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Pet 2º BIMESTRE - 3º ANO

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ESCOLA ESTADUAL HELENA GUERRA 
			Criada pelo Decreto Nº. 5.742 de 13/01/1960 da S. E. E. de Minas Gerais
Rua: Madre Margherita Fontanarosa, 271- Eldorado- Contagem – MG
	PROFESSOR (A):
	DISCIPLINA: BIOLOGIA
	TURMA(S): 
	 3º ANO DO ENSINO MÉDIO 
	ANO: 2021
	DATA: 
	NOME:
	
 	 PLANO DE ESTUDO TUTORADO DO ENSINO MÉDIO
ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE BIOLOGIA
2º BIMESTRE - Semanas 1, 2, 3 e 4.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 1 
Texto complementar:
Tipos de Herança Genética
Herança Autossômica Dominante: Para ser afetado por uma doença autossômica dominante, uma criança recebe uma cópia de um gene mutante de um dos pais afetado pela doença. É provável que o pai afetado saiba que tem a doença. O outro progenitor não é afetado e nem carrega mutação neste gene. Com doenças dominantes, há 50% de chance de que uma criança receba o gene mutado e 50% de chance da criança não receber a mutação. As doenças dominantes tendem a aparecer em várias gerações de uma família, e muitos membros da família são afetados.
Herança autossômica recessiva: Para ser afetado por uma doença recessiva, uma criança deve herdar uma cópia mutante do gene de ambos os pais. Com a doença recessiva, cada pai tem uma cópia mutada e uma cópia normal do gene em causa. Como cada um dos pais tem apenas uma cópia mutante do gene, eles são portadores do gene e não desenvolve a doença, eles não têm problemas de visão. Para doenças recessivas, há 25% de chance de a criança ser afetada, e 50% de chance de que eles sejam portadores do gene, mas não sejam afetados pela doença. Há também 25% de chance de não receber nenhum gene mutado. Doenças recessivas são mais susceptíveis de vir como uma surpresa a uma família, porque os pais de uma criança afetada são portadores não afetados, e que a doença pode não ter aparecido por várias gerações.
Herança ligada ao sexo: Herança ligada ao sexo é aquela determinada por genes localizados na região heteróloga do cromossomo X. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, elas têm duas dessas regiões. Já os homens, como possuem apenas um cromossomo X (pois são XY), têm apenas um de cada gene. Um gene recessivo presente no cromossomo X de um homem irá se manifestar, uma vez que não há um alelo dominante que impeça a sua expressão.
Herança restrita ao sexo: Dizemos que uma herança é restrita ao sexo quando está relacionada ao cromossomo Y, na sua porção não homóloga ao cromossomo X. É restrita porque só ocorre em homens, pois as mulheres não possuem cromossomo Y.
Herança Mitocondrial: A mitocôndria é uma organela da célula que contém um filamento de ácido desoxirribonucleico (DNA) próprio, responsável pela formação de algumas de suas enzimas, e independente do DNA presente em cada célula de um ser vivo. As doenças mitocondriais podem ocorrer por herança autossômica recessiva ou por herança mitocondrial. As mitocôndrias são todas maternas, porque o espermatozoide quando penetra o óvulo só entra com os cromossomos, a célula em que os seres humanos se desenvolvem é materna com todas as suas organelas, inclusive a mitocôndria e seu DNA. Se existe um gene deficiente no DNA mitocondrial a mãe terá o risco de praticamente 100% a cada gestação de ter um filho ou filha com a doença.
Heranças Influenciadas pelo sexo: Na herança influenciada pelo sexo o efeito do gene é afetado pelas características hormonais e fisiológicas do sexo em que se encontra. Um gene é influenciado pelo sexo quando ele age como dominante num sexo, mas recessivo no outro. Assim, ocorre uma reversão de dominância em função do sexo do indivíduo, a qual é constatada pela variação de fenótipos apresentados pelos heterozigotos dos dois sexos.
Poligênicas ou Multifatoriais: Resultam de mutações em genes diferentes ou surgem da interação de fatores ambientais com múltiplos genes. Ex: Doenças cardíacas coronárias, câncer e esquizofrenia.
Exercício 1:
01) Observe atentamente o heredograma abaixo:
Assinale a alternativa que apresenta o tipo de herança representada no heredograma acima:
A) herança autossômica recessiva
B) herança recessiva ligada ao X
C) herança autossômica dominante
D) herança dominante ligada ao X
E) herança holândrica
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 2
Texto Complementar:
Sistema ABO: Esse sistema representa um grupo sanguíneo importante na determinação da compatibilidade entre os tipos de sangue. A descoberta do sistema ABO aconteceu em 1901 e deve-se ao médico Karl Landsteiner (1868 - 1943). Ele e sua equipe perceberam que quando alguns tipos de sangue eram misturados ocorria a aglutinação das hemácias, o que é chamado de incompatibilidade sanguínea. Desse modo, foi verificado que existiam alguns tipos sanguíneos, os quais foram denominados de A, B, AB e O. Daí surgiu o sistema ABO. A determinação dos tipos sanguíneos é uma condição genética, constituindo um caso de alelos múltiplos, determinada por três alelos: IA, IB, i.
Tipos sanguíneos: Existem quatro tipos de sangue: A, B, AB e O. Cada um deles é determinado pela presença ou ausência de aglutinogênios e aglutininas:
Os aglutinogênios são antígenos encontrados na superfície das hemácias. Existem dois tipos de aglutinogênios: A e B.
As aglutininas são anticorpos presentes no plasma sanguíneo e existem em dois tipos: anti-A e anti-B.
Transfusões sanguíneas: As aglutininas reagem com os antígenos, daí a importância de reconhecer os tipos sanguíneos no momento de uma transfusão. Para que ocorra de forma correta deve existir compatibilidade entre as hemácias do doador e o plasma do receptor, ou seja, as aglutininas não devem reagir contra os aglutinogênios. A incompatibilidade sanguínea em casos de transfusões causa a aglutinação das hemácias, ou seja, formam-se aglomerados como se fossem coágulos. Essa situação resulta no entupimento dos capilares sanguíneos, comprometendo a circulação sanguínea. Por exemplo, uma pessoa com sangue do tipo A ao doar sangue para outra pessoa do tipo B provoca a aglutinação das hemácias devido a presença do anti-A.
O mesmo acontece em um indivíduo com sangue tipo B, ele apresenta hemácias com antígenos B e anticorpos anti-A, rejeitando o sangue tipo A.
Compatibilidade entre os tipos sanguíneos
Exercício 2:
Observe a tabela abaixo:
	Indivíduos
	Grupo sanguíneo (ABO)
	Fator Rh
	Maria
	O
	+
	Pedro
	O
	-
	Marta 
	A
	+
	Paulo
	B
	+
	João
	AB
	+
Com base na tabela acima, foram feitas as seguintes considerações:
I – Maria pode doar sangue para Pedro, Marta, Paulo e João, e só pode receber de Pedro.
II – João apresenta no soro aglutininas anti-A.
III – As hemácias de Marta, quando misturadas com o soro Paulo, formam aglutinações.
IV – As hemácias de Maria e Pedro contêm aglutinogênios.
V – João pode receber sangue de Maria, Pedro, Martha e Paulo.
São corretas as considerações:
A) I e IV
B) I, II e V
C) I, II, III e V
D) III e IV
E) Todas alternativas estão corretas.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 3 
Texto complementar:
Síntese Proteica: A síntese proteica é o mecanismo de produção de proteínas determinado pelo DNA, que acontece em duas fases chamadas transcrição e tradução. O processo acontece no citoplasma das células e envolve ainda RNA, ribossomos, enzimas específicas e aminoácidos que auxiliarão na sequência da proteína a ser formada.
Expressão Gênica: As etapas do processo de síntese das proteínas são reguladas pelos genes. Expressão gênica é o nome do processo pelo qual a informação contida nos genes (a sequência do DNA) gera produtos gênicos, que são as moléculas de RNA (na etapa de transcrição gênica) e as proteínas (na etapa de tradução gênica).
Transcrição Gênica: Nessa primeira fase a molécula de DNA se abre, e os códigos presentes no gene são transcritos para a molécula de RNA. A enzima polimerase do RNA se liga a uma das extremidades do gene, separando as fitas de DNA e os ribonucleotídeos livres se emparelham com a fita de DNA que serve de molde.
A sequência das bases nitrogenadas do RNA seguem exatamente a sequência de bases do DNA, segundo a seguinte regra:
U com A (Uracila-RNA e Adenina-DNA),
A com T (Adenina-RNA eTimina-DNA),
C com G (Citosina-RNA e Guanina-DNA) 
G com C (Guanina-RNA e Citosina-DNA).
O que determina o início e o fim do gene que será transcrito são sequências específicas de nucleotídeos, o início é a região promotora do gene e o fim é a região terminal. A polimerase do RNA se encaixa na região promotora do gene e vai até a região terminal.
Tradução Gênica: A cadeia polipeptídica é formada pela união de aminoácidos segundo a sequência de  nucleotídeos do RNAm. Essa sequência do RNAm, denominada códon, é determinada pela sequência de bases da fita do DNA que serviu de molde. Desse modo, a síntese de proteínas é a tradução da informação contida no gene, por isso se chama tradução gênica.
Código Genético: Códons e Aminoácidos: Existe uma correspondência entre a sequência de bases nitrogenadas, que compõem o códon do RNAm, e os aminoácidos a ele associados que se denomina código genético. A combinação de trincas de bases formam 64 códons diferentes aos quais correspondem 20 tipos de aminoácidos que comporão as proteínas.
DNA: Os genes são partes específicas da molécula de DNA, que possuem códigos que serão transcritos para o RNA. Cada gene determina a produção de uma molécula específica de RNA. Nem toda molécula de DNA contém genes, há algumas que não tem as informações para a transcrição gênica, são DNA não-codificante, e sua função não é bem conhecida.
RNA: As moléculas de RNA são produzidas a partir de um molde de DNA. O DNA é uma fita dupla, sendo que apenas uma delas é usada para a transcrição do RNA. No processo de transcrição participa a enzima polimerase do RNA. São produzidos 3 tipos diferentes, cada qual com função específica: RNAm - RNA mensageiro, RNAt - RNA transportador e RNAr - RNA ribossômico.
Ribossomos: Os ribossomos são estruturas presentes nas células eucarióticas e procarióticas, cuja função é sintetizar proteínas. Não são organelas, pois não possuem membranas, são espécies de grânulos, cuja estrutura é composta da molécula de RNA ribossômico dobrado, associado a proteínas. São formados por 2 subunidades e se localizam no citoplasma, livres ou associados ao retículo endoplasmático rugoso.
Exercício 3:
O esquema abaixo ilustra as principais estruturas que compõem o processo de biossíntese:
Fonte: Adaptado de https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRujyyPw8mLiJJVotb_UsVcutiNYrLDjuNXaIZ8RIV-eJkyEqthYQ
A respeito dos componentes representados no esquema acima é incorreto afirmar que:
A) A estrutura 1 representa o cromossomo que se desenrola para permitir a sua transcrição e a estrutura 2 representa a molécula de DNA cujos triplets são transcritos em códons.
B) A estrutura 3 representa o RNA mensageiro produzido através do processo de tradução.
C) A estrutura 4 representa RNA transportador que tem a função de conduzir os aminoácidos específicos para a formação da molécula de proteína.
D) A estrutura 5 representa o ribossomo transcrito a partir da molécula de DNA. 
E) A estrutura 6 representa a molécula de proteína sintetizada. 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 4
Texto complementar:
Definimos cariótipo como o conjunto de cromossomos contidos nas células de um organismo.
Morfologicamente, esses cromossomos são identificados, diferenciados e classificados quanto ao tamanho e localização do centrômero (região do cromossomo intermediária aos braços simétricos ou assimétricos, curtos ou longos).
Classificação dos cromossomos:
Metacêntrico → Centrômero posicionado no centro do cromossomo; 
Submetacêntrico → Centrômero deslocado para uma das extremidades do cromossomo; 
Acrocêntrico → Cromossomo portador de uma esfera terminal (satélite), localizada na extremidade do braço curto;
Telocêntrico → Cromossomo formado por apenas um braço, com centrômero estritamente terminal.
Para determinação e visualização do cariótipo, sendo possível quantificar o número típico de cromossomos de uma espécie, é necessária a interrupção do processo de divisão celular no momento da metáfase, fase na qual os cromossomos atingem o máximo de condensação.
Na espécie humana, o cariótipo de uma célula diplóide, por exemplo, é constituído por 46 cromossomos, sendo o último par definidor sexual (XX ou XY – par alossômico), diferindo o gênero macho e fêmea (homem e mulher) e os outros 22 pares (autossômicos - AA) responsáveis por decodificar as demais características. Assim, temos para um cariótipo normal da espécie humana, as seguintes representações possíveis:
Cariótipo de um homem → 22AA + XY ou 46,XY
Cariótipo de uma mulher → 22AA + XX ou 46,XX
Síndromes Genéticas
Síndromes genéticas são aquelas causadas por alterações no DNA do paciente, geralmente devido a mutações que, quando ocorrem nas células germinativas, podem ser passadas para os descendentes. As anomalias genéticas, podem se dividir em:
Gênicas: Quando a mutação ocorre em um gene ou em um conjunto de genes específicos, não alterando o número total de cromossomos do paciente;
Cromossômicas: Quando a anomalia leva a alteração do número de cromossomos de um indivíduo. O paciente pode apresentar um cromossomo a mais ou um a menos que o normal para a espécie (a espécie humana apresenta 46 cromossomos, divididos em 23 tipos, que são encontrados aos pares - um de herança paterna e outro de herança materna - sendo, portanto, uma espécie diplóide 2n. São 44 autossomos e 2 cromossomos sexuais). As anomalias cromossômicas podem ser classificadas em: 
Euploidias: quando todos os cromossomos do indivíduo se encontram duplicados;
Aneuploidias: quando apenas um ou alguns cromossomos são duplicados ou deletados
Principais Síndromes
Síndrome de Angelman: Síndrome Gênica causada pela deleção ou inativação de genes presentes no cromossomo 15 de herança materna (quando ocorre esse mesmo fenômeno, mas no cromossomo 15 paterno, gera a síndrome de Prader-Willi). Pacientes com a síndrome são caracterizados por um atraso no desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, distúrbios no sono, sorriso frequente e, em alguns casos, convulsões e movimentos desconexos.
Síndrome de Down: Síndrome causada pela existência de um cromossomo a mais, neste caso, chamada de trissomia do 21 (ao invés de possuir um par de cromossomos 21, um de herança paterna e outro de herança materna, indivíduos com a síndrome possuem três cromossomos 21).
Síndrome de Edwards: Caracterizada pela trissomia do cromossomo 18, está associada a atraso mental e de crescimento, malformações graves do coração, crânio alongado, boca pequena e pescoço curto. É a síndrome mais comum depois da Síndrome de Down.
Síndrome de Jacobs: Chamada de Síndrome XYY ou Síndrome do duplo Y, é causada pela presença de um cromossomo sexual Y a mais em indivíduos do sexo biológico masculino. A síndrome pode ser assintomática ou estar associada com o crescimento acelerado na infância, distração, hiperatividade e crises de fúria.
Síndrome de Klinefelter: Anomalia cromossômica caracterizada pela existência de um cromossomo sexual X a mais em indivíduos do sexo biológico masculino, ou seja, o paciente apresenta um trio de cromossomos sexuais (XXY).
Síndrome de Patau: Chamada de Trissomia do 13, por apresentar um cromossomo (autossomo) 13 a mais. Também é chamada de Síndrome Bartholin-Patau, é caracterizada por malformações do sistema nervoso, retardo mental acentuado, esterilidade, olhos pequenos e afastados e expectativa de vida curta (em média seis meses).
Síndrome de Turner: Conhecida também como síndrome de X0, já que as pacientes, todas do sexo biológico feminino, não possuem total ou parcialmente o segundo cromossomo sexual X.
Síndrome do Triplo X: Conhecida como Trissomia X, a síndrome é causada pela presença de um cromossomo sexual X a mais em indivíduos do sexo biológico feminino (XXX), que são chamadas de superfêmeas. É uma síndrome que pode ser assintomática, não apresentando nenhum quadro clínico. Quando há características fenotípicas, as pacientes apresentam estatura maior que o normal, atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem, dedos mínimos mais curvos, esterilidade e complicações abdominais.
Exercício4:
Observe o idiograma abaixo: 
Fonte: Adaptado de JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Com base na analise do idiograma acima é correto afirmar que:
A) O cariótipo representado é de uma mulher com Síndrome de Down.
B) O cariótipo representado é de uma mulher sem anomalia cromossômica.
C) O cariótipo representado é de um homem com Síndrome de Down.
D) O cariótipo representado é de um homem com Síndrome de Klinefelter.
E) O cariótipo representado é de um homem sem anomalia cromossômica.

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