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Idoso Crítico/Grave O aumento do envelhecimento populacional decorrente da queda da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida, resultou em um aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), aumento de doenças neurológicas, cardiovasculares, respiratórias e sepse. Esse envelhecimento acarreta em um alto índice de hospitalizações, visto que o idoso tem uma taxa maior de hospitalizações e permanência mais prolongada quando comparada a outras faixas etárias. Quem é a pessoa idosa crítica? ● Pacientes instáveis que necessitam de tratamento intensivo como ventilação mecânica e uso de drogas vasoativas. ● Pacientes estáveis que necessitam de monitorização e que possam necessitar de intervenção imediata ● Pacientes instáveis cujo estado funcional prévio, doença de base ou patologia aguda, diminuam a possibilidade de cura e de benefício com o tratamento intensivo( paliativo) ● Pacientes cirúrgicos ● Pacientes em procedimentos dialíticos Implicações Clínicas Intervenções de Enfermagem Sistema Cardiovascular ● PA Aumentada ● Arritmias aumentadas ● Risco aumentado de hipotensão com a alteração de posição ● Prevenir quedas relacionadas a hipotensão postural ● Monitorar sinais vitais, ECG Sistema Neurológico ● Discreto declínio na memória a curto prazo ● Alterações no padrão de marcha ● Fornecer apoio na deambulação ● Estimular atividades associadas à memória Sistema Respiratório ● Eficiência diminuída da troca ventilatória ● Suscetibilidade aumentada à infecção e atelectasia ● Risco aumentado de aspiração ● Encoraje a respiração profunda e tosse ● Manter cabeceira elevada ● Desligar a dieta 30’ antes do banho de leito Sistema Gastrointestinal ● Apetite diminuído ● Desconforto depois da alimentação ● Alteração da eficácia do medicamento ● Risco aumentado de constipação ● Encorajar refeições pequenas e frequentes ● Encorajar liquiídos e fibras pra m,elhorar a função instetinal ● Avaliar a frequência e consistência das fezes Sistema Urinário ● Clearence medicamentoso alterado ● capacidade vesical diminuída e urina residual aumentada ● Urgência urinária aumentada ● Monitorar as escórias renais ● Monitorar sinais vitais de ITU ● Avaliar o débito urinário ● Estimular o uso do banheiro. quando possível, ou uso de aparadeiras/papagaios Sistema Musculoesquelético ● Força muscular diminuída ● Perda auditiva ● Rigidez e dor articulares ● Risco aumentado de fratura ● Alterações na marcha e na postura ● Encorajar realização de exercícios físicos Cuidados de Enfermagem ao Idoso Crítico ● Avaliação Criteriosa, para identificar problemas e riscos; ○ Ao fazer o exame físico, respeitar o pudor e valores; ○ Atentar para alterações cognitivas e funcionais; ○ Atentar para alterações de temperatura; ● Observar os pulsos, presença de edema, dor e características da pele para detectar insuficiências vasculares ou arteriais; ● Observar expansão pulmonar e realizar a ausculta; ● Observar estado da boca, deglutição e estado nutricional; ● Observar a pele; ● Observar a mobilidade no leito; ● Planejamento precoce de alta; ● Incentivo da independência; ● Monitorizar os medicamentos em uso; ● Incentivar: reposicionamento frequente, tosse , respiração produnda, idas ao vaso sanitário; ● Reconhecer sinais e sintomas atípicos; ● Utilização de técnicas assepticas e práticas de controle de infecção; ● Monitorização intensiva da ingestão e da eliminação dos sinais vitais do estado mental e da condição da pele; ● Mudanças ambientais para atendimento das necessidades dos pacientes idosos; ● Assistência quando necessária, nas ativiades da vida diária; ● Educação do paciente e da família; ● Orientação para a realidade; Se possível investigar: ● Sintomas gerais: febre, emagrecimento, adinamia, disposiçã, etc. ● Cabeça: cefaléia, tonturas ● Olhos: alteração da visão, uso de lentes corretivas, inflamações, lacrimejamento, edemas ● Ouvidos: alteração da audição, dor, secreção, zumbidos, uso de aparelhos ● Nariz: alteração do olfato, obstrução nasal, coriza, epistaxe ● Boca e faringe: Inflamações, aftas, lesões, salivação, xerostomia, condição dentária, dor à deglutição. ● Aparelho cardiorrespiratório: dispnéia, dor precordial, palpitações e edema, dor torácica, tosse, problemas cardíacos ● Aparelho digestivo: apetite, disfagia, dores, naúseas, vômitos, engasgo Riscos Associados à Hospitalização no Idoso ● Infecções ● Delirium ● Quedas ● Lesão por pressão ● Desidratação ● Incontinência ● Constipação ● Perda da independência funcional Infecções: Surgem com facilidade, mas identificá-las com rapidez é mais difícil a partir da sintomatologia alterada. Fatores de risco: ● Mudanças associadas ao envelhecimento; ○ Capacidade menor para expelir secreções dos pulmões ○ Músculos da bexiga mais fracas, facilitando a retenção urinária ○ Aumento da fragilidade da pele e mucosas ● Alta prevalência de doenças crônicas; ● Imobilidade; ● Maior probabilidade de desnutrição, uso de cateter urinário, procedimentos invasivos e hospitalização; Sinais e Sintomas: ● Confusão ● Letargia ● incontinência ● dor abdominal imprecisa ● anorexia ● naúsea ● vômito ● perda do controle glicêmico Cuidados de enfermagem à Infecção hospitalar: ● Promover boa hidratação e bom estado nutricional; ● Monitorizar os sinais vitais, o estado mental e o estado geral de saúde; ● Manter a integridade da pele e mucosas; ● Evitar a imobilidade; ● Limitar contato com pessoas com infecção ou infecção suspeitada; ● Prevenir lesões; ● Cumprir as práticas de controle de infecções; Delirium: Alteração reversível na cognição ocasionada por condições agudas. Sintomas: ● Início rápido; flutuante; ● Função intelectual pertubada; ● Desorientação para tempo e lugar; ● Piora da memória; ● Humor volátil; ● Discurso desconexo; ● Alteração no nível de consciência: hipervigilância, sonolência leve ou estado semicomatoso; ● Alucinações e ilusões; ● Distúrbios nos ciclos sono-vigília; ● Sinais físicos: falta de dor, fadiga e atividades psicomotoras mais lentas; Fatores precipitantes ao delirium estão relacionados a : ● Fatores ambientais ○ Dor (83,3%) ○ Privação de sono (50%) ● Intercorrências ○ Modificação do quadro (83,3%) ● Medicações ○ Polifarmácia (75%) Cuidados de Enfermagem ao Delirium: ● Realizar história completa e coleta de dados do estado mental na admissão ● Registrar fatores desencadeadores de agitação ● Monitorar e avaliar mudanças no comportamento ● Promover a estabilidade clínica e minimizar estímulos ● Oferecer orientações e explicações frequentes ● Realizar controle de: ○ Temperatura ○ Iluminação ○ Ruídos ○ Fluxo de pessoas Promoção da saúde ● Nutrição e hidratação ● Sono e repouso ● Confroto e manejo da dor ● Seegurança ● Espiritualidade ● Uso seguro de medicamentos ● Integridade da pele ● Higiene oral ● Mobilidade Planejamento da Alta Objetivos: ● Evitar complicações ● Reduzir o risco de nova hospitalização ● Minimizar o estresse do idoso e do cuidador O enfermeiro deve: ● Investigar fatores que podem influenciar os resultados pós-alta; ● Percepção que o paciente tem do estado de saúde e do prognóstico; ● Quantidade e complexidade das doenças clínicas; ● História pregressa das práticas de autocuidado; ● Suportes e recursos familiares e sociais; O enfermeiro deve avaliar e antecipar as necessidades do paciente e do seu cuidador após a alta logo que possível para que, antes dessa, consiga orientá-los corretamente, fazer os encaminhamentos e sugerir preparativos em casa. Praticando a evolução e anotação de enfermagem do Idoso Grave Histórico : Paciente do sexo masculino, 66 anos, no 68° DIH por IRpA secundária a sepse de foco abdominal, POT de laparotomia Exploratória. Abscesso em flanco D, HAS, DM e Distúrbios hidroeletrolíticos. Evolução: 08:00 - Evolui em Ramsay 04, às custas de Solução Padrão de Darmonid a 10ml/h e Modo PSV, Peep 05cmH20, FIO2 40%, por vezes taquipnéico, secretivo, saturando satisfatoriamente, taquicárdico, em ritmo sinusal, níveis pressóricos tendendo a elevação, em uso de hipotensoresorais sistemáticos, afebril (Leucograma: 15.800 =>18.600), níveis glicêmicos elevados, medicado com Insulina regular de demanda no período anterior, conforme esquema insulínico; diurese via SVF em alto débito e dejeções líquidas presentes em grande quantidade. Anasarcado, apresentando pupilas isocóricas e fotoreagentes, mucosas oculares hipocrômicas (Hb: 6,7 e Ht: 20,7), tórax simétrico e expansivo bilateralmente, roncos em ápices à ausculta pulmonar, ausculta cardíaca normofonética, abdome flácido, tenso em região peri-lesão em flanco D, penso saturado externamente, aguardando troca. RHA presentes, extremidades aquecidas e oxigenadas, dorso e genitália não visualizados no momento, turgor e elasticidade da pele diminuídas, em uso de Pielsana. Anotação de Enfermagem: 08:30 - Acompanhado higiene oral, ocular, corporal, íntima e massagem de conforto. Realizado curativo em CVC, sem sinais de infecção utilizada clorexidina alcóolica e gaze: PAMi, pouco sangrante, utilizado clorexidina alcóolica e gaze; gastrostomia, apresentando secreção mucóide e purulenta em grande quantidade (comunicado ao MP), utilizando SF 0,9% e gaze; abscesso em flanco D, bastante exsudativo em porção superior, apresentando tecido de granulação, utilizado SF 0,9% gaze e alginato dita: região sacra, apresentando lesão de grande extensão com fibrina em leito. Utilizado SF0,9% Adaptic e hidrogel. Trocado fixação de traqueostomia, sem intercorrências, utilizado SF 0,9% e gaze. 09:45 - Instalada dieta enteral, conforme prescrição da Nutrição e trocado equipo dieta e torneirinha. 11:30 - Realizado troca de solução PAMi, utilizado SF 0,9% de 250ml 14:00 - Hipertérmico (37,8°C) medicado com Dipirona, conforme prescrição médica 14:15 - Penso de gastrostomia saturado externamente. Realizado novo curativo, visualizado grande quantidade de secreção mucóide, utilizado SF 0,9% e gaze. 15:15 - Desconectado da ventilação mecânica, pela fisioterapia, e instalado suporte de O2 a 03 l/min. Segue mantendo padrão respiratório confortável e saturando satisfatoriamente. 16:00 - Hiperglicêmico (HGT: 330). Medicado com 08 UI de Insulina Regular de Demanda, conforme prescrição médica. …..
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