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1 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Endoscopia Digestiva Alta • Utilizado para a avaliação do tubo digestivo alto • Realizado utilizando um tubo revestido em borracha • Possui em sua extremidade estrutura em fibra óptica que captam imagens e orifícios para aspiração e eliminação de água • Apresenta um comprimento de 1m e diâmetro de 0,8 a 1,1 cm • Através dele é possível introduzir vários instrumentos: pinças de biópsia, pinça de esclerose, balão para dilatação • É um exame indicado para avaliação diagnóstica e, quando possível, tratamento de doenças da parte superior do tubo digestivo, incluindo o esôfago, o estômago e a porção inicial do duodeno. Preparo médico: • Antes do procedimento: indicação apropriada, ambiente adequado com equipe de suporte, estratégias para minimizar riscos, seleção adequada dos equipamentos. • Durante o procedimento: uso apropriado de sedação e analgesia, intubação com endoscópio confortável, acesso completo aos órgãos-alvo, reconhecimento e documentação de todas anormalidades, amostra histológica adequada. • Após o procedimento: recuperação tranquila, resultados anatomopatológicos integrados, recomendações claras com planejamento de acompanhamento. • Anvisa: RDC 6 (2013) – o exame deve ser feito por especialista e que seja uma pessoa jurídica, ou seja, tenha consultório ou seja feito em hospital. RDC 6 2013 • Considerações organizacionais: serviço de endoscopia tipo II, todo serviço deve possuir registro diário de procedimento, intercorrência, eventos adversos, medicamentos e acidentes ocupacionais. • Recursos humanos: profissionais devidamente treinados. • Infraestrutura: sala de recepção, de consulta, de recuperação, de esterilização; o médico deve possuir: termômetro, esfigmomanômetro, estetoscópio, oxímetro de pulso, oxigênio, aspirador, suporte para fluido, ressuscitador manual, cânula naso e orofaríngeas, laringoscópio, TOTs, sondas de aspiração, medicamentos. Exames solicitados previamente: • Hemograma: suspeita de anemia grave e/ou infecções (repercussões sistêmicas); pacientes hepatopatas ou com doenças hematológicas (plaquetopenia). • Estudos de coagulação: sangramento ativo, distúrbio de coagulação, uso de medicamentos (anticoagulantes, antibioticoterapia), obstrução biliar prolongada, doença hepática, má absorção ou desnutrição associadas a coagulopatias, evitar complicações e tempo adequado do exame. • Testes laboratoriais específicos: doença renal, endócrina e hepáticas significativas; uso de medicamentos associados ao dano renal, endócrino e hepático. • Eletrocardiograma: comorbidades com repercussões cardiovasculares: arritmias, diabetes, hipertensão arterial, distúrbios eletrolíticos. • Radiografia do tórax: história de tabagismo, infecção do trato respiratório superior, doença cardiopulmonar grave ou descompensada. Preparo do paciente: • Dieta: jejum de 6 a 8h (esvaziamento gástrico), pacientes diabéticos e com distúrbios motores ou mecânicos – dieta líquida sem resíduos nas 48 a 72h e jejum 8 a 12h. • Medicamentos: manter a ingesta com pequena quantidade de água (ex: anti-hipertensivos), anticoagulantes, antiplaquetários e hipoglicemiantes devem ser evitados, antibióticoprofilaxia pode ser necessário em alguns procedimentos. • Termo de compromisso (Lei nº 8.078): o médico não pode submeter o paciente a tratamento ou procedimento terapêutico sem antes obter o consentimento. • Cuidados: não utilizar esmalte de unha, prótese dentária, e estar com acompanhante. Sedação do paciente • Anestésico tópico (xilocaína spray 10% - classe B): anestesia da hipofaringe, doesse inicial de 3-4mg/kg (máximo de 6-10 nebulizações), tóxico 2 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 para idosos e crianças, pode ser usado em gestantes (gargarejar e cuspir ao invés de engolir), não tem antagonista, caso haja reação fazer oxigenoterapia e corticoides. • Drogas opióides (meperidina – classe B ou fentanil – classe C): analgesia potente, 100x mais que a morfina, dose inicial de 50-100µg, efeitos adversos – depressão respiratória, rigidez da parede torácica, vômitos, euforia, miose, bradicardia e broncoconstrição, antagonista – naloxone (dose inicial de 0,4 a 2mg, início de ação em 1-2min e meia vida de 30 a 45min). • Benzodiazepínicos (diazepam – midazolan – classe D): efeitos de sedação, amnésia, anticonvulsivantes, relaxamento muscular, o midazolam tem menos potência que o diazepam (1,5 a 3,5x), midazolam causa menos tromboflebite e mais amnésia, início de ação é de 1-2min e pico em 3-4min, dose inicial de 1mg infundida em 1 a 2min, efeitos adversos – depressão respiratória, desinibição, hostilidade, raiva e agressividade, antagonista – flumazenil (duração da ação em 1h). Recomendações para gestantes • Deve ser precedida por avaliação obstétrica • Deve ser realizada preferencialmente no segundo semestre • Deve tomar extremo cuidado com a sedação • Dar preferência às medicações de classe B • Monitorização fetal depende da idade gestacional • Antes de 24 semanas, recomenda-se avaliar os batimentos fetais antes da sedação e após a endoscopia • Se necessário, suporte obstétrico e neonatal deve estar disponível • Endoscopia é contraindicada em casos de eclampsia, ruptura de membrana, parto iminente e placenta abrupta Critérios da ASA Classe 1 Doente sem alteração orgânica, fisiológica ou psiquiátricas. O processo patológico a ser tratado é localizado e não envolve distúrbios sistêmicos Classe 2 Doente com alterações sistêmicas ligeiras a moderadas causadas pela situação a ser tratada cirurgicamente ou por outros processos fisiopatológicos. Classe 3 Doença sistêmica grave de qualquer causa. Classe 4 Doença sistêmica grave que coloca em risco a vida do ente e que poderá não ser tratável pelo procedimento a efetuar. Classe 5 Doente moribundo, com poucas hipóteses de sobreviver, mas que é submetido ao procedimento em desespero de cause. Classe 6 Doador de órgãos. Classe 1, 2 e 3: não precisa da presença do anestesista. Classe 4, 5, 6, gestante ou criança: necessita de anestesista.
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