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Patologias hepáticas

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PATOLOGIAS HEPÁTICASpatologias hepáticas
Introdução
O fígado é a glândula mais pesada do
corpo, pesando aproximadamente 1,4
kg em um adulto médio.
De todos os órgãos do corpo, é o
segundo em tamanho, perdendo
apenas para a pele. O fígado
encontra-se inferiormente ao
diafragma e ocupa a maior parte do
hipocôndrio direito e parte das regiões
epigástricas da cavidade
abdominopélvica).
O fígado é quase totalmente coberto
pelo peritônio visceral e é
completamente coberto por uma
camada de tecido conjuntivo denso
irregular que se encontra
profundamente no peritônio.
O fígado é dividido em dois lobos
principais – um lobo hepático direito
grande e um lobo hepático esquerdo
menor – pelo ligamento falciforme, uma
prega do mesentério.
Embora muitos anatomistas
considerem que o lobo direito inclui o
lobo quadrado inferior e o lobo
caudado posterior, de acordo com a
morfologia interna (principalmente a
distribuição dos vasos sanguíneos), os
lobos quadrado e caudado mais
apropriadamente pertencem ao lobo
hepático esquerdo.
HISTOLOGIA
Hepatócitos.
Os hepatócitos são as principais
células funcionais do fígado e
realizam uma grande variedade de
funções metabólicas, secretoras e
endócrinas.
São células epiteliais especializadas
com 5 a 12 lados que compõem
aproximadamente 80% do volume do
fígado.
Os hepatócitos formam arranjos
tridimensionais complexos chamados
lâminas hepáticas. As lâminas
hepáticas são placas de hepatócitos
de uma célula de espessura limitada
em ambos os lados por espaços
vasculares revestidos por células
endoteliais chamados sinusoides
hepáticos.
As lâminas hepáticas são estruturas
irregulares altamente ramificadas. Os
sulcos nas membranas celulares entre
hepatócitos vizinhos oferecem
espaços para os canalículos
(descritos a seguir) para os quais os
hepatócitos secretam bile. A bile, um
líquido amarelo, marrom ou
verde-oliva secretado pelos
hepatócitos, atua tanto como um
produto de excreção quanto como
uma secreção digestiva.
Lóbulo hepático
Canalículos de bile.
Os canalículos de bile são pequenos
ductos entre os hepatócitos que
coletam a bile produzida pelos
hepatócitos. Dos canalículos de bile, a
bile passa para os ductos biliares e, em
seguida, para os ductos biliares.
Os ductos biliares se unem e, por fim,
formam os ductos hepáticos esquerdo
e direito, que são maiores e se unem e
saem do fígado como o ducto hepático
comum (ver Figura 24.15). O ducto
hepático comum junta-se ao ducto
cístico da vesícula biliar para formar o
ducto colédoco. Por ele, a bile entra no
duodeno do intestino delgado para
participar da digestão.
Sinusóides hepáticos.
Os sinusóides hepáticos são capilares
sanguíneos altamente permeáveis
entre fileiras de hepatócitos que
recebem sangue oxigenado de ramos
da artéria hepática e sangue venoso
rico em nutrientes de ramos da veia
porta do fígado.
Recorde-se de que a veia porta do
fígado traz o sangue venoso dos
órgãos gastrintestinais e baço para o
fígado.
Os sinusóides hepáticos convergem e
entregam o sangue a uma veia central.
A partir das veias centrais, o sangue flui
para as veias hepáticas, que drenam
para a veia cava inferior (ver Figura
21.28).
Em contraste com o sangue, que flui em
direção à veia central, a bile flui na
direção oposta.
Nos sinusóides hepáticos também
estão presentes fagócitos fixos
chamados células estreladas do fígado,
que destroem eritrócitos e leucócitos
envelhecidos, bactérias e outros
materiais estranhos do sangue venoso
que drena do canal alimentar.
Juntos, o ducto biliar, um ramo da artéria
hepática e um ramo da veia hepática são
chamados de tríade portal.
Lóbulo hepático- a unidade funcional do
fígado. De acordo com este modelo,
cada lóbulo hepático tem o formato de
um hexágono. No seu centro está a veia
central, e irradiando para fora dele
estão fileiras de hepatócitos e
sinusóides hepáticos. Localizada nos
nos cantos do hexágono está uma
tríade portal.
O fígado possui um suprimento sanguíneo
duplo: a veia porta fornece 60% a 70%
do fluxo sanguíneo hepático e a artéria
hepática fornece 30% a 40%. A veia porta
e a artéria hepática entram no fígado pelo
hilo, também chamado de porta
hepatis, que é uma fissura transversa na
superfície inferior do fígado.
Hilo Hepático
-Veia esplênica + mesentérica superior =
veia porta (principal vaso que penetra
o fígado)
-Veia porta se ramifica e começa a
entrar no fígado.
-Ducto hepático direito e esquerdo
juntos formam o ducto hepático comum
-Ducto hepático comum se junta com o
ducto cístico e formam o ducto colédoco
Mecanismo de lesão e reparo
Os hepatócitos podem ser submetidos
a uma série de alterações
degenerativas, mas potencialmente
reversíveis, tais como o acúmulo de
gordura (esteatose) e de bilirrubina
(colestase).
Quando a lesão não é reversível, os
hepatócitos morrem principalmente
por dois mecanismos: necrose ou
apoptose.
- Na necrose dos hepatócitos, as
células sofrem tumefação
devido à regulação osmótica
defeituosa na membrana
celular: o fluido flui para
dentro da célula, que incha e
se rompe.
Mesmo antes da ruptura, formam-se
bolhas na membrana, levando os
conteúdos citoplasmáticos (sem
organelas) para o compartimento
extracelular. Quando o hepatócito está
sob estresse, o material genético que
está dentro dele é liberado, e as células
do sistema imune migram exatamente
para o local onde o DNA se acumulou.
Os macrófagos se aglomeram em
tais locais de lesão e marcam os
locais de necrose dos hepatócitos,
assim as células mortas se rompem e
desaparecem.
Esse tipo de lesão é o modo
predominante de morte em lesões
isquêmicas/hipóxicas e uma parte
significativa da resposta ao estresse
oxidativo.
- A apoptose de hepatócitos é
uma forma ativa de morte
celular “programada” que
resulta em encolhimento dos
hepatócitos, condensação da
cromatina nuclear (picnose),
fragmentação (cariorrexe) e
fragmentação celular em
corpos apoptóticos acidófilos.
A regeneração dos hepatócitos
perdidos ocorre principalmente pela
replicação mitótica dos hepatócitos
adjacentes àqueles que morreram,
mesmo quando há uma necrose
confluente significativa.
A principal célula envolvida na
formação de cicatrizes é a célula
estrelada hepática. Na sua forma de
repouso, ela é uma célula que
armazena lipídio e (vitamina A) . No
entanto, em várias formas de lesão
aguda e crônica, as células estreladas
podem ser ativadas e convertidas
em miofibroblastos altamente
fibrogênicos.
PATOLOGIASpatologias
HEPATITES VIRAIShepatites virais
Hepatite é um termo genérico que
significa inflamação no fígado, que
pode ser causada por medicamentos,
doenças autoimunes, metabólicas,
genéticas, álcool, substâncias tóxicas e
vírus.
Etiologia
● Vírus A, B, C, D, E
Classificação
● Hepatite aguda: pode ser
causada por todos os vírus (A,
B, C, D, E) , até 6 meses.
● Hepatite crônica: pode ser
causada pelos vírus B, C, D
● Hepatite fulminante:
encefalopatia hepática que
surge nas primeiras 8
semanas do início do quadro
de hepatite viral, pode ser
causada por todos os vírus ( A,
B, C, D, E).
O que faz a hepatite evoluir para
crônica ou fulminante ? É a resposta
imune quem determina isso, se essa
resposta for muito agressiva
(fulminante) o u não for capaz de
eliminar totalmente (crônica).
Fases clínicas
Logo após a contaminação do vírus,
surge um período inicial que é um
período d e incubação (esse período
depende do agente viral).
● Fase prodrômica: início dos
sintomas (inespecíficos), febre,
astenia, cefaleia.
Quem dá início a esses sintomas é a
resposta imune, portanto vai acabar
surgindo um anticorpo. Com esse
aparecimento do primeiro anticorpo,
começa a ter lesões no fígado então
as aminotransferases (TGO e TGP)
vão estar aumentadas.
● Fase ictérica : pico de TGO e
TGP e icterícia, também podem
estar presentes acolia fecal e
colúria.
● Fase de convalescência :
melhora clínica e laboratorial
O paciente não
obrigatoriamente passa por
todas essas fases.
Exames laboratoriais
● Hemograma: linfócitos
aumentados aminotransferases
muito aumentadas.
● Bilirrubinas : icterícia as
custas do aumento de
bilirrubina direta.A excreção de
bilirrubina nos canalículos é
prejudicada
● Fosfatase alcalina/ GGT:
discretamente elevadas
● TAP: geralmente normal
● Metabolismo da bilirrubina
A bilirrubina, principal componente dos
pigmentos biliares, é o produto do
catabolismo da hemoglobina e
outras hemoproteínas, após a
destruição normal ou patológica das
hemáceas.
Quando os eritrócitos chegam ao fim
dos seus 120 dias e se tornam muito
frágeis para permanecerem na
circulação sanguínea, suas membranas
se rompem e a hemoglobina liberada é
fagocitada por macrófagos teciduais
ou sistema retículo endotelial (S.R.E.) em
todo organismo.
Mas esse processo ocorre
predominantemente no baço. Onde há
o sistema fagocitico mononuclear que
possui macrofagos e monócitos. Essas
células irão fagocitar o eritrocito.
A hemoglobina é inicialmente
desdobrada em globina e heme, e o
anel heme é aberto, produzindo ferro
livre, que é transportado pela
transferrina e uma cadeia linear de
quatro núcleos pirrólicos, que constitui
o substrato a partir do qual será
formada a bilirrubina (heme).
O grupo heme, pela ação da
hemo-oxidase, irá formar à
BILIVERDINA. Que sofrerá ação da
enzima biliverdina-redutase, formando
à BILIRRUBINA INDIRETA.
À bilirrubina indireta, vai para à
corrente sanguínea ligada à albumina,
vai ser captada pelos hepatócitos e irá
para o retículo endoplasmático. No
retículo, vai ser processada pela enzima
UDP-glicorotranversas e passará a ser
à BILIRRUBINA DIRETA.
À bilirrubina irá para a vesícula biliar,
para formar a bile. É, posteriormente,
liberada no intestino. As bactérias
intestinais irão processar a bilirrubina
direta em UROBILINOGÊNIO- que
seguirá para o rim ou continuar no
intestino.
● Somente a forma conjugada de
bilirrubina, que é solúvel em
água, é eliminada pelo fígado e
rins.
HEPATITE Ahepatite A
Denominado vírus da hepatite A (HAV),
que se replica no fígado, é excretado na
bile e eliminado nas fezes, resultando na
transmissão pela via fecal-oral
Etiologia
● Doença endêmica em países
subdesenvolvidos.
● Transmissão fecal oral
● Pico em crianças de 5 a 14 anos
de idade
● Raramente pode levar a
hepatite fulminante
A partir a contaminação pelo vírus,
tem-se um período de incubação que
dura em torno de 1 mês (pico de
viremia) , após isso entra na fase
prodrômica após 1 mes,, onde surge o
anticorpo anti- HAV (IgM) – anticorpo
da fase aguda - e começamos
sintomas e também tem aumento de
TGO e TGP.
Gradativamente, o anticorpo de fase
aguda (anti-HAV – IgM) vai sendo trocado
pelo anticorpo anti-HAV – IgG, essa
troca completa ocorre dentro de 3
meses.
● A maioria dos pacientes com
hepatite A são assintomáticos.
Existem duas formas clínicas
● Colestática: icterícia que dura
mais de 3 meses
● Recidivante e: icterícia que
aparece e some com
frequência.
HEPATITE Ehepatite E
A hepatite E é uma infecção causada
pelo vírus E da hepatite (HEV). O vírus
causa hepatite aguda de curta
duração e autolimitada. Na maioria
dos casos, é uma doença de caráter
benigno.
O vírus da hepatite E é transmitido
principalmente por meio de água
potável contaminada com matéria
fecal.
Os sintomas incluem icterícia
(amarelamento da pele), falta de
apetite e náuseas. Em casos raros,
pode progredir para insuficiência
hepática aguda.
Geralmente, a hepatite E se cura por
conta própria em quatro a seis
semanas.
- São raros os casos que
chegam a hepatite fulminante,
exceto em grávidas que é
muito comum (risco de 20% ).
HEPATITE Dhepatite D
A hepatite D, também chamada de
Delta, está associada com a presença
do vírus B da hepatite (HBV) para
causar a infecção e inflamação das
células do fígado.
Existem duas formas de infecção pelo
HDV: coinfecção simultânea com o HBV
e superinfecção pelo HDV em um
indivíduo com infecção crônica pelo
HBV
Etiologia
● Transmissão parenteral- Sangue
e derivados.
● É um vírus incompleto, precisa
estar acompanhado de outro
vírus para poder se replicar
no ser humano
Então, o vírus D precisa do vírus B
para poder utilizar se deu envoltório
lipídico para poder se replicar.
● Co-infecção: Se o paciente
contrai ao mesmo tempo o vírus
D e o B - a evolução é a mesma
de uma hepatite B normal .
● Super-infecção : se o paciente já
é portador do vírus B e
adquire o vírus D – pode
evoluir com hepatite
fulminante. Os anticorpos
nessa fase são o anti -HBC (IgM
ou IgG).
A transmissão exige o contato com
sangue infectado. As populações de
risco incluem usuários de drogas
intravenosas e homens que fazem sexo
com homens.
Os sintomas incluem dor abdominal,
náuseas e fadiga.
HEPATITE Bhepatite B
É uma doença infecciosa que agride o
fígado, sendo causada pelo vírus B da
hepatite (HBV). O HBV está presente no
sangue e secreções, e a hepatite B é
também classificada como uma infecção
sexualmente transmissível.
● É um vírus de DNA, todos os
outros são RNA
● Transmissão variável de várias
formas (sexual, vertical,
percutânea, transplante de
órgãos).
Possui 3 antígenos
● Antígeno de Superfície : HBS- Ag –
envoltório que o vírus B utiliza para se
replicar.
● Antígeno do Core (centro): HBC -Ag
● Antígeno secretado pelo core: HBE -Ag
Anticorpos
Os anticorpos são de acordo com cada
antígeno
● Anticorpo anti -HBS Ag (superfície)
● Anticorpo anti -HBC Ag IgM E IgG
● Anticorpo anti -HBE Ag (secretado)
Fisiopatologia
Vírus entra no corpo e dentro de 6
semanas surgem antígenos de
superfície - HBSAg - que induz a
produção de anti-HBS TEMPO DEPOIS.
Igm e IgG é antes. (anticorpo de
superfície).
Vamos ter antígeno do core HBCag, e
criamos antígeno contra o core- anti
HBC. - que vai ser IgM e IgG.
Consequentemente o antígeno HBE
Ag também vai estar alto- indica que
há replicação viral),
que é onde está acontecendo o
período de incubação.
Ao entrar em contato com o
antígeno HBS Ag, começa a ser
produzido o anticorpo antiHBC –
IgM, e então começam os sintomas
e tem-se aumento de TGO e T GP (fase
prodrômica).
Ao longo do tempo o IgM
gradativamente vai sendo trocado
pelo IgG (geralmente o IgM está
negativado depois de 6 meses,
quando inicia a hepatite aguda) . 30%
das pacientes podem passar pela
fase ictérica .
HEPATITE Chepatite C
A hepatite C é um tipo específico de
hepatite viral, provocada pelo vírus
HCV (vírus da hepatite C)
● Transmissão por sangue e
secreções
● 80% dos casos de crônifica.
● 30 % dos casos evolui para
cirrose.
● 1 a 10% chega a carcinoma
hepatocelular
O período de incubação é em
média 7 semanas, o anticorpo
produzido é o anti -HCV (+ ou -,
identificado pelo PCR.
Doença hepática alcoólica
Doença hepática alcoólica
A doença hepática alcoólica é a lesão
hepática provocada pelo consumo de
muita bebida alcoólica por um período
prolongado de tempo. Em geral, a
quantidade de álcool consumido
(quanto, com que frequência e por
quanto tempo se consome) determina a
possibilidade de uma lesão hepática e
a sua gravidade.
● Esteatose hepática
● Hepatite alcoólica
● Cirrose
Esteatose hepáticaesteatose hepática
‘’Fígado gorduroso’’- Ingesta de
álcool diária, maioria assintomático,
pode gerar hepatomegalia discreta .
Mesmo após uma ingestão
moderada de álcool, gotículas
lipídicas microvesiculares se
acumulam nos hepatócitos.
Com a ingestão crônica de álcool, os
lipídeos se acumulam, criando
glóbulos macrovesiculares grandes e
claros, que comprimem e deslocam
o núcleo d o hepatócito para a
periferia da célula.
Ao contrário da esteatose leve, a
esteatose hepática moderada a grave
pode causar inflamação e lesão do
fígado. Quanto maior e mais
prolongado for o acúmulo de gordura,
maiores serão os riscos de lesão
hepática. Quando há gordura em
excesso de forma crônica, as células
do fígado podem inflamar e sofrer
danos- hepatite gordurosa.
A maior parte da oxidação do etanol
acontece via ADH para formar
acetaldeído, que é uma molécula
altamente reativa capaz de induzir
múltiplos efeitos. Por fim, o acetaldeído
é metabolizado em acetato pela
aldeído-desidrogenase (ALDH).
A ingestão de etanol acarreta maior
acúmulo intracelular de triglicerídeos,
porque aumenta a captação de ácidos
graxos e reduzsua oxidação.
Achados laboratoriais
Exame laboratorial: normal ou discret
o aumento de TGO/TGP E GGT
● Orientação dietética
HEPATITE ALCOÓLICAHEPATITE ALCOÓLICA
Patogenia:
Indução do citocromo p450: faz
degradação de substâncias exógenas
(o álcool ativa o p450 para poder
degradar o álcool). Quando se toma
álcool em grande quantidade, esse
p450 é ativado constantemente e
isso acaba induzindo a produção de
hidrogênios reativos que são danosos
a o hepatócito.
● Álcool faz liberação de
radicais livres durante o
processo de oxidação: isso
começa alterar a membrana
celular dos hepatócitos, e com
isso, todo o metabolismo de
gordura que o fígado faz fica
prejudicado e ao invés de ser
drenado, começa a se
acumular no fígado porque a
metabolização da gordura é
falha -acúmulo intracelular de
triglicerídeos, porque aumenta a
captação de ácidos graxos e
reduz sua oxidação. Tá
chegando gordura, mas não ta
conseguindo ser oxidada.
● O álcool afeta os microtúbulos,
mitocôndrias e membrana
celular: diminuindo a
respiração celular e favorece
alterações nos componentes
citoplasmáticos, tudo isso lesa
mais ainda os hepatócitos
● Álcool libera acetaldeído:
induz a peroxidação dos
lipídeos, destruindo a função
citoesquelética da membrana .
● O álcool pode levar a um
ataque imunológico: por ser
uma substância tóxica, pode
acabar gerando uma reação
inflamatória caracterizada por
uma hepatite.
Achados histológicos
● Esteatose (por acúmulo de
triglicérides )
● Balonização de hepatócitos:
Focos únicos ou dispersos de
células sofrem tumefação
(balonização) e necrose. A
tumefação resulta do acúmulo
de gordura e água,
● Neutrófilos ao redor dos
lóbulos hepáticos: Neutrófilos
permeia o lóbulo hepático e
sofrem acúmulo ao redor dos
hepatócitos em regeneração,
particularmente aqueles que
possuem corpos de
Mallory-Denk
● Corpúsculos de mallory : Esses
corpos estão geralmente
presente como material
eosinofílico, amorfo e
acumulado em hepatócitos
balonizados.
● Fibrose perivenular : A fibrose é
a característica essencial da
lesão progressiva do fígado. A
fibrose é um processo dinâmico
de deposição de colágeno e
remodelagem. Tudo isso pode
ser reversível se ocorrer a
retirada do álcool.
Hepatite crônica irreversível caracterizada por:
● Fibrose (significa que houve
substituição tecidual, ou seja,
perda da função d o órgão)
● Desarranjo arquitetural
● Formação de nódulos de
regeneração
O fígado tem capacidade de
regeneração e mantém exatamente a
estrutura daquele lóbulo hepático (em
casos de agressão aguda ).
Em casos de agressão crônica,
chega um determinado momento que
ele não consegue mais se regenerar,
começando o processo de cirrose.
Patogenia
Célula chamada célula estrelada,
dentro dos sinusóides e entre os
sinusóides e hepatócitos (espaço de
disse).
Essa célula tem como função fazer o
armazenamento de vitamina Ae é
grodura. Quando o fígado é agredido
constantemente, as células estreladas
vão mudar sua função, deixando d e
armazenar vitamina A e passando a
sintetizar colágeno, o colágeno faz
um preenchimento no espaço de
disse, dando origem a fibrose, então
começam aparecer faixas de fibrose
entre o cordão de hepatócitos e o
sinusóide hepático, formando uma
barreira entre eles, dificultando a
passagem do sangue do sinusóide
para o hepatócito, prejudicando a
nutrição.
A célula estrelada além de colágeno,
também começa a produzir citocinas
inflamatórias, que em determinado
momento essa agressão crônica faz
com que o fígado se “ regenere” de
forma anárquica, ou seja, um
hepatócito em cima do outro,
modificando a arquitetura do lóbulo
hepático e diminuindo a função
normal do fígado , causando uma
insuficiência hepatocelular crônica,
perdendo todas as funçõ es do
fígado. Com o tempo o fígado começa
a ficar atrofiado Esses pacientes têm
maior risco de evoluir para
carcinoma.
Com o dano dos hepatócitos mediado
pelo acetaldeído, algumas espécies
reativas do oxigênio podem resultar na
ativação das células de Kup�er.
Consequentemente, são produzidas
citocinas pró-fibrogênicas que
desencadeiam e perpetuam a ativação
das células estreladas, resultando na
formação de quantidades excessivas
de colágeno e matriz extracelular
Causas:
● Alcoolismo
● Hepatites virais crônicas (B/C),
● Hepatite autoimune
● Doenças metabólicas:
hemocromatose ; doença de
Wilson ; def. de alfa
1-antitripsina
● Cirrose criptogênica
Manifestação clínica
Sintomas inespecíficos como dor
abdominal difusa no quadrante
superior direito, febre, náuseas e
vômitos, diarréia, anorexia e mal-estar.
- Icterícia das escleras
- eritema palmar
- angiomas aracneiformes
- aumento de volume das
parótidas
- baqueteamento digital
- atrofia muscular
- ginecomastia
Alternativamente, podem apresentar-se
com complicações mais específicas da
hepatopatia crônica, incluindo ascite,
edema ou hemorragia gastrintestinal
(GI) alta.
Exames laboratoriais
● TGO e TGP: muito aumentado
(agudo), pouco aumentado
(crônico). Predomínio de TGO
sobre TGP na aguda. (falha de
vitamina B6 para fazer a
síntese de TGP , por isso TGO e
stá maior. Também, TGP é mais
dentro da célula, para ser
liberado precisa de uma
agressão mais ‘’grave’’).
LESÃO*
● Fosfatase alcalina /GGT:
aumentado. Aumento das duas
ao mesmo tempo pensar em
colestase (qualquer
impedimento no fluxo da bile)
● Bilirrubina: aumentada.
Função hepatocelular
prejudicada falha na
conjugação da bilirrubina
aumento de bilirrubina indireta.
● Hipergammaglobulinemia:
fígado está hipertenso –
hipertensão porta falha na
passagem do sangue desvio
de sangue para circulação
sistêmica resposta do
linfócito B que se diferencia
em plasmocito liberação de
anticorpos
● Hipoalbuminemia : diminuição
da a albumina também revela
diminuição da função
hepática .
● Alargamento do tempo de
Protrombina: fatores de
coagulação são produzidos no
fígado (2 , 7, 9 e 1 0). O fator 7
espelha a função hepática, é o
tempo de protrombina quem
avalia esse fator.
Consequências da cirrose
- Disfunção hepatocelular
- Hipertensão: dificuldade de
passagem do sangue pelo
fígado, não consegue passar
pela veia porta, ocorre
inversão do fluxo sanguíneo.
● Varizes Esôfago
● Hemorróidas
● Circulação colateral
● Esplenomegalia
● Ascite
● Colestase
● Encefalopatia hepática
- Insuficiência hepática:
problema no hepatócito.
● À hipertransformação de
testosterona em
estrogênio
● hiperestrogenismo
● Ginecomastia
● Atrofia testicular
● Rarefação de pelos
● Eritema palmar
● Teleangiectasias.
(DHGNA)
Doença hepática gordurosa não
alcoólica
A DHGNA inclui esteatose hepática
simples, esteatose acompanhada por
inflamação mínima e específica e a
esteato-hepatite não alcoólica (EHNA).
Esteatose com ou sem uma
inflamação inespecífica geralmente é
uma condição estável , sem problemas
clínicos significativos.
Os dados atualmente disponíveis
sugerem um modelo de dois eventos
para a DHGNA.
● Resistência à insulina que dá
origem à esteatose hepática.
Lesão oxidativa hepatocelular
resultando em necrose celular
hepática e as reações
inflamatórias secundárias.
O distúrbio metabólico mais comum
é a doença hepática gordurosa não
alcoólica, que está associada com a
síndrome metabólica, obesidade,
diabetes melito tipo 2 ou outras
deficiências de resposta à insulina,
dislipidemia a e hipertensão.
A doença hepática gordurosa não
alcoólica pode mostrar todas as
alterações associadas com a doença
hepática alcoólica: esteatose, esteato-
hepatite e esteatofibrose, embora a s
características da esteato- hepatite
(p. ex ., balonização dos hepatócitos,
corpos de Mallory-Denk e infiltração
neutrofílica) sejam muitas vezes
menos proeminentes do que nas
lesões relacionada s com álcool

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