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Nemátodos em animais: características e tratamentos

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Nemátodos 
Generalidade 
 Corpo cilíndrico 
 Corpo com cutícula 
 Sistema muscular e sistema nervoso 
 Órgãos internos filamentosos 
 Sistema digestivo tubular 
 Boca: lábios e cápsula bocas com dentes 
 Na alimentação arrancam parte da mucosa 
intestinal do intestino do hospedeiro. Alguns 
produzem anticoagulante 
 Esôfago de vários formatos 
 Reprodução sexual 
 Machos com espículos na abertura genital 
 
 
Família Ascarididae 
Heterakis gallinarum 
 Várias espécies do gênero Heterakis são 
encontradas em aves de granja 
 Conhecido também como verme cecal das 
aves de granja 
 A inspeção microscópica permite a 
identificação do gênero, mas para identificação 
da espécie é necessário observar o bulbo do 
esôfago 
 Hospedeiros: frangos, perus, pombos, faisões, 
perdizes, codornizes, galinhas de angola, patos, 
gansos e algumas aves silvestres 
 Distribuição: mundial 
 Diagnóstico: detecção dos ovos nas fezes. 
Visualização de adultos a partir de amostras de 
intestino (necropsia) 
 Tratamento: sais de piperazina, levamisol e 
benzimidazol 
 
 
Ascaris (Parascaris) equorum 
 Vermes grandes, brancos e opacos que 
habitam no intestino delgado 
 A forma comum de ingecção é por ingestão 
dos ovos 
 Hospedeiros: cavalos e asininos 
 Distribuição: muncial 
 Patogenia: infecções moderadas a maciças 
prejudicam o desenvolvimento de animais 
jovens. Pode haver emaciação, febre, diarreia, 
cólica e obstrução intestinal. As lesões 
principalmente nos pulmões (causam tosse, 
lesões fibrosas e abcessos no tecido pulmonar) 
e fígado ocasionadas pela migração das larvas, 
peritonite (as larvas perfuram o intestino para 
sair), enterite catarral. 
 Tratamento: Benzimidazóis, pirantel, ivermectina 
e moxidectina 
 Controle: vermifugação periódica 
 
Toxocara canis 
 Grande verme branco com até 18cm de 
comprimento 
 Local de preferencia: intestino delgado 
 Hospedeiros: cães e raposas 
 Distribuição: mundial 
 Patogenia: no intestino produzem pouca reação 
se o nível de infecção for brando. Na fase 
migratória as larvas podem danificar vários 
órgãos. Pode haver perfuração intestinal e 
peritonite, obstrução do ducto biliar 
 Diagnóstico: visualização dos ovos nas fezes 
 Tratamento: Fembendazole, pirantel e 
avermectinas 
 É zoonótico: larvas migrans visceral em 
humanos 
 
Família Ancylostomatidae 
Ancylostoma caninum 
 Vermes de cor vermelho-acinzentado, tamanho 
10-20mm 
 Local de preferencia no intestino delgado 
 Hospedeiro: cães e raposas 
 Distribuição: mundial 
 Patogenia: produz anemia, são hematófagos. 
Sinais clínico: cansaço, diarreia sanguinolenta 
com muco, sinais respiratórios por conta de 
dano pulmonar produzido pelas larvas 
 Tratamento: Mebendazol, fembendazol, pirantel 
e nitroscanato 
 
Família oxyuridae 
Oxyurus equi 
 Fêmeas maduras 10 – 15cm. Machos apenas 1.2 
cm 
 Local de predileção: Ceco, cólon, reto 
 Hospedeiros: Cavalos, asinos 
 Distribuição: muncial 
 Patogenia: Erosões da mucosa, com forte 
reação inflamatória. Irritação perineal e prurido 
anal causado pelas fêmeas adultas durante a 
deposição dos ovos. Pelo prurido ao animais 
perdem o pelo e daí a designação popular de 
cauda de rato 
 Diagnóstico: detecção de ovos ou adultos na 
matéria fecal 
 Tratamento: Febendazol, oxfendazol, 
oxibendazol, pirantel 
 
Família trichostrongylidae 
Cooperia curticei 
 Local de predileção: intestino delgado 
 Hospedeiros: ovinos, caprinos, cervos 
 Distribuição: mundial 
 Patogenia: infecções baixas a moderadas são 
assintomáticas, más cargas pesadas de verme 
podem causar perda de apetite e taxas de 
cresciemento insuficientes 
 Diagnóstico: cultural fecal para identificação das 
larvas infectantes 
 Tratamento: Febendazol, oxfendazol, 
oxifendazol, pirantel 
 
Família trichostrongylidae 
Haemonchus contortus 
 Local de predileção: abomaso 
 Hospedeiros: bovinos, ovinos, caprinos, cervos, 
lhamas 
 Distribuição: mundial 
 Patogenia: anemia hemorrágica (parasito suga o 
sangue da mucosa do abomaso) 
 Diagnóstico: cultura fecal para identificação das 
larvas infectantes 
 Tratamento: Benzimidazol, levamisol, 
ivermectina 
 
 
Faamília strongyloididae 
Strongylus vulgaris 
 Local de predileção: intestino grosso 
 Hospedeiros: cavalos, asininos 
 Patogenia: as larvas lesam os vasos sanguíneos 
mesentéricos, o que produz cólica, infarto 
tromboembólico do intestino grosso. Os vermes 
adultos causam anemia e dano da mucosa 
intestinal 
 Diagnostico: cultura fecal para identificação das 
larvas infectantes 
 Tratamento: Bnezimidazol, levamisol, 
ivermectina 
 
 
 
 
 Manejar o nível de contaminação das 
pastagens 
 Tratando animais jovens 
 Manejo rotacionado de pastagens = 
deixar descansar os locais 
contaminados 
 Evite que os animais pastejem em 
áreas perto de fontes de agua (maior 
quantidade de larvas) 
 Retire as matérias fecais de pastagens 
 
 Usar corretamente os anti-helmínticos 
 Pesar os animais 
 Usar a dose certa 
 Usar a via certa 
 Tenha em conta o espectro de ação 
dos medicamentos 
 Monitorar periodicamente a carga 
parasitaria 
 Desparasite um mês antes da estação 
de monta e um mês antes da data 
provável de parto 
 Os anti-helmínticos devem ser 
utilizados de forma racional e sempre 
associados a outras praticas integradas 
de controle

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