Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CASOS CLÍNICOS AV2 ANÁLISES BIOQUÍMICAS E LÍQUIDOS CORPORAIS Caso Clínico 1- Um menino de 5 anos foi encaminhado para a emergência de um hospital particular, por sua mãe. Sua mãe relatou que o menino já estava apresentando um quadro de vômitos em jato matinais, sem náuseas, seguida de intensa sudorese e palidez nos últimos 3 meses. Há poucos dias passou a apresentar um quadro de cefaleia frontal muito forte. A mãe também alegou que já tinha passado por várias consultas médicas, sendo sugerido um quadro clínico gástrico ou parasitário. Mas através de exames, como hemograma e exames de fezes e a realização de endoscopia, tais suspeitas foram descartadas. Além desse quadro clínico inicial, a mãe relatou um movimento cambaleante do menino ao andar, assim como prostração, sem disposição para andar, relacionando com fraqueza. Não apresentou quadro de febre, hábito intestinal normal, sem convulsão ou perda de consciência. Vacinação normal. Pelo exame físico mostrou-se ser uma criança em regular estado geral, hidratada, mucosas coradas, sem edemas, normotensa, frequência respiratória e cardíaca normal, peso e altura de acordo com a idade. Abdomen flácido, indolor à palpação. Ao exame neurológico, mostrou algumas alterações, como dentre elas a marcha ataxia. Não apresentou rigidez da nuca. Pelo exame físico foi desconfiado um quadro ao nível neurológico, sendo, portanto, solicitado tomografia computadorizada do cérebro (TC). Pela TC pode-se observar lesão expansiva, captante de contraste, com calcificações puntiformes no seu interior, situada na linha média da fossa posterior. Evidenciou-se deslocamento anterior do IV ventrículo e grande dilatação do III e dos ventrículos laterais. O diagnóstico mais provável foi de neoplasia de fossa posterior com quadro de hipertensão intracraniana. Dessa forma, a criança foi encaminhada para a internação imediatamente. Logo após a sua internação, ocorreu a coleta do líquido cefalorraquidiano como exame complementar para o fechamento do diagnóstico. a) Por que a coleta do líquor, nessa situação, é de extrema importância para a confirmação desse caso clínico? b) Que tipo de punção seria mais adequada para a confirmação desse quadro? Justifique a resposta. c) Através da análise do líquor em seus aspectos físicos, bioquímicos, citológicos e microbiológicos, quais alterações poderiam ser observadas para a confirmação desse quadro clínico? d) Algum exame complementar poderia ajudar para a confirmação de tal quadro clínico? Justifique a sua resposta. Caso Clínico 2- Um homem de 57 anos, advogado, casado, deu entrada na emergência de um hospital, referindo-se de forte dor abdominal, febre em torno de 38°C, evacuações diarreicas aquosas há cerca de 24 horas. Na anamnese confirmou ser alcóolatra. No exame clínico apresentou PA normal, porém com um quadro de insuficiência respiratória que acometeu na frequência cardíaca. Mostrou estar desidratado com o nível de consciência alterado, assim como aparentemente ictérico e ascite de grande volume. Foi solicitado diversos exames, como hemograma, bilirrubina total, indireta, direta, AST, ALT, albumina séricas para a confirmação do quadro de cirrose. Assim como uma ultrassonografia abdominal. Pelo hemograma pode-se confirmar um quadro de leucocitose grave, bilirrubina total, assim como a direta altas, AST um pouco elevado, mas com ALT muito elevado, hipoalbuminemia. A preocupação foi principalmente em relação à alta leucocitose, sugerindo um quadro de peritonite bacteriana espontânea em cirrótico descompensado enteroinfecção (gastroenterocolite). Para a confirmação do quadro, o paciente foi encaminhado para uma paracentese. a) Explique a relação do quadro de ascite com os resultados dos exames. b) Explique a importância de ser realizar a paracentese para a confirmação do quadro clínico. c) Explique de forma a análise do líquido ascítico pode confirmar o quadro clínico acima, ressaltando os parâmetros analisados e possíveis alterações durante a sua análise. d) Quais exames complementares poderiam confirmar o quadro clínico acima? Caso Clínico 3- R.C.S.M, 65 anos, procurou um médico há 1 mês atrás em um consultório, com queixa principal de “falta de ar, tosse e dor torácica” que já estava persistindo a cerca de 3 semanas, assim como apresentado alguns episódios de febre vespertina, inapetência e emagrecimento. Mas sua preocupação maior é que a tosse durante esse período mostrou piora juntamente com o aparecimento de dor torácica. O médico portanto, encaminhou para a realização de radiografia simples de tórax. Pela radiografia pode-se contatar a presença de um derrame pleural e elevação e alteração da conformidade do diafragma. O tratamento foi iniciado com antibióticos (amoxicilina/clavulanato). Exame físico: Observou-se emagrecimento, hipocorada, presença de murmúrio vesicular abolido em 2/3 inferiores de hemitórax direito com crepitações difusas. Exames laboratoriais: Leucocitose, ureia 22 mg/dl; creatinina 0,5 mg/dl; glicemia em jejum 250 mg/dL; Após o pedido de tomografia do tórax observou-se: derrame pleural volumoso localizado no hemitórax direito; presença de gás com nível hidroaéreo de permeio a área de consolidação; pequeno derrame pleural a esquerda; faixas atelectásicas em lobo médio; mediastino centrado; sem evidência de linfonodomegalias. Após esse período de tratamento, com tais medicamentos, houve uma piora no quadro clínico, e com isso o aumento da frequência da febre e intensa dispneia. Por isso, retornou a um médico pneumologista, e esse, observou por exame de imagem um aumento do volume do derrame pleural. Dessa forma, a paciente, foi encaminhada para internação para coleta de escarro e solicitação de toracocentese para análise do líquido pleural. O exame de escarro teve como resultado BAAR negativo, e a análise do líquido pleural confirmou a piora do quadro clínico confirmando um quadro de empiema. a) Explique os possíveis quadros clínicos apresentados pela paciente a partir dos exames laboratoriais, e quais exames complementares auxiliariam na confirmação dessas suspeitas clínicas. b) Explique a presença do derrame pleural com o quadro clínico confirmado. c) Explique a partir da análise do líquido pleural como se confirma um quadro clínico infeccioso. d) Explique como a análise do líquido pleural pode descartar o quadro de tuberculose, uma vez já negativada inicialmente pelo teste de escarro, e confirmar um quadro de empiema. Caso clínico 4- Uma menina branca de 11 anos tem mostrado nos últimos 15 dias um quadro de polidipsia e polifagia. Porém, foi levada pelos seus pais ao pronto-socorro por estar apresentando cerca de 12 horas um quadro de náuseas, vômitos, fraquezas, dor abdominal e confusão mental. Pelo exame físico revelou estar emagrecendo de forma muito acentuada, assim como um quadro de desidratação com taquipneia, taquicardia e sem resposta aos comandos verbais. O exame hemograma mostrou normal, porém a glicemia por capilaridade revelou-se 400 mg/dl. Dessa forma, houve suspeita de um quadro de diabetes mellitus. Assim, a paciente foi encaminhada para diversos exames laboratoriais para a confirmação do quadro de DM1, que costuma ser autoimune nessa idade. a) O que a princípio levou a confirmação de Diabetes Mellitus? b) Explique a relação da sintomatologia com o quadro clínico suspeito de DM1. c) Explique quais são os exames indicados para a confirmação desse quadro clínico, ressaltando as possíveis alterações que podem ser observadas. d) Explique que possíveis alterações podem ser reveladas pelos exames laboratoriais de confirmação de DM1 autoimune. Caso Clínico 5- U.S, do sexo masculino, 48 anos, branco, com sobrepeso, procura o serviço de emergência por ter acordado pela manhã com intensa dor no joelho direito, a ponto de não conseguir flexioná-lo ou apoiar o membro inferior no chão. No exame físico-clínico observou-se temperatura axilar de 37,5oC,frequência cardíaca de 101 bpm e pressão arterial de 160/100 mmHg. Não confirmou quadro de hipertensão, mas sim de dislipidemias sem tratamento. Não mostrou particularidades no aparelho cardiovascular, no respiratório e no exame físico do abdome. A partir do exame osteoarticular, constatou-se hipersensibilidade ao toque e à mobilização do joelho direito, associada a edema, hiperemia e elevação da temperatura local. Para investigação complementar, realizou-se raio X do joelho direito, o qual pode-se evidenciar edema de partes moles, sem alterações na articulação. No hemograma, verificam-se 13.000 leucócitos, creatinina de 1,3 mg/dL e ácido úrico de 7,9 mg/dL. Portanto, dentro do quadro clínico apresentado, foi solicitado a realização da punção articular do joelho direito para análise do líquido sinovial para a confirmação do quadro clínico suspeito. A partir do material, turvo, não viscoso e não purulento do líquido sinovial pode-se confirmar o quadro de Gota. a) De que forma a análise do líquido sinovial pode contribuir para a confirmação do quadro clínico acima? b) Relacione o quadro de Gota com as alterações observadas os exames laboratoriais. c) Explique quais possíveis alterações podem ter sido observadas para a confirmação de Gota pela análise de líquido sinovial. d) Que exames complementares poderiam ter sido sugeridos pelo médico para a confirmação do quadro clínico acima?
Compartilhar