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MEDIDAS SENSORIAIS E USO DE ESCALAS ● Intensidade de um atributo sensorial ou reação ao atributo sensoril > Uso de números ou palavras. ● Escala: meio de mensuração utiliza um conjunto, de categorais (palavras) ou de números, usado para registrar as observações de uma variável. SEGUNDO DUTCOSCKY (1992): ESTRUTURA ● Especifica igualdade de intervalos entre as categorias da escala ESTRUTURADA: escalas cujos intervalos são associados a números e/ou termos descritivos. ● Os julgadores são solicitados a definir a intensidade de um estímulo assinalando um valor em uma escala limitada. ● A forma de apresentação da escala e o número de categorias – escolha do analista. ● Mais comum – com pontuação com no mínimo 5 pontos. a) Estruturada ● Consiste de intervalos rotulados (números ou nomes); ● Igualdade de distância entre os pontos (categorias); ● O ponto 0 é arbitrário; ● Análise sensorial - 5 a 15 pontos (9 pontos); < 5 = pouco poder discriminação > 15 = aumento variabilidade ● Exemplos: - Escala hedônica: 5 e 7 pontos Escala hedônica: avalia o qianto o provador gostou ou gesgostou de uma determinada amostra. b) Não estruturada ou linear ● Linha inteira 9, 10 ou 15 cm. ● Termos na extremidade ou próximos. ● Julgadores assinalam a intensidade estímulo sensorial - marca vertical sobre a linha horizontal. ● Percepção do julgador - convertida em números – medida em cm do ponto inicial da escala a partir da esquerda com uma régua. Vantagens Desvantagens •Intensidade atributo avaliado pode ser marcada em qualquer ponto da escala; • Ausência de valores numéricos evita erro psicológico do julgador ou seja não é induzido a usar números de sua preferência • É mais difícil para o julgador ser consistente em suas repetições pois a posição em uma linha é mais difícil de lembrar que um número •Mais indicada para provadores tre inados Escala estruturada Escala não estruturada Mostra claramente a impressão do julgador; Mais fácil entendimento e uso consiente por consumidores. Mais indicada para provadores treinados; Ausência de números evita erros psicológicos ● Existem vários trabalhos na literatura internacional que mostram que as duas escalas são igualmente boas quanto a poder de discriminação e reprodutibilidade. POSIÇÃO ● Vertical ● Horizontal POLARIDADE a) Unipolar (fortemente ecomendada) ● Termos da escala se referem a só 1 atributo ● Ponto 0 na extremidade ● Exemplo: escala para avaliar a intensidade de odor oxidado b) Bipolar ● Bipolar (evitar uso sempre que possível) termos da escala se referem a mais de 1 atributo. 1 - extremamente duro 2 - muito duro 3 - moderadamente duro 4 - levemente duro 5 - nem duro/nem macio 6 levemente macio 7 - moderadamente macio 8 - muito macio 9 - extremamente macio ● Com descrições postas nas duas extremidades ● Ponto 0 situa-se no centro da escala ● Usada quando a intensidade de um atributo pode diferir num ou outro sentido do valor neutro ● Críticas: - Escala confusa - Aspectos diferentes de 1 mesmo atributo (textura); - São avaliados numa mesma escala - Quando julgar duro? - Quando julgar macio? (varia muito entre indivíduos) SEGUNDO ABNT - NBR 14141 (1998): ESCALA NOMINAL ● Especifica somente classes (categorias) que não possuem nenhuma relação ou ordenação entre si. ● Comparação entre duas amostras: são iguais ou diferentes ● Exemplo: classificação da bebida do café. ESCALA ORDINAL ● Especifica as categorias como uma série ordenada. ● Não expressa o tamanho da diferença. ● Escalas usadas em teste de ordenação. ● Exemplo: coloque as amostras em ordem crescente de intensidade de cor (da mais clara para a mais escura). ESCALA INTERVALAR ● Assumem igualdade de distância (intervalos) entre os pontos (categorias). ● O ponto 0 é arbitrário. ● Em an´laise sensorial - 5 a 15 pontos. ● Exemplos: perfil de textura, ADQ, hedônica. ESCALA DE PROPORÇÃO OU MAGNITUDE ● Atribuição de números pelos julgadores para indicar proporção das intensidades sensoriais em relação a uma referência. ● Números atribuídos pelos julgadores para indicar proporção das intensidades sensoriais em relação a uma referência. O julgador é livre para construir a sua própria escala! ● Escala ordinal ● Escala de intervalo (intervalar) ● Escala de proporção TIPOS DE ESCALAS QUANTO AO TIPO DE AVALIAÇÃO 1. Escala de intensidade 2. Escala de qualidade: provadores treinados com padrões específicos para avaliar a qualidade do produto. ● Críticas: - Dificuldade em definir “padrões de qualidade”. - É comum os padrões de qualidade terem sido definidos junto a consumidores do exterior e não refletem a preferência do consumidor nacional. Ex.: vinhos, cervejas, etc...CUIDADO AO USAR ESSAS ESCALAS . TIPOS DE ESCALAS QUANTO AO N° DE ATRIBUTOS JULGADOS 1. Simples: apenas 1 atributo julgado de cada vez 2. Composta: diversos atributos julgados ao mesmo tempo e ao final uma só nota é dada ao produto. ● Problemas: amostras com diferentes perfis sensoriais, quando avaliadas simultaneamente recebem pontuações iguais. FATORES PSICOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM AS MEDIDAS SENSORIAS 1. Erro na expectativa ● Qualquer influência que o provador recebe a cerca do teste = influencia nos resultados. ● Provadores encontram o que esperam encontrar = por isso, pessoas da equipe de pesquisa não podem participar do teste. ● Amostras devem ser codificadas para que os provadores não possam identificá-las. ● Códigos de 3 dígitos escolhidos ao acaso para não induzir a escolha do provador. 2. Erro de estímulo ● O julgamento pode ser influenciado por características irrelevantes da amostra. ● Exemplo: - Se solicitado a identificar a diferença com relação à doçura entre 2 amostras de pêssego em calda, o provador poderá ser induzido a julgar que a amostra de melhor aparência será também a mais doce. A amostra de melhor aparência poderá estimulá-lo a um erro, uma vez que a doçura não está necessariamente associada a aparência. ● Para evitar o erro de estímulo as amostras devem ser o mais uniforme possível. ● Deve-se mascarar as diferenças por meio de luz. 3. Erro de lógica ● Leva o provador a associar uma característica particular da amostra a outra característica que ele sabe ser associada a primeira. ● Exemplo: - A cor escura em batatas chips pode indicar gosto de queimado = provador ao perceber a cor esperará encontrar o sabor de queimado. ● Erro pode ser controlado por meio de luzes coloridas nas cabines. 4. Erro de sugestão ● A resposta de um provador pode ser influenciada pela resposta de outro provador. ● Por isso, os provadores são separados em cabines individuais. ● A área de teste deve ser livre de qualquer distração e separada sa área de preparação. 5. Erro de motivação ● A motivação do provador afetará sua percepção sensorial. ● O interesse dos provadores pode ser desenvolvido e mantido por vários meios: - Pagamentos – prêmios como lanches após o julgamento podem ser introduzidos. Para equipes especializadas pode-se pagar em dinheiro. - Dar conhecimento dos resultados – isso quando não houver inconveniência. A pessoa poderá apresentar os erros, como corrigi-los, aumentando a motivação e dedicação ao julgamento. - Interesse – os membros de uma equipe devem estar interessados em conhecer e desenvolver suas habilidades sensoriais. 6. Erro de contraste ● A apresentação de uma amostra de boa qualidade, seguida de outra de qualidade inferior = provador julgará a segunda de forma mais rigorosa. ● Na medida em que a apresentação da amostra é escolhida ao acaso, esse efeito é minimizado. 7. Erro de indulgência ● Há pessoas que avaliam as amostras em graus mais altos ou mais baixos em função, por exemplo, de sua preferência pela análise ou pelo pesquisador. ● Os erros positivos são mais comuns que os negativos. 8. Erro de primeira espécie ● É o provador ansioso, distraído, que detecta o estímulo que não existe. ● Vê tudo de relance, registrando tudo de uma vez e às vezes inclui + detalhes do que vê. 9. Erro de segunda espécie ● É o provador cauteloso, que não detecta o estímulo presente.● Informa somente o que assimilou lentamente. 10. Erro de posição ● Em alguns testes verifica-se que a posição em que se colocam algumas amostras pode influenciar na resposta dos provadores. ● Quando é difícil detectar a diferença entre as amostras, os provadores tendem a escolher a amostra que está no centro como a diferente. ● Isso pode ser contornado fazendo a randomização da posição das amostras. 11. Efe ito de halo ● Aparece quando se deseja avaliar de um atributo de uma só vez na mesma amostra. ● O provador cria uma impressão global da amostra e acaba julgando a propriedade mais marcante e classificando os outros atributos com ± 1 ponto de diferença. ● É desejável avaliar apenas 1 atributo por vez, exceto para testes de perfis sensoriais, quando se classifica mais de uma característica no mesmo teste. ● Linha inteira 9, 10 ou 15 cm. ● Termos na extremidade ou próximos. ● Julgadores assinalam a intensidade estímulo sensorial - marca vertical sobre a linha horizontal. ● Percepção do julgador - convertida em números – medida em cm do ponto inicial da escala a partir da esquerda com uma régua. Intensidade atributo avaliado pode ser marcada em qualquer ponto da escala; Ausência de valores numéricos evita erro psicológico do julgador ou seja não é induzido a usar números de sua preferência É mais difícil para o julgador ser consistente em suas repetições pois a posição em uma linha é mais difícil de lembrar que um número Mais indicada para provadores treinados ● Existem vários trabalhos na literatura internacional que mostram que as duas escalas são igualmente boas quanto a poder de discriminação e reprodutibilidade. 1 - extremamente duro 2 - muito duro 3 - moderadamente duro 4 - levemente duro 5 - nem duro/nem macio 6 levemente macio 7 - moderadamente macio 8 - muito macio 9 - extremamente macio ● Especifica somente classes (categorias) que não possuem nenhuma relação ou ordenação entre si. ● Comparação entre duas amostras: são iguais ou diferentes ● Exemplo: classificação da bebida do café. ● Especifica as categorias como uma série ordenada. ● Não expressa o tamanho da diferença. ● Escalas usadas em teste de ordenação. ● Exemplo: coloque as amostras em ordem crescente de intensidade de cor (da mais clara para a mais escura). ● Atribuição de números pelos julgadores para indicar proporção das intensidades sensoriais em relação a uma referência. ● Números atribuídos pelos julgadores para indicar proporção das intensidades sensoriais em relação a uma referência. O julgador é livre para construir a sua própria escala! ● Qualquer influência que o provador recebe a cerca do teste = influencia nos resultados. ● Provadores encontram o que esperam encontrar = por isso, pessoas da equipe de pesquisa não podem participar do teste. ● Amostras devem ser codificadas para que os provadores não possam identificá-las. ● Códigos de 3 dígitos escolhidos ao acaso para não induzir a escolha do provador. ● O julgamento pode ser influenciado por características irrelevantes da amostra. ● Exemplo: - Se solicitado a identificar a diferença com relação à doçura entre 2 amostras de pêssego em calda, o provador poderá ser induzido a julgar que a amostra de melhor aparência será também a mais doce. A amostra de melhor aparência poderá estimulá-lo a um erro, uma vez que a doçura não está necessariamente associada a aparência. ● A motivação do provador afetará sua percepção sensorial. ● O interesse dos provadores pode ser desenvolvido e mantido por vários meios: - Pagamentos – prêmios como lanches após o julgamento podem ser introduzidos. Para equipes especializadas pode-se pagar em dinheiro. - Dar conhecimento dos resultados – isso quando não houver inconveniência. A pessoa poderá apresentar os erros, como corrigi-los, aumentando a motivação e dedicação ao julgamento. - Interesse – os membros de uma equipe devem estar interessados em conhecer e desenvolver suas habilidades sensoriais. ● A apresentação de uma amostra de boa qualidade, seguida de outra de qualidade inferior = provador julgará a segunda de forma mais rigorosa. ● Na medida em que a apresentação da amostra é escolhida ao acaso, esse efeito é minimizado. ● Há pessoas que avaliam as amostras em graus mais altos ou mais baixos em função, por exemplo, de sua preferência pela análise ou pelo pesquisador. ● Os erros positivos são mais comuns que os negativos. ● É o provador ansioso, distraído, que detecta o estímulo que não existe. ● Vê tudo de relance, registrando tudo de uma vez e às vezes inclui + detalhes do que vê. 9. Erro de segunda espécie ● É o provador cauteloso, que não detecta o estímulo presente. ● Informa somente o que assimilou lentamente. 10. Erro de posição ● Em alguns testes verifica-se que a posição em que se colocam algumas amostras pode influenciar na resposta dos provadores. ● Quando é difícil detectar a diferença entre as amostras, os provadores tendem a escolher a amostra que está no centro como a diferente. ● Isso pode ser contornado fazendo a randomização da posição das amostras. 11. Efeito de halo ● Aparece quando se deseja avaliar de um atributo de uma só vez na mesma amostra. ● O provador cria uma impressão global da amostra e acaba julgando a propriedade mais marcante e classificando os outros atributos com ± 1 ponto de diferença. ● É desejável avaliar apenas 1 atributo por vez, exceto para testes de perfis sensoriais, quando se classifica mais de uma característica no mesmo teste.
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