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LOG INTEGRADA - RESUMO

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Unidade 1 - Fundamentos da Logística Integrada
A Logística Integrada - era digital - transformou os relacionamentos entre consumidor, fabricante e fornecedor. Um
pedido agora pode levar horas para ser entregue e o foco no estoque agora se volta para os resultados.
Logística - transportar/posicionar geograficamente o estoque. Subconjunto de atividades dentro do quadro mais abrangente da cadeia.
Gestão da Cadeia de Suprimentos - Colaboração entre empresas - impulsiona o posicionamento estratégico e melhorar a eficiência operacional - opção estratégica de cada empresa envolvida na cadeia de suprimentos, conecta fornecedores, parceiros comerciais e clientes através das fronteiras organizacionais.
Logística Integrada - Vincula/sincroniza a cadeia de suprimentos - processo contínuo/essencial para conectividade efetiva da cadeia.
Fases da integração logística - O ponto de partida é o consumidor - a partir do que ele espera, os relacionamentos são determinados para atender satisfatoriamente suas expectativas. Empresas que antes mantinham estoques, passaram a monitorar constantemente seu consumidor e entregar resultados de forma mais ágil.
Primeira Fase: Atuação Segmentada - pedidos eram preenchidos manualmente, enviados por correio, e os produtos eram fabricados e estocados - cada um, da fabricação ao consumo, tinha seus estoques separadamente.
Empresas compravam em lotes para economizar em transporte, sem se preocupar com os vários estoques - a compra era extensamente negociada e vários fornecedores eram considerados - tempo entre compra e chegada no cliente era muito grande.
Segunda Fase: Integração Rígida - A diversidade de produtos ocasionou excesso de estoque nas empresas que atuavam conforme apresentado na primeira fase. Não adiantava mais economizar no transporte (alto custo de estoque) - para otimizar o custo, o estoque deveria ser mais bem planejado. Empresas começam a utilizar transportes que combinavam diferentes modalidades - computador e informática também evoluem - planejamento integrado passa a fazer parte da vida das empresas fabricantes, fornecedores e clientes - buscando racionalização dos custos.
Terceira Fase: Integração Flexível - foco na satisfação do cliente - relacionamentos entre as empresas x fornecedores x clientes acontecem dentro e fora - auge na década de 80 - pedidos não precisavam mais ser enviados via correio/telefone - são trocados por e-mail ou por troca eletrônica de dados (EDI - pedido colocados diretamente no sistema do fornecedor, agilizando a operação e permitindo correções em tempo real). Código de barras permitiu o controle ágil dos estoques, atualizando as informações via sistema assim que um produto era vendido.
Sistema Toyota de Produção - Japão década de 50 final da guerra - empresas com poucos recursos - eliminação de desperdícios, economizando ao máximo os recursos, e fabricação com qualidade (produção sem defeitos).
Quarta Fase: Integração Estratégica - decisões estratégicas, tomadas em conjunto e compartilhadas entre as empresas - todos os participantes são considerados na melhoria (otimização dos processos em um impacta diretamente no outro). A empresa não realiza mais cotações com diversos fornecedores - parceria entre empresas é a chave para a integração. Logística é utilizada como elemento que possa diferenciar a empresa de forma estratégica, obtendo vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
Quebra de fronteiras - todas as empresas fazem parte de um só fluxo, o da cadeia de suprimentos integrada.
Cadeia de suprimentos integrada - a empresa e seus processos logísticos de suprimento, manufatura e atendimento ao cliente se relacionam com fornecedores e distribuição para o mercado, conectando materiais e consumidores. Os relacionamentos entre os participantes levam em conta fluxos de informação, produtos, serviços, recursos financeiros e conhecimento que seguem dos materiais para os consumidores e vice-versa. Também fazem parte desse fluxo as restrições de capacidade, informação, competências essenciais, capital e recursos humanos, que podem ocorrer tanto com os fornecedores, com a empresa integrada e com a rede de distribuição e em momentos e etapas diferentes do processo.
Pilares da Gestão Integrada - O desafio da integração é transformar a ênfase na função, anteriormente concentrada nos estoques, para realização/resultado efetivo do processo. O foco da gestão integrada é o menor custo total do processo, o que não necessariamente significa atingir o menor custo para cada função - menor custo total pode ser alcançado com o equilíbrio dos trade-offs (troca compensatória - empresa deve escolher - resulta em um menor custo total) entre as funções.
Colaboração - empresas não competem entre si, mas entre as cadeias de suprimentos que possuem. Fornecedores, fabricantes e clientes formam arranjos de cadeias que facilitam a troca de informações e contribuem para comunicação rápida entre as empresas. Colaboração pode determinar a fidelidade do cliente e o alcance global da cadeia de suprimentos.
Extensão Empresarial - atua compartilhamento de informações e na especialização de processos. O planejamento colaborativo, facilitado pelo TI, leva em conta estratégias dos participante da cadeia e utiliza dados de vendas, planos de promoção, lançamento de novos produtos e outros, de forma compartilhada entre as empresas. Da mesma forma, as competências específicas de cada participante, suas capacidades e restrições são consideradas para a elaboração de um plano único e compartilhado.
Prestadores de Serviço Integrados - Aproveitando o melhor de cada empresa, é possível realizar funções logísticas de forma própria ou terceirizada, entregando os melhores resultados de armazenagem, distribuição e transporte em diferentes momentos e visando sempre aos melhores resultados para a cadeia, e proporcionar ao cliente alternativas na escolha de determinado produto/serviço.
Modelos de negócio empurrado - empresa faz previsão de demanda para depois comprar materiais necessários para a produção; fábrica e armazena materiais, monta e efetiva a entrega - necessário trabalhar próximo aos contatos diretos do consumidor (lojas e vendedores/representantes para que a previsão de entrega seja o mais próximo possível do real, e a empresa não gaste com armazenamento).
Modelos de negócio puxado - a venda inicia a operação da empresa - consumidor espera pela fabricação para obter os produtos - após a venda, a empresa compra os componentes, fábrica e entrega, sem armazenagem. Integração é maior com os fornecedores de materiais - falha na etapa de compra impacta diretamente no tempo de entrega. Também acontece com serviços - empresa possui estoque de materiais utilizados na prestação.
O modelo de negócios que a empresa adota é que determina onde ela deve ter mais ênfase.
Redes logísticas - a quantidade de empresas envolvidas na cadeia logística e o nível de integração entre elas mostra um grande desafio para os gestores. A composição das cadeias é de essencial importância para o atendimento ao consumidor. Uma cadeia de suprimentos típica pode ser composta por:
• Fornecedores de materiais e matéria-prima; •Fabricantes; •Atacadistas; •Distribuidores;• Varejistas; • Clientes. 
• Cadeia interna: relacionamentos na empresa fabricante/prestadora, entre suprimentos, produção e distribuição.
• Cadeia imediata: relações fabricante e fornecedores e clientes imediatos ou de primeiro nível.
• Cadeia total: relações entre fornecedores, fabricante e consumidores, de todos os níveis.
Relacionamentos da rede de suprimentos não são fixos: fornecedor pode ser de segundo nível para determinados materiais, mas de primeiro nível para outros. O mesmo com clientes/distribuição. A empresa pode optar por vender diretamente ao varejista, que se tornará parte da cadeia imediata.
Fatores que influenciam decisões de rede
• Fator estratégico: rede alinhada à estratégia competitiva da empresa, que tem impacto significativo. 
• Fator tecnológico: tecnologia necessáriana produção/prestação de serviços.
• Fator macroeconômico: avalia impostos, tarifas, câmbio interno/global - incentivos fiscais podem determinar que a localidade seja mais ou menos vantajosa.
• Fator político: países politicamente estáveis atraem mais empresas a se sentir seguras projetando operações sem grandes surpresas de mudanças legislativas e operacionais em curto prazo.
• Fator de infraestrutura: terreno, mão de obra, água, esgoto, transporte, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.
• Fator competitivo: considerar localização dos concorrentes, projetando redes de cadeias de suprimentos. Essa decisão influencia na disponibilidade de matéria-prima e mão de obra.
Unidade 2 - Funções logísticas: suprimentos, administração de materiais, distribuição, transporte e gestão das informações
Elementos da Função Logística - qualquer atividade que contribua para entregar o produto/serviço certo, no lugar e hora certa, ao custo desejado, faz parte da logística - faz parte da cadeia de valor (mecanismo onde atividades estrategicamente relevantes são desagregadas da empresa a fim de compreender o comportamento dos custos e as potenciais fontes de vantagem sobre os concorrentes).
• Atividades de apoio: infraestrutura da empresa; gestão de rh; desenvolvimento tecnológico; aquisição.
• Atividades primárias ou chave: logística de entrada (inbound); operações; logística de saída (outbound); marketing e vendas; serviço.
Logística inbound - suprimento/abastecimento - abastecer manufatura com matéria-prima e componentes - suprimento, planejamento e controle da produção, manuseio de material dentro da empresa, gestão de estoques e armazenagem. 
Logística outbound - desloca os produtos acabados, da manufatura ao consumidor final, utilizando a distribuição.
Suprimentos - parte da Logística Inbound - adquirir matéria-prima, máquinas, materiais para embalagem e materiais secundários necessários para produção do produto/prestação de serviço.
Previsão de demanda - empresa usa técnicas quantitativas e qualitativas para minimizar a possibilidade de variação e facilitar o processo de suprimentos.
Qualitativas: quando a empresa não possui um histórico de vendas (lançamento de novo produto, ou histórico existente não é confiável). Podem ser: método delphi, análise de cenários, júri de opinião, composição da equipe de vendas e pesquisa de mercado. 
Quantitativas: empresa já possui um histórico confiável. Séries temporais (média, média móvel com e sem ponderação) e causais (regressão linear, ANOVA, entre outras).
Administração de Materiais - responsável pelo tratamento dos recursos desde que chegam à empresa, por meio dos suprimentos, passando pela produção, até sua alocação para o transporte ao consumidor.
Estoque - acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo e produtos acabados em diversos pontos dos canais de produção e logísticos das empresas. Pode representar recursos parados, desvalorizando e depreciando o capital da empresa, ou garantir pronta entrega e a satisfação do consumidor. Balancear o estoque entre satisfação do cliente e capital investido é o grande desafio das empresas - tornou-se algo operacional e estratégico, devido à importância e dificuldade em mantê-lo equilibrado.
Tipos de estoques:
• Estoque de produto acabado – produtos que estão prontos para serem entregues ao cliente.
• Estoque de produto semiacabado – estão aguardando alguma etapa para serem produzidos e acabados.
• Estoque de reposição de peças – empresas automotivas, eletrônicas ou eletrodomésticos - empresas fabricantes possuam peças para reposição durante um determinado tempo. Caso haja algum problema, o cliente pode buscar a reposição na fábrica, em revendedores ou assistências técnicas.
• Estoque de manutenção – complicado de administrar, pois peças de manutenção possuem altos custos. O indicado é manter em dia a manutenção preventiva, o que minimiza os itens a serem controlados no estoque.
• Estoque de segurança - comum - impede a parada do processo (falha de fornecimento/problema de produção). 
• Estoque em trânsito – em deslocamento de um ponto a outro da cadeia (fornecedor para a fábrica ou cliente).
• Estoque sazonal – produzidos/comercializados em determinado período. Ex: Copa do Mundo.
• Estoque obsoleto – vencidos, fora de linha ou com problema para fornecimento e entrega ao cliente. 
• Estoque administrado pelo fornecedor – comum em grandes empresas - administrar/armazenar os estoques, evitando a utilização do seu espaço físico e dos funcionários - responsabilidade do fornecedor - grau de confiança deve ser alto.
Vantagens - Melhor nível de serviço; flexibilidade para mudanças de pedido; redução de custos de transporte e distribuição; redução de compras emergenciais.
Desvantagens - Capital parado; estoques podem encobrir problemas produção/processos; ocupação de grandes espaços; obsolescência e deterioração dos materiais.
Armazenagem - área que guarda e preserva temporariamente o material/produto, atendendo requisitos que garantam a sua integridade. Gerencia o espaço tridimensional e promove uma movimentação rápida e fácil. São necessárias diversas ferramentas para o gerenciamento correto de produtos, ocupando melhores espaços e permitindo uma circulação eficiente de mercadorias.
• Escolha do tipo de armazenamento: avaliar tipos de materiais que serão armazenados e como serão alocados. 
PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai), UEPS (último que entra é o primeiro que sai) ou ainda, pelo seu vencimento, também chamado de PEPS (primeiro que expira é o primeiro que sai). 
• Manuseio: faz materiais e produtos manterem sua integridade - necessário equipamentos dimensionados e alocados de forma correta, projetar os locais de armazenamento (estantes, corredores e acessos, e equipamentos de movimentação como empilhadeiras, paleteiras e trans elevadores) - empresas utilizam endereçamento de estoque, usado em CDs - facilita a identificação e separação do item;
• Embalagem: proposta durante o projeto do produto e tem por objetivo principal protegê-lo, manter externamente as informações solicitadas pela legislação vigente e facilitar o manuseio da mercadoria - no deslocamento, pode ocorrer acréscimo de embalagem (caixas de madeira). Unitização - consolidação de volumes menores em maiores, facilitando a sua armazenagem e movimentação (unitizar grãos soltos em sacos, agrupar os sacos em caixas de papelão e alocar as caixas de papelão em pallets, respeitando limite de empilhamento).
Transporte e Distribuição 
Transporte - realizado pela distribuição - etapa de maior contato com o consumidor dentro da cadeia - empresa entrega seu resultado, promovendo a satisfação do consumidor. Fabricante, responsável pela confecção do produto acabado; distribuidor, efetua a retirada dos produtos ou os recebe do fabricante para a revenda aos atacadistas; atacadista, recebe os produtos consolidados de diversos distribuidores, os desconsolida e vende aos varejistas, em lotes menores; varejista, que estoca produtos em suas lojas e vende ao consumidor final. Além de configurar o modelo que melhor se adeque à sua estratégia, deve optar pelo modal de transporte considerando tempo de entrega, velocidade, sensibilidade do material, custos e outros fatores.
Modalidades de Transporte - definida pelo modal escolhido para levar a mercadoria de um ponto a outro da cadeia, considerando características de cada um deles, roteiros, capacidade necessária e custos.
Modal rodoviário - largamente utilizado no Brasil, na importação e exportação, interferindo na mobilidade urbana.
Regulamentado pela ANTT, utiliza rodovias e podem alocar diversas mercadorias. Custos sofrem diretamente impactos negativos pela má conservação das rodovias, frota antiga, e exposição às quadrilhas organizadas e especializadas em roubos de cargas, a falta de fiscalização, e alta no preço dos combustíveis. Ainda é o modal mais utilizado pelas empresas no território nacional, além de exportações e importações para países da América Latina.
Vantagens - mais simplese flexível, agilidade; porta a porta, maior comodidade ao cliente; menor manuseio de carga; rapidez na entrega de curtas e médias distâncias.
Desvantagens - Menor capacidade de carga; menos competitivo em longas distâncias; congestionamentos; rodovias precárias; custo elevado de infraestrutura; poluidor do meio ambiente.
Modal ferroviário - regulamentado pela ANTT, utiliza trens, compostos por vagões e puxados por locomotivas sobre trilhos, com trajetos previamente delineados. Adequação é simples (diversos vagões transportam várias mercadorias). Malha ferroviária brasileira é de 28.190 Km de ferrovias - desenvolvimento econômico e político do país. Atualmente concentrado em empresas privadas que possuem concessão de trechos por meio da ANTF. Possui as piores condições de infraestrutura, apresentando linhas com más condições de operação, trilhos descontinuados, 
falta de segurança e pouca manutenção das locomotivas, vagões e equipamentos. 
Vantagens - longas distâncias e grandes quantidades (25 e 100 toneladas); Baixo custo; Baixo custo de infraestrutura; mais rápido que o marítimo; sem congestionamentos.
Desvantagens - necessária conjugação com outros modais para alcançar o destino final; Menor flexibilidade no trajeto; Tempo de viagem irregular; Alta exposição a furtos e roubos, com custos e riscos de manuseio relativos; Malha ferroviária precária.
Modal aquaviário - Regulamentado pelo Ministério dos Transportes por meio da ANTAQ - 90% das cargas transportadas no mundo - realizado por navios, por vias lacustres (lagos), fluviais (rios) ou oceânicas, através de longo curso (portos de diferentes países), ou cabotagem (portos de um mesmo país. Aloca mercadorias e faz transporte de passageiros. É flexível e pode ser feita por diversos tipos de navios/equipamentos. Brasil possui uma rede hidroviária (rios, lagos e lagoas navegáveis) com aproximadamente 22.037 km e 8,5 mil Km de costas navegáveis. 
Vantagens - Frete mais barato; ideal para mercadorias de baixo valor e altos volumes; maior capacidade de carga; transportar qualquer tipo de mercadoria; atende a grandes distâncias ao menor custo.
Desvantagens - modal menos veloz; embalagem deve ser reforçada; Portos ficam distantes dos centros produtivos;
Sujeito a congestionamento nos portos; Riscos de avarias pela manipulação da carga; menor segurança quanto a roubos, furtos, avarias e perdas.
Modal aeroviário - feito por aeronaves - infraestrutura consiste de aeroportos, aeronaves e equipamentos; regulamentado pela ANAC, apresenta maior agilidade, menor tempo de trânsito e menores riscos, atendendo a praticamente todas as regiões do mundo. Ideal para mercadorias pequenas e de alto valor, que tenham urgência de entrega. Os riscos são reduzidos, e as embalagens não precisam ser reforçadas.
Vantagens - Menor tempo de trânsito; Menor risco; Ideal para mercadorias pequenas, perecíveis/alto valor; Possibilidade de redução dos custos com estoques; Possibilidade de redução dos custos de embalagem; Seguro de transporte é entre 30% a 50% menor que o transporte rodoviário.
Desvantagens - Frete mais alto; inviável para mercadorias de baixo custo; Capacidade de carga menor; Alto custo de armazenagem nos aeroportos; Necessidade de conjugação com outros modais para alcançar o destino; Custo elevado de infraestrutura.
Modal dutoviário - dutos (tubos) transportam óleos, gases, minérios e produtos químicos, utilizando a gravidade ou pressão. Exigem grandes construções e um suporte da área de Engenharia da ANTT, que é responsável por acompanhar qualquer movimentação e ampliação desse tipo de deslocamento de mercadoria.
Custo fixo mais elevado (com diversos requisitos); custo variável mais baixo (sem custo de mão de obra).
A escolha do Modal - Confederação Nacional de Transporte (CNT), composição da matriz de transporte no Brasil: 61,1% no modal rodoviário, 20,7% no ferroviário, 13,6% no aquaviário, 4,2% no dutoviário e 0,4% no aeroviário. Essa diferença pode ser justificada pelas frentes de investimentos e incentivos de indústrias que mais movimentam a economia, destacando segmentos como: petróleo, montadoras, sistemistas etc. e que prezam pelo modal rodoviário, além da questão da intermodalidade.
Sistemistas - fornecedores menores de componentes, geralmente ligados às indústrias automotivas, que os entregam diretamente à outros fabricantes. Estes, por sua vez, incorporam tais componentes em um sistema maior e mais completo, entregando-os na linha de montagem final. Tanto sistemistas quanto fornecedores maiores podem ficar localizados dentro do espaço da empresa fabricante, prática chamada de condomínio industrial, consórcio modular ou mesmo condomínio logístico, reduzindo custos de movimentação.
1 melhor opção (fator extremamente positivo) e 5 menos vantajosa (fator extremamente negativo).
Gestão da Informação - por meio dela que os outros fatores podem atuar juntos com o objetivo de criar uma cadeia integrada e coordenada. Sem informação, um gestor não pode saber o que os clientes desejam, quanto existe em estoque e quando mais produtos devem ser produzidos ou distribuídos. A informação torna processos logísticos visíveis ao gestor, para tomar decisões sobre instalações, estoque, transporte, custos, preços e clientes, visando melhorar toda a cadeia.
Unidade 3 - Tecnologia de Informação Aplicada à Logística
O Fluxo de Informação - é o fluxo de ligação que leva conhecimento dos fornecedores aos clientes e vice versa, fazendo com que a gestão de relacionamentos permeie todas as etapas de um processo logístico. Razões básicas pelas quais a informação se torna tão importante aos processos logísticos: 
1. clientes consideram que informações sobre a situação do pedido, disponibilidade de produto, programação de entrega e faturamento são essenciais no serviço ao cliente; 
2. objetivo central da redução de estoque em toda a cadeia leva executivos a crer que informação é um instrumento eficaz para essa redução; 
3. informação aumenta a flexibilidade para decidir como, quando e onde usar os recursos para obter vantagem estratégica. 
Informação é fator-chave de desempenho na cadeia; reúne dados para o gestor decidir sobre instalações, estoque, transporte, custos, preço e clientes. A troca de informações dá acesso às restrições dos participantes da cadeia, suas competências essenciais, capital e rh (dados que já existiam, mas a TI na troca de informações tornou mais ágil). 
A Tecnologia de Informação - conjunto dos componentes tecnológicos individuais, organizados em sistemas de informação baseados em computador; processar a informação por meio de dispositivos que permitam sua coleta, manipulação, armazenamento e distribuição: Computadores de grande porte, mini e pessoais; Periféricos, mídia magnética, impressoras, leitoras etc.; Dispositivos transmissores/receptores, antenas parabólicas, módems, redes de cabos ópticos, fax, telefones; Programas, sistemas e aplicações. Abrange hardware, software, telecom, automação, recursos multimídia, recursos de organização de dados, sistemas de informação, serviços, negócios, usuários e as relações complexas envolvidas em coleta, uso, análise e utilização da informação. 
Tecnologias de processamento de informação de forma centralizada - unidade central de processamento serve a muitos diferentes usuários; Descentralizada - processamento distribuído ao longo da organização, ficando mais próximo dos usuários.
TI na Cadeia de Suprimentos - elo entre as atividades e permitem uma interação entre atividades logísticas; por meio do sistema de informação, a empresa associa oferta e demanda nos mercados, projetando produtos e serviços sob medida, em prazos cada vez mais curtos. TI e sistemas de informação permite ligar cliente e fornecedor de forma que este reaja em tempo real às mudanças do mercado, atuando no mundo da internet, comércio eletrônico e das cadeias virtuais de suprimentos. 
Ferramentas colaborativas de TI
EDI - (Electronic Data Interchange – Intercâmbio Eletrônico de Dados) - troca de dados entre dois computadores, utilizando recursosde telecomunicações. O processo estreita relações entre os agentes da cadeia, com troca de informações sobre movimentações de mercadorias e pagtos - marketing, produção, logística, compras e outras decidem e reduzem custo total da cadeia. 
Vantagens: Redução de custos gerais (telefone, impressão, fretes); Redução em erros; menor espaço de armazenamento (estoque previsível); Ótima interação cliente x fornecedor; Melhor organização no gerenciamento da cadeia; Estreitamento entre parcerias varejo/atacado/indústria - organizações ganham com aplicação desse sistema.
VMI - Vendor Management Inventory (Estoque Gerenciado pelo Fornecedor) - fabricante recebe atualizações constantes sobre nível de estoque do varejista e o reabastece conforme necessário (varejista mantém a posse dos produtos a serem entregues, permitindo visibilidade dos fabricantes sobre as vendas). Fabricantes planejam melhor o suprimento, e varejistas focam no negócio sem precisar controlar níveis de estoque ou pedir produtos. Ex: Carrefour e Extra.
QR - Quick Response (Resposta Rápida) - sistemas de informação de logística que se combinam - código de barras, scanners a laser no ponto de vendas e demais funcionalidades de hardware e software permitem que a demanda seja captada o mais próximo possível de seu tempo real e perto do consumidor final, retornando esses valores de demanda para uma resposta logística. Coleta informações diretamente no ponto de vendas, alimentando dos dados diretamente para a empresa fabricante. O QR acelerar o tempo de processamento do sistema, reduzindo tempo de entrega cumulativo.
Cross docking - sistema de distribuição para recebimento de materiais, conferência e despacho para entrega, sem a necessidade de armazenagem dos materiais - reduz o tempo de abastecimento e aumenta confiabilidade e agilidade de toda a cadeia. 
CPFR - Collaborative, Planning, Forecasting and Replanishment (Planejamento, Previsão e Reposição Colaborativos) - proporciona intercâmbio de dados em tempo real e permite que parceiros comerciais utilizem servidores de informação centralizados, permitindo a visualização e atualização de planejamentos e previsões compartilhados. Combinando informações entre demanda e suprimento, coordena decisões de estoque e fluxo de produtos ao longo da cadeia, entre os parceiros envolvidos; exige investimento em novas tecnologias e compartilhamento total da informação entre empresas.
MRP e MRP II - Material Requirement Planning - sistema que auxilia na coordenação dos suprimentos e consumo do estoque; sistema computacional que calcula as necessidades de materiais, com base nos planos de produção futura, possibilitando definir o que, quando e quanto produzir e comprar. A partir de 1990, o MRP II, possibilitou programar detalhes da produção e designar ordens produtivas, a incorporar módulos e outros departamentos como finanças, contabilidade, vendas, marketing e rh, sendo denominado agora de ERP.
ERP - (Enterprise Resource Planning) Planejamento de Recursos Empresariais - soluções importantes na gestão dos negócios, integrando aplicativos em vendas, gestão de pedidos, manufatura, finanças, contabilidade, recursos humanos, distribuição e outras funções em um sistema integrado, com dados compartilhados e visibilidade em toda a empresa, contribuindo para sua eficiência e otimizando a utilização dos recursos, automatização de processos e fluxo de informações. Incorpora atividades, do pedido de compra, incluindo logística de entrega até o pós-venda, com serviços ao cliente. EDI acoplado ao ERP pode auxiliar na troca de pedidos mais rápida e no atendimento eficaz das demandas, em especificações atualizadas e que respeitem o prazo dos clientes.
Indústria 4.0/Quarta Revolução Industrial/manufatura avançada - Sistemas industriais inteligentes, com máquinas capazes de ligar, desligar, acelerar ou desacelerar a produção sozinhas. Uso da TI de forma a tornar a produção mais eficiente, consumindo menos energia ou de acordo com a necessidade. 
Objetivo: reduzir custos e aproveitar recursos pela economia de energia, mais segurança, conservação ambiental, reduzir erros, sem desperdício.
Código de barras - códigos de barras são utilizados para identificar cada SKU (Stock Keeping Unit – Código de Identificação do Produto) individualmente. O padrão mais popular usado no Brasil é o EAN, regulamentado pelo Código Nacional de Produtos - a empresa deve se registrar para receber seu prefixo de codificação utilizado em seus produtos, para definir um número exclusivo para cada produto. Aumenta a acurácia dos dados e a redução do tempo de ciclo.
RFID - (Radio Frequency Identification – Identificação por radiofrequência) - tecnologia sucessora do código de barras - antena, leitor e etiqueta; são basicamente um chip; armazenam grande quantidade de informações como data de validade, descrição do produto, lote etc. Utiliza-se para rastrear o movimento de mercadorias e controle de inventário.
Vantagens: simplifica processos; melhora operações de gerenciamento e controle; atualiza informações em tempo real, rápido e com eficiência. 
Desvantagens: alto custo de implantação e falta de um padrão internacional (impede integração total dos participantes da cadeia).
WMS ou SGA - tecnologias de gerenciamento de armazém - WMS (Warehouse Management System) ou SGA (Sistemas de Gerenciamento de Armazém) - soluciona problemas de localização de produtos, manutenção de inventários e reduz custos, que podem chegar a 25% a 40% do custo logístico total. 
É um sistema de gestão (software) que melhora a operacionalidade da armazenagem, mediante o eficiente gerenciamento de informações e de seus recursos; permite: aumentar a precisão das informações de estoque; aumentar velocidade e qualidade das operações do cd; aumenta produtividade de pessoal e equipamentos de movimentação. Permite a maximização da utilização de espaço, equipamento e mão de obra do armazém, e possibilita planejamento e controle do estoque, gerenciamento da localização e fluxo diário dos pedidos; redução do tempo de trânsito de pedidos de compra à gestão do estoque; melhor serviço ao cliente; giro de estoque mais rápido; economia de custos operacionais da armazenagem. 
Apresenta alto custo de implantação e alto grau de complexidade.
TMS - Sistema de Gerenciamento de Transportes - monitoramento e rastreamento da carga - aumenta a segurança dos transportes; é possível planejar, executar, monitorar e controlar as atividades de consolidação de carga, expedição, emissão de documentos, entregas, coletas, rastreamento da frota, auditoria de fretes, planejamento de rotas e modais, monitoramento de custos e nível de serviço, planejamento e execução de manutenção da frota.
A rastreabilidade proporcionada é muito importante para a confiança dos clientes e órgãos de fiscalização e empresas, principalmente nos casos de incidentes envolvendo os produtos. Funcionalidades:
• Gestão de frotas: controle da documentação dos veículos, manutenção, estoque de peças e pneus, combustíveis e lubrificantes e tacógrafos; 
• Gestão de fretes: análise de cálculo de custos de frete, simulações com diferentes modais considerando custo e tempo e controle de documentação e pagamentos; 
• Roteirização: melhores rotas e gerenciamento do tempo de entrega por cliente com reprogramação para imprevistos e tempos de trânsito que consideram o limite trabalhado por motorista; 
• Planejamento e controle de carga: determina os volumes de entrega e coleta, planejamento das equipes de carregamento e descarregamento e controle de funcionários por equipe; 
• Sistema de monitoramento e rastreamento: localização do veículo, segurança para motorista e carga, agilidade no gerenciamento da frota e ação rápida no caso de imprevistos. 
Melhoria contínua é o posto-chave de um sistema integrado; necessita treinamento constante, aperfeiçoamento de hardware/software e avaliação da implantação, apontando benefícios pela informatização dos processos.
Big Data - grande volume de dados relevantes quanto às informações que carregam. Na logística, teminúmeras aplicabilidades, como analisar dados de movimentação de um operador logístico para entender suas principais rotas, clientes, volumes e tipos de produtos movimentados - empresa decide e otimiza processos junto ao operador, melhorando resultados de toda a cadeia.
Realidade virtual e realidade aumentada na Logística 
Realidade virtual - inserção das pessoas em ambientes completamente virtuais. Ex: simulador de direção.
Realidade aumentada - utiliza o ambiente real para a inserção de elementos virtuais. Ex: jogo PoKemon Go. 
Na logística, a realidade virtual é utilizada para promover a segurança do trânsito em rodovias. 
Realidade virtual e a realidade aumentada também são utilizadas na indústria e serviços. Ex: óculos inteligentes na GE.
Especificamente na logística, a realidade aumentada auxilia na coleta de materiais, armazenagem, expedição, manutenção de equipamentos de movimentação etc., realizadas em conjunto com o WMS da empresa.
Inteligência Artificial na Gestão de Estoques - qualquer inteligência similar à humana, exibida por mecanismos ou softwares. Kopenhagen e Brasil Cacau conseguiram diminuir até 35% de suas sobras aplicando a inteligência artificial na gestão de estoques. 
Unidade 4 - Logística Internacional
A internacionalização dos processos 
Globalização - movimento comercial, cultural, social e econômico de expansão das fronteiras nacionais de forma a projetar a atuação da empresa, da organização social ou pessoas para todas as partes do globo. Permite aproveitar o melhor de cada mercado, expandindo operações para reduzir instabilidade das vendas diante da economia nacional. Diversos outros fatores podem levar empresas a buscar mercados internacionais:
1. Busca de mercado maior para vendas, para otimizar seus custos de produção; 
2. Buscar fornecedores a custos menores que os locais - minimizar custos de fabricação; 
3. Investir em outros países, conforme movimentação dos concorrentes, evitando perda de mercado; 
4. Desejo de disponibilizar produtos em qualquer mercado; 
5. Acesso a desenvolvimentos tecnológicos ao menor custo; 
6. Produtos em declínio em um país podem fazer sucesso em outro - empresa evita estoque obsoleto; 
7. Excesso de produção no país de origem pode ser vendido em mercados internacionais;
8. Produtos sazonais vendidos em hemisférios diferentes, dependendo da estação. 
Riscos: fatores geográficos (furacões, terremotos e desastres naturais) fogem do controle, assim como fatores econômicos e políticos do país. Podem afetar Logística e Cadeia montadas para base das operações internacionais.
A importância da Logística Internacional - diferença entre disponibilidade dos recursos e as diversas regiões do mundo incentivam a troca de produtos e serviços na esfera global. 90% da demanda global não são totalmente atendidas por fornecedores locais. Em países industrializados, a demanda por produtos de moda e tecnologia é maior, enquanto em países em desenvolvimento, produtos e necessidades básicas que se relacionem à qualidade de vida são prioridade com relação aos países industrializados. 
Superávit - país exporta mais do que importa - vendeu mais do que comprou - balança está positiva.
Déficit - país comprou mais do que vendeu - importações foram maiores que as exportações.
O comércio internacional gera uma quantidade considerável de receita para o governo, via impostos sobre seus lucros, e impostos na liberação de produtos, sujeita a tarifas - aproximadamente 5% do comércio mundial de mercadorias são recolhidos em impostos.
Logística - ferramenta de gestão moderna que, na globalização, assegura competitividade das corporações frente ao processo de abertura de mercados.
Cadeia de suprimentos da empresa globalizada - engloba o gerenciamento da demanda/oferta entre empresas que podem ser fornecedores, intermediários, prestadores de serviço e clientes que estejam dentro ou fora do país.
Estrutura de produto global - divisão da empresa por grupos, cada um com um foco específico em um produto; permite traçar estratégias globais a partir de cada produto, adaptando-o ao mercado de origem ou destino. 
Estrutura global de divisões geográficas - empresa divide suas estratégias por região geográfica com a qual mantém atuação na logística internacional. 
Estrutura híbrida nacional com divisão internacional - empresa realiza sua divisão de produtos, mas também tem sua divisão internacional; consegue elaborar estratégias para seus mercados nacionais e internacionais.
Estrutura matricial global - empresa realiza ligação por diversas filiais/subsidiárias - aliança e cooperação conjunta.
Possui diferentes áreas de negócios em cada país, geridas por gerentes alocados em cada um dos países, que respondem ao comitê executivo internacional. Podem ter três tipos de orientações: 
• Etnocêntricas: decisões com base nas práticas do país de origem. 
•Policêntricas: orienta decisões para cada mercado, individualmente e considerando suas características. 
• Geocêntricas: decisões tomadas sem que nenhum mercado seja priorizado ou favorecido de alguma forma.
Estrutura transnacional - empresas que tentam explorar vantagens globais e locais, valendo-se de superioridades tecnológicas e inovações rápidas. O controle é feito por funções: em um país está localizado o departamento financeiro (melhores oportunidades de investimentos), em outro o centro logístico (melhores infraestruturas). Objetivo: aproveitar o melhor a ser praticado em termos de operação e custos. Ex brasileiros: Vale, a Petrobras, a Embraer e Natura. 
Funções logísticas e a logística internacional
Função de Suprimentos - possibilidade de encontrar fornecedores em outros países, representa economia de custos sem igual, disponibilidade de materiais diferentes e de maior qualidade (empresa pode melhorar processos e aumentar eficiência produtiva, reduzindo os custos e entregando melhores resultados aos clientes). Por outro lado, é necessário garantir a confiabilidade de entrega e compromisso do fornecedor; qdo localizado em outro país, a empresa deve visitá-lo para verificar instalações, processos e procedência da matéria-prima, que deve vir de fonte confiável e assegurada, prezar por fornecedores que trabalhem a custos baixos, mas dentro das normas trabalhistas e legais do seu país.
Função de Estoques e Armazenagem - é essencial que a empresa analise a localização dos mercados a fim de posicionar seus estoques e armazéns próximos aos seus consumidores finais. É possível aproveitar de grandes CDs localizados em pontos de alta rotatividade; dividir espaço com outras empresas, barateia custos e aproveita rotas de transporte. Estocar materiais/produtos acabados também é necessário, pois o tempo de trânsito é mais longo que no transporte nacional. A legislação brasileira permite às empresas importadoras/exportadoras usar serviços diferenciados nas zonas primárias e secundárias:
• Zona primária: localizada nos pontos de entrada/saída de mercadorias, aeroportos, portos, terminais ferroviários e terminais dutoviários; têm uma taxa de armazenagem mais cara que as secundárias, por serem ponto de transição do material na entrada (importação) saída (exportação). 
• Zonas secundárias: armazéns EADIs - Estações Aduaneiras de Interior, Portos Secos - localizados fora das zonas primárias, oferecem os mesmos serviços, inclusive a nacionalização na importação e exportação, pois possuem posto da receita federal; oferecem serviços extras de manuseio, consolidação e períodos maiores e mais baratos de armazenagem que as zonas primárias.
As empresas que trabalham com importação também podem utilizar um regime aduaneiro, previsto na legislação brasileira, chamado de Entreposto, em zona primária e secundária - permite armazenar mercadorias importadas e postergar o processo de nacionalização, conseguindo prazo maior para pagto de impostos. A empresa arca com custos de armazenagem durante o período sem nacionalização e por até um ano, prorrogável por até mais um ano. 
Função de Distribuição e Transportes - dependendo da localização dos centros de distribuiçãoe armazenagem, o gestor deve conjugar diversos modais de transporte, com tempos de trânsito diferentes e documentos diferentes para cada trecho percorrido - diferencial para as empresas que atuam na logística global. 
A legislação brasileira prevê o Regime Especial de Trânsito Aduaneiro. A Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) é o documento que cobre o trajeto em território nacional, ao invés da nota fiscal, e somente pode ser feita por transportadoras devidamente cadastradas e autorizadas pela Receita Federal. O transporte de mercadorias importadas e ainda não nacionalizadas, de uma zona primária para uma secundária, também é coberto pela DTA, ao invés da nota fiscal e sob o regime de Trânsito Aduaneiro. Os tributos devidos na importação ficam suspensos na zona primária e somente devem ser pagos quando do início do processo de liberação junto à receita federal, agora na zona secundária. 
Função de Gestão da Informação - coordenar embarques entre países com fusos horários diferentes foi muito mais fácil com os e-mails. O rastreamento via satélite também facilitou bastante o acompanhamento e posicionamento de mercadoria. Encontrar fornecedores, clientes e empresas parceiras ficou mais fácil com a internet.
Operador Econômico Autorizado ou OEA - conecta participantes da cadeia de logística internacional pela informação - idealizado pela Receita Federal, visa certificar empresas importadoras, exportadoras, transportadores, depósitos alfandegados, despachantes e outras empresas que participam do comércio internacional.
Estratégias de globalização - empresa pode optar por:
Padronização - projetar produtos/serviços para os quais as estratégias de produção, marketing e distribuição sejam as mesmas para o mundo todo. 
Adaptação - empresas realizam sua produção, divulgação, vendas e distribuição para atender a cultura de cada país comprador.
Para conseguir adaptar seus produtos e serviços de forma apropriada, a empresa precisa antes realizar uma pesquisa de mercado para entender os costumes, gostos, hábitos e comportamento de seus possíveis compradores. 
As principais mudanças de uma cultura para outra podem ser identificadas em dois estudos: 
• Estudo Cross-cultural: identifica similaridades e diferenças entre nações a partir de um grupo de variáveis. Pressupõe que as culturas partem de um princípio comum a partir de uma mesma evolução cultural, agrupando características e padrões de comportamento; 
• Estudo national character: caracteriza o comportamento de uma nação a partir de determinados fenômenos. Pressupõe a existência de comportamentos iguais e homogeneidade psicológica e cultural entre os cidadãos de cada país, tratando-os como um indivíduo coletivo. 
Embalagem internacional merece destaque, sendo extremamente importante que a mesma seja reforçada no transporte de mercadorias que viajam para outros países. Alguns modais de transporte, como o aéreo e o ferroviário não exigem embalagens com reforço significativamente diferente do transporte nacional, contudo cargas que sigam pelo modal marítimo certamente sofrem maiores impactos, mudanças de temperatura e a possibilidade de sofrerem danos por infiltrações de água. A madeira de toda a carga deve ser certificada como sendo fumigada - esterilização a fim de controlar pragas que possam estar contidas na madeira.
Blocos Econômicos - acordo entre países para facilitar o comércio e a circulação de pessoas entre eles, fomentando a atividade econômica dos países-membros do bloco, e alavancando seu crescimento como um todo. União Europeia, o Nafta, o Mercosul e o BRICS, com o Brasil participando desses dois últimos. Alguns blocos estão mais avançados que outros, como a União Europeia, que está em um estágio máximo de integração, tendo criado uma moeda única para os países do bloco, o euro. Outros estão ainda na fase inicial de formação, como o BRICS, acordo firmado entre os países considerados emergentes: o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul (South Africa). Ao localizar a empresa dentro de uma área de acordo, é possível praticar impostos menores na compra de fornecedores ou na venda para clientes de países do mesmo bloco. 
O transporte também sofre impacto entre países do mesmo bloco - documentos são reduzidos e sua passagem é menos demorada. Os documentos de importação e exportação, como faturas comerciais, romaneios e conhecimentos de embarque são acompanhados do certificado de origem, documento emitido pelo exportador em seu país, atestando que as mercadorias foram fabricadas por ele e são originadas de suas instalações. Com o certificado de origem, o importador consegue reduzir ou zerar impostos de fornecedores do mesmo bloco.
Unidade 5 - Logística de Serviços 
Classificação de Bens ou Serviços 
Bens/mercadorias são produtos físicos tangíveis e visíveis. Podem ser trocados, ouvidos, degustados, e compostos de materiais físicos. Têm cores, tamanhos e ocupam espaços e podem ser para consumo ou produção de outras mercadorias: 
Bens de consumo: 
» Duráveis – consumo ao longo do tempo, prazo longo de estocagem, não deteriora - eletrodomésticos; 
» Semiduráveis – consumidos em prazo menor / uso acarreta desgaste (roupas); 
» Perecíveis – duração é restrita, deterioram-se rapidamente, devem chegar logo ao consumidor. Ex.: alimentos.
Bens de produção: 
» Bens de capital – produzem outros produtos/serviços. Ex.: máquinas, prensas, transportadores, empilhadeira. 
Empresas voltadas para o mercado de consumo produzem bens de consumo;
Empresas voltadas para o mercado industrial produzem bens de produção. 
Serviços – atividades especializadas, nem sempre tangíveis; grande variedade de características e especializações. 
Todas as atividades econômicas que não resultam em um produto físico ou construção, cuja produção e consumo são geralmente simultâneos, e que agregam valor (conveniência, diversão, oportunidade, conforto ou saúde)”. Ex.: Propaganda, advocacia, consultorias, hospitais, bancos, escolas, universidades, clubes, transportes, segurança, energia elétrica, comunicações. O desafio de prestação de serviço é apresentar tangibilidade em algo intangível: como provar para seu cliente que seu serviço é satisfatório? 
A importância dos serviços na Economia - As pessoas não querem apenas o bem tangível, mas buscam as experiências, viver momentos prazerosos de felicidade e bem-estar: 
• Desejo por melhor qualidade de vida; • Mudanças tecnológicas; 
• Mudanças demográficas (mais idosos, que necessitam de serviços especializados); 
• Aumento da sofisticação dos consumidores; • Desejo de mais tempo para bem-estar e lazer, entre outros. Tais mudanças alavancaram o setor e exigiram uma nova forma de atender, qdo a logística de serviços é fundamental.
A Logística de serviço como papel de apoio de desempenho - Logística planeja, implementa e controla os fluxos e armazenagem de bens, serviços e informações, de forma eficiente e eficaz, desde a aquisição de matéria prima até o consumo final, garantindo sincronização e continuidade das atividades, evitando falhas e interrupções. Serviços podem aparecer em três categorias: 
a. Como diferencial competitivo: serviços prestados ao cliente (garantia, crédito, distribuição, assistência técnica, pós-venda etc.) - fator para o cliente pensar se vai optar por esta ou outra empresa. 
b. Como suporte às atividades de manufatura: muitas são serviços embutidos, colaborando para o desempenho competitivo da empresa: tecnologias empregadas, prestação de serviço especializado, manutenção etc. 
c. Como geradores de lucro: serviços ultrapassam apenas a fabricação do bem, a partir dela geram lucros. Ex: identificação de uma marca, seleção de canais de distribuição, liderança tecnológica, políticas de preços etc.
Esses itens são considerados na aquisição do produto e podem ser pontos fundamentais para a tomada de decisão.
A produção e o consumo de serviços são simultâneos - bens “puros” não têm interferência de serviços para vender ou se promover ao cliente, até serviços puros, que dependem totalmente de experimentos,confiança e alto padrão de qualidade para serem obtidos pelos clientes.
A avaliação da qualidade do serviço pelo cliente - passa pela percepção de qualidade do consumidor, e é um ponto bem delicado de ser conquistado. 
Qualidade intrínseca - relacionada a desempenho - se o produto/serviço atende aos requisitos básicos necessários (pode ser medida por padrões). 
Qualidade extrínseca - relacionada a percepções, varia de pessoa para pessoa (subjetiva). Ex: marcas que produzem seus produtos, e também oferecem manufatura para produzir para marcas que não tenham renomes.
a. Empresa de E-commerce - itens avaliados: • Acesso (havendo dificuldade em entrar no site, já pode desistir de pesquisar e comprar). • Velocidade de Atendimento (chats online para responder dúvidas). • Atendimento (pós-venda - segurança ao consumidor na aquisição dos produtos). 
b. Supermercado - itens avaliados: • Flexibilidade (variedade, marcas e quantidade de itens, liberdade de escolha). • Custo (preço equivalente ao atendimento/produtos). • Tangíveis (aparência do local - produtos bem armazenados, limpos e organizados). 
c. Clínica Odontológica - itens avaliados: • Credibilidade e Segurança (Percepção de risco, transmitir confiança).
• Competência (dentista tem o conhecimento técnico). • Consistência (na qualidade do serviço, ou reclamações anteriores). 
d. Centro de Distribuição - CD: • Consistência: (Padrão satisfatório/superior nas requisições de pedido e distribuição aos clientes); • Custo: (Condiz com o mercado ou inferior, mantendo qualidade); • Velocidade de atendimento (rapidez no recebimento dos materiais, coleta de pedidos e requisições); • Flexibilidade (facilidade em alterar pedidos e solicitações já efetuadas, sem deslocar recursos extras de pessoal e tempo); • Competência (conhecer o negócio e buscar inovação nos sistemas de armazenamento e mão de obra); • Credibilidade e segurança (materiais manuseados são de empresas terceiras).
Proporcionando valor ao cliente - • 4 Ps, também conhecido como composto de marketing.
• Ciclo de Vida do Produto - podemos inserir serviços diversos de acordo com o estágio do produto, inicialmente podemos inserir a logística de serviço voltada a serviços de atendimento, ou ao estágio final (declínio) com o serviço de logística reversa. Esse ciclo corresponde ao tempo estimado de vida ativa no mercado. Alguns possuem uma existência mais longa que os outros. Possui 4 fases:
• Introdução: nascimento do produto/serviço (criação, desenvolvimento e lançamento no mercado). Produção e vendas geralmente começam pequenas e crescem lentamente até que o produto/serviço seja conhecido. Logística tem papel fundamental de distribuição - processo está iniciando no mercado e precisa atingir ao máximo os clientes. 
• Crescimento: o mercado se familiariza com o produto/serviço - Logística deve garantir que o produto tenha distribuição e continue expandindo em todo o território desejado - aceleração positiva nas vendas e produção, não pode haver falhas com abastecimento.
• Maturidade: produto/serviço atinge patamar elevado de vendas e produção, mantendo-se inalterado ou com pequenas modificações - concorrentes já lançam produções similares - excelência de atendimento passa a ser diferencial. 
• Declínio: vendas e produção começam a cair progressivamente - à medida que são lançados novos produtos e inovações - logística se potencializa - pode atuar em um novo ciclo de novo produto, ou com logística reversa.
Nível de Serviço e Indicadores Logísticos - logística deve ser administrada como esforço integrado para atingir a satisfação do cliente pelo menor custo total. A logística realizada dessa maneira gera valor. O conjunto do nível de serviço prestado pela empresa se enquadra dentro de de três elementos, classificados conforme sua relação com a transação do produto. São eles: 
• Elementos de pré-transação: estabelecem bom nível de serviço - são responsáveis pela política - empresa definirá o nível a ser esperado pelo consumidor (tempo de entrega); estrutura organizacional; manuais e políticas de procedimentos estabelecidos, etc; 
• Elementos de transação: diretamente envolvidos na entrega do serviço ao cliente. Influenciam no tempo de entrega, preenchimento de pedidos, condição de mercadorias etc - percebidos diretamente pelo cliente. Ex: Contratação de transporte, processamento de pedidos e ajuste de níveis de estoques; 
• Elementos de pós-transação: apoiam a prestação de serviço quando o produto/serviço já foi adquirido pelo cliente. Ex: logística reversa, garantia, assistência técnica, SAC, etc. 
O nível de serviço em Logística é medido comumente através do SLA (Service Level Agreement), que significa “Acordo de Nível de Serviço - ANS” - utilizados para que o cliente avalie o atendimento, assim como a empresa possa medir o atendimento de seus fornecedores. 
Medição do serviço antes de acordar a avaliação - averiguar a capacidade de atendimento.
cálculo de SLA = quantidade realizada x quantidade solicitada. 
Valor para o cliente = Qualidade x Serviço
 Custo x Tempo
• Qualidade – a funcionalidade e o desempenho do produto / serviço; 
• Serviço – a disponibilidade, suporte e serviço de atendimento ao cliente; 
• Custo – os custos de transação do cliente; 
• Tempo – tempo necessário para responder às exigências do cliente (tempo de espera para entrega).
Existem fatores a avaliar, como fidelidade, desejo real pelo produto - pode impactar menos, e fazer que a pessoa espere o tempo necessário, mas é comum os consumidores terem necessidade imediata dos produtos. Esse indicador pode ser utilizado em qualquer tipo de negócio, apenas se faz necessário criar os parâmetros de qualidade intrínseca, serviço disponível, custo adequado e tempo real praticado.
Unidade 6 - Logística Reversa
Logística integrada vincula empresa aos clientes e fornecedores. As informações recebidas de clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos.
Definições de Logística Reversa e conceitos relacionados - processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de bens e informações do ponto de consumo ao ponto de origem. Processo de remoção do produto de seu destino final típico para reinserção na cadeia produtiva. 
Logística reversa - quando um participante da cadeia realiza um retorno para um participante imediatamente anterior - planeja, opera e controla fluxo e informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, por meio de canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor. 
Fluxo reverso - movimento de bens do consumidor para o produtor pelo canal de distribuição. Por viabilidade econômica e conhecimento do processo, acontece pelos mesmos, ou similares, canais de distribuição - formas (empresas e pessoas) que auxiliam na disseminação de um produto. 
Canal de Distribuição 
Canais de distribuição: conjunto de organizações independentes envolvidas no processo de disponibilizar um produto/serviço para o uso/consumo. 
Canais de distribuição diretos: fluxo dos bens que parte das empresas para o consumidor.
 Canal de Distribuição Reverso - parte do consumidor para a empresa - processo reverso ao canal de distribuição (nem sempre os intermediários que participaram do processo de distribuição estarão presentes nesse processo). Canais de Distribuição Reversos (CDRs) são etapas e maneiras com que uma quantidade dos bens/produtos com pouco uso após a venda, com ciclo de vida útil ampliado ou após extinta sua vida útil retorna ao ciclo produtivo/negócios, reposicionando-se a um valor em mercados secundários pelo reuso ou reciclagem.
O fluxo direto parte da empresa, para o mercado primário e para a compra e uso do consumidor final que, posteriormente, retorna o material (pós-venda ou pós-consumo) pelos canais reversos. Produtos pós-venda podem retornar e seguir para o mercado secundário. Produtos pós-consumo podem também seguir para o mercado secundário, posteriormenteao seu retorno, ou serem redirecionados pelo fluxo reverso para a reciclagem, desmanche e reuso, ou para disposição final. 
CDRs de bens Pós-Consumo – CDRs-PC - diferentes formas de processamento/comercialização dos produtos de pós-consumo ou seus materiais constituintes, da coleta até a reintegração ao ciclo produtivo como matéria-prima secundária. Em canais reversos de “reuso” se tem a extensão do uso de um produto de pós-consumo ou seu componente, com a mesma função para a qual foi originalmente concebido (sem remanufatura). 
• Desmanche - revalorização do produto durável de pós-consumo, via processo industrial de desmontagem onde seus componentes em condições de uso/remanufatura são separados de partes ou materiais para os quais não existem condições de revalorização, mas que ainda são passíveis de reciclagem. 
• Reciclagem - revalorização - materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-primas secundárias/recicladas, e reincorporadas à fabricação de novos produtos. 
Processo de reciclagem: coleta, seleção e preparação, reciclagem industrial e reintegração ao sistema produtivo.
Disposição final - último local de destino para o qual são enviados produtos, materiais e resíduos em geral sem condições de revalorização. Disposições finais seguras: aterros sanitários tecnicamente controlados (estocados entre camadas de terra, para absorção natural), ou incinerados (revalorização pela queima e pela extração de sua energia residual). 
Disposição final não controlada - lixões, despejo em córregos, rios, terrenos (ocasiona poluição ambiental).
CDRs de bens pós-venda – CDRs-PV - produtos devolvidos por término de validade, excesso em estoques, estarem em consignação, problemas de qualidade/defeito;
Após a devolução, são destinados aos mercados secundários, reforma, desmanche, reciclagem dos produtos e de seus materiais constituintes ou disposição final. CDRs-PV apresentam importância crescente, tanto estratégica empresarial como econômica, para alguns setores empresariais. Ocorre por problemas de performance do produto ou garantias comerciais, ou em diferentes momentos da distribuição física direta: • Erros de pedidos; • Limpeza de canal nos elos da cadeia; • Excessos de estoques; • Fim de estação; • Obsolescência; • Fim da vida comercial; Problemas de desempenho: avarias de transporte, defeitos em garantia, embalagens danificadas.
Exemplos práticos de como acontecem os CDRs 
Canal reverso de reuso - leilões de empresas - bens usados por uma empresa, adquiridos por outras, a um menor custo de aquisição. 
Bens de pós-venda - retornam pelo e-commerce - usuário se desfaz do bem com pouco/nenhum uso diretamente para outros usuários. Bens de pós-consumo - retorno de embalagens descartáveis, por meio do fluxo da reciclagem. 
• Canal Reverso de Reuso: Leilões de Empresas. • Canal Reverso de Pós-venda: E-commerce. 
• Canal Reverso de Pós-consumo: Embalagens Descartáveis. • Canal Reverso de Pós-Venda: Lojas de Varejo.
Por que implementar Logística Reversa 
• Razões econômicas - as mais evidentes na implementação da logística reversa nas empresas que as utilizam para obterem benefícios econômicos - resgate de produtos usados (das partes serão reutilizadas em novos produtos). Também ligadas ao marketing que destaca a possibilidade de devolução e cria uma boa imagem - preocupação ambiental. 
• Razões legislatórias - governo sanciona leis que obrigam a recuperação dos produtos ou aceitá-los de volta. 
• Razões relativas à responsabilidade social - conjunto de valores e princípios para se tornarem verdadeiramente engajadas à logística reversa. 
• Garantia/Qualidade - produtos que apresentem defeitos de fabricação/fornecimento e que apresentem avarias neles mesmos ou na embalagem - podem ser submetidos a consertos/reformas que lhe retornarão o valor comercial e os deixarão aptos a retornarem ao mercado primário/secundários. 
• Comercial/Vendas - retornos devido a erros de expedição, excesso de estoques, mercadorias em regime de consignação, liquidações sazonais (inverno/verão), pontas de vendas, pontas de estoques etc. São retornados ao ciclo de negócios por meio da redistribuição em diferentes canais de vendas. Produtos que tenham término da validade ou apresentem problemas de fabricação após a venda (recalls) - retornados ao fluxo reverso por motivos legais ou diferenciação de tratamento dado pela empresa. 
• Substituição de componentes - bens duráveis e semiduráveis na ocorrência de manutenções/consertos ao longo de sua vida útil - produtos são classificados como remanufaturados e, estando tecnicamente aptos, retornam aos mercados primário ou secundário. Caso contrário, vão para reciclagem ou destino. 
• Em condições de uso - produtos duráveis e semiduráveis, já remanufaturados, apresentam condições de reutilização. Sua vida útil pode ser estendida, sendo redirecionados para canais secundários até o fim de vida útil. 
• Fim da vida útil - produtos sem possibilidades de recuperação vão para a desmontagem e reciclagem industrial, se enquadrando na etapa de “desmanche”. Os componentes que possam ser aproveitados retornam ao ciclo produtivo. O restante segue para a reciclagem e disposição final. 
• Sensibilidade ecológica – incentivo à Logística Reversa (LR) preocupações com Meio Ambiente, contribuem para que a LR potencialize nas mais diversas operações, influenciando em alguns casos de cadeias reversas, assim como o aumento da velocidade de consumo/descarte.
Sustentabilidade - mais popularmente disseminada, e a questão ambiental abordada em empresas e pequenos comércios que buscam exercerem seu papel social em suas comunidades, alinhada a ações do governo, visa amenizar os efeitos mais visíveis do impacto ao meio ambiente, protegendo a sociedade e seus interesses (de maneira verdadeira ou enganosa, criam vantagens competitivas aos produtos e interesses políticos).
Para a maior parte dos bens descartados, existem condições para a reintegração ao ciclo: baixa disponibilidade de produto de pós-consumo (dificuldade de recaptação que impede escalas econômicas da atividade), ou monopólio/oligopólio dos mercados de matérias-primas, que desencoraja maiores investimentos etc.
Legislação Ambiental no Brasil e no mundo - envolvem diferentes aspectos do ciclo de vida útil de um produto, da fabricação/uso de matérias-primas virgens até sua disposição final/dos produtos que o constituem. Assim, as legislações regulamentam a produção/uso de “selos verdes” para identificar produtos ambientalmente corretos, os produtos de pós-consumo que podem ou não ser depositados em aterros sanitários, como a restrição ao uso de produtos com conteúdo de matérias-primas secundárias. A maioria das grandes cidades proíbe o descarte de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, baterias de automóveis e pilhas em aterros sanitários. Entulho de construção civil, normalmente, também não é permitido, um exemplo ecológico disso é o Ecoponto na cidade de SP.
Responsabilidade Estendida do Produto (ou EPR – Extended Product Responsibility) - propaga a ideia da cadeia industrial produtora ser responsável pelo produto até a decisão correta do destino após uso original. Também chamado de “princípio do poluidor-pagador”, conceito semelhante às legislações já existentes na sociedade atual, relativas às ações de Fim de Tubo (tratamento de efluentes, por exemplo). A legislação proíbe novos aterros sanitários, condicionando o equilíbrio de proibição e reciclagem. A incineração tem sido cada vez mais contestada em virtude dos efeitos nocivos causados pelos gases emanados. 
No Brasil temos legislação específica sobre a devolução das embalagens de agrotóxicos e seus componentes. 
Na Alemanha foi criada uma legislação específica para as embalagens descartáveis. França, Alemanha e Holanda têm legislação para tratar a rede reversa de reciclagem de veículos, envolvendo a própria montadora no processo. Japão adotou uma legislação semelhante. 
Em alguns estados dos EUA existem legislações específicasque incentivam uso de produtos fabricados com materiais reciclados. Outros adotam legislação tributária privilegiada para diversos canais reversos. Os governos locais são os responsáveis pelo controle e atuação nos problemas e temas da logística reversa. A legislação ambiental e as práticas mundiais ainda são descentralizadas e feitas de forma a responsabilizar cada poder legislativo local pelo controle dos resíduos e responsabilidade na realização da logística reversa. 
Estratégia Empresarial - empresas estão enxergando o produto ambientalmente correto como vantagem estratégica competitiva, permitindo ampliar a visão dos fluxos logísticos para a percepção das oportunidades de acréscimo de valor de diferentes naturezas, que o retorno e a reintegração dos bens e seus materiais constituintes podem oferecer.
A dimensão da economia reversa no Brasil 
• Caso do ferro/aço - em 1998 produziram-se 26,2 milhões de toneladas de aço bruto. O consumo de sucata foi de 4,5 milhões de toneladas, cerca de 17% de matéria-prima secundária. 
• Caso do alumínio - considerando 1998, a produção de alumínio bruto foi de 1,2 milhões de toneladas. A sucata de alumínio foi de 164 mil toneladas, cerca de 13% de matéria-prima secundária substituindo a primária. 
• Caso do plástico - A produção de resinas em 1998 foi de cerca de 4 milhões de toneladas, com vendas aproximadas de 6 bilhões de dólares. Assumindo-se uma parcela de reciclagem da ordem de 15%, estima-se a parcela de matéria-prima secundária em 1 bilhão de dólares ao ano. 
• Caso de baterias de veículos - o índice médio de recuperação de baterias é 80%, aproximadamente US$500 milhões a preços de venda.
Unidade 7 - Logística Verde e Normativas
Gestão verde da Cadeia de Suprimentos e Logística Verde - área da logística que trata dos aspectos e impactos da atividade logística na comunidade e no meio ambiente. Gestão verde tem raízes tanto na gestão ambiental e na própria gestão da cadeia. É um importante passo para alcançar a sustentabilidade ambiental da empresa, pois em todos os elos são causados impactos ambientais. Usado também como forma de alavancar os lucros.
O foco é equilíbrio entre consumo de recursos e movimentações da cadeia. Ferramentas e modelos, para medir esse equilíbrio tem levado ao aperfeiçoamento dos processos das empresas.
• Poluentes – resíduos gerados pelas atividades humanas que causam impactos negativos ao ambiente. 
• Poluição – alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, da litosfera ou hidrosfera - danos à sobrevivência ou atividades dos seres humanos e outras espécies ou deteriorar materiais. 
• Resíduos - todo e qualquer tipo de materiais que não possam ser considerados produto final. Podem estar ou não previstos no processo, serem ou não gerados e tratados ao longo da fabricação ou reutilizados e reintegrados ao produto/processo da empresa. 
• Resíduos industriais – qualquer material que não faça parte do produto final e precise de cuidados especiais de coleta, acondicionamento, transporte ou destinação final. Manuseado incorretamente, representa perigo à saúde.
• Reuso – utilização de um produto (partes) para a mesma função que foi produzido ou outra função não prevista. 
• Remanufatura – restabelecimento da função original do produto, por testes e reparos ou desmontagem, troca de componentes ou de subconjuntos, para uma nova montagem.
• Reciclagem – reaproveitamento dos materiais (reuso, quando feita dentro da própria empresa). Em materiais orgânicos, é chamada de compostagem. 
Pelo estudo da Logística Verde, pode-se conter a emissão de resíduos ao meio ambiente, armazenamento desprotegido de materiais, mau uso de materiais que retornam à cadeia, e ausência de aproveitamento dos mesmos.
Logística Verde - gerenciamento integrado das atividades necessárias para movimentar produtos dentro da cadeia, da origem até o consumo, incluindo atividades da logística reversa, para atender às necessidades do consumidor ao menor custo (que representa o valor monetário assim como o valor dos custos externos ao meio ambiente, associados às mudanças climáticas, poluição do ar, ruídos, vibrações e acidentes).
Gestão Verde da Cadeia - melhoria na utilização dos recursos, com foco em fazer mais com menos.
Pilares: importância da gestão, o design verde e as operações verdes. 
Design verde - analisar o ciclo de vida dos produtos, essencial para a cadeia verde, analisando as etapas de um produto/serviço, considerando desde como é realizada a extração da matéria-prima, os métodos sustentáveis, passando por suas etapas de produção, distribuição, comercialização, até sua disposição final, considerando possibilidades de reuso e reciclagem.
Ecodesign - inserido dentro do design verde - projetar produtos/serviços que considerem aspectos de sustentabilidade em suas fases, minimizando o impacto: 
• Baixo impacto ambiental: materiais de baixo impacto ambiental - poluem menos o meio ambiente, não tóxicos; 
• Eficiência energética: processo de manufatura necessite de menor energia; 
• Qualidade/durabilidade: duram mais tempo e funcionem melhor - menor descarte de materiais pós-consumo; 
• Modularidade: materiais modulares (partes/peças trocadas por defeito), sem trocar o material todo - menos lixo; 
• Reutilização/reaproveitamento: produtos já concebidos para reutilização de materiais.
Gestão Verde da Cadeia também é composta por operações verdes: manufatura verde e remanufatura, a logística reversa e o design de rede, e a gestão de resíduos.
Produção Mais Limpa - Segundo a Pacto Global Rede Brasil (2016), “Sustentabilidade” é o desenvolvimento responsável por atender às necessidades humanas atuais sem comprometer as necessidades futuras, e passou a ser utilizado com mais intensidade, pois os recursos se tornariam finitos em algumas décadas.
Brasil - questões ambientais têm maior importância a partir da ECO 92, a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - estratégias ambientais passaram a ser mais visionárias e planejadas.
• Anos 70: não existia conscientização - o objetivo era produzir, aumentar o número de consumo, sem a devida atenção à forma com que os resíduos seriam descartados. Energia/recursos eram vistos como ilimitados. Legislações específicas criadas sobre o descarte de poluentes que continham substâncias tóxicas. 
• Anos 80: empresas e consumidores estudam destinação de resíduos, entendem e determinam impactos causados - Governos e empresas avaliam o ciclo de vida dos produtos e cooperam trocando informações e incentivos. 
• Anos 90 até fase atual: reduzir - empresa é proativa buscando opções aos processos, materiais, tratamentos, ações e qualquer outra opção para diminuir o uso de recursos. Ecoeficiência - utilização eficiente (produção limpa). 
Ideias centrais da Ecoeficiência:
1. Reduzir a quantidade de matéria utilizada na produção de bens/serviços; 
2. Reduzir a quantidade de energia utilizada na produção de bens/serviços; 
3. Reduzir a dispersão de material tóxico; 
4. Aumentar a reciclagem de material; 
5. Maximizar o uso de fontes de energia renováveis;
6. Aumentar a durabilidade dos produtos; 
7. Aumentar a quantidade de bens e serviço
Normativas
Sistema de Gestão – ISO 14.001 - redução da carga de poluição gerada pelas organizações que a adotam - envolve a revisão dos processos produtivos com foco na melhoria contínua, desempenho ambiental da empresa, controlando insumos e matérias-primas que representem desperdícios de recursos naturais. Certificação não obrigatória, cabendo à empresa optar por adequar seus procedimentos, controles e práticas à norma. A implantação desse Sistema de Gestão da Qualidade passa pelas seguintes etapas: a. Política Ambiental; b. Planejamento; c. Implementação e Operação; d. Verificação; e. Análise da Administração.
Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS - Lei n. 12.305/10 - trata problemas ambientais, sociais e econômicos, decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. 99,96% dos municípios brasileiros possuem serviços de manejo de resíduossólidos, sendo que: • 50,75% deles dispõem seus resíduos em vazadouros; • 22,54% em aterros controlados; • 27,68% em aterros sanitários. Dos municípios pesquisados, 3,79% possuem unidade de compostagem de resíduos orgânicos; 11,56% têm unidade de triagem de resíduos recicláveis; e 0,61% têm unidade de tratamento por incineração.
Visando gerenciar de forma integrada o manuseio dos resíduos, um dos principais aspectos da PNRS é a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos - fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o próprio cidadão, que representa o consumidor final são responsáveis pelo manejo dos resíduos, inclusive das embalagens de pós-consumo. Pontos mais importantes da PNRS:
• Acordo setorial: acordo entre poder público, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes pela responsabilidade compartilhada do ciclo de vida do produto; 
• Responsabilidade compartilhada: conjunto de atribuições para minimizar o volume dos resíduos sólidos gerados e os impactos causados à saúde humana e ao meio ambiente; 
• Logística Reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social - conjunto de ações, procedimentos e meios para viabilizar a coleta e restituição dos resíduos ao setor empresarial para reaproveitamento, destinação final; 
• Coleta Seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados, conforme sua constituição ou composição; 
• Ciclo de vida do produto: etapas que envolvem o desenvolvimento, obtenção de matérias-primas, processo produtivo, o consumo e a disposição final; 
• Sistema de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR): armazena, trata e fornece informações que apoiem as funções ou processos de uma organização com respeito às ações da PNRS;
• Catadores de materiais recicláveis: a PNRS visa fortalecer a atuação das associações ou cooperativas.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Elaborados pela ONU - representam uma agenda adotada mundialmente como compromisso dos países com o Desenvolvimento Sustentável - 169 metas, divididas em 17 objetivos a serem atingidos até 2030. Os objetivos são divididos em quatro dimensões principais: 
• Social: necessidades humanas de saúde, educação, melhoria na qualidade de vida e justiça; 
• Ambiental: preservação e conservação do meio ambiente; 
• Econômica: aborda o esgotamento dos recursos naturais, produção de resíduos, consumo de energia, entre outros; 
• Institucional: capacidade de colocar em prática os objetivos.
Estudos de caso em Logística Verde
Logística Verde e embalagem NKL - NKL e as suas empresas parceiras Norden acreditam que a logística verde lhes confere vantagem competitiva em seu difícil mercado europeu. As iniciativas da empresa varejista NKL para ser “verde” resultaram em 220% de aumento de venda de produtos considerados amigáveis ao ambiente, no final da década de 1990. Entre as estratégias da empresa estão a utilização de 1,5 milhão de recipientes reutilizáveis para frutas e vegetais e aumentou o uso do transporte ferroviário de 50% para 60% (redução de custos, melhores tempos de ciclo de pedido de compra e em redução de poluentes e desperdício de energia). 
Empresas do grupo parceiro Norden venderam 93.800 toneladas de alimentos orgânicos/ecológicos e utilizaram 2.350 toneladas de plástico reciclado e 17.600 toneladas de papelão reciclado em seus terminais e armazéns. O desenho da embalagem também representou um importante papel na NKL, melhorando a capacidade de transporte e armazenagem, que até então era subutilizada, diminuiu problemas de manuseio e danos e reduziu o trabalho extra em função de problemas de devoluções e codistribuição. Em uma das iniciativas, a empresa desenvolveu uma nova embalagem de consumo e varejo para batatas fritas em conjunto com a fabricante Nestlé e os varejistas da NKL. O projeto conseguiu uma economia total de aproximadamente 97 mil euros por ano, equivalente a 332 mil reais.
Logística Verde na DHL
• Fujitsu – Otimização da rede: Em 2009, a DHL e o grupo japonês de tecnologia Fujitsu lançaram uma parceria para reduzir os impactos ambientais e melhorar sua eficiência de emissão de carbono das suas operações de logística. Os dois objetivos centrais eram a otimização das rotas de transporte e a melhor utilização das capacidades de carga. As empresas também buscavam a reciclagem de embalagens e a introdução de pneus mais eficientes pelos parceiros. A cadeia eliminou em quase 50% as emissões de CO2 da Fujitsu, resultado homenageado com o prêmio de Logística Verde do Ministério Japonês da Economia, Comércio e Indústria. 
• Transporte Ferroviário: Em 2009, a partir da solicitação de um produtor de aparelhos domésticos, a DHL desenvolveu uma nova forma ecológica para transportar os produtos pelo modal ferroviário. Mais de 13.000 contêineres que chegam anualmente nos portos da Alemanha podem ser transportados por trens, eliminando quase 120 transportes rodoviários/semana. As emissões de CO2 reduziram 60%, mantendo o tempo de trânsito. 
• Otimização da rota de transporte marítimo: Em 2008, a DHL e uma empresa de tecnologia australiana desenvolveram uma parceria para cortar as emissões de CO2 em mais de 40%. Para atingir esse objetivo, o centro de transbordos de contêineres foi transferido do oeste da Austrália para a parte oriental do país. A mudança eliminou a necessidade da maior parte dos transportes rodoviários e a taxa de utilização de veículos comerciais aumentou significativamente, melhorando o meio ambiente e economizando dinheiro para as empresas. 
• Inland Waterways (transporte interno entre águas): em 2009 um grupo farmacêutico alemão teve como objetivo cortar a emissão de CO2 das empresas associadas ao transporte rodoviário pré-marítimo em 30%. A DHL alterou o transporte rodoviário de todos os produtos com temperaturas sensíveis para exportação de mercadorias em embarcações marítimas. Os materiais são carregados em um navio para transportá-los para outros portos em Amsterdam e Rotterdam. Como resultado, 11kg a menos de CO2 são gerados por tonelada de carga transportada.
Ações de Logística Verde na Philips - movimentos de transporte foram reduzidos por meio do redesenho da rede logística, a utilização de embarques compartilhados e a consolidação de materiais e equipamentos de forma a aumentar a carga transportada, aproveitando ao máximo os espaços disponíveis. A empresa também adotou diversas estratégias de alterações de modal. Como um dos exemplos, é mencionado o impacto ambiental do transporte aéreo de materiais da Ásia para o leste da Europa, sendo 34 vezes maior que o transporte pelo modal marítimo. Para reduzir o uso do transporte aéreo, a empresa implementou vários níveis de decisão, sendo que a alta gerência deveria ser envolvida na decisão antes que um produto fosse transportado por esse modal. 
Uso do modal ferroviário, também é considerado, além de também optar por utilizar a combinação de diversos modais na entrega de equipamentos médicos de grande porte para locais de difícil acesso, com sucesso na operação logística. Equipamentos sensíveis geralmente transportados em aviões fretados exclusivamente para esse fim, partindo de aeroportos de grande porte para outras locações menores. O transporte marítimo não era uma opção, pelas condições de transporte e da sensibilidade do material. A empresa melhorou a embalagem de transporte, envolvendo chapas de alumínio e agentes de selagem de forma a proteger o produto contra impactos e possibilitando que o último trecho de transporte fosse realizado pelo modal marítimo, reduzindo seu custo e otimizando seus resultados de logística verde.
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Unidade 8 - Tendências de logística integrada e responsabilidade socioambiental
Três principais pontos para a gestão sustentável da cadeia: redução do consumo de recursos, redução do impacto sobre a natureza e o aumento do valor dos produtos e serviços. 
Logística - destaque para entrega de um melhor nível

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