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Obesidade Obesidade Definida com frequência como uma condição de acúmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, numa extensão em que a saúde pode ser prejudicada. A doença subjacente é o equilíbrio entre energia positiva indesejável e ganho de peso. Epidemia da Obesidade e DM – Projeção para 2030 Parvez Hossain, Bisher Kawar, Meguid El Nahas . NEJM 356(3):213-215. 2007 Tipos de Obesidade DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL Difusa (tipo I): aumento generalizado do tecido adiposo, sem localização preferente em nenhuma área do corpo (risco +) Central ou andróide (tipo II): excesso de adiposidade subcutânea na região toraco- abdominal (risco +++) Intra-abdominal ou visceral (tipo III): aumento de gordura na região abdominal, mais especificamente no compartimento visceral (risco ++++) Gluteofemural ou ginóide (tipo IV): excesso de gordura na região glúteo femoral (baixo risco) Obesidade Andróide Obesidade Ginóide Central-Visceral Periférica OBESIDADE ANDRÓIDE VS OBESIDADE GINÓIDE Gordura Andróide e Ginóide Tipos Problemas Obesidade Ginóide (Femuroglútea) - Problemas mecânicos (excesso de peso) Problemas psicológicos Obesidade Andróide (Abdominal) Perímetro cintura: H > 94 cm M > 80 cm - Problemas cardiovasculares - Tendência para diabetes - Hipertensão - Arteriosclerose - Níveis elevados de colesterol - Níveis elevados de triglicerídeos Perímetro da Cintura (PC)* * A gordura abdominal avaliada através do PC é constituída por 2 compartimentos, o da gordura subcutânea (GSC) e o da gordura visceral (GV) Gordura abdominal Subcutânea / Visceral Imagem intraoperatória de gordura abdominal subcutânea IMAGEM INTRAOPERATÓRIA DE GORDURA ABDOMINAL VISCERAL Etiologia Complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais. Componentes primários no sistema neuroendócrino envolvidos com a obesidade: O sistema aferente, que envolve a leptina e outros sinais de saciedade e de apetite de curto prazo; A unidade de processamento do sistema nervoso central; O sistema eferente, um complexo de apetite, saciedade, efetores autonômicos e termogênicos, que leva ao estoque energético. Etiologia Multifatorial: Genética : poligênica ou monogênica Ambiental Obesidade Secundária (RARA): Endocrinopatias (hipotireoidismo, cushing) Sindrômicas (Down) Distúrbios do comportamento alimentar Uso de drogas (corticoídes, estrógenos, insulina, ADO, antidepressivos, anti-psicóticos e anti-convulsivantes) Ingestão Queima calórica Formação de gorduras Oxidação de gorduras Fatores genéticos Fatores ambientais Etiopatogenia Sintomas de estresse, tais como ansiedade, depressão, nervosismo e o hábito de se alimentar quando problemas emocionais estão presentes, são comuns em pacientes com sobrepeso ou obesidade, sugerindo relação entre estresse e obesidade Balanço Energético O ambiente moderno é um potente estímulo para a obesidade. A diminuição dos níveis de atividade física e o aumento da ingestão calórica são fatores determinantes ambientais mais fortes. Pode-se alterar o balanço energético por aumento do consumo calórico, pela diminuição do gasto energético ou por ambos. A maior taxa de obesidade ocorre em populações com maior grau de pobreza e menor nível educacional. Pode-se explicar essa associação pela maior palatabilidade e pelo baixo custo de alimentos de grande densidade energética, como açúcar e gorduras Várias fases da vida, como a infância precoce e adolescência, podem influenciar o ganho de peso, como a fase intrauterina, o peso de nascimento, a amamentação, a fase de rebote do peso no período de aumento do peso que ocorre entre os 5 e 7 anos de idade e a fase puberal. O casamento pode influenciar o ganho de peso, principalmente em mulheres. As razões podem ser redução no gasto energético e aumento na ingesta calórica por alterações nos hábitos sociais. Tecido Adiposo LEPTINA age no SNC promovendo menor ingestão alimentar e incrementando o metabolismo energético. RESISTINA causa resistência a insulina - aumento das concentrações de glicose no sangue sem aumenta sua recaptação. ADIPONECTINA age como fator protetor para doenças cardiovasculares e aumenta a sensibilidade à insulina TNF-a aumenta a lipólise, aumenta glicemia PAI-1 inibe a fibrinólise e assim, juntamente com o fibrinogênio funciona como perpetuador do estado protrombótico, aumenta risco de IAM e ACE isquêmico Fatores inflamatórios e trombogênicos TNF-a, IL-1 fibrinogênio Adipose tissue ↑ IL-6 ↓ adiponectina ↑ leptina ↑ TNF-α ↑ adipsina (complemento D) ↑ inibidor de ativação do plasminogênio-1 (PAI-1) ↑ resistina ↑ AGL ↑ insulina ↑ angiotensinogênio ↑ lipoproteína-lipase ↑ lactato inflamação diabetes do tipo 2 hipertensão Dislipidemia aterogênica trombose aterosclerose Lyon 2003; Trayhurn et al 2004; Eckel et al 2005 Efeitos cardiometabólicos adversos dos produtos dos adipócitos 20 Efeitos cardiometabólicos adversos dos produtos dos adipócitos Este slide mostra uma lista mais completa de substâncias bioativas secretadas pelos adipócitos, responsáveis pela modulação da resistência à insulina e dos riscos cardiovasculares. Lyon CJ, Law RE, Hsueh WA. Minireview: adiposity, inflammation, and atherogenesis. Endocrinology 2003;144:2195-200. Trayhurn P, Wood IS. Adipokines: inflammation and the pleiotropic role of white adipose tissue. Br J Nutr 2004;92:347-55. Eckel RH, Grundy SM, Zimmet PZ. The Metabolic Syndrome. Lancet 2005;365:1415-28. RISCOS DA OBESIDADE Aterosclerose Infarto agudo do miocárdio Acidente vascular encefálico Insuficiência cardíaca Diabetes mellitus Hipertensão Arterial Dislipidemia Insuficiência renal Anovulação Apnéia do sono Insuficiência vascular periférica Câncer de Cólon / Reto Câncer de Próstata Câncer de Vesícula Biliar Câncer Ginecológico Câncer Pancreático Câncer Renal Osteartrite Esofagite de refluxo Esteato-hepatite Gota Alterações psicossociais Estigma Hipoventilação Alveolar Diagnóstico Em geral, não é difícil reconhecer a obesidade ou até mesmo o sobrepeso, mas o diagnóstico correto requer que se identifiquem os níveis de risco, o que, frequentemente, necessita de algumas formas de quantificação. No passado, o padrão-ouro para avaliar o peso era a pesagem dentro d´água (peso submerso ou hidrostático). Mais recentemente, técnicas de imagem, tais como ressonância magnética, tomografia computadorizada e absorciometria com raios-X de dupla energia (dexa), têm sido alternativas, mas o custo e a falta dos equipamentos necessários impedem o uso dessas técnicas na prática clínica. Alternativas como a medida da prega cutânea, ultrassonografia, análise de bioimpedância e espectroscopia por raios infravermelhos encontram-se disponíveis e são relativamente baratas. Avaliação Cronologia do ganho de peso e fatores exacerbantes Tentativas anteriores de perda de peso Alimentação: recordatório de 24h (tipos de alimentos, porções, calorias, preparados ou comprados) Atividade física Ambiente familiar Ocupação do paciente Expectativas do paciente Avaliação Antecedentes pessoais, patológicos e familiares Medicações em uso Exame físico: IMC Cintura PA Tireóide Avaliação Exames laboratoriais: Glicemia de jejum e perfil lipídico Hemograma, FR, FH, TSH, T4l, ATPO, Ac Úrico Insulina, Cortisol urinário FSH, LH, estradiol, testosterona, prolactina Teste de esforço Outros Diagnóstico – Medidas Antropométricas Massa corporal (isolado) Massa corporal ajustada para a altura IMC Distribuição de gordura Índice de Massa Corporal (IMC) Classificação IMC (kg/m2) Risco de Comorbidades Baixo peso < 18,5 Baixo Peso normal 18,5-24,9 Médio Sobrepeso ≥ 25 - Pré-obeso 25,0 a 29,9 Aumentado Obeso I 30,0 a 34,9 Moderado Obeso II 35,0 a 39,9 Grave Obeso III ≥ 40,0 Muito grave .MsftOfcThm_Accent1_Fill{ fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; }
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