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Aula 03 - Coleta Fixação e Coloração de Material Citológico


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Aula 3 - Coleta Fixação e Coloração de Material Citológico 
♦ Coleta do material 
 • Higiene intima: deve ser realizada antes da coleta. Não utilizar duchas para não ficar sem secreção. 
• Abstinência : - sexual (os espermatozoides podem interferir no exame) 
 - medicamentosa. 
 
♦ Equipamentos utilizados na coleta 
 • Espéculo de Colins: utilizado para facilitar a visualização do colo do útero. 
 • Espátula de Ayre: 
 - Parte em forma de osso (com reentrância): utilizada para realização da citologia abrasiva 
em que se deseja coletar material da ectocérvice. A ponta mais longa dessa parte da espátula é introduzida 
no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em 
movimento rotativo de 360.º, em torno de todo o orifício. 
 
 - Parte em forma de “colher” (arredondada): utilizada para realização da citologia esfoliativa 
em que se deseja coletar material de Saco de Douglas (fundo de saco ou fundo de saco posterior da 
vagina) ou da parede vaginal. O material de fundo de saco é limitado, por conter células que naturalmente 
se descamaram das mucosas vaginal e cervical, e mais raramente de células endometriais e tubárias, torna-se 
muito contaminado. Portanto, a preferência da coleta com essa parte da espátula é a parede vaginal, visto 
que de Saco de Douglas existe muita contaminação. 
 • Swab: Coleta de apenas material de secreção. 
 • Escova endocervical: Utilizada para realização da citologia abrasiva em que se deseja coletar 
material da endocérvice, fazendo uma rotação de 360º no canal endocervical. 
 
♦ Citologia abrasiva 
 - É aquela na qual você faz a raspagem das células para se obter o material de coleta, ou seja, 
consiste na raspagem da mucosa de modo a soltar as células do epitélio. 
 - Pode ser colhido material da endocérvice ou da ectocérvice dependendo do equipamento utilizado. 
 - Equipamentos utilizados: parte com reentrância da espátula de Ayre (ectocérvice) e escova 
endocervical (endocérvice). 
 
♦ Citologia esfoliativa: 
 - É aquela na qual você colhe apenas o material que esfoliou, ou seja, recolhe células que 
descamaram espontaneamente do fundo de saco posterior da vagina ou da parede vaginal. 
 - Pode ser colhido material da parede vaginal ou Saco de Douglas. Porém, deve-se dar preferência 
para colher da parede vaginal devido a grande contaminação do fundo de saco posterior da vagina. 
 - Equipamentos utilizado: parte arredondada da espátula de Ayre 
 
♦ Citologia Hormonal 
 - Coleta realizada na parede vaginal. 
 - Equipamentos utilizado: parte arredondada da espátula de Ayre 
 
♦ Citologia oncótica: 
 - Coleta realizada na JEC (junção escamo-colunar). 
 - Equipamentos utilizados: parte com reentrância da espátula de Ayre (ectocérvice) e escova 
endocervical (endocérvice). 
 
♦ Como é feita a coleta do material citológico: 
 A paciente se deita na cama ginecológica, e de preferência 
o profissional já deve estar com o material todo pronto em mãos 
com o intuito de evitar o constrangimento da paciente. Assim é 
introduzido o especulo de Collins de acordo com o tamanho da 
vagina e na forma horizontal até que o colo do útero seja 
visualizado. Após a visualização do colo uterino é inserido a 
espátula de Ayres ou a escova endocervical, dependendo do tipo 
de coleta que se deseja realizar. Após a coleta o material é 
colocado na lâmina, será fixado e corado no Papanicolaou. 
 Observação: Se ao visualizar o colo houver grande quantidade de 
muco ou secreção, seque-o delicadamente com uma gase montada 
em uma pinça, sem esfregar, para não perder a qualidade do 
material a ser colhido. 
 
♦ Coloração Citológica de Papanicolaou 
 mecanismo pelo ual as células são coradas ainda não é completamente entendido mas são 
importantes a adsorção e as caracter sticas de afinidades u micas na coloração. ara am os a concentração 
de corantes nas soluç es e a forma i nica so as uais se encontram são determinantes. 
 As estruturas celulares ácidas tendem a atrair cátions, tanto por adsorção como em reaç es u micas, 
e as estruturas celulares ásicas atraem os radicais ani nicos dos corantes. citoplasma sendo formado por 
estruturas ácidas e ásicas atrairia com inaç es de corantes ao passo ue o núcleo celular possuindo 
ácidos nucleicos seria predominantemente ácido. 
 A hematoxilina é um corante ásico de solução a uosa corando estruturas ácidas 
 asof licas/cian filas intera indo com os ácidos nucleicos mais especificamente com moléculas de 
fosfatos li adas ao A resultando em uma coloração azul-escura do núcleo celular. Possui afinidade por 
parede celular de lactobacilos e outras actérias ue podem estar presentes nos esfre aços e rea e sutil- 
mente com o citoplasma das células escamosas. 
 oran e é um corante ácido de ase alco lica com dois rupamentos sulf nicos corando 
componentes ásicos acid filos do citoplasma das células escamosas maduras (diferenciadas de amarelo 
ou alaran ado incluindo prote nas pré- uerat nicas das células superficiais eosinof licas. Cora parcialmente 
hifas fún icas. 
 O EA (Eosina Amarela) é um corante de base alco lica, ácido e que cora estruturas ásicas 
(citoplasma). Na verdade é uma mistura de corantes cu as soluç es apresentam formulaç es similares 
compostas de solução alco lica de verde luz ou light green corante ásico pardo ismar corante ásico) 
e eosina Y (corante ácido policr mico, tetrabromo fluoresce na não produzindo so reposição de cores. 
 s o etivos da coloração de apanicolaou são: Permitir a definição de detalhes estruturais do 
núcleo; Determinar transpar ncia celular, obtida com a passa em dos esfre aços em várias cu as com álcool 
em diferentes concentraç es e pelo álcool et lico presente nos corantes EA e orange-G; Diferenciar os 
elementos celulares cian filos e eosin filos, permitindo a melhor identificação de determinados tipos 
celulares. 
 • Etapas coloração Papanicolaou 
 Antes de se começar a coloração é necessário que a lâmina que contém o material seja imerso no 
fixador ( álcool isopropílico ou álcool etílico 95%, porém este é o fixador de escolha ). Essa etapa deve ser 
feita o mais rápido possível para evitar o ressecamento do esfregaço citológico. O álcool a 95% desnatura as 
proteínas e os ácidos nucleicos, tornando-os instáveis e insolúveis. O mesmo também promove o 
espessamento de estruturas celulares e definição de detalhe nuclear. Além disso, os fixadores não devem ser 
tóxicos ou voláteis e de preço razoável. As etapas da coloração de Papanicolaou são: Hidratação, Coloração 
nuclear, Desidratação, Coloração citoplasmática, Clareamento (diafinização) e montagem 
• : são utilizadas concentrações decrescentes de álcool promovendo um deslocamento gradual de 
água para dentro das células, hidratando-as. Esse processo é de maneira gradual para evitar a deformação de 
estruturas celular ou até mesmo perda celular. Essa etapa é necessária, pois a hematoxilina utiliza a água 
como solvente, dessa forma em meio aquoso, o corante é melhor impregnado na célula. 
 1. Álcool a 80% - (8 – 10 seg) 
 2. Álcool a 70% - (8 – 10 seg) 
 3 . Álcool a 50% - (8 - 10 seg) 
 4. Água comum 
 5. Água destilada 
• Nuclear: Hematoxilina de Harris. Corante básico que cora estruturas ácidas (ácidos nucleicos). 
 6. Hematoxilina de Harris – Imersão de 4 min 
 7. Imersão delicada em água comum 
 8. Diferenciar em água acidulada à 0,5% - Essa etapa não foi utilizada na prática. 
 9. Lavar em água corrente – ( 1 min ) 
 10. Lavar em água destilada 
Observação: As lavagem com água são realizadas para retirar o excesso de corante. 
• : processo realizado pela imersão do material citol ico em concentraç es crescentes de 
álcool (desloca a água do interior das células, desidratando-as) para ue as células compatibilizem-se com os 
pr imos corantes, que são de base alco lica (OrangeG-6 e a EA-36 utilizam o álcool como solvente, dessa 
forma em meio alcoólico serão melhores impregnados na célula). Além disso, a desidratação elimina traços 
de á ua ue poderiam pre udicar a transpar ncia da preparação pela formação de gotas opalescentes. A 
passa em por esses álcoois tam ém au ilia na remoção do e cesso de hemato ilina. O processo é sempre de 
maneira gradual para evitar perda celular ou deformação de estruturas. 
 11. Álcool a 50% - (8 – 10 seg) 
 12. Álcool a 70% - (8 – 10 seg) 
 13. Álcool a 80% - (8- 10 seg) 
 14. Álcool a 95% - (8 – 10 seg) 
• Citoplasmática: Orange G-6 e EA-36 (ou EA- 65) são corantes ácidos que coram estruturas 
básicas (citoplasma). 
 15. Orange G-6 – Imersão de 2min 
 16. Álcool a 95% - (8 – 10 seg) 
 17. Álcool a 95% - (8 – 10 seg) 
 18. EA - 36 – Imersão de 4min 
 19. Álcool a 95% - (8 – 10 seg) 
 20. Álcool a 95% - (8 – 10 seg) 
 21. Álcool a 95% - (8 – 10 seg) 
 22. Álcool absoluto - (8 – 10 seg) 
 23. Álcool absoluto - (8 – 10 seg) 
• Clareamento diafanização : nessa etapa é fundamental ue o material se a intensamente desidratado. Esse 
processo é realizado por imersão em ilol, um agente clarificante e solvente ue diminui a opacificação das 
células criando uma condição de transpar ncia necessária para a visualização de detalhes celulares. 
 24. Álcool absoluto + Xilol (garantir que a lâmina esteja realmente limpa antes de passar pelo xilol) 
 25. Passar por 3 xilois 
• onta em das l minas com meio de monta em álsamo do canadá sintético). 
 26. Montar em Bálsamo do Canadá (Montagem da lâmina) 
 
 
♦ Colposcopia 
 • A colposcopia pode ser definida como método complementar, com o qual é possível reconhecer, 
delimitar e diagnosticar os diferentes aspectos normais e anormais da ectocérvice e da vagina, com aumentos 
de 12 a 29 vezes, conforme o instrumento utilizado. Durante a colposcopia podem ser realizados dois testes: 
o teste do ácido acético e o teste de Schiller. 
 - Colposcópio: Utilizado para visualizar o colo uterino macroscopicamente, direcionando, se 
necessário, para uma biopsia ou estudo citológico. 
 
 • Teste do Ácido acético: É fundamental no e ame colposc pico. Consiste na aplicação do ácido 
acético a 3% ou 5% no cérvix. O ácido acético provoca edema dos tecidos e coagulação superficial das 
proteínas intracelulares, reduzindo a transparência do epitélio, tornando-as brancas. Após a aplicação do 
ácido acético, o epitélo pavimentoso anormalmente carregado em proteínas, torna-se branco 
progressivamente. A sua duração e intensidade aumentam com o grau de atipia celular, devido a uma alta 
concentração nuclear e de filamentos queratínicos. A sua tonalidade aumenta com a gravidade das 
anormalidades epiteliais. 
Manchas celulares acetobrancas podem ser indicativo de HPV. 
 
 • Teste de Schiller: As células do colo do útero, quando normais, possuem a propriedade de se 
impregnarem com solução de lugol, devido à reação que ocorre entre o glicogênio e o iodo. Células do colo 
uterino alterado, com epitélio escamoso imaturo ou tecido metaplásico (de reparo), fixam pouco o lugol. Já 
células anormais, displásicas ou malignas, pobres em glicogênio, não se coram (iodo negativo) (INCA, 
1999). 
 Quando o teste de Schiller for positivo, significa que a solução não conseguiu cobrir toda a área e há 
alguma alteração, dando um resultado patológico. Quando o teste de Schiller der negativo, significa que a 
solução foi capaz de cobrir toda a área sem mostrar alterações, dando um resultado normal.