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COLELITÍASE, COLECISTITE, COLEDOCOLITÍASE E COLANGITE INTRODUÇÃO · Função da Vesícula: armazena BILE ➡️ Líq. produzido no fígado que atua na digestão de gorduras no intestino · Bile: formada por várias subst: , sais biliares, colesterol, bilirrubinato e lecitina. ORIGEM DOS CÁLCULOS 1. Supersaturação biliar —> bike litogênica 2. Formação dos cristais (>> colesterol) 3. Aprisionamento dos cristais no muco vesicular 4. Hipomotilidade da vesícula: estase biliar Obs. Isso é facilitado pela desidratação TIPOS DE CÁLCULOS · Colesterol (85%): gg marrons/amarelados · Pigmentados: bilirrubinato de Ca · Negros: + pcte cirrótico ou D. Hemolítica · Marrons: infecções COLELITÍASE/LITÍASE BILIAR SINTOMÁTICA DEFINIÇÃO Presença de cálculos (pedras) biliares , INDEPENDENTE da localização. QUADRO CLÍNICO · Sintomática · Dor biliar TÍPICA: “Cólica biliar” · Epigástrica, podendo irradiar para ambos hipocôndrios, pp HD · Dor em aperto e contínua · Progressiva MAS dura no máximo 4-6 hrs (Obstrução intermitente do ducto cístico pelo cálculo) —> Se + = complicações · Gg aparece de noite/madrugada, pós alimentação que estimula vesícula (gordurosa, muito leite..) ou jejum prolongado · Nausea/Vômito e Anictérico Obs. Dor gastroduodenal é £ —> Queimação, + fraca, e melhora com alimentação FATORES DE RISCO Outros: ⬆️ com idade (>40/45), Genética, Hormônios (Anticoncepcional), Perda rápida de peso e Bariátrica, D. Inflamatória intestinal (ex. Crohn: reabsorção prejudicada da bile), remédios antimicrobiano, D. Hemolítica, Nutrição parenteral total por ⬆️ tempo (não há estímulo do TGI: sem contração vesicular —> bile parada), Vagotomia Troncular (tira inervação das vias biliares) INCIDÊNCIA NO BRASIL: 9% DIAGNÓSTICO · Suspeita: quadro clínico e exame físico · Inspeção, Auscuta e Percussão: Normais · Palpação: pode ter dor · Padrão-ouro: US de Abdome Sup ➡️ Detecta cálculo e gg parede da vesícula normal (sem complicações), vê lama biliar (Bile espessa)... · Outros exames · TC (Detecta cálculos radiopacos: <<) · R.M · US endoscópica: detecta cálculos < 3 mm · Exames laboratoriais: >> normais TRATAMENTO Sempre cirúrgico —> Colecistectomia LAPAROSCÓPICA (padrão ouro) COLELITÍASE ASSINTOMÁTICA TRATAMENTO Não cirúrgico, só MHV (Dieta – gordurosa, ⬇️ qtd), exceto indicações: · Vesícula em porcelana (Calcificada): 20% evolui para CA de vesícula · Doenças: DM, Anemia falciforme e Hemolítica · Imunossupressor: candidato a transplantes · Jovem: ⬆️ chance de ter complicações durante vida · Já vai fazer Laparoscopia/laparotomia por outra indicação: aproveita e tira cálculos · Cirurgia bariátrica · Vesícula com anomalia congênita · Cálculos grandes (> 2 cm e > 30 já ⬆️ risco de CA de vesícula) ou muito pequenos (< 3 mm) Obs. Sempre investigar se já teve essa dor, porque as vezes pcte não sabe e não fala. COMPLICAÇÕES 1. COLECISTITE AGUDA Causa + comum de internação das doenças do TGI e pp complicação da litíase biliar (20-30%) DEFINIÇÃO Inflamação da vesícula quando pedra fica presa na sua saída (infundíbulo ou Ducto cístico) por muito tempo (+ 6 hrs) ➡️ Estase Biliar na vesícula ➡️ Proliferação de = Abdome agudo inflamatório QUADRO CLÍNICO · Cólica biliar típica que depois localiza no HD · Dor INTENSA e PERSISTENTE por + 6 hrs (mesmo medicando, dor volta) · Inespecíficos: náusea/vômito, Febre ⬇️ , anorexia, Taquicardia DIAGNÓSTICO · Suspeita: quadro clínico e exame físico · Sinal de Murphy + : Pausa da inspiração devido dor à palpação profunda do ponto cístico no HD · Pode ter massa palpável no HD · Padrão-ouro: US de Abdome Sup —> Vesícula aumentada, paredes espessadas (> 4 mim) , cálculo no Infundíbulo. Vesícula pode estar edematosa, perfurada, necrosada, com abcesso.. · Exames laboratoriais: pode ter ⬆️ de Enzimas canaliculares (FA e GGT), Leucocitose, ⬆️ PCR, TGO e TGP, Hiperbilirrubinemia.. · Outros: TC, RM.. Obs. Cultura positiva: 30% nas 1º’s 24 hrs e 80% após 24 hrs TRATAMENTO Sempre cirúrgico —> Colecistectomia · Leve · Hidrata e controla dor · Urgência médica: Laparoscopia (padrão-ouro) · Usa ATB monoterapia para E. Coli —> Gentamicina, ciprofloxacino, ampicilina) · Moderada · Laparoscopia ou aberta, talvez precise de drenagem cirúrgica ou percutânea e até colecistectomia tardia · Usa ATB para gram – e enterococos (Ampicilina + gentamicina) · Grave: · Estabiliza pcte e colecistectomia tardia · Usa ATB para gram – e anaeróbicos (Cefalosporina 3a geração + metronidazol, ampicilina + gentamicina + clindamicina ou metronidazol) · Ex: Colecistite enfisematosa (+ idoso e DM) – ⬆️ Risco de perfuração (5X >). É relacionada ao Clostridium perfringens e gg há insuficiência vascular Obs. Existe também Colecistite Alitiásica (❌ Cálculo – problema na irrigação da vesícula): + imunocomprometidos, pcte em UTI + de 1 semana (0,5%), nutrição parenteral total, grandes queimados e traumatizados. Mortalidade e complicações é > que a com cálculo, logo, cirurgia (emergência médica) 2. COLECISTITE CRÔNICA DEFINIÇÃO Gg são pessoas que ficaram tratando com ATB e não fazem cirurgia Obs. Vesícula fica escleroatrófica —> cirurgia + difícil 3. COLEDOCOLITÍASE 2º complicação + comum da litíase biliar (10-15%) DEFINIÇÃO Pedra migra da vesícula para colédoco (secundária: 95%) ou se forma lá (primária: estenose, cisto, corpo estranho) ,obstruindo colédoco (principal canal que leva bile do fígado ao intestino) = Acumula Bile no 🩸 Obs. Cálculos Primarios: + cilíndricos e facilmente quebradiços. Secundários: + arredondados e duros QUADRO CLÍNICO · Icterícia: , e (Obstrutiva e extra-hepática) · Colúria: urina escura (“coca-cola”) - com bilirrubina · Acolia fecal: Fezes claras ou cinzas · Cólica biliar típica + 6 hrs, podendo irradiar para HD e dorso, nauseas/vômito (>>) · Gg não tem febre nem irritação peritonial Obs. Pode ser assintomático DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Pancreatite aguda: coledocolitíase é pp causa DIAGNÓSTICO · Suspeita: quadro clínico · Padrão - ouro: RM · Outros: Colangioressonância (muito bom, mas caro e não vê cálculos muito peq), US (difícil ver o colédoco, logo não vê cálculo lá, mas vê dilatação do hepatocolédoco) · Exames laboratoriais: = Colecistite aguda. Gg não pede, pois já sabe como vai estar, só se for pra diferenciar da pancreatite (Amilase e Lipase) TRATAMENTO CPRE: Colangiopancreatografia retrógrada endoscópia ➡️ Papilotomia + extração dos cálculos. CUIDADO se der sinal de Colangite, muda tto 4. Colangite DEFINIÇÃO Coledocolitíase complicada —> Infecção dos canais biliares por ➡️ Estase biliar favorece proliferação de bactérias. É GRAVE —> Óbito. QUADRO CLÍNICO · Icterícia: , e · Colúria: urina escura (“coca-cola”) · Acolia fecal: Fezes claras ou cinzas · Dor no HD · Sinais da infecção: Febre ⬆️ , Calafrio, Taquicardia, Taquipnéia até SEPSE. Obs 1. Tríade de Charcot: Febre, Dor abdominal e Icterícia Obs 2. Penta de Reynalds: Tríade de Charcot + Hipotensão e alteração do nível de consciência devido SEPSE —> SUPER GRAVE DIAGNÓSTICO · Suspeita: Quadro clínico (tríades) · Exames complementares: US —> difícil ver o colédoco, logo não vê cálculo lá, mas vê dilatação do hepatocolédoco ➡️ Sinais indiretos · Exames laboratoriais: = Colecistite aguda. Gg pede leucócitos, PCR, pra gravidade da inflamação TRATAMENTO · Hidratação + estabilização clínica (controla dor/nauseas) + ATB de largo espectro · CPRE (Colangiopancreatografia retrógrada endoscópia) ➡️ Papilotomia + extração dos cálculos · Colecistectomia é feita quando ele estiver + estável OUTRAS INDICAÇÕES PARA COLECISTECTOMIA 1. Doença biliar complicada: Colecistite aguda, Íleo biliar, Síndrome de Mirizzi, Coledocolitíase, Colangite bacteriana aguda. 1. Pacientes com vesícula não funcional OUTRAS LITÍASES BILIARES · Síndrome do Mirizzi: Cálculo GRANDE comprime hepatocolédoco —> Pode só acotovelar ou lesar todo o colédoco. · Íleo Biliar: Cálculo do fundo da vesícula úlcera e cai no duodeno ➡️ Jejuno ➡️ Íleo ➡️ Obstrui válvula íleo-cecal. · Hepatolitíase:cálculos dentro do fígado, dilatando as vias biliares intra hepáticas
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