gato se autoinocular enquanto estiver se limpando) -> em brigas ele faz a porta de entrada através de arranhaduras e mordidas e já inocula o fungo em outros animais ou pessoas. A Esporotricose pode ser descrita por três formas clínicas - > cutânea, cutânea linfática e disseminada. Os gatos são os animais mais acometidos e a forma mais comum é a cutânea linfática Apresentam nódulos, nódulos ulcerados e úlceras que se desenvolvem principalmente na região cefálica, pinas, região cervical, membros, patas, cauda e períneo. A contaminação bacteriana secundária é comum e produz secreção purulenta no leito ulcerado. Uma das complicações da rinite é a extensão da infecção – os agentes podem chegar até os seios nasais Foto: secreção amarronzada nos seios nasais = pus + sangue Rinite em caprinos e ovinos o Pitiose Pseudofungo ( Pythium insidiosum.) -> fica em regiões alagadas, pantanosas, lagos Contaminação em regiões de membros, abdômen e narinas (onde tem contato com a água) Induz uma resposta inflamatória muito grande (tecido de granulação pode matar o animal sufocado) = grande tecido d egranulação Tecido de granulação grande SINUSITE o É a inflamação dos seios nasais o Sua secreção é mais densa o que dificulta a drenagem o Pode ter secreções exsudato ou transudato (em infecções mias graves – exsudato) o Sinais -> animal evita levantar ou abaixar a cabeça, comer e beber água e ficam pressionando a cabeça contra obstáculos físicos para tentar diminuir a dor. Causas o Rinite -> por extensão direta o Larva de Oestrus ovis -> berne nasal – mais comum no Sul do país. o Periodontite -> mais comum em cachorros e cavalos (em particular em animais com mais de 4 anos) o Descorna e fraturas do osso do crânio -> mais comum em bovinos (há exposição da cavidade dos seios, o que favorece a instalação de infecção e consequentemente sinusite), Possíveis consequências o Atrofia e metaplasia do epitélio de revestimento dos seios paranasais o Em casos raros pode ocorrer meningite – principalmente em decorrência da sinusite purulenta, por extensão do processo inflamatório devido à proximidade com o cérebro. Alterações proliferativas TUMORES – NEOPLASIAS (nariz e cavidade nasal) Caninos o É muito variável o Carcinoma de células escamosas/espinhos -> no nariz o Adenocarcinoma -> acomete a cavidade nasal É necessária uma histologia para o diagnóstico Ovinos o Tumor etmoidal enzoótico -> formado na concha etmoidal e sem conhecimento da causa o Neoplasias mesenquimias Fibroma, condroma e osteoma Fibrossarcoma, osterossarcoma e condrossarcoma FARINGE E LARINGE Generalidades o Laringe -> tecido linfoide – presença de muitos linfócitos o Tonsilas -> representa o papel das amídalas em humanos (animais não têm amídalas) Carcinoma de células escamosas -> neoplasia mais comum na pela dos animais Esses condroides podem durar anos -> um animal que teve garrotilho com 1 /2 anos de idade, durante uma necropsia depois de anos pode se encontrar condroides e sem relação com a morte do animal. FARINGITE CRÔNICA DO EQUINO COM HIPERPLASIA LINFOIDE Pode ser causada por poeira, vírus, bactéria – algum fator que esteja irritando essa região. Bolsas guturais o Os equídeos possuem um órgão oco chamado bolsa gutural ou divertículo das tubas auditivas o Situado na região do trígono do pescoço o Possuem uma entrada bem estreita o Não se sabe a verdadeira função da bolsa gutural – existe uma teoria de que ela diminui a pressão do sangue do coração ao cérebro e outra teoria de que esses animais utilizam a bolsa gutural para se comunicarem. EPIEMA OU DIVERTICULITE (GUTUROCISTITE) o Inflamação da bolsa gutural Existe presença de pus dentro da bolsa gutural Pus ressecado/desidratado-> forma condroide (estrutura dura) Pus purulento -> geralmente são consequências do garrotilho GUTUROCISTITE (GUTIRITE) MICÓTICA Origem fúngica Geralmente causada pelo Aspergillus spp. Animal que se alimenta de feno mofado, ficam em baias fechadas sem ventilação e luminosidade -> desenvolve esse fungo e o animal inala -> que se desenvolve na bolsa gutural -> causando uma necrose -> que se rompe -> causando também o rompimento de vasos -> animal tem uma rinorragia -> causa a morte. Bolsa gutural é quente, escura e úmida -> ambiente excelente para proliferação do fungo. Na necropsia observa uma mancha necrosada e na citologia observam-se hifas dos Aspergilus na massa necrosada. Laringe o Órgão comum do sistema respiratório e digestivo NECROBACILOSE Causado pelo Fusobacterium necrophorum -> presente no ambiente, casco, pele, rúmen (ele ta espelhado) e quando acha um ambiente propício para seu desenvolvimento ele causa necrose Geralmente a laringite fibrinopurulenta está relacionada com animais que tenham baixa imunidade EDEMA DE LARINGE Quando a glote está edemaciada -> perde mobilidade de abrir e fechar (animal pode morrer por sufocamento – falta de oxigenação) Pode ser gerado por: o Choques anafiláticos -> hipersensibilidade tipo I (alérgico) o Doença do edema – suíno Escherichia coli toxigênica -> toxina aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos HIPEREMIA ATIVA E HEMORRAGIA o Pode ser direta de lesões (ingestão de corpo estranho) ou por alguns agentes infecciosos. HEMIPLEGIA LARÍNGEA DOS EQUINOS o Também conhecida como a síndrome do cavalo roncador o Ocorre uma paralisia do nervo laríngeo recorrente que inerva essa região, tendo assim uma atrofia do músculo circo-aritenoide -> na hora da respiração a aritenoide da parte atrofiada não se movimenta. o Existem cirurgias para correção Atrofia da parte esquerda – indicada pelas setas NEOPLASIAS Linfoma -> neoplasia de tecido linfoide nas tonsilas Carcinoma + papiloma Muito comum em bovinos Principalmente por intoxicação crônica de samambaia Pode ou não ser prejudicial TRAQUEIA ○ Possuem anéis de cartilagem em forma de C que se ligam por um tecido fibroso ○ Não é um tubo rígido – possui certa mobilidade ○ Epitélio pseudoestratificado com células caliciformes ciliados (respiratório) COLAPSO TRAQUEAL ○ Tecido conjuntivo afrouxa deixando o lúmen mais estreito -> diminui a passagem de ar -> animal pode apresentar casos de sincope (desmaio). ○ Achatamento e dilatação da membrana ○ Muito comum em cães de raças pequenas ○ A etiopatogenia não é conhecida HIPOPLASIA TRAQUEAL ○ É uma alteração rara ○ Caracterizada pela redução do diâmetro do lúmen de toda traqueia, no entanto ela permanece com a conformação cilíndrica normal (não há achatamento) ○ Mais comum em cães da raça Bulldog Geralmente animais que morrem por edema de glote são atacados intensamente por abelhas ou maribondos Animal com hipoplasia já nasce assim, e animal com colapso vai adquirir ao longo da vida. ○ Utiliza stent traqueal (implante inserido durante a correção cirúrgica) para abrir a traqueia desse animal - é utilizado em hipoplasia e colapso traqueal TRAQUEITE ○ Inflamação da traqueia – ocorre geralmente por agentes infecciosos Bordetella spp. E IBR -> agenteque também causam rinite e na região da traqueia se proliferam e podem causar uma pneumonia Parasitárias ○ Oslerus (Filaroides) osleri ○ Nematódeos que se instalam na parede da traqueia -> formando uma traqueíte granulomatosa Agentes tóxicos ○ Inalação de gases tóxicos (ureia, amônia...) ○ Muito comum em animais que morrem asfixiados em locais fechadas ○ Causa hiperemia e hemorragia na traqueia do animal BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS ○ Os brônquios e os bronquíolos são responsáveis pela condução de ar entre a porção superior e a inferior do sistema respiratório. ○ Os brônquios possuem cartilagem e os bronquíolos não possuem esse tecido. BRONQUITE E BRONQUIOLITE ○ Bronquite -> inflamação dos brônquios ○ Bronquiolite -> inflamação dos bronquíolos ○ Pode ser causada por agentes virais, bacterianos, micóticos, parasitários, tóxicos e por presença de corpos estranhos. Bronquite Geralmente é uma resposta aguda Células inflamatórias vão para dentro do brônquio induzindo uma destruição e consequentemente ocorre uma degeneração e exfoliação de células necróticas. Inflamação e proliferação de células epiteliais (hiperplasia) A bronquite é caracterizada pelo tipo de exsudato (catarral, purulento, etc) Quando ocorre uma resposta crônica, pode gerar uma metaplasia: Hiperplasia de células caliciformes (aumento da produção de muco) -> metaplasia escamosa (é um tecido muito frágil, se não trocar o tecido pode piorar a situação) Essa metaplasia pode gerar uma bronquiectasia (bronquites crônicas). -> diminuição do lúmen do brônquio do animal, dificultando a passagem de respiração ( chiando TOSSE DOS CANIS - Traqueobronquite infecciosa dos cães Doença multifatorial -> pode ser causado pelo Adenovirus canino tipo II, Painfluenza tipo II, Cinomose, Pasteurella, Bordetella bronchiseptica.... Geralmente os animais se infectam com o vírus primeiro e depois vem a bactéria. É uma doença de baixa letalidade, mas de alta transmissão. Na maioria das vezes os animais tem uma tosse rouca Bronquiolite Pode gerar uma resposta aguda ou crônica Resposta aguda -> presença de secreção dentro do lúmen Resposta crônica -> formação de granuloma que vão acabar estreitando os bronquíolos – animal chiando. A bronquiolite é conhecida como asma dos animais domésticos (asma felina e canina e obstrução das vias aéreas recorrente nos cavalos-também conhecida como ORVA., DPOC e Complexo bronqueolite-enfisema crônico) Cada divisão é representada por uma porcentagem (varia de acordo com cada veterinário), mas é mais fácil dividir 50% para lobo caudal e 50% para cranial (e subdividir) PULMÕES Anatomia Lado esquerdo -> lobo cranial esquerdo (porção caudal e cranial) e lobo caudal Lado direito -> lobo cranial direito (porção cranial e caudal), lobo médio, lobo acessório (algumas espécies) e lobo caudal. ○ Pulmão é constituído basicamente de sacos alveolares -> possuem pneumócito do tipo I (maduros – responsáveis pelas trocas gasosas) ○ Poros de Kohn São orifícios entre os sacos alveolares que possibilita a comunicação entre eles. Pode ser benéfico em casos de obstrução pode ter ventilação contralateral, mas benéfico em casos de infecção onde contamina os vizinhos. Esse poro é presente nas espécies: canino, felino e equino-gerando uma infecção contínua. Nos ruminantes e suínos são poucos desenvolvidos -> não tendo contaminação contínua, nesse caso é chamado de infecção em xadrez. Alteração post-mortem COLAPSO PULMONAR ○ A cavidade torácica tem pressão negativa (nenhuma força sobre o pulmão), quando ela é aberta o ar de fora faz pressão sobre o pulmão -> fazendo o pulmão colabar HIPOSTASE ○ É a tendência de o corpo depositar sangue de acordo com a gravidade, que está relacionado com a posição do animal na hora da morte. Animal em decúbito lateral esquerdo -> deposição de sangue do lado esquerdo do pulmão ENFISEMA – Bolhas de putrefação ○ Presença de bolhas na parede do pulmão ->devido a degradação das bactérias putrefativas (gás). Anomalias do desenvolvimento HIPOPLASIA PULMONAR ○ Caracterizada pelo desenvolvimento incompleto do pulmão ○ Pulmões apresentam diminuídos de volume ○ Extremamente rara ○ Anomalia incompatível com a vida ○ Geralmente está associada com a hérnia diafragmática congênita (deslocamento de vísceras abdominais para o interior da cavidade torácica – compressão do pulmão durante desenvolvimento fetal). MELANOSE PULMONAR ○ Alteração de coloração -> não está relacionada com patologias ○ Apresentam-se machas escuras no pulmão devido ao acúmulo de pigmento endógeno (melanina) que teve uma migração errática ○ Alteração mais frequente em suínos e bovinos ○ Pode estar situado somente na superfície ou também serem encontradas no parênquima ANTRACOSE ○ Deposição de carvão dentro do pulmão dos animais (patologia) ○ Animais que vivem em aéreas indústrias ou com pessoas fumantes podem apresentar essa anomalia ○ São pontinhos pretos formados pela fagcitação do carvão pelos macrófagos pulmonares Alterações do conteúdo de ar nos pulmões ATELECTASIA ○ Diminuição ou ausência de ar dentro do pulmão -> expansão incompleta do pulmão ○ Pode ser congênita - fisiológica (feto- não respirou ainda) ou patológica que são adquiridas. ○ A atelectasia adquirida pode ser por obstrução (alguma coisa que o animal inalou e obstruiu, vai ter a saída do ar pelos poros de Kohn, mas não vai ter entrada de ar) ou por compressão (algum corpo estranho de fora pra dentro vai comprimindo o saco alveolar, e dificultando a chegada de ar). ENFISEMA ○ Acúmulo de ar no interstício – alvéolos se rompe o que gera esse acumulo ○ Raríssimo acontecer em animal (acontece mais em pessoas fumantes) ○ Quando ocorre em animais, geralmente é quando o animal está morrendo de forma agônica que puxa muito ar e acaba rompendo esses alvéolos. Alterações circulatórias HIPEREMIA PULMONAR o Hiperemia ativa -> caracterizada pelo aumento do fluxo sanguíneo para os capilares alveolares., geralmente devido a algum processo infeccioso. o Hiperemia passiva -> ocorre devido a estagnação sanguínea nos capilares dos alvéolos pulmonares, tendo como causa mais comum a insuficiência cardíaca. o Durante a necropsia um pulmão sem alteração quando é cortado não tem nenhum extravasamento de sangue, já quando está hiperêmico ou congesto tem a fluidez do sangue. EDEMA PULMONAR o Edema é o extravasamento em excesso de líquido do leito vascular o É possível ter um edema pulmonar, sem a presença de inflamação (como no choque anafilático).. o Quando se vê edema pulmonar na necropsia -> o diagnóstico é edema pulmonar – pode estar associado a pneumonia, mas nem sempre é assim. (A) Edema pulmonar (B) Edema intersticial (líquida esta dentro dos lóbulos ou alvéolos) Síndrome da veia cava (ruminantes) -> animal com algum distúrbio digestivo-> absorve bactéria do rúmen -> vai para o fígado -> forma abcesso-> causa tromboembolismo-> rompe um vaso importante -> sangue vai para dentro dos brônquios e traqueia -> gerando uma epistaxe Causas: Aumento da pressão hidrostática -> edema cardiogênico, hipervolemia, edema neurogênico. Aumento da permeabilidade vascular -> gases tóxicos, toxinas sistêmicas, anafilaxia Diminuição da pressão oncótica -> subnutrição, hepatopatias, enteropatias Obstrução linfática -> linfadenite, neoplasmas. Pulmão normal Pulmão com edema (líquido no lugar do ar) No edema alveolar desce uma espuma branca para a traqueia Líquido extravasa para dentro do alvéolo comsais minerais e proteínas (principalmente a albumina- garante a osmolaridade sanguínea) -> com a respiração o líquido com a albumina vai batendo (como uma batedeira) e expandindo -> respiração vai ficando mais ofegante -> aumentando a espuma -> chegando até a traqueia -> animal pode morrer asfixiado. Edema muscular não tem essa espuma -> pois não tem o movimento da respiração misturando ar (batedeira), ele fica parado no músculo. HEMORRAGIA PULMONAR o Hemorragias são relativamente frequentes nos pulmões, em geral, localizam-se sob a pleura e comumente são do tipo petequial. Causas Diáteses hemorrágicas (hemorragia generalizada) Toxemias (causa fragilidade vascular) Traumas Migração de parasitas (Parascaris equorum) Hemorragia pulmonar associada à exercício Erosão de vasos por tromboembolismo (trombose da veia cava) As hemorragias podem ser petequeais (vários pontinhos) ou pode ser intensa (observam-se coágulos nos brônquios, bronquíolos e traqueia do animal) Hemorragia petequial Hemorragia intensa EMBOLISMO, TROMBOSE E INFARTO PULMONAR Abcesso no fígado (geralmente vai ser formado pela reabsorção de algum microrganismo lá do intestino) -> cai na corrente sanguínea -> veia cava -> chega ao pulmão -> forma um tromboembolismo pulmonar. TORÇÃO DE LOBOS PULMONARES o Situação rara em que os lobos pulmonares se torcem, causando dor intensa. o Afeta principalmente os lobos médio direito e craniais o Geralmente morre por isquemia, necrose ou endotoxemia. Alterações inflamatórias - PNEUMONIAS o Pneumonia é a inflamação do pulmão, seja crônica ou aguda. o Existem vários tipos de pneumonia, depende do agente etiológico, da lesão causada e da evolução da doença. o Essa patologia é muito frequente na rotina de grandes e pequenos animais. o Nos animais de produção geram perdas econômicas devido ao -> aumento da taxa de mortalidade, perdas nos índices zootécnicos, gastos com medicações, condenações de carcaças. o Alguns causadores da pneumonia têm potencial zoonótico e antropozoonótico: Influenza (H5N1), Coronavírus.. Pneumonias podem ser ordenadas conforme: o Padrões de lesões o Tipo de exsudato e cronicidade das lesões o Agentes causadores (vírus, bactérias, fungos, etc) o Espécie animal afetada Com base na textura, aparência, distribuição e tipo de exsudato -> vai direcionar o diagnóstico para provável causa, porta de entrada do agente e possível sequela. Tipos de pneumonia BRONCOPNEUMONIA o Tipo de pneumonia mais comum o Os agentes causadores chegam no pulmão pela via aerógena o Caracterizada pela consolidação cranioventral (parte cranial e ventral do pulmão) o Usualmente é causada por bactérias (mais comum), micoplasmas ou aspiração de substâncias exógenas. o Lesão ocorre na luz dos brônquios, bronquíolos e alvéolos. o Sempre vai ter a presença de secreções -> pode ser purulenta ou fibrinosa o Alguns casos pode ter necrose. o Na hora da auscultação é escutado um som denominado de extertor (ar passando pela secreção). A região cranioventral dos pulmões está consolidação, firme, vermelho escuro com exsudato mucopurulento que pode fluir dos alvéolos e brônquios. A região cranioventral está consolidade, firme, vermlelho escuro e observa-se presença de fibrina na superfície pleural. Hiperemia (vasos com sangue), muitas células de defesa. Hiperemia, fibrina (teia de aranha, amorfo), e neutrófilos. o Quando tem consolidação cranioventral com coloração cinza- avermelhados e aspecto firme -> broncopneumonia crônica. o A coloração acinzentada ocorre devido a maior quantidade de macrófagos e tecido fibroso, e menor quantidade de eritrócitos. Broncopneumonia aguda -> tem chance de cura Broncopneumonia crônica -> não tem cura Pela histologia não é possível afirmar qual é o tipo de pneumonia Vasodilatação -> chegar mais células de defsa -> receptores quimiostáticos -> chama mais células -> produção de exsudato (edema) -> rico em proteína e fibrina -> com a bactéria forma o pus. Observa-se um tecido mais condensado, organizado -> característica de fibrose (cicatricial) que ocupa espaço nos alvéolos e impede a troca gasosa. Exemplos de bactérias que causam a broncopneumonia: o Mannheimia haemolytica Causa uma broncopneumia fibrinosa e necrosante em bovinos e ovinos Agente habitante da microbiota respiratória Infecção por vírus e micoplasmas pode predipor -> gerando essa colonização Transmissão durante aglomerações e transporte (estresse -> imunidade baixa -> colonização) Curso clínico agudo -> entre 12 a 72 horas (sinais clínicos bem rápidos) O diagnóstico é realizado pelo isolamento da bactéria das lesões pulmonares associado às lesões histológicas. o Mycoplasma hyopneumonie – Micoplasmose Acomete todas as espécies Causa uma broncopneumonia purulenta (supurativa) com bronquite e bronquiolite. Agente se adere ao epitélio ciliado das vias aéreas e provoca perda desses cílios Possui antígenos que atraem linfócitos para regiões próximas aos brônquios e bronquíolos, formando agregados nessas regiões. o Actinobacillusp pleuropneumoniae Pleuropneumonia suína Bacilo gram- positivo Broncopneumonia fibrinosa grave com pleurite extensa e áreas de necrose Distribuição dorsocausal (excreção entre as BPN) Essas partes mais esbranquiçadas são as fibrinas o Bordetella bronchiseptica Acomete os cães Bactéria gram-negativa encontrada comumente no trato respiratório superior (mesma que causa a tosse dos canis e faz parte da rinite atrófica dos suínos) Adesão a células ciliadas e produção de toxinas Geralmente vem o vírus (pode ser a bactéria primeiro) -> causando uma pneumonia intersticial -> fragiliza o sistema de defesa -.> bactéria encontra um local para proliferação == pneumonia broncointesticial PENUMONIA INTERSTICIAL o Lesão ocorre na parede dos alvéolos -> interstício o Caracterizada pela distribuição difusa – acomete o pulmão inteiro o Pulmão fica inflado (devido ao aumento do interstício) e forma marcas de impressões de costelas o Os pulmões não colapsam após a abertura da cavidade torácica e são firmes e vermelho- escuros (frequentemente há edema). – pulmão fica armado o Não tem secreção o Causadas por agentes que chegam aos pulmões por via hematógena e aerógena. o Agentes infecciosos -> vírus (mais comum), toxinas, reações de hipersensibilidade (alergia) e partículas inorgânicas inaladas. o Os pulmões não colapsam após a abertura da cavidade torácica e são firmes e vermelho-escuro (frequentemente há edema) o Parede fica mais espessa -> diminuição do lúmen dos alvéolos. Histologia -> proliferação de pneumócito tipo II (mais resistentes e menos eficientes em trocas gasosas), fibrose intersticial e dos espaços alveolares, células inflamatórias no interstício. Exemplos de agentes que causam pneumonia intersticial: o Vírus da Maedi-visna e da Artrite e encefalite caprina (CAEV) É um retrovírus da subfamília dos lentivírus Geralmente o animal se contaminada na ingestão do colostro ou leite de mães positivas Apresenta sinal clínico em animais acima de 3 anos 4 formas clínicas -> respiratória, nervosa, articular e mamite. Sinais clínicos -> dispneia (menos alvéolos e menos células para troca de ar), intolerância ao exercício, emagrecimento progressivo e pneumonia. o Herpesvirus equino 5 Fase inicial -> pneumonia intersticial Evolui para fibrose com proliferação de pneumócito tipo II, neutrófilos no interior dos alvéolos e inclusões intranuclearesem macrófagos. Causando uma fibrose multinodular pulmonar (começa com uma pneumonia intersticial aguda e vai evoluindo para uma pneumonia intersticial crônica) A patogenia da doença é pouco conhecida (não foi reproduzida experimentalmente). PNEUMONIA BRONCOINTERSTICIAL o É a junção da broncopneumonia e pneumonia intersticial o Combinação entre dano bronquiolar e dano alveolar. o Primeiramente infecções virais aerógenas que causam destruição das células epiteliais dos brônquios, bronquíolos e alvéolos. o Pneumonias broncointesticiais geralmente são acompanhadas por infecção bacteriana secundária o Vários agentes podem estar envolvidos como na pneumonia enzoótica dos bovinos ou complexos de doenças respiratórias dos suínos. Consolidação cranioventral com pulmão inflado e impressões das costelas Exemplos de agentes que causam a pneumonia broncointersticial o Pneumonia enzoótica bovina – causas múltiplas Primárias -> Influenza vírus, parainfluenza vírus 3, vírus sincicial bovino, adenovírus, herpesvirus bovino tipo I, rinovírus e mycoplasmas. Secundária -> Pasteurella multocida, trueperella pyogenes, Histophilus sommi, Mannheimia haemolytica e E. coli Fatores predisponentes -> sistema de defesa e ambientais (ventilação, umidade do ar, aglomeração de animais). o Influenza A em suínos Doença respiratória viral aguda Surtos de H1N1 Aparecimento súbito acometendo um grande número de suínos ( até 100 %) de várias faixas etárias Transmissão através de secreções nasais Zoonose Pulmão inflado (pneumonia instersticial) e consolidação do lobo médio (mesmo assim considera-se broncopneumonia). Fase aguda -> bronquiolite e bronquite necrosante – descamação de células para os alvéolos – atração de neutrófilos – contaminação por outras bactérias. Espessamento dos alvéolos e presença de secreção o Circovirus suíno tipo 2 Síndrome definhante multissitêmica de suínos desmamados (SDMSD) Acomete animais entre a 5 e 13 semana de idade Depleção linfoide com proliferação de histiócitos e linfócitos (diminuição da resposta do sistema imune) Consolidação cranioventral e pulmão inflado (não enxerga impressões das costelas, mas os vasos estão bastante evidentes). Presença de secreção purulenta no bronquíolo e espessamento da parede dos alvéolos (proliferação celular – pneumócito tipo II) o Complexo de doenças respiratórias dos suínos Doença multifatorial causada pela interação entre vírus e bactérias Agentes isolados -> influenza A, Circovpirus suíno tipo II, Mycoplasma hyopneumonae, Pasteurella multocida, Haemophilus parasuis, Actinobacillus pleuropneumonae.. Característica de consolidação e pulmão inflado (armado) o Cinomose Morbilivirus(paramixovirus) Invade o trato respiratório superior e conjuntiva -> prolifera nos linfonodos regionais -> replicação -> viremia primária -> fragiliza o sistema respiratório -> bactérias oportunistas proliferam Outras lesões -> conjuntivite, rinite, encefalite (casos de evolução) Consolidação cranioventral com secreção purulenta e pulmão inflado. o Rinotraqueíte e calicivirose felinas Herpesvirus felino/Calicivirus felino -> contaminação bacteriana secundária Lesões necrosantes nos brônquios e bronquíolos Causas de rinite e conjuntivite Consolidação cranioventral e pulmão inflado PNEUMONIA GRANULOMATOSA o É uma inflamação crônica – demora a ser formada o Distribuição multifocal (multifocal a colescente(vai se juntando) o Via hematógena ou aerógena o Geralmente forma nódulos/granulomas o Causas -> incluem Mycobacterium spp (caso de turbeculose)., infecções fúngica sistêmicas e parasitas. Pode ter grandes granulomas (mais comum em grandes animais) ou pequenos granulomas (pequenos animais). Além do tamanho do animal o agente também interfere Lesão de necrose no centro e cicatriz com células epitelióides ao redor (granuloma) Principais agentes etiológicos da pneumonia granulomatosa o Tuberculose Causada pelo Mycobacterium bovis, e em menor frequência pelo M.tuberculosis e M. avium . Transmitida por via respiratória (mas também pode ser por via digestiva ou hematógena) É considerada uma zoonose Rebanhos bovinos tem alto índice de tuberculose, principalmente em bovinocultura leiteira. Complexo primário -> linfonodos bronquiais, mediastínicos e pulmão. Mycobacterium vai ser englobado pelos macrófagos -> sobreviver -> induzir uma resposta inflamatória -> reação granulomatosa Macrófagos podem ir para rede linfática e permanecer nos linfonodos (via digestiva – linfonodos mesentéricos) -> ir para corrente sanguínea -> leite da vaca -> passar para os bezerros ou pessoas.. Tuberculinização -> pega amostras de mycobacterium -> inocula na pele do bovino -> mede a reação inflamatória A execução do teste não é obrigatória com exceção em casos de exposições, leilões e viagens. Animal positivo é obrigado à eutanásia o Rhodococcus equi Bactéria gram-positiva Transmissão via aerógena por inalação e poeira ou aerossóis contaminados Sobrevive a fagocitose e induz lesão granulomatosa (igual na tuberculose) Lesão piogranulomatosa Ocasionalmente a liquefação do conteúdo central do granuloma -> formação de pus Duas formas principais -> enterocolite ulcerativa (sistema digestivo) e pneumonia piogranulomatosa. Presença de pequenos granulomas o Fúngicas Blastomyces dermatitidis, Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis e Cryptococcus neoformans Disseminação sistêmica -> principalmente em animais imunossuprimido -> que pode ser por doenças concomitantes ou uso de corticoide (anti-inflamatório esteroidal) Blastomyces dermatitidis é um fungo visto principalmente em cães jovens – inalação de esporos. A criptococose ocorre esporadicamente em cães e pode ocorrer em gatos como extensão de rinite granulomatosa Histoplasma capsulatum -> mais comum em gatos (pode ocorrer esporadicamente em cães) – inalação do agente através de fezes de morcegos e aves. (é uma zoonose) o Parasitárias o Dictyocaulus viviparus – bovinos Pode causar uma bronquite ou pneumonia verminótica Atravessa o intestino -> fígado -> veia cava -> coração -> pulmão - > desenvolve, fica grande -> animal tosse -> glote -> deglute -> intestino -> são eliminadas nas fezes. Ovos nos alvéolos e adultos no interior dos brônquios o Aerulostrongylus abstrusus – gatos Locais onde existam lesmas e caramujos -> gatos comem -> parasitas acabam se alojando no pulmão dos gatos (ciclo parecido com o Dictyocaulus viviparus) Parasitos e ovos no interior de nódulos no pulmão PNEUMONIA EMBÓLICA Distribuição multifocal Via de sempre de acesso hematógeno Infecções bacterianas e fúngica Fontes incluem abcessos, endocardites valvulares, onfaloflebites e trombose jugular. Pode levar ao desprendimento de um embolo séptico (contém bactéria e/ou fungo) -> acaba obstruindo parcialmente um vaso menor do pulmão-> pulmão irrigado -> causa inflamação multifocal. Geralmente supurativas e necrosantes Lesões são geralmente nodulares Lesão em alvo => ciclo avermelhado com uma área mais clara no centro Necrose ao redor de vasos (indicada pelas setas) com inflamação e pulmão todo hiperêmico o Endocardite valvular -> ocorre principalmente em cães, mas pode ocorrer em todas as espécies. o Bovinos -> abcessos hepáticos, onfaloflebites e síndrome da veia cava o Equinos -> trombose da veia jugular, sequela da infecção por Streptococcus equi subs equi (garrotilho)PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO o Ocorre em todas as espécies o Muito semelhante à broncopneumonia – também tem lesão cranioventral o Inalação de conteúdos estomacais (ruminais) ou deposição iatrogênica (culpa do ser humano) de medicamentos ou leite. o Comum em casos de fenda palatina e doenças neurológicas o Forma de gangrena úmida o Contaminação com bactérias saprofíticas Chega à parte cranial e pela gravidade vai para parte ventral também Formação de áreas esverdeadas Ao corte são císticas e preenchidas com material enegrecido fétido. Geralmente o animal morre de toxemia (essas bactérias liberam toxinas) Corpo estranho e inflamação do pulmão Resumo dos tipos de pneumonias Alterações proliferativas – NEOPLASIAS DO PULMÃO o Podem ser primárias ou por metástases (mais comum) o Pulmão é um órgão propício à metástase o Em animais não é comum ocorrer neoplasia primária de pulmão Patologias da cavidade torácica HIDROTÓRAX - Acúmulo de líquido na cavidade torácica pode gerar atelectasia compreensiva (líquido aperta o pulmão) PNEUMOTÓRAX – Acúmulo de ar dentro da cavidade torácica, causada por perfuração e causa atelectasia. . HEMOTÓRAX – Presença de sangue na cavidade torácica pode ser causada pela ruptura de grandes vasos, fratura de costelas, lesões, também leva a uma atelectasia. PIOTÓRAX – Tórax repleto de pus , amarelado, viscoso e cheiro ruim QUILOTÓRAX – Acúmulo de linfa na cavidade torácica, devido a ruptura de vaso linfático. Animal pode morrer de hipovolemia ou atelectasia (depende de quanto tempo isso está ocorrendo). Aspecto de leite (fluido e branco) – não tem cheiro (quanto mais gordura o animal come, mais branca é essa linfa)
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