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48 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Unidade II 3 GASTRONOMIA FUNCIONAL – ALIMENTOS FUNCIONAIS Pode-se dizer que a gastronomia funcional é a nutrição aplicada à gastronomia; é quando conseguimos nos nutrir aliando o sabor à saúde. A gastronomia funcional leva em conta a individualidade bioquímica de cada pessoa. Primeiro, ela entende o que certo alimento causa no corpo de determinada pessoa quanto a alergias e intolerâncias; depois, cria as dietas direcionadas, sem abrir mão dos sabores e dos gostos pessoais. Um chef de cozinha tradicional cria seus pratos pensando apenas no paladar e no apelo visual daquele prato, ao passo que um chef de cozinha funcional vai se atentar, antes de tudo, se aquele prato é nutritivo, saudável, funcional, mas sem abrir mão das texturas e aromas. Na gastronomia funcional, o foco sempre vai ser no indivíduo, e não na criação do prato em si. Na gastronomia funcional trabalhamos com os chamados alimentos funcionais, que contêm substâncias e nutrientes que podem oferecer benefícios à saúde, seja na prevenção, seja no tratamento de doenças. Exemplo de aplicação Na gastronomia funcional são utilizados os chamados alimentos funcionais, que contêm substâncias e nutrientes que fornecem benefícios à saúde, seja como prevenção, seja como tratamento de doenças. Levando em conta essa afirmativa, tente pegar uma receita tradicional e transformá-la em uma receita funcional com base nos conhecimentos adquiridos até aqui. As dietas com a utilização dos alimentos funcionais podem ajudar na prevenção ou na diminuição de doenças degenerativas, como câncer, diabetes, hipertensão, doenças autoimunes, entre outras. Mas para que os resultados desejados sejam alcançados e maximizados, o consumo desses alimentos deve ser regular. Para quem quer uma alimentação funcional, a dica é começar substituindo os alimentos refinados por alimentos integrais, os alimentos altamente processados por alimentos naturais, consumir o máximo possível de alimentos orgânicos, reduzir o consumo de carne de vaca, retirar da alimentação alimentos embutidos, refrigerantes, açúcar refinado, sal, cafeína, entre outros, se preocupar sempre com a ingestão de água e manter uma dieta equilibrada para que os alimentos possam cumprir suas funções adequadas. 49 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa disponibiliza uma lista com os alimentos considerados funcionais. A lista ainda é muito restrita tendo em conta a quantidade de alimentos e benefícios que já foram e estão sendo estudados, mas já podemos ver essa autenticação como um progresso. Saiba mais COSTA, N. M. B.; ROSA, C. O. B. Alimentos funcionais: componentes bioativos e efeitos fisiológicos. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. 3.1 Um pouco de história Há alguns anos, devido a muitos estudos, passamos a entender que nossa alimentação tem um significado muito mais amplo do que somente prover os nutrientes que necessitamos para o nosso desenvolvimento. O alimento, então, passa a ter um consequência após seu consumo; passamos a dar importância à transformação desses alimentos dentro do nosso organismo e cada vez mais procuramos entender como podemos utilizar esses alimentos a nosso favor através das dietas. Alguns estudiosos colocam o processamento dos alimentos na Pré-história como o responsável pelas divisões das civilizações. Com a Revolução Industrial tivemos uma reforma na hierarquia social. A sociedade que era feudal passou a ser dividida em rural e urbana. Com isso, houve também a separação dos locais de produção dos alimentos. A partir dessa reorganização e de uma nova demanda, os alimentos não podiam mais ser perecíveis para conseguirem ser transportados e atender a todas as pessoas que habitavam o meio urbano. É nessa época que surgem, por exemplo, as compotas de frutas e vegetais. Depois dessa adaptação, entramos na fase da Segunda Guerra Mundial, e os alimentos tiveram que ser adaptados e transformados novamente. Com a guerra e a falta de homens, as mulheres assumiram um novo papel na sociedade. Tendo que trabalhar para garantir o sustento familiar e ainda dar conta dos afazeres domésticos, a qualidade da alimentação ficou prejudicada, pois o tempo hábil dessas mulheres para o preparo dos alimentos já não era mais o mesmo. Surge, então, o congelamento dos alimentos, que possibilitava que se aprontasse uma refeição completa em poucos minutos, mantendo suas características sensoriais e nutricionais e resolvendo o problema da escassez de tempo. Com a virada do século, os interessem mudam completamente. A partir do avanço tecnológico, buscamos cada vez mais o bem-estar e o frescor da juventude, o que faz crescer a preocupação com a alimentação. Buscava-se não somente uma alimentação de fácil acesso, não perecível ou de fácil preparo, mas, sim, uma alimentação que pudesse oferecer segurança alimentar e nutrientes adequados. A partir daqui, a sociedade começa a buscar um alimento que, se não pode ter o efeito curativo, pelo menos ajuda na prevenção de doenças e prolonga a aparência jovem que tanto se buscava. 50 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Surgem os alimentos funcionais, também denominados nutracêuticos, para atender a toda essa população que está cada vez mais preocupada com seu bem-estar, sua qualidade de vida e a qualidade dos alimentos que são ingeridos. Instala-se, assim, uma nova cultura alimentar na sociedade. Lembrete A gastronomia funcional é o casamento entre a nutrição funcional e a gastronomia; é se nutrir com sabor e, acima de tudo, muita saúde. 3.2 Como devemos classificar os alimentos funcionais? A população japonesa, em sua cultura alimentar, sempre acreditou no poder terapêutico dos alimentos, principalmente das ervas. Na década de 1980, o governo japonês passou a liberar e a investir em pesquisas que pudessem comprovar a eficácia desse tipo de alimento na fisiologia humana. Esses alimentos foram denominados Foshu, ou Foods for Specified Health Use e eram qualquer tipo de alimento que pudesse trazer algum benefício para a saúde das pessoas. Contudo, para que tivessem esse tipo de alegação em seus rótulos, algumas exigências deviam ser respeitadas, como: • o alimento deve conter efeitos melhoradores ou reguladores na prevenção de doenças específicas; • não pode ser encapsulado, tem que ser consumido ao natural; • deve fazer parte de uma dieta cotidiana. O conceito abrangia também alimentos consumidos por toda a população, não somente por pessoas que buscassem algum tipo de tratamento específico. Na mesma época, os EUA começaram a permitir que nos rótulos dos alimentos contivessem alegações de que eles reduziam o risco de doenças, mas as alegações deviam ser comprovadas e aceitas por especialistas. A comunidade europeia decidiu, então, abordar cientificamente as definições de alimentos funcionais, uma vez que a população tinha formado novos conceitos nutricionais e estava com uma nova percepção alimentar. Nesse período, surge no meio científico o conceito de nutrição otimizada, que maximizava as funções fisiológicas de cada indivíduo, garantindo seu bem-estar e minimizando o risco de doenças através de uma alimentação direcionada e balanceada. Universalmente não existe uma única definição para os alimentos funcionais; a Comunidade Europeia, por exemplo, não os considera uma categoria, mas um conceito. Alguns paísesfazem uma diferenciação entre os alimentos funcionais e os nutracêuticos, alegando que os alimentos 51 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL funcionais são totalmente naturais, enquanto os nutracêuticos podem ser processados e administrados como medicamentos. Os EUA também não possuem nenhum tipo de definição específica para os alimentos funcionais, mas deixaram estabelecidas três categorias como regras que estão diretamente relacionadas às propriedades funcionais de cada um dos alimentos. Observação Para obter a alegação de alimento funcional, este deve exercer um efeito melhorador ou regulador nos processos biológicos ou nos mecanismos de prevenção de uma doença específica. Alegações de saúde: é a relação entre um alimento e a redução do risco de alguma doença. Nessa alegação, é fundamental no alimento a existência de algum componente específico que tenha relação direta com o controle de doenças. Alegações quanto ao conteúdo de nutrientes: são utilizados os termos como alimento livre de, com alto teor de, com níveis reduzidos de, entre outros; só conseguem se encaixar neste termo nutrientes que têm estabelecidas suas doses diárias. Alegações funcionalidade: estão descritos os papéis de cada um dos alimentos funcionais, quanto à importância do cálcio no desenvolvimento dos ossos ou como as fibras atuam na regularidade do intestino, por exemplo. Permite ainda que se descreva os benefícios para as doenças por causa da deficiência de algum determinado nutriente. Essas alegações não são pré-aprovadas ou verificadas, então a responsabilidade da veracidade das informações fica por conta do fabricante de cada produto. Em 2006, a União Europeia, assim como os EUA, também definiu uma regulamentação de alegação específica para os alimentos funcionais, mas adotou somente duas alegações, as de saúde e de nutrição. Apesar de só terem adotado duas alegações, os europeus são muito mais criteriosos quanto às informações que podem ser contidas nos rótulos. Para eles, todos os alimentos que se dizem funcionais precisam conter no rótulo: • indicativos da importância de uma dieta balanceada e de um estilo de vida saudável; • a quantidade do alimento que deve ser consumido para alcançar o benefício que está sendo proposto; • os tipos de pessoas que devem evitar o uso daquele alimento e o porquê, ou seja, suas contra indicações; 52 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II • aviso de que, mesmo sendo produtos naturais, se consumidos em excesso, podem apresentar riscos à saúde. Não são permitidas referências genéricas, que não sejam específicas, ou ainda insinuar que a saúde do indivíduo pode ser afetada se não consumir aquele determinado tipo de alimento. Também não pode conter na embalagem nenhum tipo de recomendação médica, pois se tratam de alimentos e não de medicamentos propriamente ditos. Na Coreia, os alimentos funcionais são classificados como suplementos dietéticos, ou seja, são utilizados para suplementar uma dieta comum; além dos alimentos puros, também podem ser consumidos com suas doses controladas em cápsulas. A conceituação e a regulamentação dos alimentos funcionais divergem muito de um país para outro, mas todos concordam que os alimentos têm de atender a alguns princípios básicos, como: devem ser um alimento convencional; além de seu valor nutricional, devem possuir funcionalidade específica e comprovada; melhorar a saúde e reduzir o risco de doenças; melhorar a qualidade de vida nos aspectos físicos e fisiológicos e, ainda, serem baseados em estudos científicos comprovados. A maior parte da população tem interesse em alimentos funcionais que prometem auxiliar na perda de peso, aumentar a imunidade, diminuir o colesterol e melhorar os processos do trato digestivo. O número de pessoas que deixaram de consumir alimentos fortificados e passaram a consumir alimentos naturais vem crescendo a cada ano, já que há um maior entendimento sobre a importância de consumir menor quantidade de alimentos sintéticos. 3.3 Alimentos funcionais no Brasil No Brasil, a regulamentação era ainda mais complexa. Enquanto na maioria dos países existe apenas um órgão regulador para os alimentos, no Brasil essa tarefa era dividida entre alguns ministérios. Na prática, a divisão acabava dificultando a vida dos fabricantes, principalmente daqueles que eram obrigados a se dirigir a todos os ministérios. Por volta de 1990, o interesse dos fabricantes de alimentos funcionais no Brasil começou a mudar seguindo as tendências dos mercados mundiais. Nessa época, a Anvisa ainda não estava preparada para lidar com toda a regulamentação, mas, em 1998, com a contribuição de pesquisadores de várias áreas, surge a primeira proposta para regulamentação dessa classe de produtos no Brasil. Foi criada a Comissão Técnico-Científica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos (CTCAF), que tinha como objetivos: • prestar assessoria à Anvisa; • avaliar toda a documentação científica para a comprovação da eficácia de novos alimentos; 53 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL • avaliar todos os pedidos de novos alimentos a fim de evitar alimentos que possam oferecer riscos a saúde do consumidor; • avaliar os alimentos quanto a sua eficácia nas propriedades funcionais propostas. Apesar de a comissão levar em seu nome alimentos funcionais, não temos no Brasil uma categoria específica para esse tipo de alimento; os alimentos funcionais são regidos pelas mesmas leis dos alimentos convencionais. O conceito de alimentos funcionais surgiu por conta da população que busca uma qualidade de vida cada vez mais longa e melhor. Aliados aos avanços tecnológicos, foi possível aumentar a expectativa de vida mundial e implementar uma nova cultura, em que as pessoas primam pelo consumo dos alimentos puros e frescos e preferem resolver ou amenizar seus problemas de saúde através de dietas específicas em vez de recorrer a complementações e suplementações. Assim, essa nova categoria de produtos tem se tornado cada vez mais importante, mas deve-se investir em conhecimento para a população, pois a forma como são utilizados e entendidos ainda é bem confusa. Se o consumidor passar a entender melhor cada produto, com certeza ele passará a se beneficiar mais daquele determinado alimento, pois vai saber exatamente o que está ingerindo. 3.4 Alimentos funcionais, segundo a Anvisa (2008) É importante esclarecer que alimentos funcionais e alimentos enriquecidos são coisas diferentes. As alegações de propriedade funcional utilizadas nos chamados alimentos funcionais estão relacionadas ao papel metabólico ou fisiológico que um nutriente (por exemplo, fibras) ou não nutriente (por exemplo, licopeno) tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções do organismo. Isso significa que esses alimentos contêm ingredientes que podem auxiliar, por exemplo, na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, na proteção das células contra os radicais livres, no funcionamento do intestino, na redução da absorção do colesterol, no equilíbrio da flora intestinal, entre outros, desde que seu consumo esteja associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Sempre que uma empresa quiser fazer esse tipo de alegação, esta deve ser submetida à avaliação da Anvisa (Resoluções 18 e 19/99). É importante ressaltar que as alegações não podem fazerreferência ao tratamento, prevenção ou cura de doenças. Já os alimentos enriquecidos são aqueles aos quais é adicionado um ou mais nutrientes essenciais, tais como vitaminas, minerais e/ou aminoácidos, em quantidades definidas em regulamento específico (Portaria 31/98). O objetivo dessa adição é reforçar o seu valor nutritivo em um ou mais nutrientes. Alguns alimentos, tais como as farinhas de milho e trigo, têm obrigatoriamente que ser fortificados com ferro e ácido fólico, visando à redução da prevalência de anemia ferropriva e das doenças do tubo neural durante a formação do embrião, respectivamente. Um alimento enriquecido pode ter uma alegação plenamente reconhecida para vitaminas ou minerais. Para um alimento poder veicular as alegações de propriedade funcional já aprovadas pela Anvisa, ele deve atender aos requisitos preestabelecidos (Anvisa, 2008). Caso a alegação ainda não tenha sido 54 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II aprovada, esta deve ser submetida à Anvisa para avaliação. Os produtos sob vigilância sanitária que queiram veicular alegações de propriedade funcional devem ser registrados na Anvisa. Caso o produto seja de competência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o registro deve ser feito no referido órgão, e a alegação deve ser submetida à avaliação da Anvisa. Qualquer pessoa pode consumir alimentos funcionais, e, caso haja alguma restrição ou orientação quanto ao uso, esta deve vir indicada no rótulo. Existem alimentos funcionais naturais e industrializados; a aveia, por exemplo, contém fibras e tem alegação comprovada de que auxilia na redução da absorção de colesterol. Nos alimentos funcionais podem ser encontrados nutrientes, como: ingredientes fontes de fibras (inulina, frutooligossacarídeos, polidextrose, beta glucana, dextrina resistente, betaglucana, lactulose, entre outros), fitoesteróis, probióticos (microrganismos que contribuem para o equilíbrio da flora intestinal), ácidos graxos ômega 3, além de quitosana, psyllium e produtos com proteína de soja. Alguns ingredientes contidos nos alimentos funcionais podem ter limite máximo de consumo, por exemplo, ingredientes fontes de fibras. Nesses casos, a quantidade do ingrediente por porção é limitada e está indicada nos requisitos disponíveis no site da Anvisa. Saiba mais Consulte a lista da Anvisa em: AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Alimentos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde, novos alimentos/ ingredientes, substâncias bioativas e probióticos. Brasília, 2008. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno_lista_alega. htm>. Acesso em: 10 mar. 2017. Em relação à propriedade funcional do nutriente ou não nutriente, ela deve ter sido cientificamente comprovada na aprovação da alegação. No entanto, em relação à composição do alimento como um todo, podem haver casos em que haja grande quantidade de açúcar, sódio ou gordura em sua composição, o que não é saudável. Por isso, é importante estar atento às informações nutricionais constantes nos rótulos. A Gerência Geral de Alimentos, considerando a Estratégia Global em Alimentação Saudável da Organização Mundial de Saúde e a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, do Ministério da Saúde, está avaliando a definição de um perfil nutricional para os alimentos que queiram utilizar alegações de propriedade funcional. Podemos dizer que o Brasil foi um dos primeiros países a regulamentar o uso de alegações de propriedade funcional. 55 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Além dos cuidados gerais na escolha de alimentos, o consumidor deve observar a lista de ingredientes e a tabela de composição nutricional, identificar a alegação do produto e tentar entender qual o benefício será obtido com o consumo daquele alimento. Deve também compará- lo com outros semelhantes e escolher o que melhor atende às suas necessidades. É importante ainda não comprar produtos que se definam como alimento e que façam indicação para o tratamento, prevenção ou cura de doenças no rótulo ou material de divulgação, já que alimentos não têm essa propriedade. Lembrete Sempre que uma empresa quiser fazer esse tipo de alegação, esta deve ser submetida à avaliação da Anvisa (Resoluções 18 e 19/99). É importante ressaltar que as alegações não podem fazer referência ao tratamento, prevenção ou cura de doenças. Esse é um mercado que vem crescendo muito. Por um lado, as empresas buscam inovações tecnológicas para agregar valor aos produtos já comercializados e, por outro, os consumidores buscam novos produtos a fim de compensar uma alimentação inadequada. A maior responsabilidade da vigilância sanitária, neste caso, é garantir a segurança de consumo e veracidade das alegações funcionais. Por isso, a Anvisa vem trabalhando no esclarecimento de dúvidas do setor regulado e na educação sanitária da população. O que é preciso ficar claro para a população, é que o consumo de alimentos funcionais deve estar associado a uma alimentação adequada e a hábitos de vida saudáveis. Os alimentos com alegação de propriedade funcional podem fazer parte de uma alimentação saudável, mas não devem substituí-la. Observação A Anvisa já dispõe de uma série de propriedades funcionais aprovadas. As empresas que desejem utilizar essas alegações devem seguir uma série de requisitos específicos, que podem ser consultados no endereço eletrônico da Anvisa na internet. 3.5 Alimentos funcionais não são somente aqueles sem glúten e sem lácteos O conceito de gastronomia funcional é muito mais amplo do que somente uma cozinha na qual são proibidos o glúten e a lactose. Podemos, sim, ter uma preparação que seja funcional e que leve leite e trigo, por exemplo. Para que fique claro, temos os iogurtes naturais, que são ricos em probióticos e desempenham papéis super funcionais em nosso organismo, auxiliando na manutenção da flora intestinal. 56 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II É importante deixar bem claro que alimentos e produtos sem glúten e sem lactose não são necessariamente funcionais. Existem alguns grupos de alimentos que já têm sua eficácia comprovada e são necessários para manter nosso organismo funcionando a todo vapor. Podemos citar os carotenoides, como o licopeno e o betacaroteno, que previnem o envelhecimento precoce da pele, já que são antioxidantes. A ciência está cada vez mais interessada na função desses nutrientes em nosso organismo, ao passo que a nutrição também vem se desenvolvendo, oferecendo várias opções de estudos na área. A gastronomia procura se unir à nutrição funcional para estudar essas interações, formando a gastronomia funcional. Ainda hoje, a maior parte dos alimentos que são comercializados como funcional, é, no máximo, sem glúten/lácteos ou com alguns açúcares e farinhas menos processados. Para que um produto possa se dizer funcional, ele deve conter algum dos nutrientes a seguir: ômega 3, carotenoides, fibras alimentares, fitoesteróis, poliesteróis, probióticos, proteína de soja. 4 ALIMENTOS FUNCIONAIS E SUA ATUAÇÃO NO ORGANISMO Os alimentos funcionais são decorrentes de vários efeitos metabólicos e fisiológicos que contribuem para um melhor desempenho do organismo do indivíduo que os ingere. A composição química dos alimentos, bem como sua qualidade, sempre foram informações de suma importância. Atualmente, já podemos encontrar alimentos funcionaisnaturais e artificiais. Os naturais são alimentos que contêm: ácidos graxos (linoleico, ômegas 3 e 6, e limonoides), fibras, probióticos (lactobacilos e bifidobactérias), compostos fenólicos (resveratrol, isoflavona e zeaxantina) e carotenoides (betacaroteno, licopeno, luteína), pois cada um deles exerce uma função específica no organismo. Os industrializados devem ser avaliados e seus resultados comprovados através de testes e pesquisas. Por serem naturais, seu uso não acarreta nenhum tipo de contraindicação, mas, de qualquer forma, a pessoa que vai consumir deve sempre ficar atenta ao rótulo para que possa utilizar o produto da melhor forma. O ideal é que se faça uso desses alimentos aliados a uma dieta específica para cada caso. Saiba mais Para mais informações, leia: CROSARA, L. Alimento, movimento & alma. São Paulo: Sesi-SP Editora, 2015. (Coleção Alimente-se Bem). 57 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL 4.1 A utilização dos alimentos funcionais no processo de desintoxicação do organismo Com os alimentos funcionais, praticamos a máxima de que você é aquilo que você come. Os alimentos são os responsáveis por nosso equilíbrio metabólico e são eles que vão nos ajudar a manter nossa saúde e beleza, prevenir de doenças e, com isso, melhorar nossa qualidade de vida. Os alimentos funcionais são muito utilizados para se fazer reeducação alimentar, pois ajudam o organismo a eliminar substâncias indesejáveis, as chamadas toxinas, e juntamente com elas o excesso de gordura. Quando queremos nos desintoxicar, não devemos nos preocupar com as calorias, mas, sim, com a qualidade dos alimentos que estão sendo ingeridos e suas funções específicas em nosso organismo. Os alimentos que ajudam a desintoxicar também ajudam a emagrecer. Ao utilizarmos os alimentos funcionais para uma função desintoxicante, estamos limpando e facilitando o trabalho de órgãos, como o fígado, o intestino, os rins, o sistema linfático, a pele e os pulmões. Os maiores benefícios de uma dieta funcional desintoxicante são: prevenção de inflamações crônicas, aumentando o consumo de alimentos ricos em ômega 3; diminuição dos níveis de açúcar no sangue, ajudando a prevenir e tratar diabetes; diminuição dos níveis de gordura, ajudando no controle da pressão arterial e diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares; prevenção de depressão, demência senil, problemas degenerativos e quadros alérgicos crônicos, como rinite, sinusite, asma, por exemplo. Com uma orientação nutricional adequada, voltada para a desintoxicação, conseguimos prevenir inúmeras doenças e ter maior qualidade de vida. 4.2 Intolerâncias alimentares O primeiro ponto para evitar as intolerâncias alimentares é conhecer o seu organismo e os alimentos que são compatíveis com ele. As intolerâncias ocorrem quando o organismo encontra algum tipo de deficiência no processo de digestão de determinados alimentos. Temos que entender também que intolerâncias alimentares são diferentes de alergias alimentares. Estas são mais fáceis de serem identificadas, pois atacam diretamente o sistema imunológico; assim que consome o alimento, o indivíduo já sente sintomas, como coceiras, manchas na pele e asfixia. Para intolerâncias, os sintomas são confundidos, pois são diversos: sentimos desconfortos, mas, normalmente, não associamos ao alimento. Por isso, continuamos a nos autossabotar até que chegamos a um ponto crônico da doença. Só então fazemos exames específicos que conseguem diagnosticar as intolerâncias. Pode-se demorar anos para associar alimentação incompatível com doenças sentidas em nosso organismo. Os efeitos são camuflados e podem aparecer através de olheiras, cansaço, gastrite, estufamento gástrico, coceiras, diarreia, entre outros sintomas, que são exaustivamente tratados sem que tenhamos um bom resultado. Com o tratamento, o sintoma pode até ser amenizado, mas depois de um curto período de tempo e o fim da medicação, ele reaparece. 58 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Observação As intolerâncias alimentares se caracterizam por uma reação do organismo provocada pela deficiência no processo de digestão de determinados alimentos. 4.2.1 Intolerâncias alimentares tratadas através de dietas Muito pior do que engordar por comer determinado alimento é não poder comer ou ter que se privar do que gosta por conta de alergias ou intolerâncias. Muitas pessoas devem diminuir o consumo de certos tipos de alimentos por problemas de saúde, entretanto, existem muitas outras que precisam excluir definitivamente alguns alimentos de suas dietas por causa de intolerâncias. Para essas pessoas, os alimentos funcionais têm um papel muito importante na alimentação diária. A seguir, estão listados três exemplos de doenças que podem ser tratadas e ter uma melhora significativa com a aplicação de dietas específicas. As três doenças mais conhecidas são fenilcetonúria, doença celíaca e intolerância à lactose. A quantidade de casos é tão significativa que a Anvisa criou uma portaria determinando que os rótulos dos alimentos contenham informações bem visíveis quanto à presença de fenilalanina, lactose e glúten. Vamos conhecer um pouco mais cada uma dessas doenças. Fenilcetonúria (PKU) É uma doença hereditária causada pela ausência da enzima que participa da eliminação da fenilalanina no organismo. A fenilalanina é um aminoácido essencial e está presente em todos os tipos de proteínas e leguminosas. O excesso desse aminoácido no organismo se torna tóxico e ataca o cérebro; se a doença não for diagnosticada e tratada corretamente, pode causar sérios problemas mentais. O exame deve ser feito assim que a pessoa nasce através do teste do pezinho. Se o resultado for positivo, o tratamento já é iniciado imediatamente, possibilitando que a criança se desenvolva normalmente, sem nenhuma sequela para o seu sistema nervoso. O tratamento consiste na exclusão de alimentos que contenham fenilalanina da alimentação, desde o nascimento até a idade adulta, principalmente no caso das mulheres grávidas. É uma restrição muito severa, e as pessoas com essa doença normalmente necessitam de suplementações; por conta disso, o acompanhamento médico e nutricional é essencial. Atualmente, com o avanço das tecnologias, já conseguimos encontrar no mercado produtos com baixo teor de proteínas que podem ser consumidos por esse grupo de pessoas. 59 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Doença celíaca A intolerância ao glúten não necessariamente nasce com a pessoa, ela pode se desenvolver ao longo dos anos e seus principais sintomas são barriga inchada, diarreia, falta de apetite, dor abdominal, vômito, entre outros. A intolerância ao glúten é chamada de doença celíaca, que costuma se manifestar na infância, mas pode ocorrer em qualquer fase da vida. Os alimentos que contêm o glúten e não devem ser ingeridos são: trigo, malte, cevada, aveia e centeio. Para obter o diagnóstico dessa doença, é necessário que se faça uma biópsia da mucosa intestinal; após o resultado, inicia-se uma dieta sem glúten. Essa restrição deve permanecer por toda a vida. Entretanto, algumas substituições de ingredientes podem ser feitas para não interferir tanto nos hábitos alimentares, por exemplo, substituir a farinha de trigo por farinha de arroz, amido, farinha de milho, fubá, polvilho, fécula de batata etc. Dessa forma, muitas receitas podemser facilmente adaptadas. Tabela 49 Farinha sem glúten Farinha de arroz 1 kg Fécula de batata 330 g Araruta 165 g Preparo: Misture todos os ingredientes e guarde-os em recipiente fechado. Exemplo de alimentação de um celíaco: Café da manhã • leite fresco; • café instantâneo; • pão sem glúten; • queijo branco; • maçã. Lanche • iogurte com mel. 60 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Almoço • frango grelhado; • arroz; • feijão; • salada; • suco de maracujá. Lanche • gelatina. Jantar • peixe assado com tomate e cebola; • batata inglesa assada; • suco de morango. Atenção: antes de consumir, sempre confira os rótulos dos produtos para se certificar dos ingredientes que os compõem. Intolerância à lactose O açúcar do leite se chama lactose e, para digerir esse açúcar, nosso organismo necessita de uma enzima chamada lactase. Muitas pessoas já nascem com deficiência nessa enzima. Em outras, o organismo simplesmente deixa de produzir ao longo da vida. Os dois tipos são pessoas intolerantes à lactose. Não devemos nos alarmar por passar mal um único dia ingerindo um copo de leite. Os sintomas da intolerância são muito mais sérios e causam muito mais incômodos, como diarreias, flatulências e inchaços abdominais. Para obter o diagnóstico correto, devem ser feitos exames clínicos e biópsias. Muitas pessoas, mesmo com o diagnóstico positivo, ainda toleram a ingestão de alimentos com lactose reduzida, e a ingestão dos demais nutrientes é normal. Alguns iogurtes, inclusive, possuem enzimas que ajudam na digestão da lactase. Como em todos os casos de intolerâncias, é necessário ler os rótulos e procurar saber todas as informações sobre as preparações que vão ser ingeridas. 61 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Quais são os alimentos permitidos e os alimentos proibidos? Os alimentos permitidos são: • bebidas: café, suco de frutas, leite sem lactose, leite de soja; • pães e cereais: pão italiano, macarrão, bolacha de água e sal e cereais, desde que os alimentos processados não levem leite em sua composição; • sobremesas: gelatinas, sorvete de frutas sem leite, bolos sem leite; • óleos e gorduras: creme vegetal; • carnes: carnes em geral, linguiças; • diversos: pipoca, confeitos de açúcar, molho de soja. Os alimentos proibidos são: • bebidas: leite comum, iogurtes em geral, vitaminas, chocolate, cappuccino; • pães e cereais: bolos, biscoitos, waffers, alguns cereais matinais, massas folhadas feitas com manteiga ou margarina; • sobremesas: sorvetes com leite, pudim, chocolate, massa de torta feita com manteiga ou margarina; • óleos e gorduras: manteigas e margarinas; • carnes: empanados, carnes recheadas com queijo; • diversos: chocolates, adoçantes, balas. Mitos e verdades Culturalmente, as pessoas têm o hábito de achar que alguns alimentos são melhores do que outros, mas nem sempre essas substituições são inteligentes. A seguir estão listados alguns produtos que vão fazer a diferença para uma alimentação ser mais funcional. Margarina x azeite Margarina: por não conter colesterol e ser enriquecida, as pessoas têm a falsa ilusão de que a margarina não faz mal e a consomem desenfreadamente, mas temos que lembrar que esse produto é totalmente industrializado, que a maioria das marcas contém gordura hidrogenada e todas contêm aditivos químicos que são prejudiciais à saúde. 62 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Azeite: é um ótimo substituto, pois possui ômega 9, que ajuda na redução do colesterol ruim, previne complicações cardiovasculares e auxilia na diminuição de inflamações. Peito de peru x sardinha Peito de peru: é muito utilizado em substituição a outros embutidos por ter a fama de ser mais leve, mas temos que lembrar que ele também é rico em sal e aditivos químicos. Sardinha: é um ótimo substituto, assim como o atum, para todos os tipos de embutidos. Mesmo quando são conservados enlatados, seus benefícios continuam sendo muito grandes para a saúde. Possuem proteínas, vitaminas e minerais e ajudam na prevenção de diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras. Suco x coco Sucos industrializados: é muito mais prático comprar um suco pronto do que comprar a fruta e fazer o suco, então muitas pessoas optam por isso. O que a maioria não sabe é que o que menos se encontra nesses sucos é a polpa da fruta em si. Eles são feitos de açúcares e adoçantes, aditivos químicos e espessantes, o que pode aumentar as chances de se desenvolver doenças cardiovasculares, obesidade, acúmulo de gordura no fígado, entre outros. Água de coco: é um substituto natural, tem um ótimo poder de hidratação, além de vitaminas e minerais. Bolacha x pão Bolacha de água e sal: as pessoas têm a ilusão de que as bolachas de água e sal são uma ótima opção, leves e benéficas para a saúde, mas é justamente ao contrário; elas são ricas em gordura hidrogenada para manter a crocância e são feitas de farinha de trigo refinada, que aumenta o valor calórico e, com isso, os riscos de diabetes e obesidade. Torradas e pães integrais: os pães e as torradas integrais, principalmente os caseiros, são a melhor opção para substituição por conter fibras, ajudar no bom funcionamento do intestino, prevenir doenças e auxiliar na redução de peso. Barrinhas x castanhas Barrinhas de cereais: muitas pessoas levam barrinhas como opções fáceis para a hora da fome. Mas o que pouca gente sabe é que muitas dessas barrinhas nem fibra possuem e estão cheias de coberturas fracionadas, que aumentam o teor de gordura ruim, corantes e uma alta concentração de frutose, ingredientes que são péssimos para a saúde. Castanhas e frutas secas: as naturais são a melhor opção, mas hoje já conseguimos encontrar no mercado várias marcas orgânicas que são mais saudáveis e com menor teor de gordura. 63 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Saiba mais O site a seguir apresenta um guia dos alimentos e ingredientes mais importantes dentro de uma gastronomia funcional: <http://www.lactosenao.com/> 4.3 Guia de ingredientes importantes na gastronomia funcional O foco deste guia não é dizer ou mostrar se os alimentos emagrecem ou engordam, mas, sim, mostrar quais são suas funcionalidades. Apesar de serem chamados de funcionais, todos devem ser consumidos com moderação, para que se tenha um equilíbrio. Farinha de coco A farinha de coco tem ganhado cada vez mais espaço na cozinha de quem busca alternativas à farinha de trigo. Benefícios: • rica em fibras; sua concentração de fibras é de 42%. A farinha de trigo refinada, que é a mais utilizada em preparações, possui 3%; • baixo índice glicêmico; • mais proteica que a farinha de milho ou de centeio. Como usar: a farinha de coco é ótima para pães, tortas e bolos. Usada junto com a farinha de arroz, farinha de mandioca ou polvilho, diminui o índice glicêmico da receita. Adoçantes Na culinária funcional não se utiliza açúcar refinado nem xarope de glucose de milho. No processo de fabricação desses dois adoçantes, os nutrientes são praticamente todos perdidos, fazendo com que seu índice glicêmico se torne muito alto. O organismo metaboliza esses açúcares muito rápido, seu excessose transforma em gordura e o indivíduo se sente satisfeito por pouco tempo. Existem diversas opções de substitutos a eles, infinitamente mais saudáveis e que adoçam as receitas e deixam-nas muito gostosas. Os principais: • tâmaras: além de ricas em carboidratos simples e complexos, é fonte de fibras, minerais e vitaminas. Por ter carboidratos complexos, ela é digerida mais lentamente, o que aumenta a sensação de saciedade e evita picos de glicose no sangue. 64 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Como usar: a maneira mais fácil de usá-las é deixá-las de molho em água por alguns minutos e então bater até que vire uma espécie de purê. Sua quantidade depende do tamanho da preparação que vai usar. Por exemplo, para adoçar um copo de suco, 1-2 tâmaras são suficientes. Para um bolo de caneca, de 3-4. Para bolos maiores, pode-se colocar 1 xícara desse purê. • Mel, xarope de ágave, maple syrup: como tudo, todos esses adoçantes têm seu lado bom e ruim. A chave sempre é o equilíbrio e a rotatividade. Todos são opções melhores que o açúcar refinado, pois passam por menos processos químicos. • Açúcar de coco: infelizmente aqui no Brasil, assim como a farinha de coco, é um ingrediente não tão fácil de ser encontrado e também não muito barato. É excelente, pois é rico em fibras e tem um índice glicêmico bem baixo. • Stevia: é originária de uma planta e é uma boa opção para substituir os adoçantes comuns. • Açúcar mascavo e demerara: originários da cana-de-açúcar, são opções mais interessantes que o açúcar refinado comum. Por não passarem por processos de refinamento, eles preservam seus nutrientes e possuem índice glicêmico menor. O açúcar demerara possui gosto menos característico que o mascavo, que algumas pessoas podem considerar com gosto de caramelizado. Essas são algumas das principais opções. Todas possuem índice glicêmico menor que o açúcar e adoçam tão bem quanto. Percebam que as substituições dos tipos de adoçantes na culinária funcional sempre prezam pela redução do índice glicêmico. Como fazer isso? Aumentando a quantidade de fibras e proteínas do alimento em questão. Óleo de coco e manteiga ghee Precisamos de gorduras para sobreviver. Existem gorduras boas e gorduras ruins. A manteiga ghee é uma ótima opção para intolerantes à lactose. Seu processo de fabricação deixa somente a gordura. O óleo de coco é rico em antioxidantes e auxilia na diminuição do colesterol ruim, o LDL, além de ter propriedades anti-inflamatórias. Ele não apresenta gorduras trans e, quando submetido a altas temperaturas, não perde suas características nutricionais. Temos muitos outros ingredientes utilizados na gastronomia funcional, mas esses são alguns dos mais comuns. Biomassa de banana verde A biomassa de banana verde nada mais é do que a polpa da banana verde cozida e processada em liquidificador. Ela é um superalimento, pois a banana verde tem o chamado amido resistente, que atua 65 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL como fibras insolúveis, permanecendo no intestino e ajudando, assim, a manter e reestabelecer a flora intestinal. Ela é considerada um alimento probiótico devido aos seus benefícios no organismo, que não são poucos: • estimula o crescimento de bactérias no intestino, como os lactobacilos; • combate o colesterol; • diminui a absorção de açúcares e gordura pelo organismo; • auxilia em tratamentos contra sobrepeso e obesidade por ser um alimento que dá bastante saciedade; • previne o câncer de cólon. Esses são alguns dos benefícios. A biomassa de banana verde também tem baixo valor calórico e não tem gosto específico, ela vira um coringa em qualquer receita. Seu preparo é bem simples. Como fazer a biomassa de banana verde Ingredientes: • 10 bananas verdes inteiras Modo de fazer: Corte as bananas pela ponta, destacando-as do cacho, mas sem deixar aparecer à polpa, e coloque-as na panela de pressão. O tipo de banana a ser utilizado não vai influenciar no resultado final, então pode escolher a que melhor preferir: caturra, maçã, nanica, prata etc. Despeje água fervendo sobre as bananas, o suficiente para cobri-las, a fim de causar um choque térmico. Tampe a panela de pressão e leve ao fogo. Depois que a panela começar a chiar, conte 8 minutos. Passado esse tempo, desligue o fogo e deixe as bananas cozinhando até o vapor sair por inteiro, ou conte 20 minutos de cocção. Deixe as bananas na água quente da panela e com cuidado, uma a uma, vá retirando-as da panela. Tire a polpa da casca e coloque imediatamente no liquidificador/processador. Adicione um pouco de água filtrada para conseguir bater melhor as bananas. A textura da biomassa deve ser cremosa, tipo um purê. A água é necessária para não sobrecarregar o liquidificador. É bem importante que as bananas estejam quentes ainda. Cuidado ao descartar a água em que as bananas foram cozidas, ela pode deixar a louça preta. O melhor é descartá-la na pia vazia. A cor da biomassa vai depender do tipo de banana utilizada, mas a cor não altera o sabor. A validade é de uma semana na geladeira ou até 5 meses no freezer. 66 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Fichas técnicas Tabela 50 Receita funcional: brigadeiro de grão‑de‑bico Óleo de coco 3 colheres de sopa Farinha de grão-de-bico 1 xícara de chá Leite de amêndoa 1 xícara de chá Açúcar demerara ¾ xícara de chá Cacau orgânico 3 colheres de sopa Cacau (70%) em lascas orgânicas ½ xícara de chá Preparo: Em uma panela rasa, aqueça o óleo de coco e acrescente a farinha de grão-de-bico em fogo brando mexendo até começar a dourar. Acrescente o açúcar demerara, o cacau em pó e continue misturando. Adicione o leite de amêndoa e misture até obter uma massa consistente que desgrude da panela. Retire da panela e distribua em uma tábua de vidro ou mármore. Deixe esfriar. Faça pequenas bolinhas passando-as no cacau em lascas. Leve ao freezer por pelo menos uma hora. Sirva gelado. Substituições para o leite de amêndoa: leite de arroz, leite de coco, leite de macadâmia, leite de soja, leite de painço. Tabela 51 Nutella funcional – Rawtella Avelã 200 g Óleo de coco 1 ½ colher de sopa Extrato de baunilha 2 colheres de chá Agave ou açúcar mascavo ou açúcar demerara ½ xícara de chá Cacau em pó 1 ½ colher de sopa Preparo: Pré-aqueça o forno a 150 ºC. Em um tabuleiro, coloque as avelas. Deixe lá por 15 minutos, mas sempre observando até a pele delas começar a escurecer. Enquanto isso, pegue um pano, molhe-o, deixando-o úmido. Assim que os 15 minutos se passarem, jogue as avelãs no pano e feche. Esfregue as nozes para que a pele ressecada saia com a umidade do pano. A maioria precisa estar sem a pele, mas caso seja impossível tirar de algumas, não tem problema. Coloque todas no microprocessador. Processe as nozes por 10 minutos; de minuto em minuto vá misturando para que elas não grudem embaixo. Adicione o óleo de coco e deixe a massa homogênea. Em seguida, adicione o resto dos ingredientes. Sirva em seguida. Tabela 52 Brownie funcional Ovo 2 unidades Óleo de coco 1 ½ colheres de sopa Açúcar demerara 3 colheres de sopa Suco de maracujá ou leite de coco ½ xícara de chá Biomassa de banana verde 1 xícara de chá Achocolatado Native 8 colheres de sopa Coco ralado 100 g Fermento em pó 1 colher de sopa 67 Re vi sã o: N om e do re vi so r - Dia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Preparo: Bata no liquidificador as gemas, o açúcar, o óleo de coco, o suco de maracujá (ou leite de coco), a biomassa e o achocolatado. Acrescente o coco ralado à mistura já batida. Bata a clara em neve e acrescente o fermento ao final. Acrescente devagar a clara em neve à mistura do bolo. Coloque a massa em ramekins, fôrmas de silicone ou em um tabuleiro retangular e leve ao forno pré-aquecido, por cerca de 20 a 30 minutos. Tabela 53 Pão de arroz (sem glúten) Goma Água filtrada 100 ml Polvilho azedo 1 colher de sopa Pão de arroz Creme de arroz 1 ½ xícara de chá Farinha de arroz integral ½ xícara de chá Polvilho doce 13 xícara de chá Açúcar demerara 1 colher de sopa Sal marinho 1 colher de sopa Fermento biológico seco instantâneo 1 ½ colher de sopa Água filtrada morna 1 ¼ xícara de chá Ovo caipira 2 unidades Azeite de oliva extravirgem 2 colheres de sopa Alecrim q.b. Flor de sal q.b. Preparo (goma): Em uma panela pequena, coloque a água e dissolva bem o polvilho azedo. Leve ao fogo médio e deixe ferver, mexendo sempre, até obter uma goma transparente (se ficar grossa demais, acrescente um pouco mais de água). Reserve. Preparo (pão de arroz): Pré-aqueça o forno em temperatura alta (200º C). Em uma tigela grande, coloque todos os ingredientes secos e o fermento. Adicione a água morna e misture bem. Depois ponha os ovos e o azeite de oliva, e misture até obter uma massa homogênea. Acrescente a goma reservada e misture até incorporá-la bem à massa. Cubra com um pano de prato limpo e deixe descansar de 20 a 30 minutos. Coloque a massa na fôrma untada com azeite. Salpique o alecrim e a flor de sal por cima, leve ao forno e asse por 20 minutos. Abaixe a temperatura do forno e asse por mais 10 minutos ou até que fique dourada. Depois de assado, se quiser, corte o pão em fatias e congele-o imediatamente, isso impede que ele fique seco. Dicas: os ovos podem ser substituídos por ½ xícara de chá de leite de arroz. Torrar o pão antes de comer. 68 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Tabela 54 Bolinho de grão‑de‑bico O grão-de-bico é rico em proteína vegetal, fibras, complexo B e magnésio. Grão-de-bico 200 g Azeite 1 colher de sopa Cebola em cubinhos 2 colheres de sopa Tempero de alho ½ colher de chá Cominho q.b. Sal q.b. Salsinha e cebolinha 1 ½ colher de sopa Pimenta-do-reino q.b. Pimenta fresca 1 colher de chá Farinha de arroz integral ½ xícara de chá Flocos de quinoa 1 xícara de chá Preparo: Deixe o grão-de-bico de molho por uma noite antes do preparo ou pelo tempo que conseguir. Cozinhe-o na pressão até que esteja bem macio. Retire a pele e amasse-o bem. Em uma panela, coloque metade do azeite e refogue rapidamente a cebola e o alho. Acrescente esse refogado ao grão-de-bico, coloque o cominho, as ervas, as pimentas, o sal e misture bem. Coloque o restante do azeite e, aos poucos, a farinha até que consiga formar discos. Acerte o sal, molde discos chatos ou bolinhos e passe nos flocos de quinoa. Em uma frigideira antiaderente, coloque os bolinhos e grelhe-os dos dois lados, deixando-os levemente dourados ou leve ao forno pré-aquecido a 200 ºC por aproximadamente 10 minutos. Tabela 55 Panqueca de quinoa Não leva farinha de trigo nem leite. Portanto, é menos inflamatória e engorda menos. Tem uma ótima dose de proteína vegetal. Os flocos de quinoa são um cereal muito rico em proteína vegetal, complexo B, ferro, magnésio e zinco. A castanha-de-caju é rica em vitamina E (eficaz para a pele e o cérebro), potássio, fósforo, fibras e proteínas vegetais. Ajuda no controle da pressão arterial e na formação de ossos, diminui o colesterol e previne doença cardiovascular. Ovo 2 unidades Manteiga ghee 3 colheres de chá Leite de castanha-de-caju 240 ml Farinha de araruta 3 colheres de sopa Farelo de aveia 1 colher de sopa Quinoa em flocos 5 colheres de sopa Sal ½ colher de chá Preparo: Bata no liquidificador os ovos, a manteiga ghee, o leite de castanha-de-caju, a farinha de araruta, o farelo de aveia, a quinoa em flocos e o sal, por dois minutos. Com a ajuda de uma concha, coloque um pouco da massa em uma frigideira antiaderente pré-aquecida e espalhe bem até cobrir a frigideira. Doure os dois lados. Repita o processo novamente até usar toda a massa. Recheie a gosto. Sirva em seguida. 69 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Sugestão de recheios nas tabelas 56 e 57: Tabela 56 Ricota com espinafre Ricota fresca 1 xícara de chá Espinafre 2 xícaras de chá Tempero de alho caseiro 1 colher de chá Azeite ½ colher de sobremesa Sal q.b. Preparo: Lave bem e pique o espinafre em tiras. Em uma panela, coloque o azeite e o alho e refogue-o rapidamente. Acrescente o espinafre e cozinhe por 3 minutos ou até que murche. Rale ou amasse a ricota, acrescente o espinafre refogado e acerte o sal. Tabela 57 Carne moída Patinho moído 300 g Cebola em cubinhos ½ unidade Tempero de alho caseiro 1 colher de chá Tomate sem semente em cubos 1 unidade Azeite 1 colher de chá Salsinha 1 colher de sopa Sal q.b. Preparo: Aqueça uma panela, coloque o azeite e refogue a cebola e o alho. Acrescente o tomate e deixe-o refogar por mais 2 minutos. Em seguida, acrescente a carne moída e mexa para que comece a soltar e cozinhar. Deixe que cozinhe em fogo médio, acerte o sal e finalize com salsinha picada. Tabela 58 Brigadeiro de biomassa de banana verde Esse brigadeiro tem um toque funcional com a adição da biomassa de banana verde. A biomassa substitui o leite condensado; o cacau em pó, o achocolatado. Como o cacau tem sabor mais concentrado do que o achocolatado, duas bolinhas já são suficientes para saciar a vontade de comer doce. O cacau é rico em flavonoides, os quais possuem efeito antioxidante, melhora a imunidade e protege contra inflamações. Já a banana é rica em fibras, potássio, magnésio e triptofano. Regula o intestino, previne câimbras e produz bem-estar físico e mental. Biomassa de banana verde 1 xícara de chá Cacau em pó 2 colheres de sopa Chocolate em pó 2 colheres de sopa Chocolate em barra 70% (costuma ter traços de leite) 25 g Água quente 3 colheres de sopa Pimenta-caiena 1 pitada Canela 1 pitada Óleo de coco para untar as mãos q.b. 70 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Preparo: Em uma panela, coloque a biomassa, o cacau e a água. Deixe dissolver; adicione o chocolate 70% e as pitadas de pimenta caiena e canela. Mexa por cinco minutos ou até começar a aparecer o fundo da panela. Deixe esfriar. Com a massa já fria, umedeça as mãos (caso fique muito grudento, unte as mãos com o óleo de coco) e enrole os brigadeiros, passando as bolinhas no cacau em pó. Enfeite conforme a sua imaginação. Você pode usar castanhas raladas ou nibs de cacau. Tabela 59 Coxinha de batata‑doce Os salgadinhos são tradicionais em festas de crianças, mas todo adulto adora. A coxinha de batata-doce é uma versão muito funcional. O melhor de tudo isso é que ela fica muito parecida com a original, só que muito mais saudável. Além de não ser frita, ela também não tem glúten. A batata-doce tem baixo índice glicêmico e é rica em vitamina A. Batata-doce 1 unidade (cozidae amassada) Peito de frango ¼ kg (cozido e desfiado) Tomate (sem pele e sem sementes picado) 1 unidade Alho 2 unidades Cebola (picada) ½ unidade Farinha de linhaça 2 colheres de sopa (para empanar) Azeite 1 colher de sopa Sal q.b. Pimenta e ervas q.b. Preparo: Cozinhe a batata-doce até que ela fique bem mole, ao ponto de amassar. Tempere-a com um pouco de sal e reserve. Pré-aqueça o forno a 200 °C. Em uma panela, refogue o alho e a cebola no azeite. Coloque o frango e deixe-o cozinhar por alguns minutos. Acrescente o tomate e os temperos. Refogue por três minutos. Coloque o creme de cottage e misture bem. Desligue e reserve. Com a batata-doce já amassada e fria, faça bolinhas na palma da mão, não é necessário untar as mãos. Faça um pequeno buraco no centro da bolinha e coloque o recheio. Feche a massa fazendo formato de coxinha. Empane a coxinha na farinha de linhaça. Distribua-as em uma assadeira antiaderente. Leve ao forno por 15 minutos ou até dourar. Tabela 60 Mousse de maracujá Essa preparação não tem lactose, e o maracujá é rico em vitaminas A e C, potássio e magnésio. Leite de castanha-de-caju 1 ½ xícara de chá Polpa de maracujá 1 ½ xícara de chá Açúcar de coco ½ xícara de chá Farinha de linhaça 1 colher de sopa Óleo de coco 1 colher de sopa Preparo: Coloque o leite de castanha-de-caju no liquidificador e acrescente a polpa de maracujá, o açúcar de coco, a farinha de linhaça e o óleo de coco. Bata até ficar um líquido pastoso. Coloque nos recipientes desejados e deixe no freezer por, aproximadamente, 1 hora ou até ficarem firmes. Sirva em seguida. 71 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 61 Nhoque de ricota assado Uma opção fácil de fazer, o nhoque fica gostoso e é mais saudável. Tem mais proteína e vitaminas e menor índice glicêmico. Essa receita pode ser feita tanto no modo tradicional de nhoque, colocando na água quente e esperando ele subir, como pode ser assado. O modo assado fica um pouco mais sequinho, mas é bem mais rápido de fazer. Ricota fresca 2 xícaras de chá Cebola (ralada) 1 unidade Ervas desidratadas 2 colheres de chá Azeite 1 colher de sobremesa Farinha de trigo integral (pode ser substituída por araruta) 1 xícara de chá Sal q.b. Pimenta q.b. Preparo: Tempere a ricota com a cebola, as ervas, o azeite, o sal e a pimenta e amasse tudo com um garfo. Adicione um pouco de farinha de trigo integral na massa de ricota para ajudar a dar mais firmeza. Amasse bem com as mãos (como amassamos pão-de-queijo). Para fazer o nhoque no modo tradicional: faça as bolinhas de nhoque com a ricota e pressione-as bem para ficarem firmes. Passe-as na farinha de trigo integral. Observe se você passou em todos os lados. A bolinha deve ficar bem coberta de farinha de trigo integral, caso isso não aconteça, ela irá desmanchar ao cozinhar. Deixe descansar por cerca de 2 horas antes de colocar na água quente para cozinhar. Ferva a água em uma panela alta e coloque os nhoques para cozinhar por cerca de 2 minutos. Quando eles subirem para a superfície, significam que estão prontos. Deixe-os escorrendo em uma escumadeira e sirva em seguida. Para fazer assado: pré-aqueça o forno em temperatura média. Faça as bolinhas de nhoque com a ricota e pressione-as bem para ficarem firmes. Passe-as na farinha de trigo integral. Disponha as bolinhas prontas em uma assadeira antiaderente e coloque-as para assar por cerca de 20 minutos em forno médio. Quando estiverem douradas, desligue o forno e sirva em seguida. Tabela 62 Molho de azeite Alho 1 unidade Limão (raspas) 1 unidade Salsinha 2 colheres de sopa Azeite 4 colheres de sopa Preparo: Pique o alho e a salsinha e misture com as raspas de limão e o azeite. Observação: faça o molho com antecedência, pois quanto mais tempo o azeite ficar em contato com os ingredientes, mais saboroso o molho fica. 72 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Tabela 63 Aveioca É superfácil de fazer e combina com o café da manhã, lanches da tarde e jantar. A aveia é rica em fibra solúvel, que ajuda a diminuir a absorção de açúcar e gordura no nosso intestino. A fibra beta-glucana ajuda a diminuir o colesterol sanguíneo, a reduzir a pressão arterial e a controlar o diabetes. Ajuda ainda na regulação do trânsito intestinal. Contém zinco, que auxilia na diminuição de acnes e melhora o sistema imunológico, e boro, um mineral importante para a saúde dos ossos. Farelo de aveia 3 colheres de sopa Farofa de castanhas 1 colher de chá Ervas secas (manjericão, orégano ou outra do seu gosto) 1 colher de chá Sal q.b. Água 4 colheres de sopa Preparo: Em um recipiente, coloque o farelo de aveia e cubra-o com a água. Cuidado para não passar na água, isso deixará sua massa muito úmida. Deixe hidratar por 5 minutos, tempere com o sal, as ervas e a farofa de castanhas. Em uma frigideira antiaderente, espalhe a massa. Leve ao fogo baixo até secar. Não precisa virar a massa do outro lado, só se você gostar dela mais crocante. Quando a massa estiver seca, retire-a e coloque o recheio desejado. Tabela 64 Suflê de espinafre e ricota O suflê é uma boa maneira de introduzir verduras às pessoas que não gostam tanto ou não têm o hábito de ingeri-las no dia a dia. Esse não tem glúten. Pode ser feito como prato principal ou acompanhamento. O espinafre é rico em cálcio (bom para os ossos) e carotenoides (bons para a visão), rico em antioxidantes (vitamina C, vitamina E, betacaroteno, manganês, zinco e selênio). Espinafre cozido 400 g Ricota fresca 100 g Ovo 1 unidade Leite de amêndoa 3 colheres de sopa Pimenta vermelha q.b. Cebolinha e salsinha picada 2 colheres de chá Azeite para untar q.b. Preparo: Misture o ovo e o leite de amêndoa. Tempere com a pimenta. Acrescente o espinafre, a ricota, a cebolinha e a salsinha. Despeje em uma fôrma untada. Asse em forno a 220 ºC por 30 minutos ou até dourar. Deixe descansar por 5 minutos antes de servir. 73 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 65 Bolinho de brócolis Os brócolis são um dos mais potentes alimentos funcionais. Rico em clorofila, vitamina C, betacaroteno, ferro, cálcio e magnésio. Ajuda também na prevenção da osteoporose. Brócolis (cozidos – podem ser picados ou triturados) 350 g Cebolinha, salsinha ou coentro 3 colheres de chá Farofa de amêndoas ou queijo ralado 23 xícara de chá Ovo 1 unidade Farinha de arroz 23 xícara de chá Pimenta q.b. Sal q.b. Preparo: Pré-aqueça o forno a 180 ºC. Em uma vasilha, misture os brócolis, as ervas e o alho. Acrescente a farinha de amêndoas, o ovo batido, o sal, a pimenta e a farinha de arroz. Misture bem e deixe no refrigerador por 10 minutos. Faça bolinhas e coloque em uma assadeira antiaderente. Leve ao forno por, aproximadamente, 10 minutos ou até dourar. Tabela 66 Pão de sementes sem glúten O leite de amêndoa é ótimo substituto do leite de vaca. Não tem lactose nem colesterol. Já a farinha de arroz é uma boa substituição para a farinha de trigo, pois é menos inflamatória, tem gosto agradável e é rica em nutrientes. Ovo 3 unidades Leite de amêndoa 1 xícara de chá Azeite 13 xícara de chá Farinha de arroz 1 xícara de açúcar Fubá xícara de chá Sal 1 colher de chá Açúcar demerara 1 colher de sopa Fermento biológico 1 colherde sopa Sementes picadas q.b. Preparo: Primeiro adicione todos os ingredientes líquidos no liquidificador, depois adicione os secos. Bata tudo por, aproximadamente, 1 minuto até formar uma massa lisa e líquida. Unte a fôrma com um pouco de azeite e farinha de linhaça. Coloque a massa só até a metade da fôrma. Espalhe as castanhas por cima; deixe descansar em um ambiente seco e quente por, aproximadamente, 20 minutos. A massa dobrará de volume. Pré-aqueça o forno a 180 ºC. Ao colocar o pão no forno, aumente para 200ºC e deixe-o assar por cerca de 15 minutos ou até ficar dourado. Retire do forno, espere amornar e desenforme. 74 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Tabela 67 Abobrinha recheada A abobrinha é fonte de vitamina C, ácido fólico e complexo B. Rica fonte de fibras, melhora o funcionamento do intestino e aumenta a saciedade. Abobrinha menina 1 unidade Ricota fresca 150 g Queijo cottage 3 colheres de sopa Creme de ricota 1 colher de sopa Azeite q.b. Castanha-de-caju triturada 2 colheres de sopa Coentro 1 colher de sopa Salsinha 1 colher de sopa Limão-siciliano ½ unidade Sal q.b. Pimenta-do-reino q.b. Molho de tomate caseiro 300 ml Preparo: Corte a abobrinha de ponta a ponta do seu cumprimento. Em uma fôrma antiaderente, grelhe a abobrinha dos dois lados (caso precise untar, coloque um fio de azeite). Reserve. Em uma vasilha, coloque a ricota, o queijo cottage e o creme de ricota. Misture bem; adicione a castanha, o coentro, a salsinha, a pimenta e o sal e mexa mais um pouco. Aos poucos acrescente o limão, acerte os temperos conforme o seu gosto, coloque o recheio em uma das pontas da abobrinha e vá enrolando até chegar na outra ponta. Faça isso com todas as fatias, coloque todas as abobrinhas em um recipiente de vidro e jogue o molho de tomate caseiro até um pouco antes da metade da abobrinha, coloque um pouco de azeite por cima e mais um pouco das castanhas raladas. Leve ao forno por, aproximadamente, 20 minutos. Sirva logo em seguida. Tabela 68 Bolo de maracujá Maracujá (polpa com caroço) 2 unidades Óleo de coco 13 xícara de chá Iogurte sem lactose 120 g Ovo 4 unidades Farinha de trigo integral 3 xícaras de chá Açúcar demerara 2 xícaras de chá Fermento em pó 1 colher de sopa Preparo: Unte a fôrma de bolo com um pouco de óleo de coco e farinha de trigo integral (pode untar com farinha de linhaça também) e pré-aqueça o forno em temperatura média. Bata todos os ingredientes líquidos no liquidificador até ficarem bem homogêneos. Enquanto isso, em uma outra tigela grande, misture a farinha de trigo integral e o fermento em pó. Acrescente a mistura líquida aos poucos na farinha de trigo integral e no fermento em pó misturados. Leve ao forno por cerca de 40 minutos. Observação: esse bolo contém glúten devido à farinha de trigo integral. Se você desejar, pode substituir a farinha de trigo integral por farinha de araruta. 75 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 69 Almôndega de ricota e espinafre O espinafre é rico em vitamina A (visão, pele e mucosas), cálcio (ajuda na saúde dos ossos e aumenta a quebra de gordura) e potássio (diurético). Deve ser ingerido sempre cozido. Ricota fresca 100 g Espinafre 50 g Alho 1 unidade Castanha-de-caju 2 colheres de sopa Sal q.b. Pimenta-do-reino q.b. Preparo: Pré-aqueça o forno a 185 °C. Misture a ricota com o espinafre e o alho. Tempere com sal e pimenta a gosto. Com a palma da mão, faça bolinhas. Passe uma por uma na castanha-de-caju ralada. Coloque-as numa fôrma refratária e leve ao forno por 15 minutos. Retire do forno e acrescente molho de tomate fresco. Retorne ao forno por mais cinco minutos. Sirva em seguida. Tabela 70 Mix de crocante Massa de coco seco em cubinhos 1 colher de sopa Mel 1 colher de chá Castanha 1 colher de sopa Amêndoa 1 colher de sopa Avelã 1 colher de sopa Preparo: Misture todos os ingredientes em um recipiente. Leve o mix sempre com você. Tabela 71 Ovos de codorna com ervas Ovo de codorna 6 unidades Mix de ervas desidratadas (orégano, manjericão e salsinha desidratada a gosto) q.b. Preparo: Cozinhe os ovos de codorna e descasque-os. Coloque-os em um recipiente com o mix de ervas. Está pronto! Tabela 72 Chips de batata‑doce Batata-doce 1 unidade Azeite q.b. Orégano q.b. Preparo: Higienize as batatas e corte-as em fatias bem finas. Deixe de molho em água com algumas pedras de gelo por 10 minutos, escorra e seque com papel absorvente. Coloque-as em uma fôrma untada com azeite. Leve ao forno alto, pré-aquecido, por cerca de 20 minutos ou até dourar. Coloque orégano em cima da batata e pronto, é só se deliciar. 76 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Tabela 73 Mix de castanhas com frutas Castanha-do-pará 3 unidades Castanha-de-caju 5 unidades Morangos 3 unidades Uva 5 unidades Preparo: Corte as frutas em cubinhos, quebre as castanhas e misture. Tabela 74 Shake de morango Leite de aveia 1 copo Morango congelado 5 unidades Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. O segredo é deixar bem consistente! Sirva em um copo e salpique um pouco de cacau em pó. Tabela 75 Cupcake funcional Farinha de aveia 1 colher de sopa Farinha de quinoa 1 colher de sopa Canela em pó 1 colher de sopa Mel 1 colher de sobremesa Ovo 1 unidade Fermento em pó 1 colher de sopa Preparo: Em um recipiente, misture todos os ingredientes até que forme uma massa pastosa. Deixe descansar por uns 20 minutos. Coloque no forno em temperatura média por 10 a 15 minutos. Se quiser uma forma mais prática, pode colocar em uma caneca por 3 minutos no micro-ondas. Tabela 76 Patê de abacate com frango Abacate 2 colheres de sopa Limão espremido 1 unidade Folha de hortelã a gosto q.b. Tomate picadinho ½ unidade Frango desfiado 1 colher de sopa Preparo: Higienize os vegetais. Corte os tomates e misture com o abacate até formar uma massa homogênea, adicione o limão e deixe por 10 minutos para concentrar o sabor. Acrescente o frango e misture mais uma vez. Sirva com as folhas de hortelã por cima. 77 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 77 Pão de cenoura Cenoura ½ unidade Semente de girassol 3 colheres de sopa Semente de abóbora 2 colheres de sopa Semente gergelim 3 colheres de sopa Semente de linhaça 3 colheres de sopa Amêndoa 2 punhados Sal 1 pitada Ervas secas 1 pitada Fermento em pó 1 colher de sopa Água ½ copo Cebolinha picada q.b. Preparo: Lave, descasque e rale as cenouras. Bata as sementes e o gergelim no mixer ou no liquidificador. Moa as amêndoas. Bata as amêndoas moídas, o sal, as ervas, o fermento e o azeite no liquidificador. Despeje a massa numa vasilha e junte a água morna aos poucos até que a massa se forme e fique meio grudenta. Se ficar muito úmida, junte um pouco de farinha de grão-de-bico. Despeje a massa numa fôrma com papel-manteiga e deixe-a descansar por 15 minutos. Em seguida, asse o pão por 30 minutos (160 ºC). Essa receita rende várias porções, porém consuma apenas uma fatia no seu lanche. Tabela 78 Smoothie de frutas vermelhasLeite vegetal 1 copo Morango 3 unidades Amora 2 unidades Cereja congelada 5 unidades Castanha triturada 1 colher de sopa Preparo: Bata as frutas com o leite vegetal no liquidificador e guarde no congelador. Quando estiver durinho, sirva com as castanhas trituradas. Você pode ainda salpicar um pouco de cacau em pó por cima. Tabela 79 Chips de maçã Maçã 1 unidade Canela q.b. Preparo: Corte a maçã em fatias finas, não precisa retirar a casca. Coloque-a para assar em uma assadeira forrada com papel manteiga durante 10 minutos. Fique sempre atento para não queimar. Para finalizar, salpique canela por cima. 78 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Tabela 80 Croquete de bacalhau Aipim/macaxeira/mandioca 1 unidade Cenoura ralada 2 colheres de sopa Ovo 1 unidade Bacalhau desfiado cozido 3 colheres de sopa Preparo: Cozinhe e amasse o aipim até que fique com um aspecto de purê. Misture a cenoura, o bacalhau e amasse bem. Faça bolinhos e passe ovo ao redor. Coloque-os em uma assadeira untada com um pouquinho de azeite. Deixe-os assar por cerca de 15 minutos ou até que fiquem crocantes. Tabela 81 Batatas ao creme com biomassa Batata grande 3 unidades Alecrim 1 galho Creme de leite 1 xícara de chá Leite 1 xícara de chá Margarina mole 1 colher de sopa Caldo de legumes 1 xícara de chá Queijo parmesão ralado 4 colheres de sopa Biomassa de banana verde 1 xícara de chá Preparo: Bata no liquidificador a biomassa, o leite e o caldo de legumes. Pique o alecrim, coloque em uma tigela com o creme de leite, tempere com pimenta-do-reino, sal e noz-moscada. Misture bem até formar um creme homogêneo. Com uma faca bem afiada ou fatiador, corte as batatas bem lavadas e com casca em lâminas finas. Faça isso no final para evitar a oxidação. Pinte com margarina a fôrma ou travessa refratária e coloque a primeira camada de batatas. A seguir, um pouco do creme de leite e do queijo parmesão ralado. Acrescente mais batatas e mais creme de leite. E, assim, até completar a travessa quase até a borda. Polvilhe mais um pouco de queijo parmesão ralado. Leve para assar em um forno pré-aquecido a 180 ºC graus até que as batatas fiquem bem douradas e cozidas. Sirva bem quente. Tabela 82 Creme de milho com biomassa Milho 1 lata Leite 1 ½ xícara de chá Manteiga 1 colher de sopa Cebola média ralada 1 unidade Alho 2 unidades Creme de leite 1 lata Biomassa de banana verde polpa 1 ½ xícara de chá Sal q.b. Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Por último, bata o milho. Em uma panela, em fogo médio, coloque a mistura e vá mexendo até formar um creme. Coloque o creme de leite (opcional), mexa um pouco e desligue o fogo. 79 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 83 Suco funcional com biomassa Suco de laranja 1 unidade Couve 1 folha Suco de uva 100 ml Linhaça 1 colher de sopa Biomassa de banana verde 1 colher de sopa Preparo: Bata os ingredientes no liquidificador e consuma este suco energético no café da manhã. Tabela 84 Bolo de chocolate rico em fibras, sem glúten e sem lactose com biomassa Biomassa de banana verde integral 250 g Ovo 5 unidades Açúcar 5 colheres de sopa Chocolate em pó 5 colheres de sopa Fermento em pó 2 colheres de sopa Preparo: Bata a biomassa de banana verde integral com os ovos no liquidificador. Em uma tigela, misture o chocolate em pó, o açúcar, o fermento e a mistura batida no liquidificador. Despeje em uma fôrma untada e leve ao forno em temperatura média. Essa receita também pode ir ao forno micro-ondas; fica pronta em aproximadamente 10 minutos. Sugestões: unte a fôrma com margarina e chocolate em pó ou com margarina e farinha de arroz ou, ainda, com margarina e amido de milho. Desta forma, a receita ficará 100% sem glúten. Tabela 85 Petit gateau com biomassa Gema 3 unidades Clara 1 unidade Manteiga 80 g Farinha de trigo 40 g Biomassa de banana verde integral 100 g Chocolate meio amargo 80 g Gotas de baunilha Preparo: Aqueça levemente a clara com o açúcar e a baunilha. Derreta o chocolate com a manteiga e as gemas em banho-maria. Junte as duas misturas, adicione a farinha e a biomassa. Unte as forminhas, coloque a massa e leve ao fogo pré-aquecido por 5 a 8 minutos. 80 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II Tabela 86 Massa de salgadinho com biomassa Farinha de trigo 800 g Manteiga 2 colheres de sopa Leite integral 1 litro Tablete de caldo de galinha, carne ou legumes (de acordo com o recheio que for usar) 2 unidades Sal 1 colher de chá Biomassa de banana 1 xícara de chá Ingredientes para empanar Ovo 2 unidades Leite 1 xícara de chá Farinha de rosca 1 pacote Óleo para fritar q.b. Preparo: Ponha o leite para ferver com a manteiga, o sal, a biomassa e o caldo de galinha. Quando ferver, acrescente a farinha aos poucos e mexa até a massa soltar da panela completamente. Deixe-a esfriar e abra-a até uma espessura entre 5 a 7 mm, com um rolo sobre uma superfície lisa. Prepare os salgadinhos: Corte círculos com uma xícara, coloque um pouco de recheio no centro de cada círculo de massa. Depois dobre ao meio dando o formato de risole ou pastel ou então molde coxinhas ou outros salgados, lembrando de apertar bem nas bordas para evitar que o salgado se abra ao fritar. Tabela 87 Quiche de brócolis com shitake e biomassa Farinha de trigo 1 xícara de chá Maço pequeno de brócolis cozido e escorrido 1 unidade Creme vegetal Becel 1 colher de sopa Alho espremido 1 unidade Cogumelo shitake cortado em tiras finas 100 g Sal ½ colher de café Maionese ½ xícara de chá Gema 1 unidade Cobertura Clara 1 unidade Maionese 2 colheres de sopa Queijo ralado 1 colher de chá Biomassa de banana verde 2 xícara de chá 81 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Preparo: Para a massa: em uma tigela média, misture a farinha, a gema e o creme vegetal Becel. Amasse delicadamente com a ponta dos dedos, até que a massa fique homogênea. Modele no formato de uma bola, embale em filme plástico e deixe descansar na geladeira por 15 minutos. Pré-aqueça o forno em temperatura média (180 ºC). Enfarinhe uma superfície seca, coloque a massa e abra-a com o rolo na espessura de 0,5 centímetros. Forre o fundo e a lateral de uma fôrma para quiche (25 cm de diâmetro) e leve ao forno por 20 minutos ou até dourar. Reserve. Para o recheio: bata no liquidificador o leite e os brócolis, até obter uma mistura homogênea. Reserve. Em uma panela média, junte o creme vegetal e o alho. Aqueça por 1 minuto. Acrescente o cogumelo shitake e o sal. Refogue por 3 minutos ou até murchar. Acrescente a mistura reservada e cozinhe mexendo sempre até ferver e engrossar. Misture a maionese até obter um creme aveludado. Reserve até ficar morna. Despeje sobre a massa e reserve. Para a cobertura: bata a clara em neve, retire-a da batedeira e misture delicadamente a maionese. Despeje sobre a torta reservada, polvilhe o queijo ralado e leve ao forno por 15 minutos ou até dourar. Sirva quente ou fria. Variação: se preferir, adicione 3 colheres (sopa) de cogumelo paris fatiado. Dica: utilize
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