Buscar

Núcleos do tálamo e do hipotálamo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

Núcleos do tálamo
Os núcleos do tálamo são muito numerosos, tendo sido identificados mais de 50 núcleos. Os principais podem ser divididos em cinco grupos, de acordo com sua posição: anterior; posterior; mediano, medial e lateral.
· Grupo anterior: Compreende núcleos situados no tubérculo anterior do tálamo, sendo limitados posteriormente pela bifurcação em Y da lâmina medular interna. Estes núcleos recebem fibras dos núcleos mamilares pelo fascículo mamilotalâmico e projetam fibras para o córtex do giro do cíngulo e frontal, integrando o circuitode Papez. Relacionado com a memória.
· Grupo posterior: compreende o pulvinar e os corpos geniculados lateral e medial
· Pulvinar: tem conexões recíprocas com a chamada área de associação temporoparietal do córtex cerebral situada nos giros angular e supramarginal. Apesar de ser o maior núcleo do tálamo do homem, suas funções não são ainda bem conhecidas. Parece estar envolvido nos processos de atenção seletiva
· Corpo geniculado medial: recebe pelo braço do colículo inferior fibras provenientes do colículo inferior ou diretamente do lemnisco lateral. Projeta fibras para a área auditiva do córtex cerebral no giro temporal transverso anterior, sendo, pois, um componente da via auditiva.
· Grupo mediano: São núcleos localizados próximo ao plano sagital mediano, na aderência intertalâmica ou na substância cinzenta periventricular. São pequenos e de difícil delimitação no homem. Têm conexões principalmente com o hipotálamo e, possivelmente, relacionam-se com funções viscerais.
· Grupo medial: compreende os núcleos situados dentro da lâmina medular interna (núcleos intralaminares) e o núcleo dorsomedial, situado entre essa lâmina e os núcleos do grupo mediano. Os núcleos intralaminares, entre os quais se destaca o núcleo centromediano, recebem um grande número de fibras da formação reticular e têm importante papel ativador sobre o córtex cerebral integrando o Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). A via que liga a formação reticular ao córtex, através dos núcleos intralaminares, proporciona uma vaga percepção sensorial sem especificidade, mas com reações emocionais especialmente para estímulos dolorosos. O núcleo dorsomedial recebe fibras principalmente do corpo amigdaloide e tem conexões recíprocas com a parte anterior do lobo frontal, denominada área pré-frontal. Suas funções relacionam-se com o comportamento inteligente
· Grupo lateral: o mais importante e o mais complicado. Compreende núcleos situados lateralmente à lâmina medular interna, que podem ser divididos em dois subgrupos ventral e dorsal. São mais importantes os núcleos do subgrupo ventral:
· Núcleo ventral anterior (VA): recebe a maioria das fibras que do globo pálido se dirigem para o tálamo. Projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral e tem função ligada ao planejamento e execução da motricidade somática;
· Núcleo ventral lateral (VL): também chamado ventral intermédio, recebe as fibras do cerebelo e projeta-se para as áreas motoras do córtex cerebral. Integra pois a via cerebelo-tálamo-cortical, já estudada a propósito do cerebelo. Além disto, o núcleo ventral lateral recebe parte das fibras que do globo pálido se dirigem ao tálamo;
· Núcleo ventral posterolateral: é um núcleo das vias sensitivas, recebendo fibras dos lernniscos medial e espinhal. Lembre que o lemnisco medial leva os impulsos de tato epicrítico e propriocepção consciente. Já o lemnisco espinhal, formado pela união dos tratos espinotalâmicos lateral e anterior, transporta impulsos de temperatura, dor, pressão e tato protopático. O núcleo ventral posterolateral projeta fibras para o córtex do giro pós-central, onde se localiza a área somestésica;
· Núcleo ventral posteromedial: é também um núcleo das vias sensitivas. Recebe fibras do lemnisco trigeminai, trazendo sensibilidade somática geral de parte da cabeça e fibras gustativas provenientes do núcleo do trato solitário (fibras solitário-talâmicas). Projeta fibras para a área somestésica situada no giro pós-central e para a área gustativa situada na parte posterior da insula.
· Núcleo reticular: é constituído por uma fina calota de substância cinzenta disposta lateralmente entre a massa principal de núcleos que constitui o ovoide talâmico e a cápsula interna. Nesta posição ele é atravessado pela quase totalidade das fibras tálamo-corticais que passam pela cápsula interna e que ao atravessá-lo dão colaterais que nele estabelecem sinapses. O núcleo reticular difere dos demais núcleos talâmicos por utilizar como neurotransmissor o GABA, que é inibidor, enquanto a maioria dos outros usa glutamato. Difere também por não ter conexões diretas com o córtex e sim com os outros núcleos talâmicos. Estes também fornecem aferências para ele representadas principalmente pelos ramos colaterais das fibras tálamo-corticais que o atravessam. Com base no fluxo de informações dessas colaterais, o núcleo reticular modula a atividade dos núcleos talâmicos, atuando como um porteiro que barra ou deixa passar informações para o córtex cerebral. O núcleo reticular recebe também aferências dos núcleos intralaminares que por sua vez recebem das fibras do SARA, influenciando no nível de vigília e alerta. No início do sono as fibras gabaérgicas do núcleo reticular inibem os núcleos talâmicos de retransmissão, como o núcleo ventral posterolateral, o que impede a chegada de impulsos sensitivos ao córtex cerebral durante o sono.
Núcleos do hipotálamo
É constituído fundamentalmente de substância cinzenta que se agrupa em núcleos, às vezes de difícil individualização. Percorrendo o hipotálamo, existem, ainda, sistemas variados de fibras, alguns muito conspícuos, como o fómix. Este percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, terminando no respectivo corpo mamilar. O fómix permite dividir o hipotálamo em uma área medial e outra lateral. A área medial do hipotálamo, situada entre o fómix e as paredes do III ventrículo, é rica em substância cinzenta e nela se localizam os principais núcleos do hipotálamo. A área lateral, situada lateralmente ao fórnix, contém menos corpos de neurônios e nela há predominância de fibras de direção longitudinal. A área lateral do hipotálamo é percorrida pelo feixe prosencefálico medial, complexo sistema de fibras que estabelecem conexões nos dois sentidos, entre a área septal, pertencente ao sistema límbico, e a formação reticular do mesencéfalo. Muitas dessas fibras terminam no hipotálamo.
O hipotálamo pode ainda ser dividido por três planos frontais em hipotálamo supraóptico, tuberal e mamilar.
O hipotálamo supraóptico compreende o quiasma óptico e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. O hipotálamo tuberal compreende o túber cinéreo (ao qual se liga o infundíbulo) e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. O hipotálamo mamilar compreende os corpos mamilares com seus núcleos e as áreas das paredes do III ventrículo, que se encontram acima deles, até o sulco hipotalâmico.
Convém lembrar que, na parte mais anterior do III ventrículo, próximo da lâmina terminal, existe uma pequena área denominada área pré-óptica. Esta área é embriologicamente derivada da porção central da vesícula telencefálica e não pertence, pois, ao diencéfalo. Apesar disso, ela é estudada junto com o diencéfalo, pois funcionalmente liga-se ao hipotálamo supraóptico. Na área pré-óptica localiza-se o órgão vascular da lâmina terminal, no qual não existe barreira hemoencefálica, e que funciona como um sensor especializado em detectar sinais químicos para termorregulação e metabolismo salino.
· Área pré-óptica
· Órgão vascular da lâmina terminal: Detecção de sinais químicos para termorregulação e sede
· Núcleo pré-óptico medial: Controle de comportamentos consumatórios sexuais
· Núcleo pré-óptico lateral: termorregulação
· Núcleo pré-óptico ventrolateral: é responsável pelo início e manutenção do sono NREM
· Supraóptico
· Núcleo supraquiasmático: Sincronização de ritmos circadianos
· Núcleosupraóptico: Síntese de hormônios da neuro-hipófise; comportamentos consumatórios da sede
· Núcleo paraventricular: Síntese de hormônios da neuro-hipófise; comportamentos consumatórios de sede
· Tuberal
· Núcleo dorsomedial: estimulação gastrointestinal
· Núcleo ventromedial: Controle de comportamentos consumatórios de fome e sexo
· Núcleo arqueado: Monitorização da quantidade de gordura do tecido adiposo
· Mamilar
· Núcleos mamilares: controlam, pelo menos parcialmente, os padrões de muitos reflexos da alimentação, como lamber os lábios e a deglutição.
· Núcleo túberomamilar: Regulação dos comporamentos de alerta durante o despertar e a vigília
· Núcleo posterior