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Diagnóstico e tratamento das fraturas de maxila e nariz

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Deiglianne Duarte Ribeiro 
 
1 
 
 
 
 
ATLS: 
Airway: Manter vias aéreas; 
Breathing: Avaliar respiração; 
Circulation: Hemostasia; 
Disability: Status neurológico; 
Exposure: Exposição do paciente 
(temperatura). 
 
Atendimento Inicial ao Politraumatizado 
de Face: 
1. Aspirar saliva; 
2. Aspirar sangue; 
3. Conter Hemorragias intra e extra orais 
(tampão nasal anterior ou posterior, suturas 
e ligaduras de artérias maiores). 
4. Método de contenção temporários de 
dentes e fraturas faciais (Odontossínteses, 
slintagem, barras de Erich e bandagens). 
 
● Inspeção 
- Inspeção geral do paciente; 
- Áreas com sangramento, coágulos, 
lacerações, escoriações, hematomas e 
edema; 
- Fraturas expostas; 
- Simetria facial. 
 
● Terço Superior 
- Lacerações (Scalp); 
- Exposição de calota craniana; 
- Fraturas cranianas. 
 
* Cuidados com a coluna cervical. 
● Terço médio: 
- Edema periorbital; 
- Equimose periorbital e subconjuntival; 
- Sinal de Battle (Equimose Retroauricular); 
- Proptose; 
- Distopia; 
- Enoftalmo e exoftalmo; 
- Oftalmoplegia; 
- Telecanto traumático; 
- Lacerações periorbitais e oculares; 
- Ptose palpebral; 
- Hifema; 
- Corpos estranhos intra-oculares, midríase 
traumática, mudanças na reação pupilar e 
tamanho; 
- Sangramento nasal (Epistaxe); 
- Lacerações Intra-Nasais, Hematomas 
Septais, Desvio de Septo; 
- Liquorréia; 
- Otorragia; 
- Realizar a palpação da Face; 
 
* Tempo ótimo de 03 a 05 dias pós-trauma 
para haver regressão de edema, revisão dos 
sistemas, exames laboratoriais e por imagem 
para planejamento seguro da cirurgia. 
 
 
 
 
 
Introdução
: 
Deiglianne Duarte Ribeiro 
 
2 
 
• Preparação do paciente para cirurgia: 
- Regressão do edema pós trauma; 
- Estabilização do paciente; 
- Cicatrização das feridas abertas e 
infectadas; 
- Controle da infecção pré-operatória; 
- Remoção de focos de infecção intra bucais 
(raízes residuais, tártaro, lesões de cárie); 
- Higienização bucal com solução 
antisséptica (digluconato de clorexidina a 
0,12%); 
- Tricotomia Facial; 
- Modelos de estudo. 
- Confecção de Odontossínteses (Anéis de 
Ivy, Duclos); 
- Colocação de Barras de Erich; 
- Confecção de Goteiras. 
* A exposição, identificação e fixação das 
fraturas, principalmente dos pilares faciais, 
garante o alinhamento e estabilização das 
mesmas.” 
 
Pilares da face: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acessos cirúrgicos da face: 
* Procurar sempre fazer escondendo as 
cicatrizes nas rugas da face. 
• Incisão subciliar; 
• Incisã subtarsal; 
• Incisão palpebral inferior; 
• Incisão infraorbital; 
• Transconjuntival; 
• Incisões para blefaroplastia ou 
suprapalpebral; 
• Incisão superciliar ou supraorbital. 
 
 
 
Classificação: 
1. Fraturas Le Fort I (Horizontal); 
2. Fraturas Le Fort II (Piramidal); 
3. Fraturas Le Fort III (Transversal); 
4. Fraturas Complexas; 
5. Fraturas Sagitais; 
6. Fraturas Segmentares; 
7. Fraturas Cominutivas; 
8. Fraturas Combinadas. 
1. Le Fort I 
- Desoclusão dentária; 
- Mordida aberta anterior (deslocamento 
posterior); 
- Comunicação Buco-Sinusal; 
- Enfisema facial (proservação inicialmente); 
- Tratamento: Imobilizar a parte dentária e 
fixação do pilar zigomático. 
 
2. Le Fort II 
- Epistaxe; 
- Comumente associada a fraturas de OPN; 
- Parestesia ou Hipoestesia; 
- Perfil Côncavo; 
- Desoclusão Dentária; 
- Mordida aberta anterior (Deslocamento 
posterior); 
Fraturas de maxila: 
Deiglianne Duarte Ribeiro 
 
3 
 
- Equimose infra e periorbitáia bilateral 
(olhos de guaxinim); 
- Hemorragia subconjuntival; 
- Pode haver rinorréia cerebroespinhal; 
- Podem estar associadas a fraturas de 
órbita; 
- Lesões Associadas a ramos da artéria 
maxilar; 
 
 
 
 
 
 
 
3. Le Fort III 
- Rotura do pilar transverso da face; 
- Sentido da força geralmente supero-
inferior; 
- Equimose Periorbitária Bilateral (Olhos de 
Guaxinim); 
- Queixas e achados oftalmológicos 
(exoftalmia, limitação de movimentos, 
diplopia); 
- Telecanto e Hipertelorismo Traumático; 
- Epistaxe e Sinal de Battle; 
- Rino (Lesão da lâmina crivosa do etmóide) 
ou otorréia (lesão do soalho do canal 
auditivo) cérebro espinhal; 
- Anosmia (perda do olfato); 
- Parestesia ou Hipoestesia (Lesão do N. 
Infraorbitário); 
- Alongamento da Face (cara de cavalo); 
- Perfil côncavo; 
- Mordida Aberta Anterior; 
- Limitação de Abertura Bucal. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Fratura Tipo Lannelongue: 
- Fratura mediana da maxila. 
- Diastema traumático entre os incisivos 
- Laceração da mucosa da rafe palatina. 
- Maior prevalência em combinação de 
outras fraturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Fraturas Sagitais (verticais): 
- São infrequentes; 
- Geralmente devido a traumas na região do 
mento; 
- Frequentemente associadas a fraturas 
transversais; 
- Atravessam a articulação do processo 
palatino da maxila, separando-os até a 
margem posterior. 
Clinicamente: 
- Diastema Interincisivo; 
- Comunicação Buco-Sinusal; 
- Equimose do Palato. 
 
6. Fraturas Segmentares: 
- Forças aplicadas concentradamente numa 
determinada área; 
Deiglianne Duarte Ribeiro 
 
4 
 
- Apenas um segmento da maxila é 
deslocado. 
 
6.1. Fratura de Hunt: 
- Início na margem dos processos frontal 
até a lateral de PMS. 
 
 
 
6.2. Fratura de 4 segmentos (Walther): 
- Lanelongue + vertical em lateral de PMS; 
- Associação de fratura transversa completa 
+ fratura mediana; 
- Fratura em 4 fragmentos. 
 
 
 
 
 
 
 
6.3. Fratura de Basseaul: 
- Lannelongue + Bloco Incisivo, ossos nasais 
e processos frontais. 
 
6.4. Fratura de Richet: 
- Assoalho do SM tangenciando as paredes 
laterais e mediais; 
- Associação de fratura transversa unilateral 
+ fratura mediana; 
- Mordida cruzada unilateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Fraturas complexas: 
- Fraturas combinadas (Le For I + Ler For 
II). 
Diagnóstico das fraturas: 
• Exame Clínico: 
- Palpação da margem infra-orbitária; 
- Palpação da sutura fronto-malar; 
- Palpação bidigital da maxila; 
- Complicadores. 
 
• Exame por Imagem: 
- Radiográfico (PA, Waters, Perfil); 
- Tomografia computadorizada (padrão 
ouro); 
- Reconstruções em 3D. 
 
* O cirurgião não cura nenhuma lesão. Ele 
apenas estabelece um ótimo condições para 
o organismo promover a sua auto reparação. 
 
Cuidados Pós- Operatórios: 
1. Cuidados com a ferida cirúrgica; 
2. Cuidados com a aparatologia empregada; 
3. Cuidados com medicação e dieta; 
4. Fisioterapia; 
Deiglianne Duarte Ribeiro 
 
5 
 
5. Suturas bem realizadas com coaptaçãoo 
passiva de bordos (evitar tensão); 
6. Evitar espaços mortos (suturas por 
planos); 
7. Curativos compressivos; 
8. Troca de curativos diários; 
9. Compressas geladas na face nas 48 horas 
iniciais (edema). 
10. Remoção de sutura em 1 semana. 
11. Evitar sol por uns 3 meses (cicatriz); 
12. Higiene Oral em feridas intra-bucais; 
13. Revisão de Bloqueio maxilo mandibular 
(Trefilar fios, troca de ligas, profilaxia 
dental). 
14. Remoção de bloqueio, suspensões, 
cerclagem, odontossínteses, fios de Kirchner, 
após período de consolidação óssea. 
15. Remoção de FIR em casos de infecção. 
 
 
Cuidados com a Medicação: 
1. Controlar Edema, infecção, dor e febre pós 
operatórios; 
2. Medicações EV em pós imediato; 
3. VO em pós mediato; 
4. Gotas e suspensões orais em bloqueios 
maxilo-mandibulares; 
5. Higiene Oral com escovação e bochechos 
com clorexidina. 
 
Cuidados com a Dieta: 
1. Dieta Líquida e fria em PO imediato (2 
primeiros dias) 
2. Dieta Líquida ou pastosa em PO tardio. 
 
Cuidado com a Fisioterapia: 
1. Bloqueio Semi-Rígido (Ligas, guiar oclusão); 
2. Trismo pós-operatório (Palito de picolé, 
dedos, chicletes); 
3. Revisão Semanal. 
 
 
 
→ Podem ocorre isolados ou associados; 
→ Acometem todas as faixas etárias; 
→ Mais frequentes em homens. 
 
Classificação: 
1. Com deslocamento lateral. 
2. Com aprofundamento da pirâmide nasal. 
* Vai depender do agente, da força e da 
direção do impacto. 
 
Diagnóstico Clínico: 
1. História e mecanismo do trauma; 
2. Inspeção; 
3. Palpação; 
 
2. Inspeção: 
- Escoriações e ferimentos; 
- Edemas ehematomas; 
- Desvio ou afundamento da pirâmide nasal; 
- Epistaxe; 
- Obstrução nasal; 
- Equimose periorbital bilateral; 
- Hemorragia subconjuntival; 
- Telecanto traumático; 
- Edema na mucosa nasal; 
- Enfisema subcutâneo; 
- Anosmia; 
- Palpação; 
- Crepitação óssea; 
- Mobilidade dos fragmentos; 
- Sensibilidade dolorosa; 
- Rinoscopia: lesões septais, como fraturas e 
luxações, lacerações da mucosa e 
Fraturas de ossos próprios do nariz: 
Deiglianne Duarte Ribeiro 
 
6 
 
septohematoma. 
 
Exames de imagens: 
1. Rx Perfil de OPN (raios moles); 
2. Rx de face em PA (Waters); 
3. Tomografia Computadorizada. 
 
Tratamento: 
- Consiste na redução dos fragmentos em 
posição anatômica e imobilização durante o 
período de consolidação; 
- A imobilização é efetuada internamente 
por tamponamento de gaze impregnada com 
material ceráceo, antisséptico e anestésico, 
impedindo a queda dos fragmentos para o 
interior da cavidade nasal e a formação de 
sinéquias endonasais; 
- Externamente, utiliza-se um curativo 
gessado, modelando e mantendo os 
fragmentos em posição. O tamponamento é 
retirado após 24 a 48h. O gesso é removido 
entre o sétimo e décimo dias. 
 
Complicações: 
- Septohematoma (Hemorragia no espaço 
subpericondral); 
- Infecção; 
- Sinéquias; 
- Hemorragias; 
- Deformidades Estéticas e Funcional. 
Considerações finais: 
- Restauração precoce da função e estética 
facial pré-trauma é o objetivo do 
tratamento; 
- Para um resultado ótimo é preciso seguir 
um protocolo estabelecido de redução e 
fixação dessas fraturas; 
- O enxerto ósseo imediato tem o papel de 
reconstituir os fragmentos ósseos 
avulsionados, dar volume nas regiões com 
deficiência e servir de suporte nas fixações 
interfragmentárias; 
- A face é o “cartão de visitas” do indivíduo 
e necessita ser reconstruída com detalhismo 
e afinco para evitar sequelas psicossociais 
ao paciente vítima de fraturas faciais.

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