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Ad2 Espaços Sociais de Formação Humana - 2020 2(Atualizado)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
	CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
	FACULDADE DE EDUCAÇÃO
	FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
Avaliação à Distância 2 (AD2) – 2020.1
Disciplina: Espaços Sociais de Formação Humana
Coordenadora: Jaqueline Luzia da Silva
Prezado(a) aluno(a),
Nesta Avaliação à Distância 2, solicitamos que você faça a leitura do seguinte texto e assista aos seguintes vídeos:
· Texto 6 – Módulo VI – “A funcionalidade do terceiro setor e das ONGS do capitalismo contemporâneo: o debate sobre sociedade civil e função social” (DUARTE, 2008).
· Vídeo 1 – Módulo VI – “Conheça melhor a história e como funcionam as ONG’s no Brasil”
· Vídeo 2 – Módulo VI - “Quanto vale ou é por quilo”
Após ler o texto e assistir aos vídeos, sua tarefa será a de produzir um texto que defina, reflita e problematize os conceitos de sociedade civil, Organização Não-Governamental – ONG, terceiro setor, privatização, precarização, filantropização, assistencialismo etc. E também discorra criticamente sobre a intervenção destes organismos no campo social/educacional, contextualizando o momento atual da sociedade brasileira.
Não serão aceitas citações literais dos textos ou cópias de textos da Internet, pois adiscussão realizada deve ser autoral, estabelecendo diálogo com os autores e os vídeos indicados.
O texto produzido deve conter, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, duas laudas. Deve ser formatado em letra Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5.
Análise reflexiva – Estado, Mercado e Sociedade Civil
	O conteúdo da disciplina aborda a movimentação da sociedade civil, assim como os interesses capitalistas e neoliberais enraizados na sociedade contemporânea. O Brasil foi cenário de diversos acontecimentos que geraram mudanças e transformações na sociedade. Começando pela implantação de políticas neoliberais que aqui surgiram a partir da década de 1990, instaurando um quadro de precarização das atividades profissionais e sua remuneração e garantias, indicando a privatização de empresas estatais, assim como a redução da participação do Estado nas áreas de atendimento sociais, abrindo espaço para que a sociedade civil (representada por organizações criadas pelos cidadãos, que reivindicam que o estado assuma o seu papel), passasse a assumir cada vez mais o compromisso com o fechamento dessa lacuna, descentralizando e isentando o Estado (1º Setor – Poder Público: Prefeitos, Governadores e Presidente) das suas responsabilidades com a promoção e viabilização do atendimento social, descaracterizando-o como parte integrante das políticas públicas.
	Com a redução das intervenções estatais nas questões sociais, surge uma precarização das políticas sociais que passam a se concentrar nas questões assistenciais, ou melhor, quase que exclusivamente ao combate da pobreza, isso é, atendendo a determinados grupos, fugindo de sua responsabilidade que abrange atender a todos os cidadãos, assegurando-lhes igualdade de acesso a todo conjunto de políticas públicas legitimadas e de direito. Consequentemente, a população de rua se expande, tornando a miséria e a fome uma evidente e triste realidade.
	O Estado que tem o dever de garantir por meio de ações bem elaboradas o acesso à educação, saúde, segurança, assistência e previdência social, cultura e lazer, passa a ter sua atuação social reduzida, seletiva e reducionista, dessa forma, nutrindo a precarização da administração voltada para as políticas sociais. Além disso, ocorre uma terceirização do atendimento destinado a uma grande parcela da população, sendo assumida pelo Terceiro Setor (representado por Entidades Filantrópicas, Fundações ONGs, OSCIPs, dentre outras organizações, que se identificam como privadas, não partidárias e eleitoreiras, e sem fins lucrativos), passa então a responder por essas demandas. Diante de tal fato, as políticas públicas sociais acabam sendo privatizadas, abrindo uma prerrogativa para o surgimento crescente de ações nos campos da saúde, educação e previdência privada, onde se constrói o conceito de que tudo que é bom e detém qualidade, estará sempre relacionado àquilo que pode ser pago.
Na década de 1980, a democracia grita por espaço, emergindo então a representatividade e liderança de Webert de Souza (Betinho), que mobiliza um pequeno grupo com o intuito de ajudar aos mais necessitados. Tal mobilização dá início ao programa de assistência social para sensibilizar e mobilizar toda sociedade a contribuir de alguma forma para amenizar e combater a fome, tamanha sua urgência. No entanto, o governo enxerga nesse movimento, a possibilidade de se eximir mais uma vez das suas responsabilidades sociais e transfere tal tarefa para a ONG. As ONGs assumem uma relevante contribuição no campo educacional, pois direcionam suas práticas para a conscientização, para o conhecimento dos direitos e deveres e principalmente para o desenvolvimento da cidadania plena. 
É fundamental esclarecer, que normalmente os custos com espaço, tempo e pessoas se tornam menores quando administrados e executados pelo terceiro setor, o que muitas vezes conduz o primeiro setor a disponibilizar recursos públicos para realização das ações gerenciadas pelo terceiro setor. Quando nos referimos ao Segundo Setor (na figura de todas as Empresas que visam e geram lucro como por exemplo, salões de beleza, supermercados, padarias, bancos, etc), essa contribuição é inexpressiva, podendo apoiar com valores, produtos e até com divulgação das campanhas. O mais comum é que essas empresas acionem o seu setor de responsabilidade social, que  normalmente se direcionam para projetos que pouco refletem positivamente na formação e construção da cidadania almejada. Não podemos esquecer das contribuições oriundas dos mais diversos cidadãos (financeiramente e com mão de obra voluntária), assim como de associações internacionais que também mantém e apoiam tais instituições.
O conceito de filantropia existe desde a época do Brasil Colônia, como demonstrado nos vídeos, era inicialmente uma prática da Igreja Católica que já redirecionava tais responsabilidades estatais para a sociedade, mantendo-se assim ao longo dos anos. Vale ressaltar que as ações desenvolvidas eram e continuam sendo basicamente de cunho assistencialista, onde os direitos adquiridos pelos cidadãos são tratados e oferecidos como se fossem favores, validando cada vez mais as desigualdades em nosso país e alimentando o status de dependência e pobreza de significativa parcela populacional brasileira. O cenário capitalista atual é o reflexo dos relatos aqui apresentados, demonstrando que pouco se avançou na direção da igualdade, da justiça e do valor social. A educação tem que ser prioridade, para que possamos vislumbrar um futuro com espaços democráticos, igualitários e humanos.
Referências bibliográficas:
· BIANCHI, S. Quanto Vale ou É por Quilo? Roteiro de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi do filme de Sergio Bianchi. São Paulo: Imprensa Oficial, 2008.
· CANAL FUTURA. Conheça melhor a história e como funcionam as ONG’s no Brasil. Jornal Futura, exibido em 30 abr 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7UHoExQtibw. Acesso em 18 de outubro de 2020.
· DUARTE, Janaína Lopes do Nascimento. A funcionalidade do terceiro setor e das ONGS do capitalismo contemporâneo: o debate sobre sociedade civil e função social. Libertas. Juiz de Fora v. 2, n. 2, p. 50-72, jul/2008.

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