Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anemia hemolítica Via pentoses fosfato ou hexoses monofosfato Principais causas de anemia: eritroblastose fetal, perda aguda ou crônica de sangue, deficiência de ferro, vitamina B12, folato, enzimopatia (falta de alguma enzima crucial que leva à hemólise, principalmente a Glicose-6-fosfatodesidrogenase / G6PDase, cuja deficiência leva à anemia hemolítica congênita). Os portadores da anemia hemolítica congênita que não possuem a enzima G6PDase têm susceptibilidade à hemólise e isso confere resistência à malária. Sintomas de anemia: cansaço, febres, calafrios, vertigens, sudorese. Tempo de vida da hemácia: aproximadamente 120 dias. Quando maduras, são desprovidas de mitocôndrias. O principal combustível energético da hemácia é a glicose. As etapas de oxidação da glicose geram duas moléculas de piruvato. Há a produção de 2 ATP e geração do metabólito intermediário G6P, extremamente versátil. Localização celular da via metabólica Citosol de todas as células (mais prevalente na hemácia, fígado, tecido adiposo, tireoide, células do córtex adrenal e suprarenal, células da medula óssea). Importância e regulação da via É uma via alternativa da glicólise para produção de ATP, que tem papel diferente e que complementa o da glicólise. G6P Fase não oxidativa: reversível ? NADPH: importante para aliviar o estresse oxidativo. Sua principal função é renovar os componentes da bicamada lipídica (síntese de lipídios e esteroides, como o colesterol e ácidos graxos no fígado). Caso o colesterol seja deficiente, as fontes animais da dieta podem complementar. NADPH é também cofator de enzimas redutases, como a HMG CoA redutase, crucial para a síntese endógena de colesterol. A formação de NADPH é crucial para a hemácia, para garantir sua integridade. Papéis da ribose: síntese de nucleotídeos (RNA/DNA), coenzimas. G6PDase 6-fosfogliconato Ribulose Ribose-5- fosfato (cíclica) NADPH CO2NADP+ NADPH Via glicolítica: única fonte de ATP para a hemácia. Estresse oxidativo Causas do estresse oxidativo: respiração mitocondrial (5% de contribuição), radiação ionizante, sulfanamidas, herbicidas, antimaláricos (premaquina), divicina (componente oxidante de um feijão, cuja ingesta excessiva pode causar favismo). Pode ser ocasionado por acúmulo de H2O2 nas células, que pode gerar OH+ (radical hidroxila), e O2 que se transformará em O2- (ânion superóxido). - Peroxidação lipídica - Inativação da proteína hemoglobina. Cada molécula de hemoglobina carreia 4 moléculas de O2. - Inativação de enzimas - Inativa DNA Duas estratégias de defesa molecular (enzimática e não enzimática): não enzimática são as vitaminas (vitaminas A e E são antioxidantes), e enzimática são a SOD (superóxido desmutase), que remove o excesso de H2O2, liberando água e oxigênio; a catalase; glutationa redutase/peroxidase. A glutationa redutase só funciona com NADPH. A peroxidase vai executar o mecanismo de defesa, e para isso precisa consumir o tripeptídeo glutationa reduzida (GSH). A forma oxidada da GSH é a GSSG. Portanto, G6PDase pode ser considerada um fator protetivo indireto (pois gera NADPH, que tem efeito protetivo direto) contra o estresse oxidativo (contra a hemólise da hemácia). GSH (torna a peroxidase possível) também é um fator protetivo da hemácia contra a hemólise (bloqueia a ação tóxica da hidroxila). Malária Como o protozoário da malária necessita da hemácia intacta para completar seu ciclo de vida, pacientes com malária são resistentes à hemólise.
Compartilhar