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-após a perda dos dentes naturais, alterações ósseas na maxila e na mandíbula começam a ocorrer imediatamente. Devido ao osso alveolar não receber o estimulo local na área do dente e do ligamento periodontal, então esse osso começa a ser reabsorvido -em muitos pacientes o processo de reabsorção tende a estabilizar após um período, enquanto em outros a continuação do processo eventualmente resulta na total perda do osso alveolar e osso basal subjacente -os resultados dessa reabsorção são acelerados pelo uso de prótese total e tendem a afetar a mandíbula mais severamente do que a maxila, devido a diminuição da área de suporte e á distribuição de forças oclusais menos favoráveis -fatores sistêmicos gerais e locais podem são responsáveis pela variação em quantidade e padrão de reabsorção óssea alveolar -os fatores locais que afetam a reabsorção do rebordo alveolar incluem técnicas de alveoloplastia usadas no momento da remoção de dentes e traumatismo localizado associado a perda do osso alveolar -o uso de prótese total também pode contribuir para a reabsorção do osso alveolar devido a inadequada adaptação da prótese ao rebordo ósseo ou pela inadequada distribuição de forças oclusais -variações da estrutura facial podem contribuir para o padrão de reabsorção de duas maneiras: -o resultado a longo tempo da combinação dos fatores gerais e locais é a perda óssea do rebordo ósseo alveolar, (aumentando a distancia do espaço interarcos, aumentando a influência do tecido mole circundante, diminuindo a estabilidade e a retenção da prótese, e aumentando o desconforto devido a inadequada adaptação da prótese) -em muitos casos de reabsorção mais severa há um significativo aumento do risco de ocorrer fratura espontânea da mandíbula -a reposição protética de perda ou ausência congênita de dentes envolve freqüentemente preparação cirúrgica do tecido oral remanescente para melhor suportar a possível prótese -freqüentemente estruturas orais como inserção de freio e exostoses, tornam-se um obstáculo para a adequada confecção de próteses após a perda do dente. -o desafio da reabilitação protética inclui restaurar as melhores funções mastigatórias possíveis, combinadas com a restauração ou melhoria da estética dental e facial -a máxima preservação do tecido duro e mole durante a preparação cirúrgica tão bem é importante. Visto que, os tecidos orais dificilmente são repostos quando são perdidos -o objetivo da cirúrgica pré-protetica é criar uma adequada estrutura de suporte para a colocação e uma prótese Primeira: o volume real do osso presente no rebordo ósseo alveolar varia de acordo com a forma facial Segunda: indivíduos com plano angular mandibular baixo e ângulo goniano mais agudo são capazes de gerar maior força de mordida, promovendo maior pressão sobre a área do rebordo alveolar -antes de qualquer tratamento cirúrgico ou protético, por meio da avaliação, devem-se observar os problemas a serem resolvidos e detalhar o plano de tratamento a ser desenvolvido para cada paciente, formulado um plano de tratamento com os problemas orais do paciente -o tratamento cirúrgico pré-protético deve iniciar- se por meio da anamnese e obter a a clara idéia da queixa principal do paciente e a expectativa do tratamento cirúrgico e protético -a avaliação do estado de saúde geral do paciente é especialmente importante quando consideramos técnicas cirúrgicas pré-proteticas mais avançadas -atenção especifica deve ser dada a possíveis doenças sistêmicas que podem ser responsáveis pelo grande aumento e reabsorção óssea -fatores psicológicos de adaptabilidade do paciente são importantes determinantes da habilidade deste para receber adequadamente tratamentos com prótese total ou parcial -o exame intraoral e extraoral do paciente deve incluir uma avaliação da: -o exame do osso de suporte deve incluir a inspeção visual, palpação, exame radiografico, e, em alguns casos, avaliação de modelos -muitas anormalidades ósseas podem ser mascaradas devido a reabsorção óssea e localização de músculos ou inserção de tecido mole -a palpação de todas as áreas da maxila e mandíbula, incluindo a área de suporte da prótese e a área vestibular é necessária - nenhuma evidência de condição patológica intraoral ou extraoral -adequada relação interarcos na dimensão Antero- posterior, transvesal e vertical -processo alveolar o mais largo possível e com adequada configuração (sua forma ideal é o rebordo largo em forma de U, com componentes verticais os mais paralelos possíveis) -nenhuma protuberância óssea ou de tecido mole ou ainda irregularidades -ina -adequada abóbada palatina -adequada chanfradura na tuberosidade posterior -adequada mucosa inserida queratinizada na área de suporte da prótese -adequada profundidade vestibular para extensão da prótese -força adicional onde a fratura mandibular pode ocorrer -proteção do feixe vasculonervoso -adequado suporte ósseo e tecido mole inserido de cobertura para facilitar a instalação de implantes quando necessário -relação oclusal existente se houver algum remanescente -a quantidade e o contorno do remanescente ósseo, -a quantidade do tecido mole sobrejacente, -a profundidade vestibular -a localização da inserção muscular -a relação intearcos e a presença de condição patológica no tecido mole ou ósseo -a avaliação da área de suporte da prótese da maxila inclui avaliação total da forma do rebordo ósseo -inserções musculares e mucosas próximas a crista do rebordo podem mascarar a anatomia óssea subjacente, particularmente na região posterior da mandíbula -irregularidades do rebordo alveolar encontradas no momento da extração dentária ou após o período inicial de cicatrização necessitam de recontorno antes da reconstrução protética final -alveoloplastia simples associada a remoção de múltiplos dentes: -alveoloplastia imediata: -sua forma mais simples consiste na compressão das paredes laterais do alvéolo dentário após a remoção de um dente -a alveoloplastia conservadora em combinação com múltiplas extrações é realizada após todos os dentes do arco ter sido removido -alveoloplastia intrasseptal: -também conhecida como técnica de Dean envolve a remoção do osso intrasseptal e o reposicionamento do osso cortical vestibular, em vez da remoção de áreas irregulares excessivas ou do córtex vestibular -essa técnica é mais bem utilizada em áreas nas quais o rebordo é de contorno relativamente regular e altura adequada, porém apresenta uma depressão no fundo do vestíbulo, devido a configuração do rebordo ósseo -essa técnica pode ser concluída no momento da remoção dos dentes ou no período pós-operatório de cicatrização inicial precoce -a principal desvantagem dessa técnica é a diminuição da espessura do rebordo, que obviamente ocorre com esse tipo de procedimento -Exodontia com prótese Imediata: -as áreas ósseas que necessitam de recontorno devem ser expostas usando-se um retalho tipo envelope -onde a adequada exposição não é possível, pequenas incisões relaxantes verticais podem ser necessárias -dependendo do grau de irregularidade da área de rebordo alveolar, o recontorno pode ser realizado com piça-goiva, lima óssea, ou com broca para osso em uma peça de mão, isoladas ou combinadas Obs!! Irrigação com água salina deve ser usada durante o procedimento para evitar o superaquecimento e a necrose óssea -alveoloplastia imediata -exodontia com prótese imediata -alveoloplastia tardia -exostoses -tórus -freio labial -remoção de hiperplasia-aprofundamento de vestíbulo -é feita concomitantemente com as exodontias -sua incisão é sulcular -inicialmente se faz as exodontias necessarias -limpeza da ferida cirúrgica -reposição de tecido mole e controle de sangramento -palpação e remoção de espículas (o dentista deve ser conservador e remover somente as áreas em excesso) -resultado estético imediato -melhor controle de sangramento pós-operatório -Redução da Tuberosidade Maxilar (tecido duro) -o excesso horizontal e vertical da área de tuberosidade maxilar pode ser resultado de um excesso ósseo, de um aumento na espessura do tecido mole que recobre o osso, ou devido a ambos -o recontorno da área da tuberosidade maxilar pode ser necessário para remover irregularidades do rebordo alveolar ou para criar espaço adequado interarcos, permitindo posterior confecção de uma prótese total apropriada na área posterior -caso ocorra exposição da membrana sinusal, o uso de antibióticos pós-operatórios e descongestionante sinusal é recomendado (amoxicilina e pseudoefedrina) -Exostose Vestibular e Irregularidades Ósseas Excessivas -é o crescimento ósseo, sem significado patológico -excessivas protuberâncias ósseas e áreas de irregularidades são mais comuns na maxila do que na mandíbula -nessa técnica se as áreas de irregularidades são pequenas, o recontorno ósseo pode ser realizado totalmente com lima para osso -áreas maiores podem necessitar de uso de pinça- goiva ou instrumentos rotatórios -nessa técnica a moldagem para confecção da prótese total pode ser realizada 4 semanas de pós- operatório -Exostose Palatina Lateral: -o aspecto lateral da abobada palatina pode ser irregular devido à presença de exostose palatina lateral, levando a problemas na confecção da prótese total devido a depressões criadas pela exostose e pela estreita abóbada palatina -nessa técnica é usado instrumento rotatório ou lima para osso para remover o excesso de projeção óssea nessa área -Redução do Rebordo Milo-hiodeo: -a área do rebordo milo-hiodeo é uma das áreas mais comuns que interferem em uma adequada confecção da prótese total na mandíbula -após o descolamento do músculo, um instrumento rotatório com cuidadosa proteção do tecido mole ou lima para osso pode ser utilizado para remover as proeminências pontiagudas do rebordo milo-hióideo -é desejável a recolocação imediata da prótese total, devido a isso poder ajudar facilmente a recolocação mais inferior da inserção muscular -Redução dos Tubérculos Genianos: -nessa técnica é feito o aplainamento com uma broca ou uma pinça-goiva, seguida por uma lima para osso, para a remoção dos tubérculos genianos. Que servem de prateleira contra a qual a dentadura pode ser confeccionada -esse tipo de cirurgia pode ser realizada com anestesia local infiltrativa ou alveolar póstero-superior e bloqueio do nervo palatino maior -o acesso a tuberosidade maxilar para a remoção ossea é realizado através de incisão no rebordo que se estende para a porção superior da área da tuberosidade maxilar -incisão geralmente realizada com o bisturi numero 12 -o osso pode ser removido utilizando pinça-goiva ou instrumentos rotatórios, com cuidado para não perfurar o assoalho do seio maxilar Obs!!! Se o seio maxilar for inadvertidamente perfurado, nenhum tratamento especifico é necessário, contanto que a membrana sinusal não tenha sido violada -Toros: -Torus Palatino: -os toros consistem em formação de exostose na área do palato -os toros freqüentemente interferem no adequado desenho e na função das próteses, tendo geralmente que ser removidos -quando o toros com uma base pendiculada estão presentes, um osteótomo e um martelo podem ser usados para remover a massa óssea -para toros grandes é preferível usar broca de mão -uma atenção cuidadosa deve ser tomada para profundidade do corte, para evitar a perfuração do assoalho da cavidade nasal -após a secção, porções individuais do toros podem ser removidas com o uso de osteótomo e martelo ou com pinça-goiva -Tórus Mandibular: -é um crescimento ósseo na mandíbula, ao longo da superfície mais próxima á língua -estão habitualmente presentes perto aos pré- molares -em 90% dos casos, há um toro em ambos os lados -Frenectomia Labial: -as inserções de freios geralmente não apresentam problemas quando a dentição está presente. Porem, a confecção de próteses pode ser complicada quando é necessária a acomodação da prótese na área de inserção do freio -muitas técnicas cirúrgicas são efetivas para remover a inserção do freio: -a técnica com excisão simples e de plastia em Z são efetivas quando a faixa de tecido mucoso e fibroso é relativamente estreita -as técnicas preferencialmente utilizadas são a de excisão simples e a técnica da pinçagem dupla - Técnica de excisão simples: -técnica de excisão simples -técnica de plastia em Z (Zetaplastia) -vestibuloplastia localizada com epitelização secundaria -frenectomia a laser -a técnica cirúrgica para sua remoção é a incisão em Y duplo -após a incisão se faz o descolamento Obs!!! Grandes tórus podem ser divididos com alta rotação e broca -a técnica de incisão é a intra-sulcular ou em cima do tórus -seguida de descolamento para visualizar o tórus -se faz uso de um afastador para proteger o retalho -a clivagem do tórus é realizada com um cinzel -por fim, sutura -Zetaplastia: -Epitelização secundária: -Técnica de dupla pinçagem: -Frenectomia Lingual: - Após a perda dos dentes, essa inserção do freio interfere na estabilidade da prótese, pois a todo momento que a língua é movimentada, a inserção do freio é tensionada e a prótese é deslocada -neste procedimento para a imobilização da língua é colocada uma pinça a base do freio, junto ao assoalho bucal -a incisão é feita com o uso de lâmina ou tesoura -e por fim é realizada a sutura -Remoção de hiperplasia: -sabe-se que as hiperplasias são resultados de próteses mal adaptadas -deve ser removida cirurgicamente -a partir do auxilio da pinça Allis, se delimita o tecido a ser removido -para a remoção da hiperplasia realizam-se duas incisões na base da lesão -disseca o tecido ao redor e sutura -em caso de lesões grandes, pode se realizar a cirurgia em duas etapas -Hiperplasia por câmara de sucção: -a lesão deve ser removida, deixando cicatrizar por segunda intenção -deve ser confeccionada uma nova prótese -Aprofundamento do vestíbulo: -a partir desse procedimento, cria-se uma maior área chapeável, possibilitando melhor retenção e estabilidade da prótese -indicada para rebordos rasos -faz uma incisão a nível de sulco e sutura, deixando uma área cruenta -a ferida cicatriza por epitelização secundária -é uma técnica muito pouco usada -é indicada para freios de base estreita -o tipo de incisão usado é a incisão elíptica ao redor do freio, até o periosteo -a partir do uso do descolador, divulsiona as bordas para suturar -a técnica de incisão usada é a incisão central -em seguida, realizam-se duas incisões paralelas, uma superior e outra, inferior, formando um Z -Gira as duas pontas e sutura -indicada para freio com grande inserção e com base larga -faz incisão somente em mucosa e submucosa, deixando o periósteo intacto -sutura-se o retalho superiormente -consistem na pinçagem dupla em ambas as inserções do freio, com auxilio de pinças hemostáticas
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