Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
“NEGOCIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM” Profª. Vânia Campêlo Loureiro Turma: Direito - 7º período ESPIRAIS DO CONFLITO Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. ESPIRAIS DO CONFLITO Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. Rubin e Kriesberg, relatam que existe uma progressiva escalada, em relações conflituosos, resultante de um círculo vicioso de ação e reação. Cada reação torna-se mais severa do que a ação que a precedeu e cria uma nova questão ou ponto de disputa. Esse modelo, denominado de espirais de conflito, sugere que com esse crescimento (ou escalada) do conflito, as suas causas originárias progressivamente tornam-se secundárias a partir do momento em que os envolvidos mostram-se mais preocupados em responder a uma ação que imediatamente antecedeu sua reação. 1-Motorista sente-se ofendido ao ser cortado por outro motorista. 2-Pressiona intensamente a buzina do seu veículo. 3-O outro motorista responde também buzinando e com algum gesto descortês. DIA DE CONGESTIONAMENTO... 4- O 1º motorista continua buzinando e responde ao gesto com um ainda mais agressivo. 5-o 2º abaixa a janela e insulta o 1º 6-Este gritando responde que o outro deveria parar o carro e “agir como um homem”. 7-Este por sua vez, joga uma garrafa de água no outro veículo 8-Ao pararem no semáforo, o motorista que recebeu a garrafada, sae e chuta a carroceria do outro automóvel. Nota-se que o conflito desenvolveu-se em uma espiral de agravamento progressivo das condutas conflituosas. O conflito: É o “MOTOR” que impulsiona a mudança. O principal desafio dos gestores é identificar os conflitos produtivos e contra produtivos. e gerenciá-los. Burbridge, Anna e Marc , 2012 “O conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade, estabilidade e mudança, fortaleza ou debilidade, o impulso para avançar e o obstáculo que se opõe. Todos os conflitos contém a semente da criação ou da destruição” Sun Tzu: A arte da guerra, 480-211 a.C. Administração e Resolução de Conflitos Tomada de decisão particular pelas próprias partes Tomada de decisão extra-judicial por terceiro Tomada de decisão judicial por terceiro Tomada de decisão coercitiva pela própria parte Evitação Negociação Mediação Conciliação Decisão Admin. Arbitragem Decisão Judicial Ação direta não- violenta Violência Coerção aumentada e probabilidade de um resultado distributivo (ganha-perde) Christopher W. Moore, 1998 Tomada de decisão particular feita pelas partes Tomada de decisão particular feita pela terceira parte Tomada de decisão coercitiva extralegal Tomada de decisão pública feita pela terceira parte Evitação do conflito Violência Negociação Mediação Conciliação Decisão Administ. Arbitragem Decisão Judicial Decisão Legislativa Ação direta não- violenta Autocomposição INTERESSES FATOS E DIREITOS PODER Heterocomposição Autotutela Coerção aumentada e probabilidade de um resultado distributivo (ganha-perde) Administração e Resolução de Conflitos Christopher W. Moore, 1998 “Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de porque se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões. Ambos tinham razão. Não era que um via uma coisa e o outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado. Cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso com esta dupla existência da verdade.” (Fernando Pessoa) O que é Mediação? Compreendendo a Mediação É a intervenção de um terceiro - mediador(a), no processo de comunicação, de forma imparcial, com o propósito de ajudar as partes a: resolverem seus problemas em um ambiente seguro, definirem claramente seu problema, compreenderem os interesses de cada um, gerando opcões para solucionar a disputa, não impondo uma solução ao problema, e sim, possibilitando as partes a manterem sempre a responsabilidade de tomarem sua própria decisão (Slaikeu, 1996) Autocomposição A autocomposição é um método de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, criam uma solução para atender os interesses deles, chegando a um acordo. Pode haver a participação de terceiros (conciliador ou mediador) ou não (negociação e evitação de conflito). A, mediação, por exemplo, no parágrafo único da Lei n° 13.140/15, é considerada como "a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia". https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito https://pt.wikipedia.org/wiki/Indiv%C3%ADduo Heterocomposição A heterocomposição é a técnica pela qual as partes elegem um terceiro para julgar a lide com as mesmas prerrogativas do poder judiciário. Nela a decisão é tomada por um terceiro que não auxilia nem representa as partes em conflito. As duas formas principais são: Arbitragem e Jurisdição. Um grande exemplo da heterocomposição é a arbitragem, consagrada pela lei nº.9.307/96. CARACTERÍSITCAS E PREMISSAS DISTINTAS ENTRE OS PROCESSOS: AUTOCOMPOSIÇÃO HETEROCOMPOSIÇÃO Dinâmica do Conflito Processo cooperativo Processo competitivo Resposta ao Conflito Integração Dominação Relação entre as Partes Fortalecimento Enfraquecimento Tipo de Resultado Ganha-ganha Ganha-perde AUTOCOMPOSIÇÃO DIRETA NEGOCIAÇÃO MEDIAÇÃO CONCILIAÇÃO (Prolongamento do processo de negociação) AUTOCOMPOSIÇÃO INDIRETA Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. Art. 3º (...) § 1° É permitida a arbitragem, na forma da lei. § 2° O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3° A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimuladospor juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. § 2° O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. Art. 165 (...) § 3° O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Art. 1° Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Art. 2° A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I - imparcialidade do mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV - informalidade; V - autonomia da vontade das partes; VI - busca do consenso; VII - confidencialidade; VIII - boa-fé. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Decisão informada - dever de manter o jurisdicionado plenamente informado quanto aos seus direitos e ao contexto fático no qual está inserido; Independência e autonomia - dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer pressão interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ou interromper a sessão se ausentes as condições necessárias para seu bom desenvolvimento, tampouco havendo dever de redigir acordo ilegal ou inexequível. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Isonomia entre as partes – O tratamento isonômico nas questões, interesses e necessidades das partes, tratando-as de forma igual, lhes dando chances iguais dentro do processo da mediação; Busca do consenso - Não a competitividade, busca da cooperação em torno de um objetivo comum, discussão centrada no cerne da disputa, colaboração em termo dos pontos controvertidos; Boa-fé - Querer participar da mediação (sem fugir, sem jogos de poder), com atitudes, aberto às mudanças do antigo contexto. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Art. 166. (...) § 1° A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. § 2° Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Art. 14. No início da primeira reunião de mediação, e sempre que julgar necessário, o mediador deverá alertar as partes acerca das regras de confidencialidade aplicáveis ao procedimento. ... Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Art. 30. (...) § 3° Não está abrigada pela regra de confidencialidade a informação relativa à ocorrência de crime de ação pública. § 4° A regra da confidencialidade não afasta o dever de as pessoas discriminadas no caput prestarem informações à administração tributária após o termo final da mediação, aplicando-se aos seus servidores a obrigação de manterem sigilo das informações compartilhadas nos termos do art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm#art198 Oralidade - Processo é oral, e a estrutura de comunicação é aberta e flexível. O ponto culminante na mediação é que as partes compreendam as visões e perspectivas umas das outras, mesmo sem necessariamente concordar, e que seus interesses sejam discutidos, para que opções possam ser exploradas sem comprometimento, até que um acordo seja alcançado; Informalidade - Processo é informal, construído pelas próprias partes com a ajuda do mediador, em que estas devem focar mais seus interesses e possíveis soluções para o problema. CPC e Lei de Mediação Confidencialidade - dever de manter sigilo sobre todas as informações obtidas na sessão, salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, nem atuar como advogado dos envolvidos, em qualquer hipótese. CPC e Lei de Mediação CPC e Lei de Mediação Imparcialidade - dever de agir com ausência de favoritismo, preferência ou preconceito, assegurando que valores e conceitos pessoais não interfiram no resultado do trabalho, compreendendo a realidade dos envolvidos no conflito e jamais aceitando qualquer espécie de favor ou presente. Mediador Extrajudicial Art. 9o Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. Art. 10. As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. Parágrafo único. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Dos Mediadores Judiciais Art. 11. Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastrode tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional. § 1°Preenchendo o requisito de capacitação mínima, por meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Dos Auxiliares da Justiça Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação. §1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal. §2º Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação. NCPC(Lei 13.105 - 16/03/2015) Dos Mediadores Judiciais Art. 4º O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas partes. §1º O mediador conduzirá o procedimento de comunicação entre as partes, buscando o entendimento e o consenso e facilitando a resolução do conflito. §2º Aos necessitados, será assegurada a gratuidade da mediação. Art.25. Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à previa aceitação das partes, observado o dispositivo no artigo 5º desta Lei. *O art. 5º refere-se às hipóteses legais de impedimento e suspeição. Lei 13.140/2015 – 26/06/2015 Assistência de Advogados ou Defensores Novo CPC (Lei 13.105/2015) Lei de Mediação (Lei 13.140/2015) Assistência de Advogados ou Defensores Lei de Mediação (Lei 13.140/2015) Subseção II Dos Mediadores Extrajudiciais FASES DA MEDIAÇÃO (Fins didáticos) Declaração de abertura (slide seguinte) Exposição das Razões pelas partes Identificação de Questões, Interesses e Sentimentos Esclarecimento acerca de Questões, Interesses e Sentimentos Resolução de Questões Termo de Lavratura do Acordo, quando possível DECLARAÇÃO DE ABERTURA 1. Apresente-se e apresente as partes Anote os nomes das partes e os utilize no decorrer da mediação 2. Explique o papel do mediador Não pode impor uma solução Imparcial Facilitador Ajuda os participantes a examinar e a expressar metas e interesses 3. Descreva o processo de mediação Informal (nenhuma regra de produção de prova) Participação das partes bem como dos advogados Oportunidade para as partes falarem Possibilidade de sessão privada (ou sessão individual) 4. Garantir a confidencialidade 5. Descreva as expectativas do mediador em relação às partes Trabalhar conjuntamente para tentar alcançar uma solução Escutar sem interrupção Explicar suas preocupações Escutar a perspectiva da outra parte Tentar seriamente resolver a questão Revelar informações relevantes às outras partes 6. Comente sobre o papel dos advogados 7. Descreva o processo a ser seguido Tempo Logística Regras básicas para condução do processo Partes têm a oportunidade de falar Sessões privadas ou individuais Quem irá falar primeiro 8.Confirme disposição para participar da mediação Perguntas? “O CONSTRUTOR” O que está por trás da fala? Escuta ativa Conteúdo (O que nos querem comunicar) Emoção e sentimentos (Como nos comunicam os conteúdos) USO DA LINGUAGEM DAS PARTES Ex.: “Chega, já aguentei o que poderia aguentar. Quero que ele pague por todo aborrecimento que eu tive que suportar nesses anos todos. Quero que você faça com que ele pague o máximo de pensão possível para que aprenda a tratar bem as outras pessoas”. Aparentemente a parte demonstra querer se vingar e receber o maior valor possível de pensão alimentícia. Pedido específico: A parte deseja ser respeitada, valorizada e receber um valor justo de pensão alimentícia. Vantagem da Escuta Ativa -Melhor conhecimento do outro; -Relaxamos em situações tensas; -Logramos maior cooperação; -Mais tempo para pensar; -Conseguimos maior rapidez nos acordos; -Segurança na tomada de decisões. Vallejo y Gestoso, 2010 Marshall B. Rosenberg, doutor em psicologia clínica, mediador internacional e fundador do Centro Internacional de Comunicação Não- Violenta. Rosenberg iniciou pesquisa sobre os fatores que afetam a capacidade de manter-se compassivo. De imediato, estudou o papel crucial da linguagem e uso das palavras e desenvolveu uma abordagem específica de comunicação (falar e ouvir) – que permita uma conexão maior entre as pessoas para que a compaixão possa emergir, mesmo em situações críticas. Entender e praticar a CNV é um convite para olhar para dentro e para o outro, mas com outros olhos. Olhos de empatia e compaixão. Resgatando o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, sentimentos, valores e a capacidade de se expressarem com sinceridade e honestidade, ajudando os outros com real empatia. OBSERVAÇÃO SENTIMENTO NECESSIDADE PEDIDO • “Quando eu vejo os relatórios semanas sendo entregues fora do prazo, fico irritada, porque preciso destes dados para concluir a avaliação de metas mensais da empresa”… • Pedido específico: “você poderia entregá-los no prazo estabelecido?” O DESAFIO DA COMUNICA ÇÃO NÃO- VIOLENTA É A OBSERVAÇÃO SEM JULGAMENTO Exemplos de Declarações com Julgamento • “Você chegou atrasado, isso é muito desrespeitoso! ” • “Este documento está horrível!” Exemplos de Remoção de Julgamento • “No último mês, você chegou nas nossas reuniões quase ao final de mesma. Algum problema? • “Seu relatório não está apresentando os dados estatísticos sobre os processos sentenciados dos nossos clientes.” Identificar e nomear nossos Sentimentos • Assumir responsabilidade pelos nossos sentimentos; • Demonstrar vulnerabilidade; • Quando expomos nossos sentimentos, estamos sendo os mais sinceros possíveis em nossa comunicação. Identificar a nossa Necessidade Nossos sentimentos existem em função das necessidades e valores que possuímos. Exemplos de responsabilidade dos próprios sentimentos: •“Fiquei desapontado quando você não apareceu, porque eu queria conversar a respeito de algumas coisas que estavam me incomodando.” •“Fiquei muito irritado quando vi o desentendimento entre os membros da equipe de trabalho, porque preciso de um mínimo de respeito e ordem no ambiente organizacional para me sentir tranquilo com a gestão da empresa” PEDIDOS Quando fazemos pedidos claros e específicos temos mais chance de ser atendidos, deixe claro o que você quer e não aquilo que não quer. Exemplos: •"Não quero que grite" é um não- pedido, seria melhor pedir "que fale num tom mais baixo." •Ao invés de dizer "não quero que me interrompa numa ligação telefônica”, seria mais preciso: "quando eu estiver numa ligação telefônica, você poderia aguardar eu concluir minha atividade para falarmos”, me sinto mais confortável e tranquila com esta atitude”. • "Quero que me deixe ser feliz no trabalho que desenvolvo" é inespecífico e abstrato, seria mais preciso e observável: "gostaria de desenvolver atividades com as funções do cargo que fui selecionado”. • "Quero conhecer suas aptidões" é inespecífico, ao passo que "gostaria de me reunir com você para definir atividades que você se identifica”. • Preciso fazer uma importante palestra para uma plateia muito grande (observação),estou me sentindo inseguro hoje (sentimento). Preciso ampliar minha confiança de que sei o conteúdo (necessidade). Você poderia assistir um ensaio meu e fazer algumas perguntas no final? (pedido) • Eu observei que você não vai conseguir entregar o relatório dentro do prazo combinado (observação), e isso me faz sentir preocupado e apreensivo (sentimento). Porque é importante para mim que a gente cumpra os prazos estabelecidos (necessidade). • O que podemos fazer para você entregar os relatórios até a próxima sexta-feira? (pedido). Ex.: “Esse trambiqueiro não pagou seu aluguel nos últimos dois meses”. TRADUÇÃO DO MEDIADOR: “Você está zangado por não ter recebido o dinheiro que esperava receber e não recebeu, como foi combinado entre vocês ”. USO DA LINGUAGEM DAS PARTES Ex.: “Chega, já aguentei o que poderia aguentar. Quero que ele pague por todo aborrecimento que eu tive que suportar nesses anos todos. Quero que você faça com que ele pague o máximo de pensão possível para que aprenda a tratar bem as outras pessoas”. Aparentemente a parte demonstra querer se vingar e receber o maior valor possível de pensão alimentícia. Pedido específico: A parte deseja ser respeitada, valorizada e receber um valor justo de pensão alimentícia. VANTAGENS DA COMUNICAÇÃO EFICIENTE NA MEDIAÇÃO influencia diretamente o resultado do Processo Autocompositivo. A COMUNICAÇÃO CONCILIATÓRIA (ou Comunicação Despolarizadora) consiste no processo comunicativo, no qual as informações são transmitidas e recebidas de forma a estimular o entendimento recíproco e a realização de Interesses reais dos comunicantes. TRANSFORMAÇÃO: Ouvir “PEDIDOS” quando instintivamente se tende a ouvir “insultos” ou “ameaças” . “A linguagem é muito poderosa. Ela não apenas descreve a realidade. Ela cria a realidade que descreve.” Desmond Tutu (Prêmio Nobel da Paz em 1984)
Compartilhar