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Cefalometria radiográfica

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A cefalometria surgiu a partir da craniometria. 
Craniometria era feita a partir de medidas do crânio 
para reconhecimento dos corpos. Também derivados 
da craniometria, temos os pontos craniométricos. 
O estudo do crescimento craniano humano foi 
desenvolvido com um segurador de cabeça chamado 
de cefalostato por Broadbent (1931), que também 
publicou sobre o crescimento do crânio sendo 
considerado o pai da radiografia. 
 
Radiografia cefalométrica lateral: 
 O receptor da imagem fica paralelo ao plano sagital 
mediano e perpendicular ao plano horizontal. O plano 
de Frankfurt deve estar paralelo ao plano horizontal. O 
feixe central do raio X incide através das olivas 
encaixadas no meato acústico externo. 
O receptor de imagem pode ficar do lado esquerdo 
(padrão americano) ou do lado direito (padrão 
europeu) do paciente. É importante que todas as 
telerradiografias do mesmo paciente sejam feitas com 
uma padronização do lado do receptor, porque isso 
muda a interpretação da imagem. A tomada 
radiográfica lateral é feita com plano de Frankfurt 
paralelo ao solo, sagital perpendicular ao solo. 
Ampliação mínima de 7 a 8%, tornando as medidas 
mais reais possíveis. 
Temos estruturas mais centrais na face e estruturas 
bilaterais e isso numa imagem bidimensional, devemos 
conseguir distinguir as imagens unilaterais das 
bilaterais. A estrutura que está mais atrás e mais acima 
é a que está mais próximo ao receptor de imagem. 
 
DEFINIÇOES: 
Cefalometria radiográfica: imagem radiográfica da 
morfologia do complexo craniofacial em posição 
padronizada e pré-estabelecida, utilizando um 
cefalostato (posicionador de cabeça). 
Telerradiografia: radiografia da cabeça tomada a uma 
distância pré-determinada (geralmente 1m) que 
possibilita a minimizar a ampliação da imagem real. 
Cefalograma: desenho das principais estruturas 
anatômicas da face onde são feitas medidas lineares e 
angulares que permitem identificar por comparação a 
morfologia craniofacial de um determinado indivíduo. 
No Cefalograma é muito importante conhecer a 
anatomia radiográfica para marcar corretamente os 
pontos. 
 
 
É importante saber a anatomia correta para que na 
hora de fazer o cefalograma seja mais fácil de traçar as 
estruturas anatômicas, o que vai possibilitar a 
marcação correta dos ponto craniométricos que são a 
base dos traçados cefalométricos. 
 
Base do crânio: 
É uma estrutura que não aparece duplicada na 
radiografia por estar próxima a linha sagital mediana 
do indivíduo. O contorno é referente a uma parte do 
osso esfenoide, etmoide e occipital, destacando o 
contorno da sela túrcica. Nessa estrutura podemos 
destacar dois pontos: Ponto Sela (S) no centro 
geométrico da sela túrcica; e o Ponto Básio (Ba) no 
limite inferior do desenho 
 
Osso frontal e nasal: 
Marcação dos ossos nasais e sua divisão com o osso 
frontal (estruturas também na linha media-na). Na 
sutura entre o osso nasal e frontal há o Ponto Násio (N). 
 
 
 
 
 
ANATOMIA RADIOGRÁFICA 
Cavidade Orbitária: 
É uma estrutura bilateral difícil de ser marcada 
corretamente, e é muito importante, pois no ponto 
mais baixo da base da cavidade orbitária se encontra o 
Ponto Orbitário (Or). A base da órbita é geralmente 
mais radiopaca na radiografia. 
Para facilitar a marcação, podemos marcar o osso 
zigomático (tracejado), seguindo o contorno dele 
desde as raízes do 1° molar superior. No formato de U 
até a parte mais radiopaca superior desse contorno 
que logo acima é a base da órbita. 
Não confundir a base da órbita com a área de menos 
densidade óssea e mais radiolúcida na radiografia, que 
corresponde a cavidade orbitária. 
 
Meato Acústico Externo: 
O meato auditivo/acústico externo fica posterior ao 
côndilo. 
Fazemos a linha do côndilo e marcamos para posterior 
nesta mesma altura, preferencialmente depois da oliva 
ou do meato acústico externo. Essa estrutura tem sua 
visualização dificultada porque é um círculo 
radiolúcido localizado em uma região muito 
pneumatizada. Marca-se então o Ponto Pório (Po). 
 
Incisivos e molares: 
Desenhar os primeiros molares superior e inferior (na 
ausência, traçar os últimos molares em oclusão) a fim 
de traçar e identificar o plano oclusal. Desenhar os 
incisivos superiores e inferiores de forma que 
acompanhamos o canal do dente (pois dá 
direcionamento da inclinação do dente) e isso é 
importante pela definição do longo eixo e sua face 
vestibular. Não precisa ser a anatomia exata do dente, 
o importante é o plano oclusal e o longo eixo. 
Deve-se marcar os pontos que correspondem ao plano 
de oclusão de acordo com a posição dos molares e os 
pontos do longo eixo dos incisivos. É importante 
marcar esses pontos ainda com a radiografia abaixo 
para que na hora de fazer o traçado tenha as 
referências corretas. 
 
Ossos da maxila: 
É uma estrutura localizada na linha média que 
corresponde ao contorno interno da maxila. 
Marcamos a espinha nasal anterior, posterior (para ter 
uma ideia do plano palatal) e a profundida anterior da 
maxila, onde é marcao o Ponto A (ponto mais profundo 
da concavidade anterior desse contorno). 
Espaço pterigomaxilar: 
Fica posterior ao túber da maxila e anterior aos 
processos pterigoideos do esfenoide. Tem forma de 
gota invertida e é identificada por uma área 
radiolúcida, logo acima da espinha nasal posterior. 
Algumas análises utilizam o ponto mais superior e mais 
posterior desse traçado na avaliação do crescimento 
anterior da maxila, ao se sobrepor duas radiografias do 
mesmo paciente. Chamado de Ponto Pterigoideo 
Vertical (Ptv). 
 
 
 
Mandíbula: 
Traçado do contorno externo da mandíbula. Nem 
sempre é tão fácil de marcar por ser uma estrutura 
bilateral, mas ao longo de seu contorno temos pontos 
importantes, Muitas vezes é difícil de ver todo o 
contorno, mas o importante são os pontos. 
O ponto mais profundo da sínfise mentoniana é o 
Ponto B, ponto mais inferior do mento é o Ponto 
Mentoniano (Me), o mais anterior é o Ponto Pogônio 
(Pg) e entre os dois o Ponto Gnátio (Gn). 
Traçando uma linha pela borda posterior do ramo e 
uma linha pela borda inferior do corpo, a bissetriz do 
ângulo de encontro dessas linhas origina um ponto 
próximo ao ângulo da mandíbula chamado de Ponto 
Gônio (Go). 
 
Marca-se também o Ponto D, no centro do mento. É 
utilizado somente em casos em que os incisivos estão 
muito lingualizados e alteram muito a posição dos 
pontos A e/ou B, então usamos o Ponto D como 
referência. 
Perfil facial de tecido mole: 
Fazer o desenho anatômico com o paciente com lábios 
fechados sem contração. Se ele tiver o habito de 
contrair fazer com os lábios abertos. 
Esse traçado é importante ver a posição dos lábios e do 
mento em relação ao perfil. Marca o Ponto Pogônio 
Linha (o ponto mais anterior do mento do tecido mole), 
pontos mais anteriores dos lábios superior e inferior e 
outro ponto na metade do S do nariz. 
 
 
PONTOS CEFALOMÉTRICOS: 
Com o fim do traçado e marcação dos pontos, 
podemos retirar a radiografia debaixo do desenho e 
usar somente a folha do traçado para realizar a análise. 
Abaixo, uma imagem com todos os pontos 
craniométricos marcados. 
 
 
 
Para fazer o diagnóstico da cefalometria, precisamos 
utilizar métodos analíticos desses pontos, para que 
possamos analisar o padrão esquelético e dentário do 
paciente e avaliar o seu crescimento ósseo e as 
movimentações dentárias antes, durante e após o 
tratamento ortodôntico. 
É muito importante para o diagnóstico da condição do 
paciente e definição do plano de tratamento. Na UFES 
utilizamos principalmente medidas da Análise de 
Downs (1948), Steiner (1953) e Tweed (1953) e as 
medidas de cada análise serão explicadas mais a frente 
no resumo. 
Outras análises podem ser feitas, como: Ricketts 
(1960), WITS (1975), Wylie (1947), Sassouni (1955), 
McNamara (1984) e USP/Unicamp. 
Indicações da análise cefalométrica:Avaliar o crescimento e desenvolvimento da face; 
auxiliar o diagnóstico das anomalias craniofaciais; 
acompanhar o tratamento ortodôntico; avaliar os 
resultados do tratamento ortodôntico; documentação 
legal. 
Na análise cefalométrica diferenciamos aonde está o 
problema. Pois clinicamente não conseguimos definir 
em qual região atuar. Dessa forma, ela define se 
alteração é esquelética, dentária ou uma combinação 
das duas. Identifica se o problema está na maxila ou 
mandíbula, dentes anteriores ou posteriores. Identifica 
aonde é o problema no sentido vertical e 
anteroposterior. Esses resultados são associados aos 
achados clínicos. 
ANÁLISES CEFALOMÉTRICAS 
LINHAS E PLANOS DE REFERÊNCIA: 
Linhas são formadas pela ligação de dois pontos e 
planos são formados pela ligação de mais de dois 
pontos (chamado assim pois liga pontos em estruturas 
que são bilaterais na imagem). Cada autor toma 
algumas dessas linhas como referência para fazer a sua 
análise cefalométrica. 
- Linha Sela-Násio: liga Ponto Sela ao Ponto Násio, 
estruturas na linha mediana. Chamado de base 
anterior do crânio. Usado por Steiner. 
- Plano de Frankfurt: liga o Ponto Pório ou Ponto 
Orbitário. Usada pelo Downs e Tweed. É comum errar 
a posição desse plano, devido a dificuldade de marcar 
os dois pontos (estruturas bilaterais). 
- Plano Palatal: liga a espinha nasal anterior com a 
espinha nasal posterior. Não usa muito. 
- Plano Oclusal: difícil de marcar devido a subjetivida-de 
das referências. É para traçar aonde o paciente tem 
maior numero de dente em oclusão, geralmente no 
contato dos primeiros molares. 
- Plano Mandibular (Steiner): liga Ponto Gônio ao Ponto 
Pogônio. Usado por Steiner. 
- Plano Mandibular (Tweed): liga Ponto Gônio ao Ponto 
Gnátio. Usado por Tweed. 
- Linha Básio-Násio: liga o Ponto Básio ao Ponto Násio. 
Utilizada por Ricketts. 
 
 
 
Como vamos utilizar mais de uma análise, vamos dividir 
as medições em planos de análise: medidas 
anteroposteriores (mandíbula ou maxila que estão 
mais para trás ou para frente, ou os dentes que estão 
inclinados), medidas verticais (direção de crescimento 
da face e proporção do terço inferior e médio da face), 
medidas dentárias (posição dos incisivos superiores e 
inferiores em relação a base óssea) e medidas do perfil 
facial (relação entre o perfil esquelético e o perfil de 
tecido mole). 
MEDIDAS ANTEROPOSTERIORES: 
Relação das bases ósseas entre si e inclinação 
mesiodistal dos dentes. Importante para a classifi-
cação esquelética (Classe I, II e III) e distinção se o 
problema é na mandíbula ou maxila ou nos dentes. Isso 
define aonde vamos atuar, se vai ser no osso (e em qual 
osso) ou nos dentes. 
Ângulo SNA 
Ângulo interno formado pela Linha Sela-Násio e uma 
linha que liga o ponto Násio com o ponto A. Analisa a 
posição da maxila no sentido anteroposterior. Esse 
ângulo, em média, tem 82° (+/- 2°) que corresponde ao 
posicionamento correto da maxila. Quando é maior 
que esse valor de referência, quer dizer que a maxila 
está posicionada mais para anterior (protruída). 
Quando é menor, a maxila está retraída (deslocada 
para posterior). (STEINER) 
Ângulo SNB 
Ângulo interno formado pela Linha Sela-Násio e uma 
linha que liga o ponto Násio com o ponto B. Analisa a 
posição da mandíbula no sentido antero-posterior. 
Esse ângulo, em média, tem 80° (+/- 2°) que 
corresponde ao posicionamento correto da mandíbula. 
Quando é maior que esse valor de refe-rência, quer 
dizer que a mandíbula está posiciona-da mais para 
anterior. Quando é menor, a mandí-bula está 
deslocada para posterior. (STEINER) 
 
Esses dois ângulos são importantíssimos para 
classificação em Classe I, II e III esquelética, pois 
conseguimos saber se há má posição óssea e se é a 
maxila ou mandíbula ou as duas que estão erradas. 
Ângulo ANB 
Corresponde à diferença entre o ângulo SNA e SNB. É o 
ângulo entre a linha que liga o Násio ao Ponto A e a 
linha que liga o Násio ao Ponto B. É idealmente 2° (+/- 
2°). Se tiver maior que isso, indica que ou a maxila está 
mais a frente, ou a mandíbula está mais atrás. Se tiver 
menor, indica que ou a maxila está mais para trás ou a 
mandíbula está mais para frente. Os ângulos SNA e SNB 
determinam aonde está o problema. (STEINER) 
TRAÇADO CEFALOMÉTRICO 
 
AOBO (A-B Ocl) 
Utilizado de forma similar ao ângulo ANB, essa medida 
em milímetros é feita a partir da ligação de um linha 
perpendicular que liga o Ponto A ao Plano Oclusal e 
outra que liga o Ponto B ao Plano Oclusal. A distância 
entre essas duas linhas corresponde à medida AOBO. 
Em média, em indivíduos do gênero masculino tem 
essa medida de -1mm e feminino tem 0mm. Valor 
positivo quando A está na frente de B e negativo ao 
contrário (WITS). 
 
Essa medida é muito interessante porque não depende 
da base do crânio, diferente da ANB que é totalmente 
dependente. Então se há alguma alteração de 
inclinação da base do crânio, pode alterar o resultado 
do ângulo ANB, mesmo que a maxila e mandíbula 
estejam na posição correta. Com o AOBO isso não 
acontece porque as medidas estão restritas à maxila e 
mandíbula e dizem respeito somente à elas. Essa 
inclinação da face é uma variação anatômica normal, 
não indica que precisa de nenhum tratamento. 
Na imagem a seguir vemos que há uma mudança na 
inclinação da face, que altera o ângulo ANB, mesmo a 
relação maxilo-mandibular sendo a mesma e estando 
em normalidade. Um ANB de 8° nesse caso diria que a 
maxila está muito a frente da mandíbula, mas na 
verdade a face está inclinada e a maxila está em 
posição normal com a mandíbu-la. Então o importante 
é usar os dois, ANB e AOBO. 
 
 
Ângulo SND 
O ponto D serve de substituto do ponto B, quando ele 
provavelmente deve estar alterado, como quando há 
inclinação lingual dos incisivos. Serve também de 
referência para o crescimento antero-posterior 
(sagital) da mandíbula, assim como o SNB. O valor 
normal é 76° a 77° (STEINER). 
 
Ângulo Facial (FH.NPg) 
Esse ângulo também tem o objetivo de avaliar a 
posição anteroposterior da mandíbula, assim como o 
SNB e o SND, porém, em relação ao Plano de Frankfurt 
e não mais a base do crânio (Linha Sela-Násio). É o 
ângulo formado entre o Plano de Frankfurt e a linha 
que liga o ponto Násio com o ponto Pogônio. Em média 
tem 87,8° (varia 82° a 89°). É interessante usar várias 
análises que tem o mesmo objetivo, mas referencias 
diferentes para confirmar o diagnóstico. (DOWNS). 
 
Todos os ângulos vistos até agora dizem respeito 
somente a protrusão ou retrusão da maxila e 
mandíbula (sentido sagital, anteroposterior). 
MEDIDAS VERTICAIS 
Avalia a direção do crescimento da face e a proporção 
do terço inferior e médio da face. 
Ângulo SN.GoGn 
Mede a direção de crescimento da face. É o ângulo 
formado pela Linha Sela-Násio e a linha formada pelos 
pontos Gônio e Gnátio. Tem uma média de 32° (+/- 2°). 
Avalia se com o crescimento facial foi para frente e 
para baixo (normal) ou só para frente ou só para baixo. 
Quanto maior for o ângulo, mais vertical o 
crescimento da face e quanto menor for, mais 
horizontal o crescimento da face. (STEINER) 
 
Toda maloclusão com crescimento vertical mais 
acentuado é muito mais difícil de ser tratada do que 
uma maloclusão que não tem crescimento vertical 
facial acentuado. 
Ângulo FMA 
Com o mesmo objetivo de avaliar a direção de 
crescimento da face, esse ângulo utiliza o plano de 
Frankfurt e a linha que liga os ponto Gônio e 
Mentoniano. Este tem média de 25°. (TWEED) 
 
Eixo Y e Ângulo Y 
Com o mesmo objetivo ainda, avaliar a direção de 
crescimento da face, o Eixo Y é o ângulo entre o Plano 
de Frankfurt e a linha formada entre os pontos Sela e 
Gnátio (FH.SGn), com média de 59,4° e variação 
normal de 53° a 66°. (DOWNS) 
Seguindo a mesma linha de raciocínio, só que usando a 
Linha Násio-Sela como referência, cria-se o Ângulo Y 
com a linha que liga os pontosSela e Gnátio (NS.Gn). 
Este tem média de 67° (+/- 2°). (USP/UNICAMP). 
 
Lembrando que as diferentes técnicas para avaliar a 
mesma coisa são importantes para reafirmar o 
diagnóstico do padrão de crescimento. Quanto maior o 
ângulo, mais vertical o crescimento e quanto menor o 
ângulo, mais horizontal. 
AFAI 
Chamada Altura Facial Anterior Inferior, medida em 
milímetros e relacionada em porcentagem com a AFAS 
(Altura Facial Anterior Superior). Tem o objetivo de 
comparar as proporções dos terços faciais. É a 
proporção do total da altura facial (linha que conecta 
pontos Násio e Mentoniano = N-Me) e a porção 
superior e inferior, dividido pelo ponto na espinha 
nasal anterior. 
A porção inferior (AFAI) deve ter 55 a 56% do total e a 
porção superior (AFAS) deve ter 44 a 45% da altura 
facial total. É medido em milímetros e calculado a regra 
de três, sendo que os resultados, para que se 
encontrem em normalidade, devem se encaixar nas 
proporções descritas acima (WYLIE). 
 
Análise de Sassouni 
Analisa também a direção de crescimento e a altura 
facial, mas é uma análise mais visual do que numérica. 
É a análise do comportamento das linhas e planos 
horizontais da face entre si. 
A Linha Sela-Násio, Plano de Frankfurt, Plano Palatal e 
o Plano Mandibular se comportam, na normalidade, de 
forma em que tenham uma divergência anterior e uma 
convergência posterior, fazendo com que esses planos 
se encontrem distantes da face. No entanto quando há 
um padrão vertical de crescimento, há a tendência que 
esses planos horizontais da face se encontrem mais 
próximos da face (principalmente o plano mandibular 
com o plano palatal), indicando esse crescimento 
vertical mais acentuado. 
 
Uma mordida aberta anterior vista clinicamente pode 
ser dentária, pela má posição desses dentes, ou pode 
ser esquelética, pelo crescimento vertical exacerbado. 
O segundo caso é bem mais complexo 
 
MEDIDAS DENTÁRIAS 
Averiguar a posição dos incisivos superiores e infe-
riores, suas relações um com o outro (superior com 
inferior) e relacionar com a base óssea. Averiguar se o 
problema é só dentário, se também tem um 
componente esquelético ou se é só esquelético; e 
ainda se é superior ou inferior. 
Ângulo 1/.NA 
Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo supe-rior e 
a linha que liga os pontos Násio e ponto A. Tem em 
média 22°. Seu objetivo é saber a inclinação do dente 
em relação a base óssea maxilar. Se esse ângulo tiver 
maior, indica que o dente está mais protruido e se 
estiver menor, está mais retruido. (STEINER) 
Linha 1/-NA 
Distância em milímetros, da linha que liga os ponto 
Násio e A, até a face vestibular do incisivo superior. Em 
média tem 4mm. Faz-se essa medida porque o dente 
pode estar em uma inclinação correta em relação a 
base óssea medida no ângulo 1/.NA, porém pode estar 
deslocado para anterior ou posterior, estando mal 
posicionado no sentido sagital na base óssea maxilar. 
(STEINER) 
 
Ângulo /1.NB 
Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo inferior e a 
linha que liga os pontos Násio e ponto B. Tem em 
média 25°. Seu objetivo é saber a inclinação do dente 
em relação a base óssea mandibular. Se esse ângulo 
tiver maior, indica que o dente está mais protruido e se 
estiver menor, está mais retruido. (STEINER) 
Linha /1-NB 
Distância em milímetros, da linha que liga os ponto 
Násio e B, até a face vestibular do incisivo inferior. Em 
média tem 4mm. Faz-se essa medida porque o dente 
pode estar em uma inclinação correta em relação a 
base óssea medida no ângulo /1.NB, porém pode estar 
deslocado para anterior ou posterior, estando mal 
posicionado no sentido sagital na base óssea 
mandibular. (STEINER) 
 
Ângulo 1.1 
Ângulo que mede a relação de inclinação do incisivo 
superior com o incisivo inferior. Medido pela 
interseção das linhas dos longos eixos dos dois dentes 
e em média tem 131°. Se esse ângulo estiver maior, 
indica que esses dentes estão mais verticais 
(retruidos), se estiver menor estão mais projetados 
(protuidos). Pode ser só o superior, só o inferior ou 
ambos, essa medida não distingue (depende dos 
ângulos 1/.NA e /1.NB. Ideal sempre fazer mais de uma 
medida. (STEINER). 
 
Triângulo diagnóstico de Tweed (IMPA, FMIA, FMA) 
Tweed baseou toda a sua análise no incisivo inferior e 
para isso criou um triângulo com três ângulos 
distintos, cuja soma resulta em 180°. 
IMPA: longo eixo do incisivo inferior com o plano 
mandibular de tweed (Go-Me). Média de 87° 
FMIA: longo eixo do incisivo inferior com o Plano de 
Frankfurt (Po-Or). Média de 68° 
FMA: Plano de Frankfurt com o Plano Mandibular de 
Tweed. Média de 25° formando o triângulo. 
Qualquer alteração na inclinação do incisivo inferior 
ou qualquer alteração na direção de crescimento da 
face (FMA, visto anteriormete), vai alterar os ângulos 
internos do triângulo de Tweed. 
Então, dependendo da direção de crescimento facial, 
Tweed faz sugestões de como deveria ser a posição do 
incisivo inferior para que haja um crescimento 
harmônico. 
O ideal é que o incisivo esteja inserido na base óssea 
com angulação IMPA de 87°, como proposto. Porém, 
variando o FMA, alguns valores variam: 
- FMA ≤ 20°: ideal é IMPA < 94° 
- 20° > FMA < 30°: ideal é FMIA 68° 
- FMA ≥ 30°: ideal é FMIA 65° 
 
 
 
MEDIDAS DO PERFIL FACIAL 
Relação do perfil esquelético do paciente com o seu 
perfil de tecido mole. Nem sempre o perfil esquelético, 
ou seja, a posição da maxila e mandíbula, 
transparecem no perfil de tecido mole, o que pode 
confundir algum diagnóstico e também traze 
resultados insatisfatórios ao tratamento. 
Ângulo de convexidade (Perfil Esquelético) 
Análise do perfil de tecido duro. O ideal é que os pontos 
Násio, Ponto A e Pogônio estejam mais ou menos no 
mesmo plano. Liga-se o ponto Násio ao ponto A e o 
Pogônio ao ponto A e o ângulo é a interseção das 
linhas. A média e ideal é que essa linhas coincidam e o 
ângulo seja 0°. Porém, é aceito uma variação de -8,5° a 
10°, considerado dentro da normalidade. Quando está 
fora desses limites de normalidade, Se o ângulo tiver 
muito negativo haverá uma concavidade esquelética 
(tendência a Classe III) e se tiver muito positivo, será 
uma convexidade esquelética (tendência a Classe I e II). 
Na imagem abaixo o ângulo está negativo dentro da 
normalidade (DOWNS). 
 
Linha S (Perfil do Tecido Mole) 
O ideal é que o ponto dos lábios superior e inferior 
estejam alinhados com a linha S (que liga o ponto S no 
nariz até o Pogônio Linha). O normal é que a distância 
seja de 0mm, mas é aceitável que seja até 2mm. Se 
estiver para trás, o perfil de tecido mole parece ser 
mais côncavo e se os lábios ultrapassarem a linha, o 
perfil aparente ser mais convexo. Na imagem todos os 
pontos coincidem a distância é de 0mm. (STEINER) 
 
Com essas duas medidas é possível comparar a 
concavidade e convexidade do perfil de tecido 
esquelético e de tecido mole, onde todas as variações 
são possíveis. Essa avaliação nos guia no planejamento 
de deixar a face mais harmônica. 
O que vamos fazer com o que analisamos nas medidas 
encontradas na cefalometria. Em cada categoria abaixo 
serão descritas as possibilidades de diagnóstico 
encontrados com as medidas que foram feitas e 
analisadas. 
PADRÃO ESQUELÉTICO 
Em relação a posição anteroposterior da maxila e 
mandíbula e podemos encontrar: retrusão maxilar, 
protrusão maxilar, retrusão mandibular, protrusão 
mandibular, Classe I esquelética, Classe II esque-lética 
e Classe III esquelética. 
DIAGNÓSTICO CEFALOMÉTRICO 
Então dessa forma conseguimos diagnosticar a posição 
das bases ósseas. Por exemplo, um Classe II esquelética 
com protrusão maxilar e mandíbula em normalidade; 
ou com protrusão maxilar e retrusão mandibular. De 
acordo com as medidas. 
PADRÃO DENTÁRIO 
Conseguimos diagnosticar a posição dentária, em 
relação a análise de inclinação dos incisivos: 
- Protrusão dentária superior(IS protruidos) 
- Protrusão dentária inferior (II protruidos) 
- Retrusão dentária superior (IS retruidos) 
- Retrusão dentária inferior (II retruidos) 
- Biprotrusão dentária (IS e II protruidos) 
- Birretrusão dentária (IS e II retruidos) 
Dessa forma, conseguimos comparar a posição 
dentária com a posição esquelética e relacionar tudo 
isso à maloclusão presente no indivíduo. 
RESULTANTE DO CRESCIMENTO MANDIBULAR 
Diz respeito à análise vertical ou à direção do 
crescimento facial. Possibilidades: 
- Crescimento (predominantemente) vertical 
- Crescimento normal (para frente e para baixo) 
- Crescimento (predominantemente) horizontal 
- Mordida aberta esquelética 
- Mordida profunda esquelética 
- Proporção entre os terços faciais: 1/3 inferior da face 
aumentado, normal ou diminuído 
CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE 
Em relação a posição anteroposterior dos dentes 
(primeiros molares) e podemos encontrar: Classe I 
dentária, Classe II dentária e Classe III dentária. 
Importante comparação com os achados antero-
posteriores esqueléticos. 
PERFIL FACIAL 
Dizer se o perfil esquelético é convexo, reto ou côncavo 
e se o perfil de tecido mole é convexo, reto ou côncavo. 
 
ANÁLISE DE VIA AÉREA SUPERIOR 
Devemos medir a largura da naso e orofaringe: 
1) Largura da nasofaringe (Linha de McNamara): não 
deve ser menor que 5mm, pois pode provocar 
alterações de crescimento na face (e consequente 
maloclusão) e à apneia do sono. Quanto mais 
hipertrofiada está adenoide, menor é essa linha. 
2) Linha da orofaringe (Linha PAS, espaço aéreo 
posterior): deve estar entre 5 e 15mm. Quando essa 
linha está maior do 15mm pode ser uma imagem 
radiolúcida provoca pela hipertrofia das tonsilas 
palatinas, que impede a passagem de ar (devemos 
avaliar clinicamente e fazer a Classifi-cação de 
Brodsky). 
 
ANÁLISE DA IDADE ÓSSEA: VÉRTEBRAS CERVICAIS 
Buscar saber em qual parte do surto de cresci-mento 
puberal o paciente se encontra (antes, durante ou após 
o pico do surto). A forma dessas vértebras apresentam 
boa relação com o surto de crescimento, como em 
resumos anteriores. 
A análise das vértebra antes do pico do surto é 
importante para definir quando e como agir. A análise 
da descendência do pico é importante para avaliar o 
final do crescimento para poder fazer uma cirurgia 
ortognática ou retirar a contenção de uma expansão, 
por exemplo. 
Porém, essa análise da descendência do pico não é 
confiável tanto quanto a radiografia de mão e punho, 
pois um indivíduo adulto depois que para de crescer 
pode se manter no estágio 4 de maturação da vértebra, 
que indicaria o início do declínio do pico de 
crescimento. A maioria dos indivíduos nunca passa do 
estágio 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS POSSIBILIDADES COM CEFALOMETRIA

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