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Hipolipemiantes: Estrutura das Lipoproteínas e Tratamentos

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Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
Hipolipemiantes 
Roteiro da aula:
1. Estrutura das lipoproteínas
2. Classe das lipoproteínas
3. Características das liporpteinas
4. Transporte do colesterol
5. Síntese endógena do colesterol
6. Dislipidemias
7. Tratamentos farmacológicos
-Inibidores da HMG- CoA redutase (estatinas) 
- ezetimiba fármacos para tratar hipercolesterolemia
- resina de troca iônica (colestinamina) 
- fibratos 
- derivados de ácido nicotínico fármacos para tratar hipertrigliceridemia
- orlistat 
Colesterol é um derivado animal. Mas nós também sintetizamos… e esse colesterol participa de 
várias coisas importantes no nosso organismo. O corpo utiliza o colesterol para produzir a bicamada
lipídica, hormônios esteroides, etc.
 Como os lipídeos circulam no plasma sanguíneo? 
Associado as proteínas gerando as lipoproteínas: 
aporoteinas+ lipídeos= lipoproteinas. As 
lipoproteínas são estruturas moleculares 
responsáveis pelo transporte no plasma das 
gorduras tornando esses lipídeos solúveis no meio 
aquoso.
Existem vários tipos de proteínas e elas são 
classificadas de acordo com a densidade e com a 
quantidade de lipídeos que transporta, com a 
quantidade de apoproteinas que compõe a sua 
parede, etc. As mais conhecidas: quilomícrons que transportam o lipídeo da dieta, VLDL de muito 
baixa densidade, HDL lipoproteína de alta densidade, LDL de baixa densidade… LDL transporta o 
colesterol endógeno, por isso que LDL alto significa altos níveis de colesterol sanguíneo e alta 
incidência de doenças cardiovasculares. HDL é responsável por retirar gordura da corrente 
sanguínea, HDL alto significa baixo colesterol circulante, logo, proteção cardiovascular.
 
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
Existem vários tipos de apo proteínas diferentes, com funções específicas. Temos a dieta da via 
endógena e da via exógena. Via exógena: a pessoa se alimentou de algo rico em gordura e esse 
lipídeo foi absorvido pelo intestino e organizado na primeira lipoproteína responsável por carregar 
esse lipídeo. Que lipoproteína é essa? Os quilomícrons. Os quilomícrons começam a correr para a 
circulação sanguínea e eles sofrem ação das lipases que vão retirando esses lipídeos e convertendo 
em ácidos graxos livres que são armazenados nos tecidos. Os remanescentes são os restos do que 
sobrou desse processo e eles chegam até o fígado e são convertidos em VLDL. O VLDL passa a 
circular na corrente sanguínea na forma de quilomícron, sofre ação da lipase lipoproteica também 
liberando ácidos graxos livres para serem armazenados nos tecidos, na forma de que o VLDL é 
convertido em LDL para isso acontecer. E o HDL faz o contrário do LDL: vai pegar os lipídeos do 
tecido e levar até o fígado para ser metabolizado. (TODO ESQUEMA ABAIXO):
DISLIPIDEMIAS: alterações metabólicas lipídicas decorrentes de distúrbios em qualquer fase do 
metabolismo lipídico, que ocasionem repercussão nos níveis séricos de lipoproteínas.
Causas primárias: aumento da produção, deficiência do processamento, deficiência na captura 
celular, remoção inadequada.
Causas secundárias: sedentarismo, doença hepática, insuficiência renal, DM, hipotireoidismo.
TRATAMENTO:
PRIMEIRA OPÇÃO TERAPÊUTICA: MEV.
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: hipolipemiantes são empregados sempre quando não 
houver efeito satisfatório da MEV ou impossibilidade de aguardar os efeitos da MEV. 
A ESCOLHA DA CLASSE TERAPÊUTICA ESTÁ CONDICIONADA AO TIPO DE 
DISLIPIDEMIA PRESENTE. (LEVAR EM CONTA OS NÍVEIS NORMAIS, LIMITES, 
VALORES ALTOS por ex: quem está no limite de LDL de 130, o indicado é a MEV levando em 
conta se não existir riscos cardiovasculares, para depois se não houver jeito, introduzir o 
medicamento. MEV: (a) terapia nutricional, (b) exercício físico (c) tabagismo.
TRATAMENTO PARA HIPERCOLESTEROLEMIA 
- Na hipercolesterolemia isolada (quando a pessoa tem só colesterol alto), os medicamentos usados 
são ESTATINAS, que são usados associados a EZETIMIBA, COLESTIRAMINA e eventualmente 
FIBRATOS ou ÁCIDO NICTOINICO.
- As estatinas são na maioria das vezes administradas ao deitar → a noite há maior produção de 
colesterol.
HIPERCOLESTEROLEMIAS:
INIBIDORES DA HMG-CoA REDUTASE OU ESTATINAS: 
 MECANISMO DE AÇÃO DAS ESTATINAS OU INIBIDORES DA HMG-CoA REDUTASE:
Sua inibição reduz o conteúdo intracelular de colesterol e como consequência há aumento do 
número de receptores de LDL nos hepatócitos que então removem mais VLDL, IDL e LDL da 
circulação para repor o colesterol intracelular. Ou seja, as ESTATINAS bloqueiam a síntese de 
colesterol no fígado, com consequente baixa de colesterol. Como compensação do bloqueio, o 
fígado expressa uma maior quantidade receptores de lipoproteínas e o resultado dessa maior 
expressão será a captação dessas lipoproteínas da circulação sanguínea, com consequente 
diminuição das lipoproteínas e redução do VLDL, IDL, LDL. ISSO OCORRE EM TODOS OS 
ÓRGÃOS QUE PRODUZ COLESTEROL, NÃO SOMENTE FIGADO. Esquema na imagem 
abaixo: 
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
MEDICAMENTOS INIBIDORES DE HMG-CoA REDUTASE:
- Mevastatina
-Lovastatina
-Sinvastatina
-Pravastatina
-Fluvastatina
-Atorvastatina
-Rosuvastatina
-Pitavastatina
* as estatinas reduzem o LDL de 15 a 55% em adultos, reduzem os TG de 7 a 28% e elevam o HDL
de 2% a 10%
* as estatinas reduzem o colesterol de forma proporcional:
relação dose efeito!! aumenta a dose e se aumenta o efeito!!
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
EFEITOS ADVERSOS DOS INIBIDORES DE HMG-CoA REDUTASE:
- Insuficiência hepática
- Miopatia→ tóxica aos miócitos→ dor muscular q pode levar a rabdomiólise e insuficiência renal.
-Contra indicado na gravidez → aborto.
EZETIMIBA:
MECANISMO DE AÇÃO DA EZETIMIBA:
É um inibidor de absorção do colesterol que atua na borda em escova das células intestinais 
inibindo a ação da proteína transportadora do colesterol. Ele entra inibindo e bloqueando o 
transportador chamado NPC1L que é o transportador responsável por absorver o colesterol da dieta.
No tubo digestivo, a gordura começa a ser quebrada pelas lipases, e no fim das contas nós temos a 
formação das micelas, de um aglomerado de monoglicerídeos, colesterol, fosfolipídeo, acido graxo, 
sal biliar e o NPC1L capta esse colesterol pelas micelas para o interior dos enterócitos. No 
enterócito, o colesterol é convertido em éster de colesterol e vai ser agrupado nos quilomícrons. O 
Ezetimiba age bloqueando o transportador de colesterol na borda em escova dos enterócitos. 
( TODO ESQUEMA ABAIXO): 
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
* O Ezetimiba tem sido usado mais frequentemente associado as estatinas por ser potente na 
redução do colesterol intracelular.
* Pode ser usada a qualquer hora do dia com ou sem alimentação, pois não interfere na absorção de 
gorduras e vitaminas lipossolúveis.
COLESTIRAMINA OU FARMACOS DE TROCA IÔNICA:
MECANISMO DE AÇÃO DA COLESTIRAMINA:
Reduzem a absorção intestinal de sais biliares, interrompendo a circulação êntero-hepática. No 
fígado se tem a transformação de lipídeo em sais biliares que são jogados no TGI onde é 
emulsificado e depois vai ser reabsorvido novamente pelo fígado. Esse fármaco se liga aos sais 
biliares no TGI e impede a absorção. E se eu reabsorvo menos sal biliar, o fígado vai precisar repor 
esse estoque, recaptando assim colesterol para isso, onde vai ser retirado do LDL circulante no 
sangue. (ESQUEMA ABAIXO) 
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
* A colestiramina reduz 20% dos valores basais de LDL.
* É potencializado pelo uso de estatinas
* Pode promover uma pequena elevação de HDL
* Pode ser utilizado em crianças e o único que pode ser utilizado por mulheres no período 
reprodutivo.
* são usados como alternativa quando os níveis de colesterol não são reduzidos o suficiente com as 
estatinas
*O aumento nasíntese de ácidos biliares é acompanhada da síntese de TG (NÃO DEVE SER 
UTILIZADO EM PACIENTES COM HIPERTRIGLICERIDEMIA).
*É administrada antes das refeições
TRATAMENTO PARA HIPERTRIGLICERIDEMIA 
- No tratamento da hipertrigliceridemia isolada (quando a pessoa só tem o triglicérides alto), são 
indicados uso de FIBRATOS, em segundo lugar, ACIDO NICOTINICO ou OS DOIS 
ASSOCIADOS.
- O ácido graxo ômega 3 também pode ser utilizado isolado ou associados
- na hiperlipidemia mista (colesterol alto e triglicérides alto), o nível de Triglicérides orienta a 
escolha: acima de 500mg/dl iniciar tratamento com fibrato adicionando se necessário ácido 
nicotínico e ômega 3. Se abaixo de 500mg/dl deve se iniciar o tratamento com estatina isolada ou 
associada a ezetimiba priorizando a meta de LDL.
HIPERTRIGLICEMIANTES 
FIBRATOS:
MECANISMO DE AÇÃO DOS FIBRATOS:
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
São fármacos derivados que agem estimulando os receptores nucleares denominados receptores alfa
ativados de proliferação dos peroxissomas (PPAR-a). Esse estímulo leva ao aumento da produção e 
a ação da lipase proteica (LPL) que é responsável por quebrar/hidrolisar os Triglicérides (TG), além
disso, essa interação do fibrato com LPL, leva a redução da apoproteína Apo CIII, que inibe a LPL. 
(ESQUEMA ABAIXO).
Tipos de fibrato: Bezafibrato, ciprofibrato, etofibrato, fenofibrato, genofibrozil
ÁCIDO NICOTINICO:
MECANISMO DE AÇÃO DO ÁCIDO NICOTÍNICO:
Reduz a ação da lipase tecidual nos adipócitos, ou seja, levando a menor liberação de ácidos graxos 
livres para a corrente sanguínea. Como consequência, reduz a síntese de TG pelos hepatócitos. 
Esses ácidos graxos são matéria-prima para os hepatócitos produzirem TG. (ESQUEMA ABAIXO).
- A redução desses Triglicérides tem 
várias consequências. Se diminui o 
TG, diminui o LDL. Se tiver menos 
LDL, há uma menor entrega de 
colesterol e aumento do HDL.
- O ácido nicotinico reduz o LDL e 
aumenta o HDL.
- Diminui o TG em 35 a 50%.
ÁCIDOS GRAXOS- ÔMEGA 3:
Alane Cardoso- Medicina FTC 2021.1
MECANISMO DE AÇÃO DO ÔMEGA 3:
Derivado de óleo de peixe que reduz o VLDL (mesmo mecanismo do ácido nicotínico). Tem 
atividade antitrombótica, aumentando o risco de hemorragia se for administrado com 
anticoagulante.
Os mais importantes são o eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). Reduz o TG só 
em altas doses 4 a 10 g ao dia. Aumentam discretamente o HDL e pode aumentar o LDL. 
ORLISTAT:
MECANISMO DE AÇÃO DA ORLISTAT:
Inibidor das lipases intestinais. Então atua diminuindo a absorção de gorduras. Atua liagndo-se 
covalentemente aos sítios catalíticos das lipases gástricas.

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