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Primeira e segunda semanas Fecundação • Idade gestacional: idade de fertilização + 2 semanas (40 semanas) - contada após o último dia de menstruação. • Idade de fertilização: usada nas provas (38 semanas) - contada após a ovulação. • Dá início ao desenvolvimento humano, formando o zigoto logo após sua ocorrência; • O período fértil da mulher tem duração de 24h; à caso a fecundação não ocorra o ovócito é degradado após 24h • Num ciclo de 28 dias, o período fértil ocorre no 14º dia; • Ovulação: é a liberação do ovócito II na tuba uterina, que começa a ser degradado após esse período; - A cada mês é liberado um ovócito em uma tuba uterina diferente; - Caso seja liberado dois ou mais ovócitos e forem fecundados, ocorrerá a gravidez de gêmeos não-idênticos; • O espermatozoide tem um maior período de vida, chegando a atingir 3 dias; - O espermatozoide com maior tempo de vida é aquele que contem o cromossomo X, ou seja, meninas; - O espermatozoide masculino tem menor tempo de vida, mas maior velocidade; - “Tabelinha”: considera-se 3 dias antes do dia fértil e 3 dias depois pois é o período que o espermatozoide pode sobreviver e o tempo após a ovulação que o ovócito demora para ser degenerado. → Ovócito: • Corona radiata: camada celular que envolve o ovócito e possui um número de camadas celulares não definidas; • Zona pelúcida: não é celular, mas proteica e tem como função a nutrição do ovócito enquanto é desenvolvido no folículo no interior do ovário; • A mulher libera um ovócito por mês; • O número de ovócitos liberados pela mulher já é pré-estabelecido e limitado (cerca de 450 liberados ao longo da vida fértil); - Folículo ovariano: junção do ovócito com as células presentes no interior do ovário; - Atresia folicular: são produzidos milhares de ovócitos na vida intrauterina da mulher, porém, uma imensa parte deles é degradada pelo próprio organismo durante a maturação do ovócito I (estava estacionado na meiose I) no interior do ovário; • Menopausa: degradação de todos os ovócitos II restantes; Marianne Barone (T15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (T15A) Embriologia – Prof. Elaine Mendes • O uso de contraceptivos ou o período gestacional diminuem a quantidade de ovócitos liberados; • O anticoncepcional hormonal age impedindo a liberação do ovócito; • A pílula do dia seguinte impede a implantação do zigoto nas paredes do útero, pela descamação do endométrio; • Antro: cavidade preenchida pelo líquido folicular, que vai aumentando e exercendo pressão na parede do ovário, o que causa a ovulação; à aumento da quantidade de antro: algumas células foliculares continuam aderidas no ovócito ( = futura corona radiata) após a ovulação, enquanto outras continuam no próprio ovário; • Corpo lúteo: após a ovulação, é deixada uma cavidade no ovário, que é “cicatrizada” pelas células que foram deixadas no ovário pela saída do ovócito. Quando a mulher engravida, o corpo lúteo é mantido até o meio da gestação e responsável pela produção da progesterona. Caso não ocorra, o corpo lúteo é degradado, os níveis de progesterona caem e ocorre a menstruação; - Progesterona: inibe contração do músculo liso do útero (contração do miométrio = cólica); • Ovário policístico: cisto = “bolsa” com líquido dentro (folículo é um cisto). No ovário policístico há um aumento do número de cistos/folículos porém sem o ovócito em seu interior; • A menstruação é a descamação do endométrio, que possui vasos e glândulas e, por isso, ocorre o sangramento e liberação de “coágulos”; • No caso da endometriose, o endométrio é formado em locais que não sejam a parede do útero, como tuba uterina ou ovário; - Dificulta a passagem do espermatozoide pela tuba uterina e o encontro com o ovócito; - Caso ocorra a fecundação, há um aumento da chance de ocorrer a gravidez ectópica (que não segue o normal, que é fecundação na tuba uterina e nidação no endométrio); • Ovulo = ovócito após a fertilização, pois é desencadeado o término da meiose com a inserção do material genético masculino no interior do ovócito. Quando ocorre a fundição dos núcleos, chama-se de zigoto, portanto, o óvulo tem uma curta duração. → Espermatozoide: • A cada ejaculação são liberados milhões de espermatozoides; • Acrossomo: possui enzimas digestivas responsáveis pela digestão da zona pelúcida e garantem a passagem por ela à enzimas: acrosina e hialuronidase • Peça intermediária: aglomerado de mitocôndrias para uma alta produção de ATP necessária para a movimentação do flagelo e do espermatozoide • Capacitação: o organismo da mulher produz enzimas que agem na superfície do espermatozoide e degradam as glicoproteínas que o envolvem em sua cabeça. Espermatozoides não capacitados (que possuem glicoproteínas) não conseguem fertilizar; • Quimiotaxia: atração química para a tuba uterina onde encontra-se o ovócito II através do hormônio progesterona, que é produzido pelas células da corona radiata, aumentando as chances de reprodução; • Hiperativação: mudança na velocidade e trajeto, tendo um movimento mais curvilíneo. Não se sabe exatamente o motivo de ocorrer, mas é crucial para a fertilização; • Contato e reconhecimento: acontece na zona pelúcida pelo reconhecimento de proteínas que constituem a membrana do acrossomo. Este mecanismo é o que não permite que ocorra fecundação entre duas espécies diferentes. Caso ocorra o reconhecimento, há a reação acrossômica, que é a liberação das enzimas que digerem a zona pelúcida e permitem a penetração do espermatozoide; • Fusão de membrana: as membranas do espermatozoide e do ovócito são fundidas; - A partir do momento em que há o contato do espermatozoide com a membrana do ovócito ocorre um fenômeno chamado “reação de zona”, que altera a permeabilidade da membrana do ovócito e impede a entrada de novos espermatozoides no interior do então ovário (vira ovário depois da fecundação), buscando manter os números de cromossomos viáveis e não causar mutações no zigoto. ▷ Caso 2 ou mais espermatozoides fecundem um mesmo ovócito, seria formado um individuo triploide (3n = 69), algo inviável a vida. O embrião chega a ser formado (mola incompleta), porém, ocorre aborto; ▷ Mola completa: ocorre a formação de ovócito sem núcleo e, após a fecundação, como não há o “encontro” dos materiais genéticos do pai e da mãe, o material do pai é duplicado, assim, apenas seu material genético está presente. Não há a formação de embrião. → Eventos: • A fecundação ocorre no interior da tuba uterina; à gravidez ectópica: implantação do zigoto em locais que não são o útero, o que pode ocorrer nas paredes da tuba uterina • Ela estimula o ovócito a completar sua segunda divisão meiótica, causa a maturação do ovócito e dá início a clivagem do zigoto; • Passagem do espermatozoide pela corona radiata; • Penetração na zona pelúcida; • Fusão das membranas plasmáticas; • Termino da meiose; • Formação dos pronúcleos (aumento de volume e tamanho do núcleo, aumentado a chance de ocorrer a fusão, ocorrendo no ovócito e espermatozoide) • Fusão dos pronúcleos; • Resultados: - Estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica; - Restaura o número diploide da espécie humana; - Determina o sexo cromossômico do embrião; - Início da clivagem; • A zona pelúcida é mantida até cerca do 5º dia, tendo uma importância para dificultar a adesão do futuro embrião em regiões que não sejam o endométrio, resultando em uma gravidez ectópica tubária; à gravidez ectópica: implantação do zigoto em locais que não são o útero, o que pode ocorrer nas paredes da tuba uterina • A tuba uterina tem em seu tecido epitelial cílios que atuam com o muco na movimentação do óvulo; • Clivagem = primeiras divisões mitóticas; • Blastômero = primeirascélulas. 1ª semana de desenvolvimento → Clivagem: • A clivagem do zigoto consiste em múltiplas divisões mitóticas, que diminuem o tamanho das células e aumentam seu número (blastômeros); • O fenômeno ocorre enquanto o zigoto, que permanece no interior da zona pelúcida, passa pela tuba uterina; • Mórula: estrutura composta por cerca de 32 blastômeros de forma compacta, com alta adesão celular; à compactação → Formação do blastocisto: • Após a mórula alcançar o útero, é formada em seu interior uma cavidade que é preenchida por um líquido; • Blastocisto: resultado da absorção de fluído secretado pelas glândulas do útero pela mórula, o que “empurra” as células internas para um polo. Não existe mais a zona pelúcida; • Pela presença desse líquido, as células dos blastômeros são separadas em duas partes: o trofoblasto e embrioblasto; - Embrioblasto: aglomerado interno das células. Blasto que vai produzir o embrião; à primeiro processo de diferenciação celular, que se diferenciam em tecidos do embrião - Trofoblasto: camada de células externa. Blasto que irão se diferenciar em tecidos placentários; à forma a parede do blastocisto • Durante esse período da gestação, o “embrião” recebe o nome de blastocisto; • Ainda na primeira semana, o blastocisto entra em contato com o epitélio do endométrio, onde o trofoblasto é dividido em 2 estruturas: - Citotrofoblasto: uma camada mais interna no “meio” do sinciciotrofoblasto; - Sinciciotrofoblasto: uma massa de células invasoras do endométrio que garantem a implantação do blastocisto. Responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez; • O blastocisto eclode a zona pelúcida antes do contato com o endométrio, para não ter nada “atrapalhando” a implantação; • O sinciciotrofoblasto dá início a sua invasão no endométrio. Ele libera enzimas que digerem o endométrio e facilitam a implantação no endométrio; à ele entra pelo polo embrionário (onde está o • Hipoblasto: camada de células que aparecem na superfície interna do blastocisto e está presente, também, “entre” o embrioblasto e a cavidade blastocística, revestindo o embrioblasto. → Formação de gêmeos: • Gêmeos não-idênticos: dois ovócitos diferentes fecundados por dois espermatozoides; à gêmeos fraternos • Gêmeos idênticos/monozigóticos: por falha de alguma proteína de adesão celular, o conjunto de células são separados em gerando números maiores que um de embrioblastos com mesmo DNA, por serem resultado de uma mesma fertilização; - Univitelinos: 1 placenta, 2 embrioblastos, 1 trofoblasto; - Bivitelinos: 2 placentas, 2 embrioblastos, 2 trofoblastos; • Gêmeos idênticos podem ser bi ou uni vitelinos; • Univitelinos: desenvolvem-se em uma mesma placenta; à idênticos = a falha na adesão ocorre já no blastocisto, onde apenas o embrioblasto é dividido e gera mais embriões. Quando apenas uma parte do embrioblasto permanece ligada, são gerados gêmeos siameses • Bivitelinos: desenvolvem-se em placentas diferentes; à idênticos = falha na adesão antes de formar o blastocisto, que divide a mórula em duas, formando dois trofoblastos e dois embrioblastos. 2ª semana de desenvolvimento • Há a implantação total do blastocisto no endométrio; à nidação = implantação no endométrio • A implantação é um trabalho conjunto do sinciciotrofoblasto e do endométrio (expressa proteínas que auxiliam na fixação à janela de implantação); • Ocorre a reorganização do embrioblasto, que o divide em duas cavidades. Com a força exercida na implantação no endométrio e a pressão exercida pelo líquido presente na MEC do tecido conjuntivo atuam pressionando as células do embrioblasto, formando o disco embrionário bilaminar, dividido em epiblasto e hipoblasto; - Hipoblasto: camada celular do disco embrionário voltada para a cavidade inferior; à forma o teto da cavidade inferior junto com a membrana exocelômica - Epiblasto: camada celular do disco embrionário voltada para a cavidade amniótica; • A cavidade superior é chamada de cavidade amniótica, em que o líquido que a preenche foi absorvido do meio externo. Após a 10ª semana, a maior parte do líquido amniótico é urina do feto e substâncias secretadas pelas células do âmnio; • A cavidade inferior é o saco vitelino. Parte dele é absorvido para o interior do feto, constituindo os sistemas digestivo e partes do circulatório e a bexiga urinária; • Hipoblasto + membrana exocelômica = revestimento da vesícula umbilical primitiva; • O disco embrionário situa-se entre a cavidade amniótica e a vesícula; • As células do endoderma da vesícula produzem o mesoderma extraembrionário, que passa a envolver o âmnio e vesícula umbilical, que possibilitam os movimentos das células do disco embrionário; • Ao mesmo tempo que os eventos anteriores ocorrem, são formadas no sinciciotrofoblasto lacunas que são preenchidas pelo sangue da mãe que foi liberado com o rompimento de vasos no endométrio, dando início a circulação sanguínea; à por difusão ocorrem as trocas e oxigenação do sangue • Por volta do 10º dia o embrião e suas membranas já estão totalmente implantados no endométrio; • Para evitar sangramentos, o “buraco” no endométrio é fechado por um tampão; • As lacunas do sinciciotrofoblasto são unidas, formando uma rede lacunar com maior predominância ao redor do polo embrionário; • Conforme o trofoblasto vai sofrendo essas mudanças, surgem nele os espaços celômicos extraembrionários pelo aumento do mesoderma extraembrionário, que logo se unem e formam o celoma extraembrionário; • Com o aparecimento do celoma extraembrionário, a vesícula umbilical primitiva diminui e forma a vesícula umbilical secundária, sendo formada por células que migram do hipoblasto; à não possui vitelo • O celoma extraembrionário envolve todo o âmnio e a vesícula umbilical, com exceção da região que está ligada ao córion pelo pedículo de conexão; • Córion: membrana fetal mais externa; • Vesícula umbilical = saco vitelino (não tem vitelo em humanos). → Desenvolvimento do saco coriônico: • O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias; • Vilosidades coriônicas: são processos vasculares do córion, que são o primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta (troca metabólica entre feto e mãe); • A parede do saco coriônico é formada pelo córion (= trofoblasto [duas camadas] + uma parte do mesoderma extraembrionário); • O embrião, saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensas no saco coriônico pelo pedículo de conexão; - Pedículo de conexão: futuro cordão umbilical; • O embrião ainda tem formato de um disco embrionário bilaminar plano, mas suas células hipoblásticas são cilíndricas e formam uma região circular chamada de placa pré-cordal; • Placa pré-cordal: futuro local da boca; à indicar a região que desenvolverá a região cefálica ocorre no hipoblasto - Placa = células que possuem uma maior altura quando se comparando com as células próximas a ela.
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