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CLÍNICA GRANDES III

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Aula 1 - Introdução 
Fluxo hospitalar
- Conduta e comportamento hospitalar; 
- Conceitos de área limpa (centro cirúrgico), contaminada (recepção, sala de espera) e 
de transição ou mista (área de paramentação); 
- Trajes permitidos para circulação em cada uma das áreas. 
Operação
- Ato executado com instrumentos ou pela mão do cirurgião; 
- Conjunto de manobras efetuadas com as mãos armadas de instrumentos que o 
cirurgião realiza sobre o paciente, penetrando por uma ferida pré-estabelecida ou por 
via natural. 
Classificação das operações 
1. Segundo a perda de sangue 
- cruenta: há perda sanguínea; 
- incruenta: praticamente sem perda de sangue 
2. Segundo a técnica empregada 
- conservadoras: quando conserva-se o tecido ou órgão afetado (apenas abre e faz a 
intervenção, e fecha); 
- multiladoras: quando há necessidade de se remover total ou parcial um órgão 
(neoplasia); 
- reparadora: quando faz-se a reparação do tecido ou órgão afetado. 
3. Segundo a finalidade 
- curativas ou de necessidade: 
 - operação de extrema urgencia: visa salvar a vida do paciente, ex: traqueotomia; 
 - operação de urgencia relativa: cirurgião dispõe de pouco tempo para operar o 
paciente, melhorando o seu estado geral para o ato operatório, ex: obstrução esofágica 
 - operação em pacientes com graves alterações funcionais: necessário o 
tratamento da afecção cirúrgica e o da alteração funcional secundária, ex: obstrução 
intestinal em equino (afecção primária x desidratação, endotoxemia). 
- de conveniência: são realizadas em pacientes hígidos, ex: orquiectomia 
- experimentais: são aquelas realizadas para a realização de pesquisas, ex: 
remenostomia; 
4. Segundo resultado 
- paliativa: quando não há cura total, ex: remoção de tumor em paciente com metástase 
em outro órgão; 
- radical: quando há cura total da lesão 
5. Segundo prognóstico 
(sempre lembrar que cada paciente é um paciente, independente do que se diz na 
literatura). 
- bom: ex: drenagem de abcessos; 
- ruim: ex: peritonite em laparotomia exploratória; 
- reservado. 
6. Segundo campo de ação 
- geral: feridas, lacerações; 
- especial: otorrinolangologia, oftalmologia, plástica (específico); 
7. Segundo a presença de microorganismos 
- asséptica: sem contaminação; 
- séptica ou contaminada: com contaminação em área determinada ou conhecida, ex: 
enterotomia; 
- potencialmente séptica: ex: sinusites bacterianas, pleurites. 
Nomenclatura ou terminologia cirúrgica 
Relação de radicais ou prefixos mais usados em cirurgia 
- nefro = rim 
- neuro = nervo 
- oftalmo = olho 
- oofor = ovário 
- orqui = testículo 
- ósteo = osso 
- oto = orelha 
- procto = reto 
- rino = nariz 
- salpinge = trompa ou tuba uterina 
- tóraco = tórax 
- traqueo = traqueia 
- abomino = abdome 
- adeno = glândula 
- cisto = bexiga 
- cole = vesícula 
- colpo = vagina 
- dermo = pele 
- entero = intestino 
- gastro = estômago 
- histero = útero 
- laringo = laringe 
- mio = músculo 
Plano operatório
- Resultado de exame minucioso que confronta a lesão e o paciente que apresenta. É 
dividido em tempos operatórios, que são as fases de uma operação durante a qual é 
realizada uma parcela da técnica. Ex: diérese, hemostasia e síntese de tecidos. 
Campo operatório
- É a região do corpo que apresenta o local da intervenção cirúrgica, sendo indicado 
por uma referencia anatômica. Ex: laparotomia mediana pré-umbilical —> abdômen 
agudo equino). 
Equipe cirúrgica 
- Consta do cirurgião, auxiliar ou assistente, instrumentador, anestesista e circulante de 
sala ou volante. 
Aula 2 - Tempos fundamentais da cirurgia 
DIÉRESE
- Uma ferida, esperada, onde se tem controle do tamanho, profundidade… 
Conceito: separação dos tecidos realizada por meio de intervenções manuais e 
instrumentais; 
Classificação: cruenta e incruenta 
! Diérese Cruenta
(sempre que houver perda de sangue) 
Classificação 
• Arrancamento 
o Feixes másculo-nervosos ou pedículos; 
o Cria superficie irregular. 
• Curetagem 
o Raspagem 
• Debridamento 
o Remover bridas (tecido conjuntivo); 
o Realizado com cureta. 
• Divulsão ou deslocamento 
o Não cortar e sim separar; 
o Tesouras (pode cortar ou realizar a divulsão); 
o Entra fechado e depois abre (separa os tecidos, sem que seja cortado); 
o Dedos (quando são membranas muito finas). 
• Escarificação (superficial) 
o Usada muito mais para diagnostico; 
o Raspar; 
o Colheita de material. 
• Esmagamento 
o Emasculadores (equinos); 
o Burdizzo (ruminantes - caiu em desuso). 
• Formação de fístula 
o Comunicação órgão oco com o meio exterior (rumenostomia, 
esofagostomia) 
• Osteotomia (fratura) 
o Corrigir desvios ósseos. 
• Incisão 
o Por pressão (estocada); 
o Por deslizamento 
 - estabilização do tecido incisado; 
 - controle preciso da profundidade; 
 - incisão completa em uma única passagem (deve ser única e completa, 
plano a plano, para que não fique toda retalhada) 
 - lâmina perpendicular ao tecido. 
o Vai e vem (usada em incisão de digito). 
! Diérese Incruenta 
Classificação 
• Raios laser; 
• Criobisturi; 
• Bisturi eletrocirúrgico. 
(opções onde há o corte e simultâneo a isso, já vai sendo cauterizado) 
• Vantagens: 
o Baixa perda sangüínea; 
o Baixo tempo cirúrgico; 
o ↓ material cirúrgico no local de incisão 
• Desvantagens: 
o Retardo na cicatrização; 
o ↑ chances de infecção 
• Contra-Indicações: 
o Éter, ciclopropano, álcool e gases intestinais (risco de explosão). 
Tesouras
Uso: 
- Secção de tecidos flácidos; 
- Divulsão. 
HEMOSTASIA
! Hemorragia 
Classificação: 
- Arterial; 
- Venosa; 
- Capilar; 
- Mista. 
• Consequências 
(sempre evitar a perda de sangue) 
o Ameaça à vida ou à pronta recuperação do paciente; 
o Dificulta a visualização das estruturas; 
o Retarda a cicatrização; 
o Favorece a infecção. 
• Métodos para remoção de sangue derramado: 
- Secagem 
> Com gaze 
o Manual; 
o Com instrumental; 
> Com algodão 
- Aspiração. 
Conceito: é o conjunto de manobras, manuais e instrumentais, que tem por objetivo deter 
ou prevenir uma hemorragia, ou impedir a circulação de sangue em uma determinada 
área por tempo limitado. 
• Métodos de hemostasia: 
o Temporária; 
o Definitiva; 
o Torniquete; 
o Posição anti-hemorrágica; 
o Vasoconstrição de aplicação local (adrenalina). 
! Hemostasia temporária
- Distensão dos tecidos; 
- Tamponamento compressivo momentâneo; 
- Compressão digital momentânea; 
- Ligadura ou pinçamento transitório: 
 - com clampes atraumáticos; 
 - com fios; 
 - com fitas. 
! Hemostasia definitiva 
- Substância de aplicação local: 
 - fragmento de músculo ou gordura; 
 - adesivos de fibrina; 
 - gelatina absorvível; 
 - celulose oxidada; 
 - colágeno absorvível; 
 - adesivos de cianoacrilatos; 
 - cera óssea; 
- Coagulação térmica 
 - frio ou calor; 
- Coagulação elétrica (cautério): 
 - artérias de até 1mm; 
 - veias de até 2mm 
- Coagulação monopolar: 
 - caneta de manipulação → corpo do paciente → placa terra; 
- Coagulação bipolar: 
 - pinça baioneta → entre as pontas da pinça e o paciente 
Uso inadequado do eletrocautério: 
- Hemorragia retardada; 
- Queimaduras graves; 
- Retardo na cicatrização; 
- Infecção; 
- Incêndio e explosão. 
Tempos fundamentais da cirurgia (02/09)
! Síntese
Conceito: é o conjunto de manobras manuais e instrumentais, destinadas a restabelecer 
por meio de fios ou outros materiais a forma e a função dos tecidos incididos 
• Pré-requisitos para a sutura 
1. Anti-sepsia e assepsia rigorosa; 
2. Hemostasia adequada; 
3. Abolição dos espaços mortos (redução do espaço morto); 
4. Bordos da ferida limpos e sem anfractuosidades; 
5. Ausência de corpos estranhos e tecidos mortos (tecidos necrosados e/ou 
gangrenados, pus, etc); 
6. Posição anatômica correta (a sutura deverá ser feita plano a plano); 
7. Tração moderada sobre o fio de sutura, de tal forma a obter-se adequada 
justaposição das bordas, sem submeter-se a uma tensão exagerada (inclusive na 
aplicação dos nós). 
• Material de sutura- Fios de sutura; 
- Agulhas; 
- Porta-agulhas; 
- Instrumentos auxiliares. 
Fio de sutura 
Conceito: material sintético ou derivado de fibras vegetais ou estruturas orgânicas, 
flexível, se secreção circular, com diâmetro muito reduzido em relação ao comprimento. 
• Fio de sutura “ideal” 
a) ser de fácil identificação; 
b) livre de substâncias irritantes (mais inerte possível); 
c) resistente à tração; 
d) de fácil manuseio ou manejo; 
e) ter calibre uniforme; 
f) não causar reações alérgicas; 
g) que não seja capilar (sem capacidade de muita absorção); 
h) ter baixo índice de fricção; 
i) não ser cortante; 
j) tempo de absorção provado ou previsível (fios absorvíveis). 
• Fio ideal 
- Segurança no nó; 
- Resistência tênsil; 
- Fácil manuseio; 
- Baixa reação tecidual; 
- Ação carcinogênica/infecção; 
- Aproximação da ferida até cicatrização; 
- Resistência no meio em que atua; 
- Esterilização fácil; 
- Calibre fine e regular; 
- Baixo custo. 
• Classificação 
- ABSORVÍVEIS / NÃO ABSORVÍVEIS; 
- Naturais (orgânicos) / sintéticos; 
- Origem mataria-prima (animal, mineral, vegetal); 
- Número de filamentos. 
• Apresentação dos fios 
- Comprimento padronizado (8 a 90 cm); 
- Agulhados ou não 
 encastoados de fábrica; 
 uma/duas agulhas; 
- Calibre de fios; 
- Tamanhos 12-0 à 5. 
• Características físicas 
- Configuração; 
- Capilaridade/absorção de fluidos; 
- Aderência bacteriana; 
- Diâmetro; 
- Força tênsil; 
- Força no nó (atrito); 
- Plasticidade; 
- Memória 
! Fios absorvíveis naturais ou orgânicos
Categue
- Catigut; 
- Atualmente ubmucosa do intestino delgado de carneiros ou de bovinos; 
- Colágeno puro tratado com formaldeído; 
- Absorvido por fagocitose com reação tipo corpo estranho – enzimas proteolíticas; 
- Multifilamentar; capilar; 
- Órgãos cavitários em geral, músculos e fáscias musculares, redução de espaço morto 
- Evitado: secreções de pepsina ácida do estômago, ambientes infectados e em tecido 
altamente vascularizado; 
- Simples: 
 absorção entre 9 e 14 dias; 
 alta reação tecidual. 
- Cromado: 
 sais de cromo; 
 maior resistência e maior tempo de absorção; 
 diminui a reatividade tecidual; 
 absorção em aproximadamente 21 dias. 
- Vantagens: 
 fácil de manusear,absorvível; 
 relativamente forte; 
- Desvantagens: 
 impróprio para suturas externas; 
 capilaridade / segurança do nó; 
 perda da força tênsil; 
 reação inflamatória / reação de sensibilidade. 
Ácido poliglicólico (Dexon)
- Polímero multifilamentar do ácido glicólico; 
- Branco e verde; 
- Devon Plus: recoberto por lubrificante; 
- Vantagens: 
 bom manuseio; 
 absorção: 14 a 120 dias; 
 ampla aplicação, feridas infectadas; 
- Desvantagens: 
 custo 
Poliglactina 910 (Vicryl)
- Polímero - ácido glicólico 9: ácido lático: 1; 
- Prensado na forma de filamentos; 
- Usado em suturas internas; 
- Cor: violeta; 
- Vantagens: 
 baixa reação tecidual; 
 não é fagocitado e nem alterado pela presença de pus, tecidos necrosados, 
sangue; 
- Desvantagens: 
 custo 
Polidioxanona (PDS)
- Polímero monofilamentado; 
- Vantagens: 
 absorção: 180 dias; 
 resistência tênsil maior que Dexon e Vicryl; 
 maior flexibilidade que os anteriores 
- Desvantagens: 
 custo 
Poligliconato (Maxon)
- Polímero monofilamentado; 
- Características semelhantes ao PDS; 
- Branco ou verde. 
Fio de seda 
- Obtido da seda natural (animal); 
- Resistência a tração e boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico; 
- Apresentação: multifilamentado torcido ou trançado; 
- Pode ser tratado com óleo, cera ou silicone para diminuir a capilaridade; 
- Vantagens: 
 baixo custo, fácil aquisição e manejo; 
- Desvantagens: 
 alta capilaridade (fístulas); 
 no trato urinário pode dar origem a litíases; 
 evitar em mucosa de vísceras ocas e feridas contaminadas. 
Fio de algodão 
- Resistência a tração boa capacidade de aplicação do nó cirúrgico; 
- Apresentação: multifilamentado torcido ou trançado; 
- Vantagens: 
 baixo custo, fácil aquisição, bom manejo; 
 reesterilização; 
- Desvantagens: 
 TODAS. 
! Fios inabsorvíveis sintéticos 
Náilon (“nylon”)
- Polímero de cadeia longa, mono ou multifilamentar; 
- Vantagens: 
 baixa reação tecidual; 
 ampla aplicação; 
 baixa incidência de infecção; 
 baixa capilaridade; 
 baixo custo; 
 alta resistência; 
- Desvantagens: 
 manuseio difícil; 
 baixa segurança do nó; 
 escorregadio; 
 memória; 
 necessário no mínimo 5 nós 
Polipropileno (Prolene)
- Polímero, monofilamentar; 
- Vantagens: 
 maior segurança do nó que o náilon; 
 sutura menos trombogênica; 
 inerte; 
 boa retenção da força; 
 resistência a contaminação bacteriana; 
- Desvantagens: 
 alto custo; 
 manuseio escorregadio; 
 dificuldade na realização do nó. 
Caprolactam polimerizado (Supramid, Vetafil)
- Multifilamentar; 
- Revestido para minimizar a capilaridade; 
- Usado em suturas interna e externas. 
- Vantagens: 
 força tênsil superior ao náilon; 
 alta resistência; 
 pouca reação tecidual; 
- Desvantagens: 
 alto custo; 
 esterilização pelo calor ou óxido de etileno; 
 autoclavagem dificulta o manuseio. 
Poliéster
- Polímero sintético; 
- Multifilamentado trançado; 
- Simples; 
- Revestidos (lubrifica o fio); 
- Vantagens: 
 mais forte dos não metálicos; 
 pouca perda da força tênsil 
- Desvantagens: 
 maior reação tecidual entre os sintéticos (não usar em feridas 
contaminadas); 
 pobre segurança dos nós (mínimo 5 laçadas); 
 elevado coeficiente de fricção. 
! Fios metálicos
Fio de aço inoxidável 
- Empregado na redução de fraturas; 
- Desvantagens: 
 manejo delicado; 
 permanente; 
 nós de difícil aplicação; 
 tendência a cortar os tecidos; 
 extremidades dos fios – ponto de irritação; 
 instrumentos especiais para o corte. 
Agrafes
- Vantagens: 
 aplicação rápida; 
- Desvantagens: 
 necessita pinça de Michel (para colocação e retirada); 
 tendência a enrugar as bordas 
! Agulhas
Fundo: orifício por onde passará o fio, ou onde ele está fixado, pode ser - cego, falso ou 
traumático. 
Corpo: cilíndricos, achatados, ovalados, em forma de trapézio ou triangulares. 
Ponta: cônica ou cilíndrica (atraumática), triangular ou trifacetada (traumática), em S, 
Reverdin, agulhas retas. 
! Porta agulhas
- Mathieu e Mayo-Hegar 
! Instrumentos auxiliares
Retirada de pontos: pinças de dissecção com ou sem dentes, tesouras ponteagudas e 
rombas de Mayo, pinça de agrafe de Michel. 
Aula 3 - Paramentação Cirúrgica (02/09)
Preparo da equipe cirúrgica
- Cirurgião; 
- Auxiliar; 
- Instrumentador. 
Passos:
- Colocação de gorro e máscara; 
- Verificar cortes da unha e ausencia de aneis e pulseiras; 
- Lavagem das mãos (vai até a ponta do cotovelo): 
- Anti-sépticos: PVP-I degermante, clorexidine degermante. 
- Técnica de escovação
(escovar unhas, mãos, braço com anti-
séptico até ficar completamente limpo) 
- Técnica de secagem das mãos 
(não deixar a toalha encostar em nenhuma 
superfície contaminada) 
 
 
- Técnica de vestir e amarrar o avental
- Técnica de calçamento das luvas 
Instrumentação Cirúrgica 
- Os materiais que irão participar da cirurgia sempre deve ser estéril, e deve ser tocado 
apenas pela pessoa que esta devidamente paramentada. 
Tempos fundamentais 
- Diérese; 
- Hemostasia; 
- Síntese 
(cada lugar pode possuir uma forma de montar a mesa, porém, sempre existe um fluxo a 
ser seguido - uma sequencia lógica, de como vai acontecer a cirurgia) 
• Diérese 
• Hemostasia 
• Síntese
Montagem da mesa cirúrgica
 - Para cada sessão (sugestão): 
 - menos traumática > mais traumática 
 - reta > curvas (curvatura para baixo) 
- Posicionamento dos instrumentos na mesa: o instrumentador, dá com a ponta voltada 
para ele, encostando a alça da tesoura na mão do cirurgião. 
Instrumentos de diérese
- Bisturi 
- Cabos (n 3 e 4) 
- Lâminas 
- n 11, 15, 23 e 24 
- Tesouras 
- Metzenbaum (entra com a tesoura fechada e abre, uma das tesouras menos 
traumáticas) - tem as pernas longas e abrem pouquinho. 
- Reta; 
 romba-romba (duas partes arredondadas) 
 romba-fina (uma parte arredondadae a outra pontiaguda) 
 fina-fina (duas partes pontiagudas) 
- Curva 
 romba-romba 
 romba-fina 
 fina-fina 
Instrumentos de preensão
- Pinça de dissecção anatômica; 
Metzembaum: é a tesoura menos 
traumática. 
Mayo: transição de muito/pouco 
traumática (toda arredondada e 
“gordinha”; 
Standard: é mais traumática que as 
outras tesouras (possui mais curvas).
- Pinça de dissecção com dente de rato 
Instrumentos de hemostasia 
- Pinças hemostáticas (retas, curvas e diferentes tamanhos); 
- Crile (bastante traumática!! toda a parte interna apresenta ranhuras); 
- Kelly (menos traumática do que a Crile); 
- Halsted (mosquito) - bem pequena, usada para estancar vasos que acabaram de ser 
seccionados (possui abertura pequena); 
- Kocher (pinça mais traumática) 
Ordem: mosquito, kelly, crile e kocher. 
Instrumentos de exposição 
- Pinça Allis (abrem determinada cavidade, para pode trabalhar dentro do local - expõe 
tecido); 
- Afastadores de Farabeuf (mais usado para cirurgias pequenas, são menos 
traumáicos) 
- Afastados de Volkman; 
- Afastadores de Finochetto; 
- Afastador de Gosset 
Instrumentos especiais
- Pinças Backhaus (usada para isolar o pano de campo); 
- Pinça de Foerster; 
- Pinça Doyen (pinça intestinal ou de coprostase) - preensão de um segmento especial; 
 
Instrumentos de síntese
- Agulhas; 
- Porta agulhas; 
 
Disposição do instrumental na mesa
Aula 4 - Manejo de feridas (08/09)
 ! Fase da reparação de feridas
FASE VASCULAR
- Lesão vascular - vasoconstricção reflexa (oclusão vascular) - formação de fibrina; 
- Ativação de receptores de membrana - quimiotaxia para plaquetas, fatores de 
crescimento tecidual, substâncias vasoativas; 
- Adequada hemostasia e formação de tecido de base para cicatrização. 
FASE INFLAMATÓRIA
- Infiltração tecidual de polimorfonucleares, macrófagos e linfócitos; 
- PMN: função fagocítica, apresentação de antígenos; 
- Macrofagos: fagocitose e remodelamento (proteases); 
- Linfócitos: liberação de substâncias quimiotáticas. 
FASE DE PREENCHIMENTO
- Quimiotaxia para fibroblastos que depositam colageno; 
- Formação do tecido de granulação; 
- Barreira mecânica contra antígenos. 
(uma vez que existe uma lesão, o organismo tenta a todo custo preencher de alguma 
forma) 
FASE DE REEPITELIZAÇÃO
- Migração epitelial dos bordos da ferida para o centro da mesma sobre tecido de base; 
- Proliferação máxima da margem epitelial em 48 a 72h após o estimulo; 
- Principais substancias envolvidas: fatores de crescimento derivados de plaquetas de 
macrófagos. 
(quando começa a cicatrizar e sente coceira na ferida)v 
FASE DE CONTRAÇÃO
- Contração das margens da ferida sobre a granulação, induzida por miofibroblastos; 
- Pode ser modulada pela tensão ou contração dos bordos da ferida, ou pela 
implantação de enxertos de pele ou “flaps”. 
FASE DE REMODELAMENTO
- Remodelamento do colágeno de da matriz tecidual (ácido hialurônico e 
proteoglicanas); 
- Formação de tecido bem-diferenciado e com características de tecido adulto; 
- Quebra das linhas de tensão que se formam com a cicatrização. 
Avaliação do paciente
- Exame físico completo (atenda o doente, não apenas a doença - sempre analisar o 
animal como um todo); 
- Situação de urgência: hemorragias, ventilação inadequada, desequilíbrio circularão e 
dor intensa; 
- Inspeção da ferida e determinação da profundidade da lesão, tecidos acometidos, e 
estruturas vizinhas que oferecem risco. 
Exame da ferida
- As feridas são naturalmente contaminadas, mas não deve aumentar o nível de 
contaminação!! 
- Avaliação de comprometimento de estruturas sensoriais, motoras e vasculares; 
- Corpos estranhos perfurantes; 
- Exames complementares: radiografico, ultrassonográfico, citologia, microbiologia… 
Biomecânica da ferida
- Influencia as decisões cirúrgicas do manejo das feridas; 
- Opções de técnicas de derribamento (região distal do membro x área de grande 
musculatura); 
- Áreas de grande movimentação (articulações); 
- Qualidade x duração x resultado funcional da cicatrização. 
Preparo da ferida
ANTISSEPSIA 
- Tricotomia (tricótomo x máquina); 
- Humanos - feridas contaminadas: 5,6% tricótomo e 0,6% máquina; 
- Escolha do antisséptico: não irritante, de ação rápida, de amplo espectro, efetivo em 
uma única aplicação. 
DEBRIDAMENTO
- Fator mais importante relacionado ao tratamento de feridas infeccionadas; 
- Persistência da infecção: tecidos desvitalizados (pele, músculo e gordura). 
ANTIMICROBIANOS
- Via e tipo de antimicrobianos dependem: 
- Região anatômica da ferida; 
- Aparência da ferida (fibrina e pus); 
- Feridas sujas e contaminadas; 
- Extensão da lesão; 
- Tempo de evolução; 
- Perda tecidual. 
DRENAGEM
- Drenos: 
- Via direta de drenagem, com contínua remoção do pús, sangue e debris celulares; 
- Tempo de permanência: 48 a 72 horas. 
Cicatrização das feridas 
• Fechamento primário 
- Pode ser chamado de primeira intenção!! 
- Indicado para feridas cirúrgicas ou induzidas naturalmente, não complicadas; 
- Baixo nível de contaminação; 
- A sutura não irá induzir tensão excessiva nos tecidos; 
- Por inibir algumas fases da cicatrização, causa supressão de mecanismos naturais de 
defesa do organismo. 
- Quando a ferida está expelindo muita secreção, não suturar 
- Exemplo mais clássico, é uma ferida pós cirurgia (quando há chance de realizar o 
fechamento) 
• Cicatrização por segunda intenção 
- Pode ser chamado de fechamento secundário!! 
- Quando o fechamento primário não pode ser realizado (nível de contaminação, perda 
tecidual, deiscência de suturas); 
- Depende de neovascularização e de remodelamento do tecido de base. 
- Deixar o organismo fazer o fechamento tecidual, sem a intervenção de uma síntese 
(sem sutura fechando os bordos), porém ainda é necessário que haja o cuidado ideal 
com a ferida. 
• Fechamento primário tardio 
- Pode ser chamado de fechamento de terceira intenção!! 
- União do fechamento primário e por segunda intenção; 
- Sutura realizada após a formação de tecido de granulação (geralmente de 4 a 7 dias 
após a indução de lesão) - para orientar a cicatrização. 
* A bandagem depende se é o caso indicado para determinada ferida, é independente 
de ser de primeira, segunda ou terceira intenção. 
>> Diagnostico diferencial são neoplasias!! 
Aula 5 - Neoplasias em grandes animais (16/09)
• Definição
- Proliferação anormal e descontrolada em determinado tecido; 
- Normalmente tem crescimento progressivo; 
- Perda de diferenciação. 
Oncologia
- Ciência que estuda as propriedades e características físicas, químicas e biológicas 
das neoplasias, incluindo a etiologia, patogenia e tratamento. 
Fatores predisponentes: sexo, idade, raça, espécie, fatores hereditários, atividade e 
exposição ao sol, estresse, ambiente. 
* Importante: localização, tamanho, crescimento!! 
• Diagnóstico
- Histórico (tempo de evolução); 
- Região (localização); 
- Espécie e raça (pelagem); 
- Diagnostico diferencial; 
- Exame físico; 
- Citológico; 
- Histopatológico, biópsia; 
- Sorológico; 
- Exames de imagem 
• Exame físico 
- Geral; 
- Específico; 
- Descrever as lesões 
• Diagnóstico diferencial - PAPILOMATOSE
(sistema imune: doenças que podem se manifestar semelhantes a neoplasias) 
- Papiloma vírus; 
- Lesões verrucosas disseminadas no corpo; 
- Grande e pequenos ruminantes; 
- Identificação; 
- Pode ser uma zoonose; 
• Diagnóstico
- Estudo baseado em dados de necropsia; 
- Diagnostico falho; 
- Clara correlação entre valor zootécnico, estádio da doença e tratamento; 
- Busca de tratamentos alternativos. 
• Exames complementares
- Exames de imagem: 
 - radiografia; 
 - ultra-sonografia; 
 - endoscopia; 
 - ressonância magnetica; 
 - tomografia. 
- Citologia: 
 - procedimento pouco invasivo e pouco doloroso; 
 - exame preliminar não garante, mas sugere um diagnostico. 
- Histopatológico; 
- Biópsia: 
 - incisional (retirada de uma parte); 
 - excisional (retirada completa da formação); 
- Post-mortem; 
- Sorologia. 
Estatística - Equinos
- 50% dostumores estão relacionados com a pele; 
- 50% retornam após a retirada cirúrgica simples não associada a outros métodos. 
SAICÓIDE EQUINO
- Neoplasia benigna; 
- Localmente agressiva; 
- Alto índice de recidiva (se tem recidiva, associar métodos de tratamento); 
- Classificações: 
- oculto; 
- verrucoso; 
- fibriblástico (sarcóide que se apresenta com uma ferida - ruim); 
- nodular; 
- misto 
- Responde ao aciclovir pomada 50mg/g (encontrada facilmente no mercado, pois é 
muito utilizada em herpes humana) - pode ser usada previamente à incisão cirúrgica. 
- Relacionado ao papiloma vírus bovino!! 
MELANOMA
- Neoplasia originária dos melanócitos; 
- Característica benigna; 
(comum acometer animais tordilhos ou animais de pelagem menos pigmentadas) 
- Nódulos cutâneos pigmentados; 
- 90% cutânea; 
- 10% acomete mucosas; 
- Alguns animais respondem a cimetidina: 18mg/kgVO 2 vezes ao dia. 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
- Comum na espécie equina e bovina; 
- Pele despigmentada; 
- Prevalecia aumenta devido a exposição de luz solar; 
- Locais mais comum: pálpebras, prepúcio, vulva; 
- Indicação: excisão cirúrgica. 
Abordagem cirúrgica de neoplasias em grandes animais
- Abordagem radical com grande margem de segurança nas exceções; 
- Cirurgia com mínimo sangramento possível; 
- Criocirurgia / nitrogênio líquido ou CO2; 
- Bisturi a laser (CO2) 
Tratamentos possíveis

- Ressecção cirúrgica (margem de segurança); 
- Retirada da terceira pálpebra; 
- Crioterapia (cuidado com ligamentos, tendões, articulações na hora de congelar) - 
nitrogênio; 
- Quimioterápicos: Imiquimood; 
- Imunoterapia: BCG - aplicação de solução de bacilo de calmette-guérin (BCG), no 
volume de 1ml/cm3; autovacinas; 
 a) vincristina; 
 b) chlorambucil; 
 c) imiquimood; 
 * intralesional ou tópico. 
- Radioterapia: implantes de radioterapia de radiação ionizastes são colocadas na 
lesão; é uma técnica usada para massas recorrentes ou tumores de difícil acesso, 
principalmente perioculares; 
 - radiação: iridium 192, beta terapi (clínicas especializadas); 
- Vacina + iodeto de potassio. 
Aula 6 - Cirurgia de cabeça (23/09) (NICOLE)
MOCHAÇÃO E DESCORNA 
• Indicações/objetivos 
- Corno possui um tecido ósseo embaixo do tecido queratinizado (quando amputado, 
não nasce novamente); 
- O chifre é apenas queratinizado (cai, cresce, volta); 
- Correção de fraturas; 
- Diminuir comportamento agressivo (não diminui por oscilação de hormônio, mas sim 
para de machucar outros animais); 
- Diminuir lesões traumáticas; 
- Facilitar manejo 
- Qual a diferença entre mochação e descorna? 
 - mochação: usado para animais jovens que ainda não desenvolveram o corno; 
 - descorna: usado quando o animal já tem os cornos desenvolvidos. 
- Mochação ou amochamento: 
- Destruição das células queratogênicas (epitélio germinativo) - eliminar células 
germinativas; 
- Descorna: 
- Amputação cirúrgica do corno formado e fundido. 
Mochação ou Amochamento
• Vantagens 
- Fácil; 
- Menor risco de infecção/sinusite; 
- Ausência de hemorragia. 
• Cauterização química: 
- Ideal até 1 semana; 
- Tricotomia, proteção da pele; 
- Uso de luvas; 
- Pasta cáustica sobre o botão cornual; 
- Acompanhamento 30 minutos. 
• Cauterização térmica (calor): 
- Idade ideal: 1 a 2 semanas / 5 à 10 mm; 
- Pressão do ferro incandescente com movimentos circulares; 
- Cauterização da pele ao redor do botão (epitélio germinativo); 
- Remoção da pele central. 
• Mochador de Barnes 
- Bezerros de 1 a 4 meses; 
- Parece um alicate gigante 
- Tira cornos que já nasceram, porém ainda não foram desenvolvidos. 
Desonra (Plástica/cosmética)
- Sedação (bovino: xilazina); bloqueio do nervo cornual (regional, para diminuir dor - 
muito importante para o animal deixar manipular); cordão anestésico infiltrado; 
- Posicionamento; contenção; tricotomia; antissepsia; 
- Incisão de pele em formato de elipse com pontas alongadas (ao redor do corno); 
divulsão; 
- Hemostasia; 
- Amputação do corno 
- Pós operatório: 
- 2hrs/12hr/24hr; 
- Curativo local; 
- Antibiótico sistêmico e tópico; 
- Anti-inflamatório não esteroidal. 
ENUCLEAÇÃO DO GLOBO OCULAR
• Definição: 
- Remoção cirúrgica das margens das pálpebras e globo ocular. 
- Utilizada em último caso, quando o olho não tem mais função, e passa a ser um foco 
de infecção, comprometendo a vida do animal!! 
• Técnicas: 
- Transpalpebral ou Subconjuntival; 
• Indicações: 
- Neoplasias; 
- Traumatismo não operáveis em globo ocular; 
- Infecção intra-oculares severas; 
- Exposição a irritantes químicos. 
• Preparo pré-operatório: 
- Jejum; 
- Sedação; 
- Contenção; 
- Tricotomia; 
- Anti-sepsia da região periocular; 
- Bloqueio regional (retrobulbar - atrás dos olhos, pálpebras e forame supra-orbitário) - 
para melhor manipulação do animal (lidocaína). 
ENUCLEAÇÃO TRANSPALPEBRAL 
- Tarsorrafia; 
- Incisão circular palpebral ao redor da rima ocular; 
- Dissecção da musculatura extraocular (evitar tração excessiva no nervo óptico - a 
tração pode estimular o nervo vago, causando bradicardia); 
- Isolar nervo óptico do tecido retrobulbar (atenção neoplasias); 
- Hemostasia; pinçar e ligar nervo óptico; 
- Secção do pedículo óptico; 
- Hemostasia e lavagem com solução estéril; 
- Sutura de pele com PSS, fio inabsorvível sintético, tamanho 1 ou 2; 
- Manter compressa de hemostasia em ruminantes (2d); 
- Antibiótico sistêmico (7 dias), AINEs (3 dias), profilaxia para tétano, curativo; 
- Retirar pontos de 2 a 3 semanas. 
ENUCLEAÇÃO SUBCONJUTIVAL 
- Técnica rápida e associada a menor hemorragia; 
- Remove menor quantidade de tecido orbital; 
- Indicado em afecções que só acometem o globo ocular. 
(esteticamente fica mais bonito, olho menos fundo - envolve apenas o globo ocular) - 
sem precisar fazer a tarsorrafia. 
OLHO
- Se faz uma enucleação quando não se tem mais opção, quando o olho perdeu sua 
função; 
- Duas grandes divisões: câmara anterior e câmara posterior 
- Córnea, úlvea (íris e corpo ciliar), corpo nigrans (direciona a incidência de luz), pupila; 
- Mais profundo tem o cristalino (capta incidência de luz - possui os cones e 
bastonetes), nervo óptico (que manda a informação para o sistema nervoso); 
- Se uma dessas camadas for rompida, há um problema na captação de luz, 
comprometendo a função do olho!! 
CÓRNEA
- 5 camadas: filme lacrimal, epitélio, membrana do epitelio, estroma (maior porção), 
membrana de descement e endotélio. 
- Úlcera é uma lesão em alguma dessas camadas, identificadas com fluoresceína (cora 
o estroma se tiver lesão - identifica se é superficial ou profunda: não cora/cora muito 
pouco em alguns casos), mas pode-se avaliar com inspeção direta com foco de luz 
(num primeiro momento); 
- O tratamento para úlceras de córnea nunca podem ser tratados com cortisona 
(atrasam a cicatrização); 
- Considerando que é uma lesão traumática, pode-se infeccionar, e deve-se usar o 
tratamento com antibiótico, além de proteger. 
- Sistema de lavagem subpalpebral (quando se esta a frente de uma úlcera de córnea): 
realizado à campo, fazer sedação, contenção, furar transpalpebral (acesso), passar a 
sonda, fenestrar (fazer vários buraquinhos) para não precisar ficar manipulando o olho 
e sim a sonda. 
- Flap de terceira pálpebra (quando existem úlceras profundas): consiste em pegar a 
terceira pálpebra do equino e suturar na conjuntiva palpebral. 
- Tarsorrafia: forma de proteção da úlcera de córnea, impedindo a entrada de 
sujidades. 
Aula 7 - Cirurgias da cabeça (23/09) (FOZ)
- Corrimento nasal unilateral: problema relacionada com a cabeça (provavelmente nos 
seios paranasais). 
• Seios paranasais:
- Os dentes dos cavalos nunca param de crescer; 
- Se o cavalo tiver uma fratura no dente ou uma infecção muito importante, e subir 
para os seios paranasais, o animal pode desenvolver sinusite (acúmulo de pus 
pode chegar a deformar o osso por pressão). 
- Se o problema estiver diretamente relacionado com o dente, pode-se remover o 
mesmo, fazer uma perfuração no osso para sairo pus. 
• Sinusite:
- Examinar boca e dentição do animal; 
- Fazer um raio x para identificar líquido, massa… 
- Endoscopia; 
- Trepanação - realizado com um aparelho que se chama trepano (faz espécies de furo 
para drenar a secreção e assim fazer a remoção do dente que está com problema). 
- Problemas com dentes molares e pré-molares! 
Aula 8 - Afecções cirúrgicas do trato respiratório (30/09) (FOZ)
Laringe: é uma válvula do sistema respiratório, por isso tem movimento. É importante no 
momento de deglutição - cuida para que só entre ar na traqueia! 
- Entre nasofaringe e orofaringe, encostando na epiglote, encontra-se o palato mole; 
- Problema na laringe, causa ruídos na respiração (ar passa sob pressão). 
> Deslocamento dorsal do palato mole: pode ser permanente ou intermitente; 
(não é tão comum acontecer!!) 
 principal queixa: queda de performance (cavalo roncador, cavalo chiador), animal 
cansa muito rápido, estima o pescoço tentando receber melhor o ar; 
 tratamento: endoscópio, acesso ventral - estafilectomia parcial (tirar um pedaço 
do palato). 
> Hemiplegia laringeana 
 - Alteração do nervo laringeo recorrente; 
 - tratamento: cirúrgico (não é sempre que indica-se) - ventriculectomia (trabalha-
se nos ventrículos laterais da laringe); 
 - grau I, grau II, grau III, grau IV 
 - Cricoaritenopexia: fazer uma pexia (sutura) a cricóide e a aritenóide. 
* Em casos mais graves podemos associar a ventriculectomia com a cricoaritenopexia. 
 Aula 9 - Afecções cirúrgicas do trato respiratório
TRAQUEIA
- Afecções cirúrgicas intrínseca não frequentes; 
- Afecções agudas ou crônicas após trauma ou injúria; 
- Obstruções agudas, estenose crônica, lesões traumáticas, corpos estranhos 
intraluminais e colapso de traqueia. 
• Traqueostomia 
- Procedimento emergencial (edema de glote) ou eletivo (quando passa a sonda 
orotraqueal) 
- Novo trajeto para o ar inspirado; 
- Controle da contaminação: 
- Procedimento eletivo; 
- Asfixia. 
Técnica cirúrgica: 
- Animal em posição quadrupedal ou em decúbito dorsal; 
- Área: transição entre o terço cranial e terço médio traqueal; 
- Tricotomia, antissepsia e anestesia local; 
- Incisão de pele e subcutâneo sobre a linha média ventral; 
- Dissecção dos mm. esternohioideos, e exposição dos anéis traqueias; 
- Incisão do ligamento anular paralela aos anéis traqueias (1/3 a 1/2 da circunferência 
da traqueia); 
- Colocação de traqueotubo; 
- Ressecção de pequenos segmentos dos anéis traqueias adjacentes, criando abertura 
elíptica. 
Pós-operatório: 
- Após realização de procedimentos emergenciais: tricotomia, anti-sepsia; 
- Antimicrobianos ??? (somente pela traqueotomia não tem necessidade, porém faz o 
uso de antibiótico pelo motivo que levou-se a fazer a traqueostomia); 
- Limpeza da ferida; 
- Limpeza do traqueotubo e desinfecção. 
• Traqueostomia permanete
- Demora mais; 
- Acesso da traqueia precisa ser exatamente correto; 
- Quando acessar a traqueia, remover os anéis cartilaginosos, porém mantendo a 
membrana interna da traqueia (remove partes); 
- Suturar a membrana traqueal na pele (impedindo a cicatrização por segunda 
intenção); 
- Complicação: pneumonia aspirativa (por sujidades, por algum líquido). 
• Colapso / estenose traqueal 
- Nada comum; 
- Remover a cartilagem que ficou estenosada; 
- Reestabelecer o lúmen através da mucosa interna; 
ESÔFAGO 
• Afecções de esôfago 
- Obstrução esofágica; 
- Perfuração esofágica; 
- Estenose esofágica; 
- Diverticulo esofágico. 
OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA
Sinais clínicos: 
- Sialorreia, disfagia, tosse, regurgitação de água e alimento pela boca e narinas; 
- Animais se mantém agitados durante a regurgitação; 
- Anorexia e desidratação. 
Diagnostico: 
** Endoscopia!! 
- Exame físico: sinais clínicos, distensão esofágica cranial à obstrução; 
- Diferencial: lesão em palato mole, doenças dentárias, corpos estranhos e neoplasias 
orais; 
- Sondagem nasogástrica: presença e localização da obstrução; 
- Esofagoscopia: dilatação esofágica com ar, seguida da inspeção direta com 
endoscópio flexível; 
- Exame radiográfico: simples ou contrastado 
- esôfago cervial e torácico. 
Tratamento: 
- Conhecimento anatômico prévio; 
- Esôfago cervical: sedação e anestesia local, ou anestesia geral; 
- Esôfago torácico: anestesia geral inalaria com ventilação controlada (pressão 
positiva); 
- Esôfago cervical: acesso lateral (sulco jugular), acesso médio ventral (terço médio 
cervical); 
- Esôfago torácico: toracotomia com ressecção de costela; 
- animal posicionado em decúbito esternal; 
- Incisão longitudinal: 
- externa ou inelastica - muscular e adventícia; 
- interna ou elástica - mucosa e submucosa 
Fechamento esofágico - SUTURA 
- Em duas camadas: 
- interna: padrão swift, contínuo ou separado (fio inabsorvível ou absorvível 
sintético); 
- externa: padrão simples separado (fio inabsorvível ou absorvível sintético). 
PERFURAÇÃO ESOFÁGICA 
- Trauma externo, feridas perfurantes, obstrução crônica, perfuração por ingestão de 
corpo estranho e infecções adjacentes ao esôfago; 
- Fístula com drenagem de saliva e ingesta; 
- Edema, celulite, enfisema subcutâneo e febre. 
Diagnóstico: 
- Exame clínico, esofagoscopia. 
Tratamento: 
- Fechamento primário: < 12 horas; 
- > 12 horas: abertura ventral à laceração → drenagem; 
- Alimentação por sonda nasogástrica; 
- Antibióticos, anti-inflamatório, curativos. 
ESTENOSE ESOFÁGICA
- Secundária a traumas interno, externo, ruptura esofágica e após cirurgias; 
- Esofagites não específicas; 
- Tipo I: adventícia muscular; 
- Tipo II: mucosa e submucosa; 
- Tipo III: todas as camadas do esôfago. 
DIVERTÍCULO ESOFÁGICO
- Divestículo verdadeiro: tração de tecido fibroso ao redor do esôfago; 
- Falso divertículo: profusão da mucosa e submucosa através de defeito da musculatura 
do órgão; 
- trauma externo ou pressão excessiva intraluminal (alimento); 
- Aumento de volume local, disfagia; 
- Esofagograma, esofagoscopia 
Tratamento: 
- Inversão da mucosa e correção da falha muscular; 
- Diverticulectomia. 
Aula 10 - Orquiectomia em grandes animais (07/10)
- Orquiectomia = amputação do testículo (castração do macho) - quando o animal tem 
os testículos é chamado de garanhão ou animal inteiro. 
- Origem embiológica das gônodas: formada próxima aos rins ainda quando o animal 
esta na fase embrionária. Os testículos descem por conta da temperatura, que precisa 
ser mais baixa para que produza a espermatogênese. 
- Por que castrar? Pode ser por conta de alguma neoplasia, comportamento (para 
deixar o animal um tanto quanto mais dócil); 
- Quando castrar? Castrar antes da doma (se não houver a expectativa de ser 
garanhão, por volta de 1 ano e meio) ou quando for solicitado de forma eletiva, em 
qualquer idade 
- Qual técnica utilizar? 
- Qual a espécie envolvida? Ruminantes e equinos 
- Nos testículos tem o tubo seminífero que é aonde irá ocorrer a espermogênese; 
- Peritônio quando esta na bolsa escrotal, recebe o nome de túnica vaginal; 
- Envolvendo o testículo e o epididimo, há uma túnica fibrosa, que recebe o nome de 
túnica albugínea; 
- Túnica dartos, extremamente próxima à pele do saco escrotal, praticamente não da 
para ver!! 
> saco escrotal - túnica dartos - túnica vaginal - túnica albugínea - testículo - epididimo 
- Funículo espermático (mesórquio, artéria do ducto deferente…) 
> Técnica aberta
- Transfixação e ligadura (ou utilização de emasculador) somente no cordão 
espermático, deixando as túnicas abertas; 
- Testículo descoberto e cordão espermático descoberto; 
- Vantagens (pouco material, rápido) x desvantagens (cuidado com coice contaminação 
bacteriana pela cicatrização de segunda intenção); 
- Incisão da bolsa escrotal, túnica vaginal, túnica albuginea, identificar essas regiões, 
amputar os testículos, e acabou a cirurgia; 
- Animal em estação, com uma leve sedação; 
- Túnicas e bolsa escrotal serão cicatrizadas por segunda intenção; 
- Fazer transfixação e ligadura (tipo de sutura para fazer a hemostasia).- AINE, antibioticoterapia, limpeza local 
> Técnica fechada
- Exteriorização dos testículos ainda recobertos pelas túnicas; 
- Não é feita a abertura das túnicas; 
- Transfixação e ligadura de todo o funículo em conjunto; 
- Testículo cobertor cordão espermático coberto; 
- Vantagens (técnica mais simples, menor exposição) x desvantagens (não da para 
avaliar as estruturas). 
> Técnica semi-fechada
- Abertura das túnicas (referendação), transfixação e ligadura (ou emasculador) do 
coroa espermático; 
- Transfixação e ligadura das túnicas; 
- Testículo descoberto e cordão espermático coberto; 
- Vantagens (valiação de estruturas, diminui risco de infecções - fechamento primário) x 
desvantagens (mais demorada, pois precisa-se identificar as túnicas e fechá-las) 
- É uma mistura da técnica aberta e técnica fechada 
Orquiectomia em equinos:
- Incisão de pele a +/- 1cm e paralela à rafe mediana, de 5 a centímetros; 
- Deitado: anestesia geral, ou anestesia intravenosa; 
- Em pé: sedação ou tranquilizante e anestesia local; 
- Referendação das túnicas, seguida de aumento da incisão; 
- Exteriorização do testículo e identificação das estruturas; 
- Secção do mesórquio; 
- Dissecção e isolamento das túnicas vaginais e músculo cremaster, das túnicas dartus; 
- Aplicação do emasculador sobre o cordão espermático, túnicas vaginais e músculo 
cremaster… OU… 
- Transfixação e ligadura de todo o conjunto… OU… 
- Transfixação e ligadura do cordão espermático e posterior das túnicas e músculo 
cremaster, isoladamente. 
CRIPTORQUISMO
(testículo que esta fora do lugar!!) 
Comum que fiquem no anel ingnal, ou dentro da cavidade abdominal 
- Testículo ectópico: inguinal ou abdominal; 
- Como diagnosticar: 
- Exame físico; 
 - a inspeção é algo importante!! 
 - palpação da bolsa escrotal + palpação do anel ingnal; 
- Exames complementares; 
 - ultra-som transcutâneo no anel ingnal/transretal (com a finalidade de localizar os 
testículos) 
- Em equinos é comum que seja bilateral; 
- Anorquidismo (ausência das gonodas) - incomum acontecer em equinos 
- Porque castrar? 
 > Remover estímulos hormonais (diminuir tamanha agitação), evitar que 
desenvolva tumor testicular… 
- Orquiectomia: acesso pelo anel ingnal 
(é interessante primeiro localizar o testículo, para que se monte uma estratégia para 
remoção!!) 
• Testículo inguinal
- Existe a possibilidade de fazer o acesso diretamente no anel inguinal; 
- Anel inguinal interno (onde estará o peritônio) e anel inguinal externo - independente 
de onde estiver, é possível acessar o mesmo. 
* Testículo ectópico é menor do que o normal e na maioria das vezes, encontra-se 
deformado!! 
• Testículo abdominal
- Decubito dorsal ou decubito lateral! 
- Ainda é menor do que o encontrado no local correto; 
- Laparoscopia (abertura pelo flanco, de eleição). 
Aula 11 - Preparo de Rufiões (07/10)
- Função do rufião: detectar o cio nas fêmeas; 
- Macho excitador para detecção do cio; 
- Libido destacada; 
- Incapacidade de promover a fecundação (geralmente não apresenta a genética 
escolhida, do restante do rebanho) 
Seleção de animais
- Sadios; 
- Testar libido (animal deve ter vontade de montar - possível identificar quando entrar na 
puberdade); 
- Prepúcio curto; 
- Bos indicus x Bos taurus 
- Idade: 18 meses 
Detecção do cio
- Todas as vacas são marcadas com tinta; 
- Quando o rufião tentar montar na fêmea que esta no cio borra a tinta; 
- Identificam-se as vacas que estão no cio, animais que apresentam a tinta borrada. 
Técnicas cirúrgicas 
- Interrompem a emissão de espermatozoide; 
- Deferentectomia (conhecida nos humanos como vasectomia - remover um pedaço 
do dueto deferente); 
- Epididimectomia (remoção do epididimo) 
* A monta ocorre!! 
> Vantagem: 
- Simples; 
- Pouco material; 
- Não altera libido 
> Desvantagem: 
- Não impedem o ato sexual (logo, doenças sexualmente transmissíveis continuam 
circulando) 
• Deferentectomia (vasectomia)
- Decúbito lateral ou dorsal; 
- Anestesia local após tranquilização; 
- Incisão de pele vertical sobre o cordão espermático, cranial ao escroto; 
- Palpar e identificar ducto deferente (consistência firme); 
- Ligadura e ressecção do ducto deferente. 
* Espermograma em 3 meses (garantia de que irá trabalhar apenas como rufião, sem 
fecundar)…

• Epididimectomia
- Ressecção da cauda do epididimo; 
- Decúbito dorsal ou lateral; 
- Anestesia local após tranquilização; 
- Incisão de pele na região ventral do escroto[; 
- Ligadura e ressecção da cauda do epididimo 
Técnicas cirúrgicas 
- Impedem a cópula 
- Desvio lateral do penis e/ou prepúcuio; 
- Aderência do penis/flexura sigmóide 
> Vantagens: 
- Simples; 
- Pouco material 
> Desvantagem: 
- Alteram a libido = dor no momento da cobertura = rufião por mais ou menos 6 meses. 
• Fixação da flexura sigmóide
- Anestesia: local e tranquilização; 
- Decúbito dorsal; 
- Incisão: 5 a 10 cm sobre o penis; 
- Localização do penis e flexura sigmoide; 
- Suturas fixando a flexura sigmoide. 
• Desvio lateral do penis e prepucio 
- Anestesia: local e tranquilização; 
- Decubito lateral; 
- Desvio de 30 a 45 graus; 
- Cuidado, pois há relatos de animais que se adequaram ao desvio e conseguiram 
ejacular nas fêmeas; 
- Alguns animais por nunca conseguirem realizar monta, desiste e também param de 
ser rufiões. 
Aula 12 - Afecções do geniturinário feminino (14/10)
Considerações anatômicas
- Dois ovários; 
- Duas trompas de Falópio/tuba uterina; 
- Útero (possui dois cornos); 
- Cervix; 
- Canal da vagina; 
- Clitóris; 
- Vulva (fazendo uma barreira externa) 
Defeitos na conformação perineal
- Vulva = válvula impede a comunicação do vestíbulo da vagina com o meio ambiente 
(possui a função de ser uma barreira mecânica, até porque o sistema reprodutor 
feminino é aberto); 
- Conformação normal: 2/3 da comissura, abaixo do plano horizontal do assoalho da 
pélvis. 
- O não fechamento pode acarretar em: 
- entrada de ar (pneumovagina); 
- acúmulo de fezes; 
- acúmulo de urina (urovagina); 
- infecções ascendentes: vaginite, endometrite; 
- rupturas perineais; 
- infertilidade 
Técnica de Caslick 
- Esvaziar o reto; 
- Envolver o rabo com uma atadura; 
- Não há necessidade de tricotomia, porém deve-se realizar uma anti-sepsia na região 
perineal e vulva; 
- Anestesia local com lidocaína 2% (cordão anestésico, exatamente onde será a 
incisão); 
- Remover o filete, exatamente onde foi feito o cordão anestésico (aumento de volume), 
ferida cirúrgica, para poder fazer a aplastia (barreira mecânica); 
- Sutura (bordo de pele, passando pela mucosa) - simples, separado (fio de nylon). 
Rupturas de vulva e períneo
• Durante o parto:
GRAU I: quando a laceração atinge apenas a mucosa do vestíbulo da vagina e a 
comissura dorsal da vulva; 
GRAU II: quando a laceração atinge além da mucosa e submucosa do vestíbulo da 
vagona, a pele da comissura dorsal da vulva e os músculos do períneo, incluindo m. 
constritor vulvar (assoalho do reto é preservado, porém todo o assoalho da vagina está 
lacerado); 
GRAU III: quando a laceração acomete todas as estruturas atingidas em segundo grau, 
acompanhadas de ruptura do assoalho dorsal do vestíbulo da vagina, assoalho ventral 
do reto. (lacerou tudo, há comunicação direta do assoalho do reto, com a vagina - égua 
começa a defecar no canal da vagina). 
(logo que lacera, a mucosa fica edemasiada muito rapidamente, e não deve-se 
manipular nesse momento - esperar diminuir o edema) - AINE, lavar… 
- Laceração grau I: técnica de caslick; 
- Laceração gray II: reconstituição dos danos perineal e de esfíncter vaginal + técnica 
de caslick; 
- Laceração grau III: reconstituição em planos de sutura do esfíncter anal, assoalho da 
vagina e comissura dorsal da vagina. 
(fazer a palpação retal com cuidado, para identificar qual o grau de laceração!!) 
Pós-operatório
- Higienização da ferida (água e sabão); 
- Manutenção das fezes em estado pastoso; 
- laxantes (leite de magnésio); 
- linhaça 
- Antibioticoterapia;- AINE. 
* Chances de uma recidiva existe, então deve ser controlado, e deve-se ter maior 
atenção com reprodução… 
Torção de útero
- Pouco frequente; 
- Terço final da gestação; 
- Manifestação clínica: cólica, dificuldade de caminhar, tensão na [a 
- Diagnostico: histórico e anamnese, palpação transretal; 
- Tratamento: manobras manuais, laparotomia para correção cirurgia e retirada do feto. 
Prolapso de útero
- Pouco comum em éguas; 
- Causas: atonia uterina, parto distocio, éguas mais velhas 
- Tratamento: evitar ferimentos do útero, suporte, lavar e envolver o útero com 
compressa e solução fisiológica, hidrocortisona (2-4 mg/kg IV), reintrodução do útero e 
comissura vulvar, amputação do útero. 
Aula 12 - Genitourinário ruminantes (14/10)
Prolapso
- Procidência da parede vaginal através da vulva (vaginal); 
- Pode estar associado à cervix (prolapso cervico-vaginal); 
- Pode estar associado ao útero (prolapso uterino 
- Afecção progressiva: recidivante; 
- Incidência em não gestantes: raças brahman e nelore; 
- Comum após partos distocicos!! Terço final de gestação. 
• Fator determinante em gestantes 
- Relaxamento dos ligamentos pélvicos e perineais (estrógeno e edema); 
• Fatores predisponentes (afecção multifatorial)
- Fêmeas prenhes ou idosas/pluríparas; 
- Decúbito e sedentarismo; 
- Disturbios hormonais /cistos ovarianos / alimentar; 
- Obesidade; 
- Traumas e inflamações na região da vulva e do reto; 
- Tenesmo; 
- Predisposição hereditária / racial (principalmente nelores). 
> Classificação 
- Severidade e duração do processo: 
Grau I: envolve apenas o assoalho vaginal e ocorre apenas em decúbito inflamação e 
disúria; 
Grau II: protusão vaginal continua, independente do posicionamento; 
Grau III: o prolapso também envolve a cérvix, com exteriorização constante; 
Grau IV: extensa necrose causada pela exposição crônica da mucosa vaginal e cervical, 
complicações sistêmicas (peritonite), desenvolvimento de aderências, menores chances 
de sobrevivência fetal. 
Diagnóstico
- Inspeção direta; 
- Palpação retal; 
- Ultrassonografia 
Tratamento
- Limpeza, hidratação e redução (soro gelado + 2% PVPI, glicerina, açúcar, 
nitrofurazona); 
- Sutura perivulvar (estreitamento vulvar); 
- Caslick, Buhner, Flessa; 
- Epidural intercoccígea; 
- Fixação interna: vaginopexia, cervicopexia. 
Pós operatório
- AINEs (fenilbutazona - não mais do que 3 dias, se for mais do que isso, entrar com 
protetor gástrico); 
- Antimicrobiano sistêmico (cefalosporina - 5 a 7 dias); 
- Curativo local; 
- Remover sutura temporária.

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