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Estrongiloidíase: Ciclo, Transmissão e Patologia

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ESTRONGOLOIDIASE
· GERAL
- Femea partenogenética (possui poucos ovos sem precisar do macho);
- Vivem na mucosa duodenal (criptas de Lieberkuhn). Em casos graves, no intestino grosso e região pilórica do estomago; 
- Larva faz o ciclo pulmonar, podendo se espalhar por todo o corpo, inclusive cérebro;
- Se larva for ingerida (passiva), ela não faz o ciclo pulmonar, mas da origem a femea adulta no intestino;
- Não tem bainha, mas sim cauda entalhada;
- Macho e femea de vida livre copulam no solo, dando origem a larvas 3n que passa de rabditoide para filarioide onde penetram o hospedeiro;
- A femea é ovovípara (dentro do ovo já tem uma larva);
- Femea produz 3 tipos de ovo: larva n rabditoide (macho de vida livre, no solo), larva 2n rabditoide (femea de vida livre, solo) e larva 3n filarioide (passa para filarioide no próprio intestino e faz reinfecção interna, é defecada na forma rabditoide, sem passar para filarioide e, então no ambiente precisa encontrar outro hospedeiro;
- Doença pode durar muito anos devido a autoinfecção direta interna e externa; 
- Os cães e gatos tem o mesmo verme que os humanos, podendo haver infecção entre eles;
- Ovos alongados com casca transparente, em geral, com mórula dentro deles.
· CICLO
- DIRETO: larvas rabditoides no solo ou região perianal se transformando em larvas infectantes; 
- INDIRETO: larvas rabditoides produzem machos e femeas de vida livre, machos e femeas copulam, os ovos 3n dao origem as larvas rabditoides que se transformam em filarioide L3 que penetram na pele ou mucosa oral;
- APÓS PENETRAR: larvas filarioide L3 caem na circulação venosa e linfática, passam pelo coração e pulmão(L4)(ciclo pulmonar de Loss), L4 migram para faringe onde são deglutidas, no intestino delgado se tornam femeas 3n adultas.
· TRANSMISSÃO
- Heteroinfecção: L3 filarioide penetra pela pele;
- Autoinfecção externa: larvas na região perianal transformam em infectantes e penetram na pele (fraldas e roupas com resto de fezes);
- Autoinfecção interna: larvas filarioide penetram na mucosa intestinal, levando a doença por anos.
· PATOLOGIA
- No início pode ser assintomático ou em pacientes sensibilizados, haver eritema, prurido e manifestações urticariforme
- Dias depois pode surgir: tosse, expectoração e febre baixa (síndrome de Loeffler)
- Depois: desconforto abdominal, cólicas, dores vagas imitando úlcera péptica, surtos diarreicos, anorexia e vômitos 
- Na fase aguda, eosinofilia
- Nos casos graves: anemia, perda de peso, desidratação, astenia, irritabilidade nervosa ou depressão
- Pele: lesões discretas ou placas de eritema nos pontos de penetração, lesões urticariforme ao redor do anus 
- Ciclo pulmonar: dispneia, crise simulando asma, tosse, pequenas hemorragias no parênquima e pneumonite difusa ou síndrome de Loeffler, com presença de larva no escarro
- No duodeno e jejuno: lesões na mucosa quando os ovos eclodem e as larvas filarioide migram para o intestino. Inflamação catarral, pontos hemorrágicos e ulcerações
- Duodeno-jejunite pode levar a diarreia pelo aumento da peristalse, evacuações muco-sanguinolentas
- Fibrose e atrofia da mucosa, podendo levar a constipação, enterites 
OBS: NÃO dar corticoides: resíduos metabólicos simulam a ecdisona, o que aumenta a transformação de rabditoide para filarioide
· DIAGNOSTICO
- Exame de fezes frescas: larvas rabditoides L1 ativas no microscópio, não há ovos nas fezes;
- Coproscopia (métodos de rugai e baerman e coprocultura de Hara-Mori;
- Diagnóstico clínico: tríade com diarreia, dor abdominal e urticaria. 
· PREVENÇÃO
- Higiene;
-Controlar presença de cães;
- Andar calçado;
- Lavar bem as mãos.

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