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Introdução à Saúde Coletiva: AUDITORIA DO SUS E INSTRUMENTO DE GESTÃO DO SUS Quem controla o SUS? O controle do SUS é exercido pelo governo e pela sociedade; Pela sociedade, isso se dá por meio do Controle Social feito pelos Conselhos de Saúde; No âmbito governamental esse controle é realizado por órgãos de controle interno e externo. Quem controla o SUS? (controle primário) Controle Interno: É aquele em que o Poder Público controla suas próprias ações; Objetiva assegurar a execução destas dentro dos princípios básicos da administração pública; atividades de avaliação do cumprimento das metas; execução dos programas de governo; e dos orçamentos e de avaliação da gestão dos administradores públicos, Utiliza como instrumentos:o monitoramento, a avaliação de desempenho e a auditoria. Quem controla o SUS? Controle Externo: O controle é considerado externo quando é efetivado por um poder sobre o outro; É realizado por órgãos externos, que fiscalizam as ações da administração pública e seu funcionamento; Envolve a verificação do exercício regular da competência atribuída pela lei. Quem exerce? Controle interno: Realizado pelos técnicos das áreas de controle interno (ações de monitoramento, avaliação de desempenho e auditoria) dos entes federados que compõem o SUS e pela Controladoria Geral da União; As ações de auditoria realizadas por técnicos do SUS são de responsabilidade do Sistema Nacional de Auditoria (SNA); que é formado por componentes municipais, estaduais e federal; Quem exerce? Controle externo: Além do controle parlamentar direto, pelo Poder Legislativo, temos o controle pelos Tribunais de Contas (da União, dos Estados e dos Municípios); E por fim o controle dos Ministérios Públicos Federal e Estaduais. Auditoria do SUS: A auditoria do SUS deve verificar a execução das ações e serviços de saúde; Quanto aos aspectos orçamentário, operacional, patrimonial, além de analisar a conformidade do gasto, bem como dos processos e resultados. Portal da Transparência: dados referentes à gastos com a saúde em 2020 ORÇAMENTO ATUALIZADO PARA A ÁREA DE ATUAÇÃO SAÚDER$ 187,51 BILHÕES TOTAL DE DESPESAS EXECUTADAS PARA A ÁREA DE ATUAÇÃO SAÚDER$ 150,46 BILHÕES VALORES PAGOS VIGILANCIA EM SAUDE - 4.25% PROGRAMA DE GESTAO E MANUTENCAO DO PODER EXECUTIVO - 6.18% ASSISTENCIA FARMACEUTICA NO SUS - 7.48% ATENCAO PRIMARIA A SAUDE - 17.02% ATENCAO ESPECIALIZADA A SAUDE - 62.52% Gastos com a saúde em 2019: ORÇAMENTO ATUALIZADO PARA A ÁREA DE ATUAÇÃO SAÚDER$ 127,07 BILHÕES TOTAL DE DESPESAS EXECUTADAS PARA A ÁREA DE ATUAÇÃO SAÚDER$ 114,18 BILHÕES VALORES PAGOS PROGRAMA DE GESTAO E MANUTENCAO DO MINISTERIO DA SAUDE - 8.79% FORTALECIMENTO DO SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS) - 89.82% Gastos com a saúde durante a pandemia de COVID-19: De acordo com o Senado Federal, o Governo federal já gastou R$ 509 bilhões no enfrentamento à pandemia; O montante corresponde a 90% do que foi liberado de gastos relacionados à pandemia até 20 de dezembro (R$ 564,14 bilhões) e a 81,4% do planejado (R$ 625,57 bilhões); Ainda, de acordo com o Portal da Transparência, os Órgãos Superiores do Governo Federal com maior despesa durante a pandemia em 2020 foram: Ministério da Saúde - 7.50% Ministério da Economia - 34.11% Ministério da Cidadania - 56.48% Foco de atuação da auditoria do SUS: Verificar se as ações e os serviços de saúde estão sendo realizados em conformidade com os padrões e os critérios estabelecidos; Detectar situações de não conformidade e aprofundar na verificação e análise; Diretrizes para atuação da auditoria do SUS: Capilaridade, descentralização e integração para garantir atuação em todo o território nacional, com divisão e definição de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS; Integração com outros órgãos das estruturas gestoras do SUS, como planejamento, monitoramento e avaliação, regulação e vigilância em saúde e outros órgãos integrantes do sistema de controle interno e externo; Ênfase na mensuração do impacto das ações de saúde, na aplicação dos recursos e na satisfação do usuário. Por que a auditoria no SUS é importante? A auditoria do SUS é um dos instrumentos de controle interno que tem a finalidade de contribuir com a gestão por meio da análise dos resultados das ações e serviços públicos de saúde; Tem papel importante no controle do desperdício dos recursos públicos, colaborando para a transparência e maior credibilidade da gestão pública; A existência da área de auditoria traz benefícios ao SUS, pois instrumentaliza o gestor com dados sobre as fragilidades e potencialidades do sistema de saúde; otimiza o uso de recursos com a finalidade de diminuir o desperdício e combater a corrupção. O que é o SNA? O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é o conjunto de órgãos e unidades instituídos em cada esfera de governo, sob a direção do gestor local do Sistema Único de Saúde, com atribuição de realizar auditorias; O SNA foi instituído de forma descentralizada por meio de órgãos dos governos federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal pela Lei nº 8.689/93; O Decreto nº 1.651/95 estabeleceu que a estrutura e funcionamento do SNA, no plano federal, são indicativos da organização a ser observada por estados, Distrito Federal e municípios. Relação Auditoria e Conselhos de Saúde: Os relatórios de auditoria, emitidos pelos órgãos do SNA, subsidiam os conselheiros de saúde no desempenho do seu papel no controle social; Possibilita o acesso ao conteúdo das auditorias e o acompanhamento das recomendações feitas ao gestor do SUS. Relação Auditoria e Gestores: A auditoria é, antes de tudo, uma ferramenta de apoio à gestão, buscando orientar o gestor para corrigir distorções que porventura sejam detectadas; Nesse sentido, o relatório da auditoria visa contribuir para a elaboração e/ ou revisão dos instrumentos de gestão do SUS. Instrumentos de Gestão do SUS: O que são os instrumentos de gestão do sus? Os Instrumentos de Gestão em Saúde são os mecanismos que garantem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os seus níveis; A gestão do SUS é de responsabilidade da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que, por meio de seus órgãos gestores, utilizam vários instrumentos de gestão, objetivando garantir e aperfeiçoar o funcionamento do sistema de saúde. O que é o plano diretor de regionalização? O Plano Diretor de Regionalização, estabelecido pela NOAS/01, é parte integrante do Plano de Saúde estadual; Tem como função organizar de forma regionalizada e hierarquizada a assistência à saúde, de modo a garantir o acesso da população a todos os níveis de complexidade dos serviços de saúde. Principais objetivos do Plano Diretor de Regionalização: Aumentar a capacidade de gestão do SUS; Trabalhar de acordo com as necessidades da saúde e não em função das pressões de oferta; Incrementar as relações cooperativas e complementares entre gestores do sistema, com melhor definição de responsabilidades e dos compromissos estabelecidos; Fortalecer os instrumentos de consolidação dos pactos entre gestores do sistema; e melhorar o acesso de todos os cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde O que é a programação pactuada e integrada (PPI)? A Programação Pactuada e Integrada (PPI) é o instrumento de gestão por meio do qual, com base no Plano Diretor de Regionalização, se programam as ações que serão realizadas, uma vez que as prioridades já foram estabelecidas nas Agendas de Saúde e planejadas quando da elaboração dos Planos de Saúde; A Programação Pactuada e Integrada não pretende responder a todas as necessidades de programação das Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde; Restringe-se a alguns aspectos e questões de interesse ou de responsabilidade compartida,que envolvem a fixação de critérios de alocação de recursos do sus. Principais objetivos da Programação Pactuada e Integrada: Estimular o processo de planejamento e programação integrada entre os gestores municipais e o gestor estadual, por intermédio de instâncias integradas de planejamento e de acordos; orientar a organização do sistema de saúde e das redes de referência de caráter microrregional, regional ou estadual, de acordo com as necessidades identificadas; Principais objetivos da Programação Pactuada e Integrada: Explicitar os fluxos de referências intermunicipais, acordados entre os gestores, de forma a garantir o acesso de toda a população a todos os níveis de atenção; Orientar a alocação de recursos financeiros entre municípios, por meio da adoção de critérios claros e adequados de definição de limites financeiros, para custeio da assistência ambulatorial e hospitalar, em todos os municípios e da explicitação da parcela correspondente às referências intermunicipais pactuadas entre os gestores municipais. Plano de Saúde (PS): O Plano de Saúde (PS) é um instrumento básico de planejamento que deve representar as intenções e os resultados a serem buscados no âmbito da saúde de cada esfera da gestão do SUS para o período de 4 anos. Explicita os compromissos e as prioridades de saúde da União, Estado e Município a partir da análise situacional de saúde da população. A elaboração do Plano de Saúdedeve ser orientada pelas necessidades de saúde da população, considerando: Indicadores Plano de Saúde (PS): É vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações que não estão previstas no plano de saúde; Deve ser submetido à apreciação e à aprovação do respectivo Conselho de Saúde e disponibilizado em meio eletrônico no Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão – SARGSUS. Planos Estaduais e Municipais de Saúde: ·Os Planos Estaduais de Saúde (PES) deverão ainda explicitar a metodologia de alocação dos recursos estaduais e a previsão anual de recursos aos municípios, pactuada pelos gestores estaduais e municipais na CIB e aprovadas pelo Conselho Estadual de Saúde; A definição da equipe de elaboração do Plano Municipal de Saúde (PMS) é de extrema importância para a otimização do trabalho. Para tanto, os atores envolvidos nesse processo devem ser: Equipe de Elaboração do Plano Municipal de Saúde (PMS): Secretário Municipal de Saúde; Áreas técnicas da saúde no município; Conselheiros Municipais de Saúde; Representantes das demais secretarias municipais que possuam projetos/pro postas Inter setoriais com a saúde. Participação Popular no PS A transparência e a visibilidade serão também asseguradas mediante incentivo à participação popular e à realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e discussão do Plano de Saúde, conforme estabelece o parágrafo único do art. 31 da LC n. 141/2012. Plano Estadual de Saúde (PES): Programação Anual de Saúde (PAS): · A PAS já faz parte dos instrumentos de planejamento do SUS desde a Lei nº 8.080/90 · Este instrumento operacionaliza e anualiza as metas do Plano de Saúde, detalhando as ações, metas anuais e indicadores, além de prever a alocação dos recursos orçamentários a serem executados. ·Ela é elaborada no ano em curso e executada no ano subsequente. Deve coincidir com o período definido para o exercício orçamentário e a Lei Orçamentária Anual (LOA), sendo o subsídio para elaboração desta última. Programação Anual de Saúde (PAS): ·A PAS deve ser apresentada para discussão e aprovação pelo respectivo Conselho de Saúde, de acordo com a Lei Complementar, nº 141/12 · Conforme Portaria nº 3.332, de 28 de dezembro de 2006, do Ministério da Saúde (MS), artigo 3º, §1º, Para estados e municípios, a PAS deve conter: 1. a definição das ações, que no ano específico, irão garantir o alcance dos objetivos e o cumprimento das metas do Plano de Saúde; 2. a identificação dos indicadores que serão utilizados para o monitoramento da PAS; Programação Anual de Saúde (PAS): 2. a identificação dos indicadores que serão PAS. utilizados para o monitoramento da PAS; 3. previsão da alocação dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da Para a União, serão estabelecidas metas anualizadas do Plano de Saúde e a previsão da alocação dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da PAS. Programação Anual de Saúde: Programação Anual de Saúde (PAS): Portanto, os objetivos de se elaborar a PAS são: •integrar o planejamento das três esferas de governo de forma ascendente (partindo do nível local); •tornar viável o processo de regulação, controle e avaliação do sistema de saúde; •definir a alocação dos recursos financeiros, explicitar os pactos realizados e definir prioridades de ação para o ano. MUITO OBRIGADA! ALUNAS: Débora Silva de Sousa 01.2020.1.4340 Raquel Martins dos Anjos Ferreira 01.2020.1.4222 Rayane Bastos de Sousa 01.2020.1.4146 Renata Marinho Martins 01.2020.1.4593
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