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Praticas de Ensino Reflexões Postagem 2

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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS 
 
 
PRÁTICA DE ENSINO: REFLEXÕES (PE:Refl DP) 
 
 
ATIVIDADE 2 – POSTAGEM 2 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome: Daniela Luques Penhoela 
RA: 1733391 
 
 
 
 
Polo Cajamar 
2021 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado 
 
A vivência no ambiente escolar no período de estágio é um processo de suma 
importância para o futuro professor, nele é possível ter uma visão geral do que vamos 
enfrentar na jornada educacional. Tive a oportunidade de observar o ambiente escolar 
e a vivência de modo geral e muitas coisas mudaram no meu pensamento não 
somente como professora, mas como pessoa. 
Uma das coisas que mais senti diferença como observadora foi o aumento da minha 
empatia, lecionar em escola pública de periferia oferece desafios que nem sempre, ou 
quase nunca estamos preparados para enfrentar, infelizmente conheci muitos casos 
de abuso infantil, abandono, crianças que tem um modo de agir dentro da escola que 
à primeira vista te faz pensar que aquela criança não passa de mais uma rebelde, sem 
educação que tem prazer em enfrentar tudo e todos a sua frente. Mas a realidade vai 
muito além disso, muitas dessas crianças estavam apenas “gritando” por socorro, 
infelizmente muitos não conhecem a sensação de um abraço, um sorriso sincero, uma 
palavra amiga e a criança acaba se tornando o reflexo daquilo que costuma ter no dia 
a dia. Observei também que muitos jovens perdem a inocência muito cedo e afloram 
a sexualidade de uma forma muitas vezes vulgar com o objetivo de chamar a atenção 
por coisas banais. Infelizmente o quadro de alunos da Escola Odir Garcia é bem triste 
nesse sentido, os casos são incontáveis e temo que aqui seja apenas uma das muitas 
escolas que enfrentam problemas familiares como esses que citei acima. 
 
E escola em si é muito acolhedora, confesso que tinha medo do estágio, mas fui muito 
bem recebida pela querida Diretora Marciana, pessoa incrível, profissional 
maravilhosa, que está escrevendo um legado de muito amor pela profissão, a forma 
ao qual ela cuida dos seus professores, alunos e demais parceiros de trabalho é um 
exemplo a ser seguido, vejo que todos na escola vestem a mesma camisa, todos lutam 
por um objetivo comum e mesmo com tantas dificuldades oferecem o melhor dentro e 
fora da sala de aula. A equipe pedagógica e direção são muito s unidos também em 
relação a manter um ambiente mais aconchegante, mantando a escola sempre com 
a pintura em ordem, as paredes da escola por dentro são limpas, sem pichação, 
cortinas limpas, ambiente muito limpo, portões automáticos para facilitar e ao mesmo 
tempo proteger o ambiente escolar, e muitos desses benefícios citados acima foram 
feitos através das festas comunitárias organizadas pelo quadro de funcionários e 
alunos para angariar fundos com o objetivo de cuidar da preservação da escola e ter 
fundos para futuras necessidades. Festas como: Primavera, Dia das Mães e Dia das 
Crianças são as maiores fontes dessa angariação de fundos para a escola. 
 
A relação aluno professor, de modo geral é positivo, as ocorrências de alunos que vão 
para a direção, em sua grande maioria são por problemas comportamentais com outro 
aluno da mesma sala, claro que existem os casos de alunos que além de não se 
interessar, acaba atrapalhando o andamento da aula e esses acabam sendo tratados 
com maior pulso firme, o professor que acompanhei era bem rígido quando necessário 
e isso acabava as vezes trazendo problemas com os alunos por não saberem lidar 
com determinadas situações de stress. Ao meu ver algumas ações do professor foram 
inadequadas, infelizmente ele acabava usando algumas palavras pesadas com os 
alunos, usando dos seus problemas pessoais para ataca-los e tentar reverter a 
situação, acredito veemente que ele poderia ter sido rígido mas usar problemas 
pessoais dos alunos não é a melhor saída para tentar acalmar uma situação, até 
porque a sala inteira ouvia e isso poderia gerar novos problemas ao invés de resolver 
algo. Mas de modo geral aprendi muito com a orientação do professor, ele é um 
profissional muito capacitado que domina a matéria e aplica o conteúdo explicando de 
forma muito prazerosa facilitando o aprendizado, suas aulas são bem dinâmicas e 
muito do que aprendi com ele, quero levar para a sala de aula, até mesmo os pontos 
que considero negativos, acredito que eles são muito importantes também, tentar 
fazer diferente no negativo e aprimorar os positivos são meus objetivos. 
 
As avaliações são feitas através de trabalhos, pequenas atividades em sala, 
comportamento e provas do conteúdo aplicado, os professores avaliam da mesma 
maneira, mas o processo de planejamento cada um tem autonomia para fazer o 
planejamento, dentro do calendário oferecido pela coordenação no início de cada ano 
letivo. Os resultados obtidos são encaminhados para a direção e para os alunos que 
não conseguem atingir a média é feito trabalhos de recuperação. 
 
O professor em questão trabalhava com conteúdo pessoal para lecionar visto que 
infelizmente a escola tinha muitos problemas com as apostilas devido a troca de 
prefeito da cidade (aproximadamente 8x no mesmo ano), porém todos conteúdos 
eram adequados para cada ano. O interesse dos alunos varia muito, os primeiros anos 
do fundamental II (6º e 7º ano) são mais flexíveis, aceitam melhor as propostas 
levadas pelo professor, gostam muito de atividades práticas, porém perdem o foco 
com uma facilidade extrema, mas no modo geral fazem tudo o que é proposto, agora 
os anos finais (8º e 9º ano) oferecem resistência nas atividades. 
Tive a oportunidade de acompanhar várias atividades, mas uma em questão me 
chamou muito a atenção, ela foi feita com o 6º ano onde o professor trouxe o conteúdo 
da arte rupestre, em um cartaz com fotos medianas, foi exposto o cotidiano do homem, 
suas vestimentas, ferramentas de trabalho e os alunos foram estimulados a pensar 
em como seria suas vidas naquela época, sem energia elétrica, facilidades 
tecnológicas, as meninas deram gritinhos pensando em seus cabelos sem shampoo 
e chapinha, maquiagem, os meninos de forma descontraída imitaram os gestos dos 
homens das cavernas, enfim , foi uma aula muito descontraída, que trouxe muito 
conhecimento aos alunos de forma divertida, clara e agradável. Em minhas anotações 
pessoais, esse é um dos pontos mais altos do professor que acompanhei, ele é muito 
criativo, com aulas muito dinâmicas, que mesmo com teoria na hora da explicação 
sempre existe interação com o aluno e com exemplos práticos ele facilita para o aluno 
compreender o conteúdo abordado. 
 
A escola tem poucos recursos tecnológicos disponíveis (televisão, projetor, dvd, caixa 
de som e computador) e o fato de ter salas de aula com numeração alta de alunos, 
dificultava muito fazer alguma atividade em outro local que não fosse a sala de aula 
de cada turma, então os professores acabam levando para a escola recursos próprios 
como caixinhas de som, notebook e celulares para auxilio próprio. Uma outra questão 
muito delicada para os professores são os casos de inclusão, apenas alguns alunos 
tinham professor auxiliar que acompanhavam seu caso de forma direta, mas na 
grande maioria o professor ficava sozinho com a sala e o aluno inclusão. Ao meu ver 
é prejudicial para o ensino de ambos, ou o professor se concentrava no aluno que é 
inclusão ou nos demais alunos que, como eu disse perdem o foco com extrema 
facilidade, via que o aluno inclusão muitas vezes ficava de lado não por ser menos 
importante, mas porque ao meu ver é impossível dar a atenção necessária para 
ambos os casos. Acredito que todas as salas deveriam ter um professor auxiliar, 
principalmente as que tem alunos inclusão, facilitaria para todos, os alunos teriam 
acesso e atenção de forma igualitária. Mas também vi algo que me deixou muito feliz, 
todas as salas que tinham aluno inclusão, eles eram muito bem tratados por seus 
colegas. Eram cuidados, protegidos, levados para merendar (comauxiliar quando 
necessário), auxiliavam na hora de ir ao banheiro, eram incluídos nas brincadeiras e 
eu creio que isso faz esse aluno se sentir acolhido, é reconfortante ver que eles são 
respeitados e queridos pelos colegas. 
 
O que eu aprendi com todo esse processo de estágio? Muito! Mudei não somente 
como futura professora, mas como pessoa como ser humano. Tinha uma visão 
totalmente diferente do ambiente escolar, acreditava que era fácil lidar com pais e 
alunos que era só uma questão de saber se expressar, descobri que lecionar é muito 
mais que entrar em uma sala de aula e aplicar conteúdo, explicar, passar prova, 
corrigir trabalhos. Ser professor é ser amigo, pai e mãe, é ouvir, se colocar no lugar 
do próximo, é enxergar além dos seus próprios olhos. 
Ser professor é aprender todos os dias, aprender com os erros e acertos, é estar 
disposto a enfrentar as dificuldades diárias da sala de aula, pois acredite quem quiser, 
NENHUM dia na sala de aula é igual, nenhum mesmo! 
Mas sou profundamente grata por essa oportunidade de ser alguém melhor e fazer 
diferença na vida de alguém, de procurar levar o meu melhor para sala de aula, de 
conseguir contagiar alguém com o desejo de ensinar para oferecer um futuro melhor 
para essa geração tão fragilizada que vemos diariamente, especialmente nesse 
momento de pandemia onde observamos os que tem quase nada perder tudo. 
 
 
 
Referência: Manual Prática de Ensino: Reflexões.

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