Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Enzimas importância na manutenção da vida em reações químicas: - termodinâmica: espontaneidade - cinética: velocidades adequadas - específicas reagente X produto à REAGENTE: vai sofrer transformação química, é o que entra na reação à PRODUTO: resultado após a reação, é o que sai da reação * os reagentes e produtos tem níveis de estrutura diferentes (elementos e ligações): - mais energia do produto - menor conteúdo energia do produto classificação das reações quanto a espontaneidade * reação exergônica ou espontânea: produto tem menor conteúdo energético (energia liberada para o meio) - delta G = negativo (variação de energia) ex. oxidação da glicoseà C02 e água (gerar energia metabólica) * reação endergônica ou não espontânea: produto tem maior conteúdo energético (precisou de mais energia vinda de fora) - delta G = positivo ex. formação de proteínas complexo intermediário ou estado de transição - tem o maior conteúdo energético associado a reação à energia de ativação (maior pico de energia – é uma barreira energética) * é instável * depois que ele for formado, o produto também será * as enzimas diminuem a energia de ativação, da barreira (acelera a reação química) generalidades das enzimas • a enzima é um catalisador biológico • reagente = substrato • a enzima deve reconhecer e ter afinidade o substrato • não é destruído ao longo do processo à são reutilizáveis • a enzima possui sítios catalíticos que reconhecem o substrato • diminui a energia de ativação • a interação entre o substrato e enzima é dinâmica • quanto maior a afinidade (capacidade de se associar) entre substrato e enzima é importante para a formação do complexo no pico mais alto de energia • diminui a velocidade e o tempo da reação • maioria das enzimas são proteínas conjugadas (região proteica e região não proteica), mas existe outras como de RNA • no organismo encontramos quantidades basais de enzimas (não são sintetizadas a todo momento) – sua concentração no corpo é continua (síntese e degradação) • as enzimas tem tempo de meia vida • controlar a quantidade de enzima na célula é uma das estratégias do organismo para controlar a velocidade de uma reação sem que haja alteração na concentração do substrato, favorecendo a formação do complexo enzima-substrato reação: (E) + (S) ßà (EP) ßà (E) + (P) reações - as reações do corpo acontecem com diferentes velocidades - as enzimas, as reações que participam e como atuam são o potencial alvo da indústria de farmacologia (muitos inibem enzimas) - reconhecem substâncias específicas nas quais elas agem - as enzimas catalisam reações seletividade à não são todos substratos que encaixam nos sítios catalíticos * teoria “chave - fechadura” ou “mão - luva” ex1. sacarase (enzima) e sacarose (substrato) ex2. sistema renina- angiotensina – aldosterona (SRAA) - a maioria dos anti hipertensivos são inibidores da ECA (enzima que catalisa a reação formando angiotensina 2 que aumenta a pressão) as enzimas podem ser desenhadas para atuarem: - no meio extra celular à zimogênio - no meio intra celular à apoenzima enzimas do meio extracelular à produzida na sua forma inativa (“zimogênio”) ex. pepsinogênio (forma ativa – pepsina); tripsinogênio (tripsina) “ zimogênio = proteína na sua forma inativa (nem toda enzima é) * hidrólise de ligação peptídica e remoção de um segmento de aminoácidos à o zimogênio é maior do que sua forma ativada ! à deve ser ativado onde irá atuar no processo de digestão enzimas do meio intracelular à produzida como apoenzima à as apoenzimas tem natureza protéica e precisam se associar a um co-fator ou e/ou coenzima para ficar na sua forma ativa (podem precisar de mais de um co fator e/ou coenzima) à co-fator ou e/ou coenzima são grupo prostéticos à holoenzima à forma ativa (proteína conjugada = aminoácidos + grupo prostético) * grupo prostético = substância de natureza não proteica (inorgânica) importante para o funcionamento de uma proteína (ex. íons metálicos à Fe 3+, Zn 2+, Ca2+, ...) * coenzimas = subtância de natureza orgânicas importante para ativação das enzimas (ex. vitaminas e seus derivados – vitaminas do complexo B são muito importantes) reação irreversível * enzima só catalisa o processo em um sentido enzima + substrato ßà COMPLEXO (enzimasubstrato) à produto * grande variação de energia * reação não esta em equilíbrio * menos comum reação reversível * enzima catalisa o processo nos dois sentidos enzima + substrato ßà COMPLEXO (enzimasubstrato) ßà produto - o aumento da concentração de um dos lados favorece a formação (reação) do outro lado à desloca a reação para o lado oposto * pequena variação de energia * reação esta em equilíbrio * mais comum (ex. água + gás carbônico à ácido carbônico) velocidade das reações enzimáticas à as enzimas são sensíveis a condições do meio como pH e temperatura (a proteína pega uma determinada estrutura conformacional) • pepsina – estômago, baixo pH (ex. antiácidos podem desnaturar proteínas) • tripsina – intestino, secreção pancreática, pH neutro à conforme o pH aumenta a atividade das enzimas diminui (desnaturação) * renaturação: - se a estrutura primária é mantida quando a estrutura primária é mantida (ainda tem ligação peptídica) - se acabar com as ligações peptídicas a desnaturação é irreversível classificação das enzimas à as enzimas podem ser classificadas de acordo com a reações que eles catalisam em seis grandes classes 1. óxi-redutases: catalisam transferência de elétrons • subclasse: desidrogenase (transferência de elétrons associados a hidrogênios, ex. etanol) 2. transferases: catalisam transferência de grupos • subclasse: quinase ou cinase (transferência de grupos fosfato com a participação de atp) 3. hidrolases: catalisam reação de hidrólises (introdução de água, desfaz ligação e libera dois compostos 4. liases: as liases removem dupla e introduzem grupos ou removem grupos e introduzem dupla (reações reversíveis) 5. isomerases: catalisa a interconversão entre isômeros (ex. com a glicose e frutose são isômeras de função) 6. ligases: catalisa a formação de ligação covalente com consumo de energia metabólica subclasses mais comuns: * cuidado: sintases X sintetases à não são sinônimos, são de grupos diferentes, sintetases gastam atp regulação: 3 estratégias à via de mão dupla: sempre da para fazer o processo inverso (ida e volta) à processo biológico à a enzima deve apresentar disponibilidade e afinidade com o substrato à quanto maior a afinidade da enzima, favorece a formação do complexo enzima-substrato, diminuindo a energia de ativação e aumentando a velocidade da reação 1. por controle na disponibilidade um determinado hormônio atua na célula, aumentando/diminuindo a quantidade de enzima - consequentemente diminui/aumenta a energia de ativação e aumenta/diminui a velocidade à gráfico: crescente ou decrescente - esse controle é muito eficiente mas relativamente lento e energeticamente caro ex. hormônios tireoidianos aumentam a concentração de enzimas em algumas células acelerando o metabolismo 2. fosforilação e desfosforilação * fosforilar = adicionar grupos fosfato (utiliza transferase, ex. cinases) * desfosforilar = remover grupos fosfato (utiliza fosfatase) - muito importante para insulina e glucagon - proteínas com OH na sua cadeia: S, T, Y ex. remoção de hidroxila e adição do grupo P04 3. alostérica conta com a participação de efetores alostéricos que promovem a alteração na conformação do sítio (região onde o substrato encaixa na enzima) catalítico alterando a afinidade da enzima pelo substrato - efetores alostéricos positivos: aumentam a afinidade da enzima pelo substrato - efetores alostéricos negativos: diminuema afinidade da enzima pelo substrato ex. lactose favorece expressão de lactase (uma pessoa que corta lactose da dieta pode desenvolver intolerância) cinética enzimática Ä relação entre a concentração da enzima, do substrato e do produto que alteram a velocidade das reações catalisadas por enzimas Ä temperatura e pH do meio devem ser ideais (E) + (S) ßà (EP) ßà (E) + (P) - geralmente a quantidade de enzima é fixa * formar o complexo enzima substrato favorece a formação do produto - para aumentar o complexo, devemos aumentar a concentração do substrato * conforme o tempo passa, a quantidade de produto aumenta, deslocando a reação para o outro lado • quando a analise é feita em tempos iniciais significa que teremos o mínimo de produtos formados à isso garante que mesmo que a reação seja reversível, ela estará ocorrendo apenas em um único sentido • para fazermos a analise cinética, a avaliação é feita quando temos no máximo 10% do produto formado velocidade X quantidade de substrato - quantidade de enzima fixa, variando a quantidade de substrato - aumentando a concentração do substrato aumenta a velocidade da reação à isso acontece porque ainda tem concentração de enzima livre, logo, adicionando substrato, forma mais complexos enzima-substrato - depois, já há uma elevada quantidade de substrato, fazendo com que a quantidade de complexos enzima- substrato seja aproximadamente constante à velocidade independe da concentração do substrato * é importante ressaltar que o Vmáx tem íntima relação com a concentração da enzima no meio (aumentando a quantidade de enzima livre, aumenta a quantidade de complexos formados) à hipérbole retangular (atinge o máximo no infinito) GRÁFICO 2: à de 0 – T1: pouco produto, mesmo sendo reversível, a reação esta acontecendo em um sentido só velocidade X quantidade de enzima - quantidade de substrato fixo, variando a quantidade de enzima variando a enzima - gráfico crescente: conforme adiciona enzima, formam se os complexos, aumentando a velocidade da reação Km à o Km corresponde a um valor de concentração de substrato responsável por atingir metade da velocidade máxima possível. * o Km reflete a afinidade da enzima pelo substrato - quanto menor for o valor de km, maior será a afinidade da enzima pelo substrato, pois precisaremos de menos substrato para atingirmos 50% da velocidade máxima - para cada par de enzima-substrato, encontraremos um determinado valor de km que e constante - esse valor de km pode sofrer regulação alostérica * a afinidade da enzima pelo substrato independe da concentração da enzima, ou seja, aumentar a concentração da enzima não altera a capacidade da sua associação com o substrato, mas aumentaremos o numero de complexos formados inibição enzimática irreversível (enzima + inibidor irreversível) - ligação covalente, na qual, o inibidor não se desliga mais ex. aspirina: a aspirina (ácido acetilsalicílico) reduz a ativação plaquetária por meio da acetilação irreversível da COX-1, e, portanto, reduz a produção de TXA2 pelas plaqueta inibição enzimática reversível (enzima + inibidor reversível) - competitiva - não competitiva inibição enzimática reversível competitiva o substrato compete com o inibidor (se o complexo enzima-substrato for formado, o produto também é) ex. inibidores da ECA à linha contínua: quantidade de enzima fixa e adição de substrato atingindo a velocidade máxima e a formação do complexo enzima – substrato à linha pontilhada: quantidade de enzima fixa, adição de inibidor e depois, adição de substrato, aumentado a probabilidade da formação do complexo enzima – substrato, contudo, o Km mudou, pois foi necessário mais substrato inibição enzimática reversível não competitiva - o substrato e o inibidor não competem pelo mesmo sítio da enzima à se o inibidor se ligar primeiro, o substrato não se liga, pois a enzima já estará inibida – produto não será formado à se o substrato se ligar primeiro, o complexo pode ser formado e o produto também; mas se o inibidor se ligar, não forma o complexo à o Km não muda !!
Compartilhar