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Ausculta Pulmonar (Aparelho Respiratório)

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LAYSE MELO 
SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
 
 
AUSCULTA 
 
É o método propedêutico mais útil para 
exploração do aparelho respiratório, por meio do 
qual se avalia a propagação sonora do fluxo aéreo 
pela árvore traqueobrônquica – dividido em sons 
respiratórios normais ou patológicos (ruídos 
adventícios) – e também a propagação sonora 
vocal pelas estruturas torácicas (broncofonia). 
 
 
 
▶ Método 
 
Comparação dos pontos simétricos com o 
estetoscópio no sentido do ápice para a base. 
O estetoscópio deve ser movimentado de um 
segmento pulmonar a outro em cada hemitórax. 
 
-De início, o examinador coloca-se atrás do 
paciente, que não deve forçar a cabeça nem 
dobrar excessivamente o tronco. 
- O paciente deve estar, preferencialmente, 
sentado, com o tórax total ou parcialmente 
descoberto. 
- É importante solicitar ao paciente que respire 
um pouco mais profundamente com os lábios 
entreabertos. 
- O receptor mais adequado é o de diafragma, 
usando-se os de menor diâmetro no exame de 
crianças. 
 
 
 
 
▶ Sons respiratórios normais 
 
- Som traqueal 
- Respiração brônquica ou broncovesicular 
- Murmúrio vesicular 
 
 
 
 
 
 
▶ Som traqueal 
 
Permite a ausculta do componente inspiratório e 
expiratório, que podem ser facilmente 
diferenciados. 
 
- Audível sobre a traqueia ou sobre a laringe, nas 
regiões anterolaterais do pescoço e acima da 
Fúrcula. 
- O ruído inspiratório é mais soproso, enquanto o 
expiratório é mais forte e prolongado. 
- Localização fora do habitual: condensação do 
parênquima pulmonar. 
 
 
▶ Respiração brônquica 
 
Trata-se de uma associação dos outros dois sons 
(transição entre o som traqueal e o murmúrio 
vesicular). 
- Sua localização normal se restringe às regiões 
próximas aos brônquios principais: 
anteriormente no primeiro e no segundo espaços 
intercostais e posteriormente na região 
interescapular. 
 
- A respiração brônquica é muito semelhante à 
traqueal diferindo-se por apresentar um 
componente expiratório menos intenso. 
 
- A respiração brônquica corresponde ao som 
traqueal na zona de projeção dos brônquios de 
maior calibre, na face anterior do tórax, próximo 
ao esterno. 
 
- Quando encontrado na periferia, indica aumento 
da densidade do parênquima pulmonar (p. ex.: 
nas condensações pulmonares). 
 
 
 
LAYSE MELO 
SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
 
 
 
▶ Murmúrio vesicular 
 
Ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do 
tórax são produzidos pela turbulência do ar 
circulante ao chocar-se contra as saliências das 
bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades 
de tamanhos diferentes, tais como bronquíolos 
para os alvéolos e vice-versa. 
Produzido pelo fluxo turbulento do ar nos 
brônquios lobares e segmentares, e não nos 
alvéolos. 
 
- O componente inspiratório é mais intenso, mais 
duradouro e de tom mais alto que o expiratório. 
- Não existe pausa entre eles. 
- Som suave audível sobre a maior parte 
periférica do pulmão, exceto onde se encontra a 
respiração brônquica/broncovesicular (regiões 
esternal superior, interescapulovertebral direita e 
no nível da 3a e 4a vértebras dorsais) 
 
- Pode estar ausente (p. ex.: derrames pleurais) 
ou diminuído (p. ex.: enfisema difuso). 
 
 
 
 
 
▶ Respiração broncovesicular 
 
Neste tipo de respiração, somam-se as 
características da respiração brônquica com as do 
murmúrio vesicular. Deste modo, a intensidade e 
a duração da inspiração e da expiração têm igual 
magnitude, ambas um pouco mais fortes que no 
murmúrio vesicular, mas sem atingir a intensidade 
da respiração brônquica. 
 
- Auscultada na região esternal superior, na 
interescapulovertebral direita e no nível 
da terceira e da quarta vértebra dorsal. 
 
- Sua presença em outras regiões indica 
condensação pulmonar, atelectasia por 
compressão ou presença de caverna. 
 
 
 
 
▶ Sons respiratórios Anormais ou 
Ruídos Adventícios 
 
 
São achados da ausculta que indicam alteração da 
normalidade. Podem ter origem nas vias 
respiratórias, na pleura ou em ambas. 
 
 
 
▪ Sons anormais contínuos 
- Roncos 
- Sibilos 
- Estridor 
 
▪ Sons anormais descontínuos 
- Estertores 
 
▪ Som anormal de origem pleural 
- Atrito pleural 
 
 
CONTÍNUOS 
 
▶ Roncos 
 
São sons grosseiros e de intensidade elevada, 
ocasionados pela passagem de ar através de vias 
aéreas de grosso calibre que apresentam 
secreções acumuladas. 
- Como o ruído é produzido pelo deslocamento das 
secreções, pode modificar-se com a tosse. 
- Podem ocorrer tanto na inspiração quanto na 
expiração. 
 
*Diferença entre sibilo e ronco: tonalidades mais 
graves para os roncos e mais agudas para os 
sibilos. 
*Igualdades: Ocorrem tanto na inspiração quanto 
na expiração. 
 
 
▶ Sibilos 
 
São causados pela passagem rápida do fluxo aéreo 
por uma via que se encontra com calibre muito 
reduzido, cujas paredes oscilam entre a posição 
fechada e pouco aberta. 
 
- Sons agudos de alta frequência. 
- Também se originam de vibrações das paredes 
bronquiolares e de seu conteúdo gasoso. 
- São múltiplos e disseminados por todo o tórax 
quando provocados por enfermidades que 
comprometem a árvore brônquica toda. 
- Ocorre tipicamente na asma e bronquite. 
 
 
▶ Estridor 
 
É um ruído basicamente inspiratório produzido 
pela obstrução da laringe ou da traqueia, fato que 
pode ser provocado por difteria, laringite aguda, 
câncer da laringe e estenose da traqueia. 
 
 
 
LAYSE MELO 
SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
 
 
- Quando a respiração é calma e pouco profunda, 
a intensidade do estridor é pequena, mas, na 
respiração forçada, o aumento do fluxo de ar 
provoca significativa intensificação deste som. 
 
 
DESCONTÍNUOS 
 
 
▶ Estertores 
 
São ruídos ouvidos na inspiração e expiração, 
superpondo-se aos sons respiratórios normais. 
Podem ser finos ou grossos. 
- Trata-se de sons abruptos ou explosivos, 
de curta duração, definidos como resultado 
da equalização explosiva da pressão do 
gás entre dois compartimentos do pulmão, 
quando uma sessão fechada das vias aéreas 
que os separa se abre subitamente. 
 
- Podem ser classificados quanto à fase 
(inspiratórios, expiratórios, precoces ou tardios) e 
quanto ao timbre (fino ou grosso), dependendo do 
calibre da via aérea afetada. 
 
▶ Estertores finos: ocorrem no final da 
inspiração, têm frequência alta – ou seja, são 
agudos – e duração curta. 
 
Não se modificam com a tosse e são 
tradicionalmente comparados ao ruído produzido 
pelo atrito de um punhado de cabelos junto ao 
ouvido ou ao som percebido ao se fechar ou abrir 
um fecho tipo velcro, desses usados em aparelho 
de pressão. 
 
São ouvidos principalmente nas zonas pulmonares 
influenciadas pela força da gravidade (bases 
pulmonares). 
 
- Estão relacionados com a abertura das vias 
aéreas terminais, que colapsam durante a 
expiração, devido, sobretudo, à perda do 
parênquima elástico pulmonar, o qual sustenta 
tais vias desprovidas de cartilagem 
(os bronquíolos). 
 
- Áreas que predominam: Bases pulmonares. 
 
- Tais alterações são vistas, sobretudo, na doença 
pulmonar obstrutiva crônica, na fibrose cística e 
em neoplasias. 
 
 
 
 
 
 
▶ Estertores grossos: têm frequência menor e 
duração maior que os finos. Sofrem nítida 
alteração com a tosse e podem ser ouvidos em 
todas as regiões do tórax. 
 
- Parecem ter origem na abertura e no 
fechamento de vias respiratórias que contêm 
secreção 
viscosa e espessa, bem como pelo afrouxamento 
da estrutura de suporte das paredes brônquicas. 
 
- São audíveis no início da inspiração e durante 
toda a expiração. 
 
- Áreas que predominam: Todas as áreas do 
tórax. 
 
- Ocorrem principalmente nos portadores de 
bronquite crônica e bronquiectasia. 
 
 
 
 
 
ORIGEM PLEURAL 
 
▶ Atrito pleural: ruído produzido pelo atrito 
entre os folhetos pleurais que se encontram 
alterados por algum processo inflamatório, 
descrito como “couro deslizando sobre couro” e 
correspondente à ausculta do frêmito pleural 
identificado na palpação. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Porto, CelmoCeleno. Exame clínico. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
 
Porto, Celmo Celeno. Semiologia médica. 8. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
 
Massaia, I. F. D. Propedêutica médica da criança ao idoso. 2. 
ed. -- São Paulo: Atheneu Editora, 2015.

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