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processos moleculares e celulares Visão geral → São moléculas responsáveis pelo transporte de gorduras ou lipídios (moléculas hidrofóbicas) no plasma sanguíneo. → Lipídios: Mais relevantes: fosfolipídicos, colesterol, triglicerídeos, ácidos graxos. Os fosfolipídios formam a estrutura básica das membranas celulares. Colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, dos ácidos biliares e da vitamina D, e atua na fluidez das membranas e na ativação de enzimas aí situadas. Triglicerídeos: são formados a partir de três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol e constituem uma das formas de armazenamento energético mais importante no organismo, depositados nos tecidos adiposo e muscular. Característica das lipoproteínas → São macromoléculas → Conceito: proteínas que se associam a lipídios. → Tal complexo possui uma estrutura micelar. → Região central -> gordura (triacilgliceróis, ésteres de colesterol). → Região periférica-> moléculas com características anfipáticas (colesterol não esterificado, fosfolipídios).+ → E no exterior, em monocamada, lipídeos anfipáticos (fosfolipídeos e colesterol) associados a proteínas (apolipoproteínas). Possuem característica hidrofílica. Permitem o transporte dos lipídeos em meio aquoso. Promovem um aumento na solubilidade da lipoproteína. Podem ser integrais ou periféricas. Ativam enzimas específicas como LLP, Lipase hepática e LCAT (lecitina-colesterol-acil- transferase). Ligam-se a receptores específicos nas células Classificação → Parte proteica é formada por 5 classes de lipoproteínas. → Porção proteica: Apo A, B, C, D, E (e dentro delas várias subclasses). → Porção lipídica: (5) classificações ROTA EXÓGENA: 1. Quilimicrons: Produzido nas células epiteliais do intestino a partir das gorduras da dieta. Transporta TG no sangue. 2. VLDL: lipoproteína de densidade baixa. Bruna Reis Araújo Rocha 2020.1 Produzido no fígado principalmente a partir de hidratos de carbono da dieta Transporta TG no sangue. 3. IDL: lipoproteína de densidade intermediária. Produzido no sangue (remanescente das VLDL após digestão dos TG) Endocitado pelo fígado ou convertido em LDL. 4. HDL: lipoproteína de alta densidade. Produzido no sangue (remanescente das IDL após digestão dos TG – produto final das VLDL) Contém alta concentração de colesterol e ésteres colesterol Endocitado pelo fígado e tecidos periféricos. Faz o transporte reverso do colesterol: dos tecidos para o fígado. 5. LDL: lipoproteína de baixa densidade. Produzido no fígado e intestino Troca proteínas e lipídios com outras lipoproteínas. Transporta colesterol dos tecidos periféricos para o fígado. Contém alta concentração de colesterol e ésteres colesterol. Lipoproteínas no plasma humano → As lipoproteínas mais ricas em triacilgliceróis são os quilomicra e, logo a seguir, as VLDL. As LDL e as HDL são muito pobres em triacilgliceróis. → LDL e HDL são ricas em colesterol e ésteres de colesterol. Transporte rota exógena quilomicra → Os quilomícrons (Qm) são as lipoproteínas que transportam os lipídeos provenientes da dieta resintetizados no enterócito e do colesterol produzido pelo intestino. → Suas principais apoproteínas sintetizadas pelo intestino são Apo A e B-48, enquanto a Apo C II e E são incorporadas no plasma. → Composição: 98-99% lipídica e 1% protéica. 88% de TG; 8% fosfolipídios; 3% ésteres de colesterol; 1% de colesterol livre; 1 a 2% proteínas. → São sintetizados no REL, recebendo suas apoproteínas no Complexo de Golgi, onde são secretadas da célula para a circulação linfática e sistema porta-hepático. → Na circulação linfática, o QM interage com a HDL recebendo a apoproteína CII, apo E, éster de colesterol, enquanto fornece para HDL, TG. Para o quilomícron ser reconhecido pelos hepatócitos é necessário a apolipo E. → A apo CII ativa, no endotélio vascular, a lipoproteína lipase (LPL), que quebra os TG presente nos QM, liberando ácidos graxos livres e glicerol que serão utilizados pelo tecido e enviados ao fígado respectivamente. Com a perda de grande quantidade de TG, o QM passa a ser chamado de quilomícron remanescente. Obs: Proteína LPL (lipase) é ativada por apolipoproteína na superfície, e ela provoca ação da LPL na depleção dos quilomicorns (antes nascente, dps da LPL será remanescente), e vão diminuindo de tamanho até serem enviadas para o fígado. → Através da apo E, o QM remanescente interage com o receptor no hepatócito, permitindo desta forma sua entrada e utilização dentro da célula. → O colesterol é utilizado para produção de sais biliares e os TG são utilizados para produção de nova lipoproteína: VLDL. Rota endógena VLDL → Na circulação, a VLDL interage com a HDL, que fornece éster de colesterol e apo CII em troca de TG. → São metabolizadas no plasma pela ação da LPL nos capilares do tecido adiposo e muscular, perdendo grande quantidade de TG passando a ser chamada de IDL. → Podem ser internalizadas diretamente pelo fígado. → As IDL podem ser recaptadas e removidas pelo fígado ou continuarem na circulação após sofrerem hidrólise de seu conteúdo de TG pela lipase hepática localizada nos capilares hepáticos e darem origem ao LDL. Rota endógena LDL → A LDL é considerada como produto de degradação da VLDL. → Tem um conteúdo apenas residual de TG, sendo composta principalmente de ésteres de colesterol. → Composição: 79% de lipídeos e 21% de proteínas: 48% ésteres de colesterol. 28% fosfolipídeos. 3% outros lipídeos. → A maioria das células do organismo possuem receptores para Apo-B 100 capazes de internalizar essas partículas e adquirir o colesterol que elas contêm. → Os receptores são reciclados, voltam a membrana enquanto a LDL é transportada para os lisossomos para hidrólise dos ésteres de colesterol. LDL são internalizados por meio de vesículas constituídas por catrinas. Após os lisossomos serem digeridos, serão utilizados para fazer hormônio. Rota endógena: HDL → Sintetizada no plasma a partir da apoproteína A1. TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL: Após a formação, as HDL são captadas pelo fígado pelos receptores SRB1 e pelos receptores de apo E, que removem seletivamente o colesterol esterificado no fígado: → Lançada na circulação, a apo A1 interage com receptores ABC-A1 nos tecidos e vai recolhendo colesterol livre e fosfolipídios das células periféricas formando a HDL nascente. → Através da LCAT(lecitina-colesterol-aciltransferase), o colesterol livre é esterificado, formando a HDL madura de forma esférico. → Função da HDL: Troca de éster de colesterol com TG da VLDL e LDL, através da CEPT, diminuindo desta forma a quantidade de TG armazenado nas lipoproteínas. Transporte de colesterol dos tecidos para o fígado. → O éster de colesterol é removido da HDL pelo fígado através de receptores SR-B1 sem remoção da A1. → Ação da CETP (Proteína de transferência de colesterol esterificado). Função: é uma proteína do plasma que facilita o transporte de ésteres de colesterol e triglicérides entre as lipoproteínas. 1. A CETP penetra no HDL até seu núcleo de colesterol. 2. Após a interação com o LDL/VLDL, as forças moleculares causam a formação de poros em cada extremidade da CETP. 3. Estes poros conectam-se com as cavidades centrais da CETP para formar um túnel para a transferência de colesterol. 4. Isto reduz o tamanho do HDL Colesterol “bom e ruim” → Convenção: HDL colesterol bom e LDL colesterol ruim. Por quê? → Vale lembrar que o HDL é uma lipoproteína que é responsável pelo transporte reverso de colesterol, logo, ela é responsável por retirar o excesso de colesteroldo epitélio e impedem o acúmulo de gordura na parede dos vasos. Por isso, HDL baixo constitui fator de risco para a aterosclerose. → Como foi visto anteriormente, a lipoproteína LDL é formada 48% por colesterol, eles transportam o colesterol ao longo do organismo para ser armazenado e também utilizado em biossínteses. Aterosclerose → A LDL acumula-se na circulação e migra para a camada íntima da artéria. → A LDL é oxidada sofrendo alteração da apo B100, não conseguindo ser internalizada pelas células. → Ocorre a fagocitose por macrófagos pela interação com receptores SR-A os macrófagos serão ativados. → O endotélio passa a expressar moléculas de adesão para monócitos, que se ligam a essas moléculas e passam pelo endotélio, chegando na íntima arterial. → E ocorre a formação de um ateroma (camada de gordura no vaso). Hiperlipidemias → É definida pelo descontrole da quantidade de lipídios. Hipercolesterolemia familar → A HF é uma doença hereditária autossômica dominante, sendo uma doença genética do metabolismo das lipoproteínas, principalmente por defeito do gene LDLR que codifica o receptor de LDL. → Normalmente este receptor se liga à catrina, se ele é mutado, não consegue se ligar nas proteínas de revestimento da vesícula e se liga ao LDL só não se liga na catrina, com tanta gordura forma um ateroma. Pode acontecer do colesterol se depositar no tecido epitelial e formar xantomas e xantelasmas:
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