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CURA DAS FERIDAS Curativos medicados Administrados a partir do curativo, o peróxido de benzoila, óxido de zinco, neomicina e bacitracina-zinco Aumentam a epitelização da pele em 28% O tipo de curativo é escolhido de acordo com a quantidade de drenagem da ferida a) Sem drenagem: semi-oclusivo b) Drenagem moderada: primário antiaderente com medicamento e secundário não absorvente e semi-oclusivo Aparelhos mecânicos Onde o sistema de fechamento vacuoassistido auxilia no fechamento da ferida aplicando pressão negativa A pressão negativa contínua é muito mais eficaz para remover exsudatos da ferida e auxiliar na cicatrização – melhoram a dor Usados em feridas crônicas, úlceras de pressão fase 3 e 4, feridas diabéticas, retalhos e enxertos 7. SUBSTITUIÇÃO DA PELE Pode ser por enxertos de pele convencionais ou por pele sintética Toda ferida precisa de uma cobertura para evitar que degrade ou infeccione Enxertos de pele convencionais Usados para tratar feridas agudas e crônicas Podem ser: ✓ De espessura parcial (epiderme e parte da derme) ✓ Espessura total (epiderme e derme inteira) ✓ Enxertos autólogos (retalhos do próprio paciente) ✓ Enxertos alógenos (retirados de um doador) Deve ser preparada para remover tecidos necróticos: ✓ Desbridamento para remover tecidos necróticos ✓ Controle do edema ✓ Revascularização do leito ✓ Diminuição da carga bacteriana ✓ Minimizar ou eliminar exsudato Substitutos de pele Prover cobertura de feridas extensas com limitada disponibilidade de auto enxertos → por isso são utilizados novos materiais associados a células vivas para formar esses substitutos (como a tilápia) Vantagens ✓ Coleta indolor ✓ Aplicados livremente ou com sutura cirúrgica Desvantagens ✓ Sobrevida limitada ✓ Alto custo ✓ Necessidade de múltiplas aplicações CURA DAS FERIDAS Aproximação Camadas profundas a) Sutura das fáscias somente: EVITO fechar o tecido celular subcutâneo se houver tecido para uma boa rafia (por exemplo vítimas de trauma) b) Sutura absorvível – vycril (fios de absorção lentos) Camadas superficiais a) Deve ser avaliado a perda do tecido, e se caso necessário, fazer um retalho de musculo esquelético para realizar a aproximação b) Alinhamento meticuloso c) Suturas inabsorvíveis – nylon ✓ Grampos ✓ Monofilamento ✓ Colas dérmicas Acompanhamento Fez infecção do sítio cirúrgico? Precisa de drenagem? Desenvolveu celulite? Remoção de suturas a) 4 a 5 dias na face b) 7 a 10 dias outros lugares 6. CURATIVOS A principal finalidade é promover um ambiente ideal para a cura da ferida Imita o papel de barreira do epitélio e evita danos adicionais Oclusão da ferida com material curativo Faz compressão – hemostasia e limita o edema Controla o nível de hidratação e tensão de oxigênio dentro da ferida Permite a transferência de fases e vapor d’água da superfície da ferida para a atmosfera Ajuda na síntese de colágeno e migração das células epiteliais Feridas infecciosas não podem ser ocluídas porque há intensificação da proliferação de organismos Divisão dos curativos Primários: pontos em cima das feridas e promovem absorção de fluídos e impedem a infecção e aderências do curativo secundário Secundários: aqueles colocados sobre o primário sobre uma forma de proteção Curativos absorventes Acúmulo de líquido na ferida por leva a maceração e excessivo crescimento bacteriano, curativo deve absorver sem ficar embebido, protege a ferida Curativos inaderentes Impregnados com parafina, vaselina ou gel hidrossolúvel para uso como cobertura não aderente, curativo secundário é para evitar ressecamento e infecção Curativos oclusivos e semi-oclusivos Curativos em película, à prova d’agua e impermeável a micróbios, mas permeáveis a vapor de água e oxigênio, para feridas limpas e pouco exsudativas Curativos hidrofílicos e hidrofóbicos Parte hidrofílica: ajuda na absorção de líquidos Parte hidrofobia: impede a absorção e é a prova d’agua Curativos hidrocoloides e hidrogeis Combinam benefícios da oclusão e absorvência Ambos formam estruturas complexas com a água, e o produto intumesce as partículas da ferida a) Hidrocoloide → absorve exsudato b) Hidrogel → permite alta taxa de evaporação sem comprometer a hidratação da ferida, indicado para tratamento de queimadura Alginatos Derivados de algas e contém cadeias longas de polissacarídeos São processados sob a forma de cálcio, se transformam em alginatos de sódio solúveis através de troca iônica na presença de exsudatos da ferida → polímeros gelificam, incham e absorvem grande volume de líquido → usado para perda de pele, feridas cirúrgicas abertas com exsudação média e em feridas crônicas de espessura total Materiais absorvíveis Dentro das feridas como hemostáticos Ex.: colágeno, gelatina, celulose oxidada e regenerada CURA DAS FERIDAS TRATAMENTO DAS CICATRIZES HIPERTRÓFICAS E QUELOIDES Objetivo: restauração da função da área, alívio dos sintomas e prevenção da recidiva Tratamentos combinados são muito mais eficazes em termo de diminuição de recidiva Excisão isolada do queloide Alta taxa de recidiva (45 a 100%) Ressecção de grandes lesões Terapia de segunda linha Excisão + silicone Evitar hipertrofia de rebote Acredita-se que aumentando a hidratação da pele → diminui a inflamação, hiperemia e o depósito de colágeno naquela região → bom resultado Relativamente indolor Aplicação mantida durante 24h por dia durante 3 meses Corticoide intralesional Primeira linha para queloide e segunda linha para cicatrizes hipertróficas Taxa variável de resposta e recidiva Diminuem a proliferação de fibroblasto, síntese de colágeno e glicosaminoglicanos, processo inflamatório e os níveis de TGF beta As lesões amolecem, aplana e aliviam os sintomas, porém não desaparecem Excisão + injeção de corticoide intralesional Injeções seriadas a cada 2 a 3 semanas (no máximo 5 aplicações) Avaliações cuidadosas a cada seção as complicações associadas com o uso de corticoide → atrofia da pele, hipopigmentação, telangectasias e necrose no local Radiação Destruição dos fibroblastos Resultados variáveis e inconfiáveis (10 a 100% chance de recidiva) Riscos de hiperpigmentação, prurido, eritema, parestesia, dor e possível malignidade secundária a) Apenas pacientes adultos com cicatrizes que não responderam a outros tratamentos Compressão Cicatrizes hipertróficas (pós queimadura principalmente) Auxilia na maturação do oxigênio, achata cicatrizes e melhora o adelgaçamento e a flexibilidade Reduz o número de células devido a isquemia e diminuindo assim o metabolismo tecidual e aumentando a atividade da colagenase Deve ter início precoce, 24 a 30 mmHg, roupa compressiva por 24 horas por 1 ano ou mais CICATRIZES PERITONEAIS Aderências peritoneais = bandas fibrosas de tecidos formados entre orgãos que normalmente são separados e/ou entre orgãos e a parede interna do corpo Causam 54 a 70% das obstruções intestinais principalmente no delgado Causadas por cirurgias, lesão térmica ou isquêmica, inflamação ou reação a corpo estranho Lesões da superfície peritoneal → resposta inflamatória na cavidade peritoneal + ativação de citocinas inflamatórias + ativação da cascata de coagulação e de complemento → ocorrendo no final do processo o depósito de fibrina entre as superfícies serosas danificadas, porém opostas → aderências 5. TRATAMENTO DE FERIDAS AGUDAS Anamnese cuidadosa do ocorrido Profundidade: estruturas subjacentes elevadas Configuração: extensão, perdi tecido na lesão? Tecido não viável? Anestésico: com ou sem epinefrina (extremidades → vasoespasmo → necrose) Exploração: estruturas adjacentes lesadas Limpeza: irrigação pulsada sob pressão para provocar desbridamento → soro fisiológico somente → retirada de corpo estranho Hemostasia: sangramentos ou coágulos evacuados Desbridar tecido não viável Betadine na pele circundante: antissepsia e sepsia Antibiótico: apenas quando tem infecção Eritema + celulite + edema + secreção purulenta Na escolha de antibiótico deve se considerar o provável organismo que contaminou a ferida e o estado imune global do paciente Tétano: ver vacinações se necessário CURA DAS FERIDAS ÚLCERAS DE ESTASE VENOSA Decorrentes de estase venosa e retropressão hidrostáticas Acúmulo de sangue no membro + dificuldade de retorno venoso → aumento da pressão hidrostática → corroborando ao desenvolvimento de um processo inflamatório das vênulas e aparecimento das úlceras Aspecto da ferida Rasa com margens irregulares Lipodermatoesclerose (pigmentação acastanhada com perda de gordura subcutânea) Tratamento Compressão rígida ou flexível (meias elásticas e drenagem postural) Tratamento local: controle da infecção, desbridamento, curativos etc. FERIDAS DIABÉTICAS Evolução que ocorre nos pacientes com diabetes a longo prazo Microangiopatia + macroangiopatia + neuropatia (principal fator – paciente perde a sensibilidade e faz pequenas lesões, paciente não vê essas lesões e devido ao hipofluxo tem maior predisposição a infecções) Contribuintes Formação das úlceras diabéticas incluem neuropatia, deformidade do pé e isquemia Tratamento Controle glicêmico Erradicação da fonte infecciosa Desbridamento das áreas de necrose e infecção Usar calçados adequados ÚLCERAS DE DECÚBITO E PRESSÃO Acometem pacientes acamados durante muito tempo, em que as iminências ósseas ficam em contato e são comprimidas no leito Principais regiões: Occiptal Torácica Cóccix Calcâneo Cotovelo Área localizada de necrose tecidual que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície externa → hipoxemia compressiva Tratamento → ferida de terceira intenção Mudança de decúbito Melhora do estado nutricional Desbridamento de áreas de necrose Tratamento satisfatório das infecções tanto local quanto antibiótico 4. CURA EXCESSIVA CICATRIZES HIPERTRÓFICAS E QUELOIDES Superabundância de fibroblastos no processo de cura Após trauma, dolorosas a palpação, pruriginosas e causam sensação de queimação Cicatrizes hipertróficas Eleva-se acima da pele, mas permanecem dentro dos limites da ferida original → eritematosas elevadas e evoluem para pálidas e achatadas Desenvolvem-se em 4 semanas após o trauma Maior risco = está associado ao aumento do tempo de epitelização (mais de 21 dias) Regridem com o tempo, ocorrem em cruzamento de áreas de tensão e superfícies flexoras Queloides Elevam-se acima do nível da pele, mas se estendem além da margem da ferida original 3 meses após a lesão, principalmente em etnicidades de pigmentação mais escura Dominância autossômica e não regridem, resultam de cirurgias, abrasão, tatuagens Locais: lobo da orelha, deltoide e pré esternal, raramente em pálpebras, genitais CURA DAS FERIDAS Esteroides e drogas quimioterápicas a) Glicocorticoides → reduzem a síntese do colágeno e a resistência da fibrina b) Esteroides → reduzem a reação inflamatória, a epitelização + síntese de colágenos nas feridas ✓ Aumentam as taxas de infecção independente do tempo de administração c) Corticoides → uso crônico de doses elevadas → imunossupressão e disfunção da suprarrenal d) Quimioterápicos → inibem a proliferação celular inicial e a síntese de DNA e proteínas e) Quanto maios forte o efeito anti-inflamatório mais será o efeito inibitório sobre a cura da ferida Distúrbios metabólicos a) Diabetes → reduz a síntese de colágeno e a resistência da ferida → comprometimento das defesas do hospedeiro contra infecção e distúrbios metabólicos ✓ Contribui para infecções e deiscência ✓ Diabetes causa doença de grandes e pequenos vasos levando a hipóxia e deiscência b) Obesidade → perfusão insatisfatória das feridas e os restos adiposos necróticos Nutrição: depleção proteica com perda recente de 15 a 25% do peso corporal aumenta a incidência de deiscências a) Déficit de arginina: diminui a resistência, a ruptura da ferida e síntese de colágeno b) Déficit de vitamina C: aumenta a incidência da infecção c) Déficit de vitamina A: aumenta a resposta inflamatória d) Déficit de oligoelementos: diminui a síntese de colágeno, diminui os fibroblastos e retarda a epitelização Infecção: contribui para prejuízo na cicatrização, principalmente em feridas que usam próteses (mama e inguinais) a) Fios multifilamentares podem ser colonizados por bactérias gerando a formação de microabcessos e com isso diminuição da força tensil daquela sutura → formação de hérnias b) A contaminação da ferida por bactérias → infecção clínica e retarda a cicatrização c) Antibioticoprofilaxia quando bem indicada diminui as taxas de infecção no sítio cirúrgico Estado imunológico: comprometimento da fase inflamatória Radioterapia: queima tudo e abre feridas recentes Hemorragias: podem criar espaços mortos que dificultam a cicatrização ÚLCERAS ARTERIAIS ISQUÊMICAS Falta de suprimento sanguíneo Dolorosas, associadas a claudicação, dor em repouso, dor noturna e alterações da cor Aspecto da ferida: Rasa com margens lisas Base e pele pálidas Pulsos diminuídos ou ausentes Mal formação do tecido de granulação Pele seca Escamação Palidez Tratamento: Reestabelecer o suprimento sanguíneo → feito através de procedimento cirúrgicos ou procedimentos medicamentosos que estimulem a circulação colateral Tratamento local = controle de infecções 3. FERIDAS CRÔNICAS Deixaram de prosseguir no processo que produz integridade anatômica e funcional ou prosseguiram, mas não produziram reparo anatômico e funcional adequado Não se curou no intervalo de 3 meses Fatores que influenciam a ferida crônica Fatores já citados Trauma repetido Má perfusão Má oxigenação Inflamação excessiva Transformação maligna de feridas crônicas Qualquer ferida que não se cure por um período prolongado é tendente a transformação maligna Característica: presença de bordas invertidas das feridas pode aparecer em qualquer lesão crônica queimadura, lúpus, úlcera angiodérmica Úlcera de Marjolin – Carcinoma de Células escamosas CURA DAS FERIDAS TECIDOS ESPECÍFICOS C. CARTILAGEM Mal vascularizada Processo de cicatrização é muito ruim e depende diretamente da profundidade Lesões profundas de cartilagem cursam muito com necrose Defeitos permanentes D. TENDÃO Responsáveis por unir músculos (entre eles ou a um osso) Semelhante a todos os tecidos Vascularização → relacionada a cura Cicatrização deficitária → tendões mais mal vascularizados vão ter chance de retorno de suas funções bem menores A integridade mecânica pode nunca mais ser igual E. NERVO Apresentam lesões mais complexas devido as próprias funções especializadas do tecido neural Terminações nervosas → progridem na tentativa de se unir ao coto distal F. FERIDAS FETAIS Aparente ausência de formação cicatricial 1. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Cicatrização de primeira intenção Quando aproximamos no momento da lesão aguda as bordas da ferida, facilitando a cicatrização Ex.: Fez um corte no hospital e suturou Cicatrização de segunda intenção Bordas não são aproximadas A ferida é preenchida por um novo estroma → tecido de granulação = é preenchido do fundo da ferida até a sua parte maissuperficial Pele envia pseudópodes que vão fazendo prolongamentos pelos seus queratinócitos → caracteriza a epitelização desse tecido Fase final da cicatrização é a retração → ficará pouco estético, mas cicatriza Cicatrização de terceira intensão Por algum motivo foi deixada aberta com as bordas afastadas para a cicatrização por segunda intenção → depois quando controlado o dano e já existe o tecido de granulação aproxima-se as bordas tardiamente Cicatrização por terceira intenção pode ser chamada de primeira intenção retardada 2. FATORES QUE INFLUENCIAM A CURA DAS FERIDAS Sistêmicas: doenças sistêmicas como diabetes, anemia crônica, câncer e imunossupressão Fatores locais: queimaduras, pressão, hipofluxo, infecção local e traumatismo Fatores regionais: ausência de fluxo por microangiopatia pelo diabetes do paciente ou mesmo neuropatia Idade avançada: perda do colágeno + comorbidades Hipóxia: baixa tensão do oxigénio = deletério, a fibroplasia é inicialmente estimulada pelo ambiente hipóxico, mas depois é prejudicada por ela a) Essencial: inflamação, angiogênese, epitelização e deposição de matriz b) Isquemia: maior risco de inflamação c) Síntese de colágeno: aumenta com a administração suplementar de oxigênio Hipoperfusão: fator determinante final que leva ao déficit de oxigenação e nutrição das feridas a) Isquemia do tecido é hoje o principal fator para deiscência das suturas, se não há nutriente essa sutura vai abrir b) Evitar fatores que provocam isquemia da ferida Anemia: não é deletéria em pacientes normovolêmicos a) Paciente com anemia moderada ou com hematócrito acima de 15% não terão problemas b) Aumento da PO2 e saturação de Hb > 100% otimizam a síntese do colágeno CURA DAS FERIDAS CICATRIZAÇÃO ANGIOGÊNESE Influenciada por pH Onde os vasos ficaram íntegros → vai ter neoformação de vasos Matriz de fibrina-fibronectina é substituída gradativamente por colágeno e proteoglicanos Torna-se ativa a partir do 2° dia, a partir de brotos de capilares não lesados na periferia da lesão Influenciado pelo: Lactato pH ácido Concentração de 02 Regulado pelo: Fator de crescimento básico de fibroblastos (FGF- 2) Fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) Entre o 4° e o 5° dia predominam os eventos de síntese do colágeno SÍNTESE PROTEÍCA (COLÁGENO) Pele normal → colágeno começa a ser produzido e contribui ara vedação de ferida Migração das plaquetas → degranulação plaquetária → junção de fibrina e plaqueta na matriz provisória → essa fibrina começa a ser trocada pelo colágeno do tipo 2 → e depois tipo 3 → colágeno do tipo 3 é trocado pelo tipo 1 (o de pele normal) 4. FASE DE MATURAÇÃO Verdadeira cicatriz Depósito de colágeno do tipo I com presença de miofibroblastos que iniciam a contração da ferida Última fase da cicatrização = contração da ferida = fase da maturação Contração da lesão por contração de fibroblastos que recebem filamentos de miosina Diminuição do tamanho da ferida 4° dia – iniciam os eventos da contração – onde estão os miofibroblastos Taxa de contração = depende da localização da ferida → média de 0,6 a 0,7 mm/dia Cicatrizes quadradas contraem mais que as circulares Tipo de colágeno I: derme intacta: 80 a 90% do colágeno da ferida cicatricial II: tecido cartilaginoso: sintetizado durante os estágios iniciais da cicatrização III: 10 a 20%, sendo 30% no tecido de granulação IMPORTANTE Há uma confluência entre as 3 fases da cicatrização Fibronectina produzida pelos fibroblastos Colágeno é produzido inicialmente → depois é trocado pelo colágeno tipo I → força tensional da pele TECIDOS ESPECÍFICOS A. TRATO GASTROINTESTINAL Cura → fluxo sanguíneo adequado + nutrientes + livre de tensão Falha de cura → deiscência (fístula) Extravasamento pela secreção intestinal para fora da luz Excesso de cicatrização → estenose Submucosa → parte mais resistente a tensão Serosa → vedação B. OSSO Fase inicial = formação do hematoma → liquefação e degradação dos produtos não viáveis no local da fratura Tecido de granulação Fase do calo mole: 3 a 4 dias da lesão Fratura → extravasamento de sangue e restos celulares → se liquefazem e são envolvidas e penetradas por uma nova formação vascular (muito parecida com o tecido de granulação) Fase do calo duro: 2 a 3 meses da lesão = mineralização da fratura CURA DAS FERIDAS CICATRIZAÇÃO Macrófagos Atuam na: a) Fibroplasia b) Produção de colágeno c) Contração da ferida d) Angiogênese Células de defesa + epitelização = tentativa de vedar a ferida Lesão → liberação de neutrófilos para limpar o local e não deixar bactérias entrarem juntamente com macrófagos → limpam a borda da ferida e liberam fatores para fibrinogênio aderir ao local → bactérias que eventualmente entram pela ferida são fagocitadas por macrófagos 1° fase = fase da defesa – não perder nutriente nem deixar a bactéria entrar Essa fase acaba quando a matriz provisória estiver pronta 3. FASE PROLIFERATIVA Fase em que ocorre o fechamento da lesão (vedamento efetivo) Começa em torno de 72H da lesão e dura de 3 a 14 dias A ferida é invadida por um novo estroma, formado por ácido hialurônico, vasos neoformados etc. os quais formarão o tecido de granulação REEPITELIZAÇÃO Epitélio começa a crescer Fase precoce → papel fundamental na cicatrização Primeiras 24H da lesão com alongamento dos queratinócitos presentes na borda livre da lesão É o suficiente nas lesões superficiais Lesões de desgarre Lesão puntiforme MIGRAÇÃO DE FIBROBLASTOS Migram para a ferida → através do tecido circundante → sintetizando colágeno e formam filamentos de actina → transformam-se em miofibroblastos → acarretando uma matriz extracelular frouxa Surgem em número significativo a partir do 3° dia com pico no 7° dia → fibroplasia Fibroblasto produz: Colágeno Elastina Fibronectina Glicosaminoglicana Proteases Inicialmente são transformados em fibrina e depois a fibrina é trocada por colágeno FORMAÇÃO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO Tecido que caracteriza a fase proliferativa, fixa a matriz definitiva Rico em vasos neoformados (angiogênese) Posteriormente vai começar a produzir colágeno 4° dia → a ferida começa a ser invadida por um novo estroma (combinação de fibroblastos, fibronectina, células inflamatórias, novos capilares envoltos por colágeno e ácido hialurônico) A ferida está cheia de vasos lesados que vão cicatrizar e morrer Capilares mínimos na presença de pH e oxigenação ideais → formam os neovasos → em torno deles tem ácido hialurônico Angiogênese + colágeno + ácido hialurônico → contribuem para a formação da matriz definitiva Sempre que estiver vermelhinho na ferida é fase proliferativa, se tiver secreção é fase inflamatória, se não tiver mais as bordas da ferida é a fase de maturação Fase proliferativa = momento de fazer uma terceira intenção Matriz fibrina-fibronectina é gradativamente substituída por colágeno e proteoglicanos A matriz madura é o tecido de granulação que apresenta vasos neoformados envoltos por ácido hialurônico e colágeno CURA DAS FERIDAS 1. GERAL Quebra da barreira do organismo → bactérias podem entrar e causar infecções → cicatrização → impedir que o meio interno fique expostos e as bactérias penetrem nesse meio Pode ser cicatrização (com cicatriz) ou reparação (sem cicatriz) CICATRIZAÇÃO 2. FASE INFLAMATÓRIA Inicia-se no momento do trauma e dura 48H Fase exsudativa – atuação das células de defesa Vasoconstrição Agregação plaquetária Depósito de fibrina e coagulação Diapedese Ativação celular Objetivo: formar uma matriz provisória que funciona como barreira inicial Associa-se com a hemostasia, porque ao lesar o vaso, há sangramento e posterior estancamento MECANISMO Lesão tecidual → liberação de mediadores inflamatórios (tromboxanos – prostaglandinas + catecolaminas – epinefrina e norepinefrina → vasoconstrição Coágulo → acúmulo de substâncias quimiotáxicas, previne perdas hidroeletrolíticas e limita a contaminação pela união das margens da ferida Plaqueta → se adere as fibras de colágeno exposto do próprio vaso rompido Fibrinogênio → principal fator tissular → se adere para tentar fechar a ferida → ele é necessário para uma plaqueta se juntar a outra → agregação plaquetária → quimiotaxia para atrair células de defesa (monócitos que viram macrófagos no tecido lesado + neutrófilos e mastócitos) → limpam a ferida, digerindo restos celular, matriz morta e principalmente bactérias Plaquetas → morre → liberam grânulos alfa, corpos densos e lisossomos → degranulação plaquetária → corpo denso fornece energia ATP e ADP e os grânulos fornecem substrato albumina e fibrinogênio → ao morrer forma uma massa e fornece esses dois substratos Fibrina → principal substância quimiotáxica inicial → chamar células de defesa → neutrófilos, monócitos e fibroblasto → atraem células endoteliais → atraem as prostaciclinas → substâncias inibidoras de cicatrização Trombina → via intrínseca e extrínseca da coagulação → conversão do fibrinogênio em fibrina e aumenta a permeabilidade vascular → facilitando a diapedese Plaqueta + fibrina = matriz provisória Fibrina → tampão plaquetário → matriz provisória + vitronectina → facilitará a ligação de fibronectinas produzidas por fibroblastos e células epiteliais Lesão da parede → agregação de plaquetas → transformação de fibrinogênio em fibrina → tração de células de defesa → fibrina forma a matriz provisória, chamada de fibroplasia (mas ainda não pode tirar os pontos até a matriz definitiva) Primeira onda de migração celular → células de defesa que vão migrar para o local de inflamação Seis horas iniciais com pico em 48H e permanece por 3 a 5 dias Fatores quimiotáticos que estimulam essa migração: a) Prostaglandinas b) Leucotrienos c) Histamina Macrófagos É o monócito do sangue antes de cair no tecido → estímulo quimiotáxico → vai para o tecido → cresce e forma uma macromolécula denominada macrófago → que surge nas primeiras 24H – 48H da lesão com pico no 3° dia e persistem até a cicatrização completa Única célula presente em todas as fases da cicatrização → estimula citocinas (como interleucinas) → posteriormente ocorre uma segunda migração celular feita pelos linfócitos (encontrados em feridas crônicas)
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