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PROJETO LUANA FINALIZADO 2020

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Prévia do material em texto

FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO BACHARELADO EM DIREITO 
 
LUANA DA SILVA GOMES
 
 
 
 
 
CONSEQUÊNCIAS JUDICIAIS E DANOS PSICOLÓGICOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém – PA 
2020 
 
LUANA DA SILVA GOMES
 
 
 
 
 
CONSEQUÊNCIAS JUDICIAIS E DANOS PSICOLÓGICOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL
 
 
 
 
Pré-Projeto apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I – 8° Semestre; 8NTA, como requisito básico para avaliação do Curso de Direito Faculdade UNINASSAU. 
Orientadora: Profa.: Ma. Maria Leonice Da Silva Alencar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém – PA 
2020 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 4 
2. JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 7
 
3. PROBLEMATIZAÇÃO.................................................................................... 7
4. QUESTÕES NORTEADORAS........................................................................ 8 
 
5. OBJETIVOS.................................................................................................... 8 
5.1 GERAL................................................................................................ 8 
5.2 ESPECÍFICOS.................................................................................... 8 
6. REFERÊNCIAL TEÓRICO.............................................................................. 9
 
7. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.......................................................13
 
8. CRONOGRAMA............................................................................................13
9. REFERÊNCIAS..............................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente projeto de pesquisa abordará aspectos correlatos a Alienação Parental e suas especificidades presentes em nossa sociedade. Destarte, a Síndrome da Alienação Parental, descrita pela sigla (SAP), surgiu em meados do século XX, no ano de 1980 por Richard Gardner, um psiquiatra norte-americano. Através de estudos acerca do assunto, Gardner chegou à conclusão que a SAP acomete diretamente crianças e adolescentes, que por sua vez, em sua maioria estão sob a guarda de um de seus genitores. (GARDER, 2002). 
De acordo com o pensamento do autor supracitado, a alienação parental se dá através da manipulação cerebral realizada pelo responsável da criança ou adolescente, onde, segundo Gardner o intuito é de justamente afastar o menor de seu outro genitor legal. (BAKER; VERROCCHIO, 2014) referem-se à Alienação Parental como uma tipologia de abuso psicológico, reforçando a necessidade de um decreto de lei que atendesse questões relacionadas ao direito familiar.
Sancionada no Brasil sob a Lei n° 12.318 de 26 de agosto de 2010, prevê que sejam efetivadas as sanções legais ao alienador de modo que prejudique a relação entre o genitor alienado e o menor, conforme (BRASIL, 2010). Já Lei n° 13.058 de 22 de dezembro de 2014 dispõe em suas entrelinhas acerca da guarda compartilhada que legitima o direito de ambas as partes. No que tange a alienação parental no âmbito jurídico, cabe mencionar que são considerados atos de alienação parental, perante a constatação de terceiros, os seguintes itens elencados abaixo:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. (BRASIL, 2010).
Portanto, qualquer tipo de desqualificação do (s) genitor (es), seja ele (s) paterno (os) ou materna (as), omissão no que tange as informações vinculadas a criança, bem como a manipulação acerca de seu genitor e/ou de pessoas que tenham vínculo familiar com essa criança ou adolescente, está sujeita a sanções punitivas de acordo com a presente lei, que de acordo com o Art. 3° diz que o ato de alienação fere veementemente o direito fundamental da criança ou adolescente do convívio saudável familiar. Prejudicando consequentemente na criação de laços afetivos entre si e por sua vez ocasionando o descumprimento da lei, onde inclusive, pode levar a perda da guarda compartilhada, tornando-se definitiva.
O presente projeto tem como objetivo analisar, bem como compreender as proposições da lei mencionada ao norte, afim de propor ao leitor, o melhor entendimento acerca do assunto, para isso, elencamos diálogos entre distintos autores. Parafraseando os pensamentos de (GARDNER, 1985), quando em sua obra aborda que os transtornos e danos causados à criança são definitivamente irreparáveis, uma vez que o alienador põe a caráter duvidoso o genitor alienado, prejudicando assim, as relações parentais envoltórias. 
Em consonância à mesma linha de raciocínio desencadeada por (GARDNER, 1985), o psiquiatra proferiu afirmativas solucionarias quanto à SAP, no que tange a transferência de guarda para o genitor alienado, evitando assim o contato do menor com a parte manipuladora, ou seja, que nesse caso se tratada do genitor alienador. Outra medida de suma importância para ele seria o acompanhamento psicoterápico da criança, pois o excesso de informações coercitivas e manipulativas, em muitas circunstâncias ocasiona em danos psicológicos à crianças e adolescentes.
Há, no entanto, uma dualidade de pensamentos entre o ato considerado extremo de Gardner no que tange a transferência de guarda supramencionada de caráter punitivo, e os pensamentos de (FIGUEIREDO, 2011), que contrapõe a presente linha de raciocínio com a abordagem de que há deveres e direitos a serem analisados nesta vertente. Analises estas debatidas ao longo do presente projeto. 
Dependendo do estágio de alienação, em alguns casos o mesmo pode ser reversível, contanto que ainda não tenha afetado de forma profunda as questões emocionais da criança, segundo alguns estudiosos. Nesse sentido, observa -se que o assunto aqui abordado necessidade de aula atuação direta do poder judiciário. O mesmo deve atuar de forma incisiva, afim de evitar que indivíduos sejam afetados pela alienação parental, uma vez que a mesma pode ser danosa a saúde consideravelmente. 
Nesse sentido, como forma de intervenção obtemos a lei n° 12.318/2010, juntamente com a prática de guarda compartilhada, atitudes estas, que permitem uma relação familiar de forma mais ampla, incentivando a participação das duas partes na convivência familiar da criança.
 Os sentimentos de perda é rejeição podem diminuir-se através do processo de guarda compartilhada, contribuindo dessa forma tanto para a diminuição da alienação parental, quanto para a promoção de um melhor convívio familiar que possui características benéficas a criança.
Ante o exposto nos parágrafos supramencionados, será desencadeado ao longo do presente projeto de pesquisa analises que terão como principal embasamento elementos de caráter bibliográficos, vislumbrando promover uma melhor compreensão por parte do interlocutor, bem como visando demonstrar a importância da discussão da presente temática.
 É valido mencionar que ao longo do trabalho fora promovido diversas inquirições transversais que utilizaram conceitos interdisciplinares com a tentativa de tornar o estudo mais amplo e embasado. Sob tal ótica esse estudo irá contribuir significativamente no que concerne perceber através dos dados coletados os danos judiciais e psicológicos sofridos por indivíduosque estão inseridos em ambientes aos quais a alienação parental está presente. 
 
2. JUSTIFICATIVA 
A presente pesquisa tem como principal objetivo inquirir acerca da alienação parental, demonstrando através de evidências bibliográficas quais são os danos judiciais e psicológicos correlatos a mesma. É sabido, que os casos de alienação parental em nossa atualidade são mais comuns do que imaginamos, nesse contexto é essencial que possamos discutir a respeito da referida temática visando conscientizar da indubitável relevância no que concerne conhecimento a respeito de leis que ajudam a combater tal alienação em nosso extrato social. 
O IBDFam (Instituto Brasileiro de Direito de Família), em estudos recentes a respeito do assunto, demonstrou que a alienação parental pode ser danosa a criança, à ponto de estimular o aparecimento de sentimentos como depressão, isolamento, baixíssimo rendimento escolar e até mesmo pode acabe incitando fuga, rebeldia e angústia na mesma.
Dependendo do estágio de alienação, em alguns casos o mesmo pode ser reversível, contanto que ainda não tenha afetado de forma profunda as questões emocionais da criança, segundo alguns estudiosos. Nesse sentido, observa -se que o assunto aqui abordado necessidade de aula atuação direta do poder judiciário. O mesmo deve atuar de forma incisiva, afim de evitar que indivíduos sejam afetados pela alienação parental, uma vez que a mesma pode ser danosa a saúde consideravelmente. Nesse sentido, nota-se a importância da discussão da presente temática no que concerne a relevância social explicitada ao longo dessa justificativa.
3. PROBLEMATIZAÇÃO 
Partindo do princípio que envolve a definição legal, será parafraseando o que dispõe a Lei n° 12.318/2010, uma vez que a mesma em seu Art. 2° dispõe a respeito da definição de Alienação Parental, vejamos:
“Artigo 2º- Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança e do adolescente, promovida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança sob sua guarda ou vigilância, para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou manutenção deste”.
Impedir as redações mutuas familiares pode enquadrar-se na compreensão de promoção da Alienação Parental. Nesse sentido, impedir direta ou indiretamente que o indivíduo possua convivência familiar com pai ou mãe, tio ou tia, irmã ou irmão é até mesmo avó e avô, é indevido e está associado ao fator ao norte mencionado. 
Sobre tal prisma, quais seriam os danos psicológicos e judiciais sofridos por indivíduos que estão diretamente inseridos nesse processo de alienação parental? E como o judiciário enfrenta tal questão atualmente?
4. QUESTÕES NORTEADORAS 
Quais os danos psicológicos e judiciais que as pessoas que estão inseridas em uma situação de alienação parental enfrentam?
Qual a contribuição jurídica para o combate a alienação parental no Brasil atualmente?
5. OBJETIVOS 
5.1 GERAL 
Compreender os danos psicológicos e judiciais ocasionados pelo processo de alienação parental. Analisando a significação do referido termo. Inquirindo de que forma o mesmo pode ser observado em nossa atualidade.
5.2 ESPECÍFICOS 
· Analisar a significação do conceito de alienação parental;
· Identificar os danos judiciais e psicológicos sofridos por pessoas inseridas em situações de alienação parental;
· Perceber as formas de manifestações da alienação parental em nossa sociedade.
6. REFERÊNCIAL TEÓRICO 
O presente trabalho de cunho científico tem por objetivo desencadear uma análise a respeito de aspectos que envolvem diretamente a questão da Alienação Parental no Brasil. Para lograr êxito em tal objetivo, será proferido uma breve explanação em face aos materiais teóricos utilizados para a construção e prosseguimento do mesmo, vislumbrando demonstrar os autores e obras que foram utilizados para referenciar o estudo. 
Inicialmente, utiliza -se as contribuições desempenhadas por (BRASIL, 2010) Lei n° 12.318, de 26 de agosto de 2010, a mesma é a responsável por direcionar a presente pesquisa uma vez que se trata da normatização da Alienação Parental. Visando complementar aspectos que relacionam -se a lei supramencionada, obtemos também, a utilização de informações contidas em (BRASIL, 2014) Lei n° 13.058, de 22 de dezembro de 2014, bem como (BRASIL, 2015) Lei n° 13.140, de 26 de junho de 2015.
Ultrapassando a preliminar suscitada, obtemos os estudos desencadeados por (AGLLIAS, 2015), que propõe uma discussão a respeito do afastamento dos pais em face a crianças adultas. Nesse sentido, pode-se dizer, que independentemente da idade ora referenciada, o afastamento entre pais e filhos é um fator que pode causar danos significativos, seja no aspecto social, econômico ou até mesmo psicológico. 
Em consonância, (BAKER, VERROCCHIO, 2015), proporcionam um debate analógico a respeito do vínculo parental, de forma a relacionar a fatores que ingerem diretamente nas questões psicológicas do indivíduo. É válido ressaltarmos, que o presente estudo se caracteriza como interdisciplinar. Em retrato de tal afirmação, é utilizado como alicerce, bibliografias que proporcionam análises dentro de outras áreas do conhecimento, a exemplo da psicologia, história, sociologia e filosofia. Demostrando, dessa forma, o caráter indissociavelmente transversal adquirido por este projeto. 
 É sabido, que as relações humanas e os “laços” que são criados entre os indivíduos possuem sob a perspectiva de (BAUMAN, 2004), uma notória fragilidade, uma vez que quando rompidos de forma abrupta podem expor aquela pessoa a características maléficas. Como propiciar um início de quadro depressivo, gerar sentimento de raiva, rancor, ódio e de rejeição, influenciar nas relações interpessoais futuras desse individuo etc. Sobre tal prisma, é indispensável que haja uma inquirição que leve em consideração aspectos correlatos a saúde mental, uma vez que a “Alienação Parental" infere fortemente nesse âmbito.
Para (BRANDÃO, 2009), criou-se uma espécie de “Síndrome da alienação parental", onde os familiares acabam enfrentando crises de relacionamento, não conseguem entrar em um consenso quanto a dinâmica de convivência, e expõe a criança como objeto de alienação em meio a um diálogo conflituoso ao qual ela não deveria está inserida.
O autor (BROCKHAUSEN, 2011) reitera a utilização dos estudos desempenhados no âmbito da psicologia para a complementação deste trabalho. Com isso (CLEMENTE, PADILLA-RACERO, 2015) promove um questionamento a respeito da manipulação em face a crianças, será que elas podem ser manipuladas? De que forma? Esses são alguns questionamentos apresentados no referido estudo. 
A respeito dos fatores supramencionados é válido destacar a existência de estudos que demonstram a formação de personalidade do indivíduo através de um processo de experiências e vivências cotidianas, logo, se a criança cresce em meio a um contexto em que direciona a mesma a um processo de alienação, pode-se concluir que a possibilidade da mesma estar suscetível a esse processo é indubitavelmente considerável.
O ideal, segundo (DIAS, 2015) é que haja uma conciliação e concordância entre os membros da família, para que se possa distanciar-se de um processo de alienação parental, fator este que prejudica todos envolvidos de forma direta ou indireta, conforme demonstrado pelo (DSM-V, 2014). 
Outra reflexão válida neste, diz respeito ao processo de separação e a forma ao qual a criança enfrenta tal questão. Pois, só o fato de haver uma separação entre pai e mãe já pode ser um fator agravante para características negativas e sentimentais conflituosas. Além desse aspecto, em alguns casos, a separação acompanha a alienação parental, acabando por agravar os desdobramentos da separação. (FIDLER, BALA, 2010), (FIGUEIREDO, 2011).
As relações sociais são marcadas em sua essência por relações de poder que influem na dinâmica do cotidiano, conforme aponta (FOULCALT, 1979). Essa disputa de poder pode ser compreendida sobre diversos paradigmas, e aplica-se também ao âmbito familiar, que acabapor influir diretamente em aspectos sociais do indivíduo.
Outrossim, essas dinâmicas e relações conflituosas socialmente falando, acabam por inferir para que haja uma espécie de “mal-estar social, que pode está intrínseco a transtornos mentais, aspecto esse que vem acometendo um número considerável de indivíduos em nossa atualidade. A alienação parental, contribui para a intensificação desses índices negativos anteriormente mencionados, o que o enquadra em fator maléfico a saúde mental do indivíduo. Por esse motivo, é considerado como uma violação severa a dignidade da pessoa humana, pois infringe, direitos fundamentais do indivíduo. (FRANCES, 2010), (FREUD,1976), (GAMBRILL, 2014), (GARDNER, DSM-IV, 2002), (GARDNER, 1985).
Há uma necessidade de discussão mais aprofundada a respeito da temática, existe ainda desconhecimento a respeito da Lei que contraria qualquer ato relacionado a alienação parental. Além disso, precisamos de medidas efetivas que proporcionam punições eficazes para pessoas que promovem tal ato, com o objetivo de inibir e diminuir significativamente o índice do mesmo no Brasil.
 Ademais, por tratar de assunto que envolve diretamente aspectos psicológicos, pode-se dizer que discussões no âmbito da psicologia são fundamentais para a compreensão no que tange à dinâmica da abrangência dos efeitos da Alienação Parental no indivíduo. (HARMAN, 2016), (HOUCHIN, 2012), (ILLICH, 1981), (LACAN,1985), (LACAN,1988).
A família tem papel ativo no desdobramento futuro da vida da criança, a guarda compartilhada é uma das alternativas jurídicas utilizadas para que a criança não seja utilizada exclusivamente como uma moeda de troca em um processo de separação conjugal. Em retrato de tal afirmação, observemos o que diz (DIAS, 2009, p. 45) a respeito da compreensão dinâmica do papel da família na atualidade, 
“Agora, porém, se está vivendo uma outra era. Mudou o conceito de família. O primado da afetividade na identificação das estruturas familiares levou à valoração do que se chama filiação afetiva. Graças ao tratamento interdisciplinar que vem recebendo o Direito de Família, passou-se a emprestar maior atenção às questões de ordem psíquica, permitindo o reconhecimento da presença de dano afetivo pela ausência de convívio paterno-filial.”
Inibir a alienação parental é o principal objetivo da lei n° 12.318/2010, entretanto, faz-se necessário que compreendamos alguns aspectos a respeito da “Síndrome da alienação parental" ou (SAP), que fora descoberta pelo psiquiatra Dr. Richard A. Gardner, que demonstrou que há a existência d ruma síndrome que infere diretamente como forma de abuso emocional em face a criança, acometido por um dos pais, partindo do pressuposto de análise psicológica. 
Em consonância com a afirmativa destacada anteriormente, o autor (TRINDADE, 2004, p.102) relata que,
“A Síndrome de Alienação Parental é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição. Em outras palavras, consiste num processo de programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa, de modo que a própria criança ingressa na trajetória de desmoralização desse mesmo genitor.”
Precisamos destacar no presente estudo que os conceitos de Alienação parental e síndrome da alienação parental estão intrínsecos, porém tem significados diferenciados. Entretanto, o trecho colacionados abaixo, demonstra que os mesmos acabam sendo confundidos em muitos casos, conforme observado através da lição de Douglas Darnall, invocada por (FONSECA, 2009, p. 52), observemos: 
“A síndrome da alienação parental não se confunde, portanto, com a mera alienação parental. Aquela geralmente é decorrente desta, ou seja, a alienação parental é o afastamento do filho de um dos genitores, provocado pelo outro, via de regra, o titular da custódia. A síndrome, por seu turno, diz respeito às seqüelas emocionais e comportamentais de que vem a padecer a criança vítima daquele alija mento. Assim, enquanto a síndrome refere-se à conduta do filho que se recusa terminante e obstinadamente a ter contato com um dos progenitores e que já sofre as mazelas oriundas daquele rompimento, a alienação parental relaciona-se com o processo desencadeado pelo progenitor que intenta arredar o outro genitor da vida do filho. Essa conduta – quando ainda não dá lugar à instalação da síndrome – é reversível e permite – com o concurso de terapia e auxílio do Poder Judiciário - o restabelecimento das relações com o genitor preterido”
Ante o exposto e mais dos autos conste, nota-se que as literaturas citadas acima são estritamente relevantes para a construção da presente pesquisa, uma vez que as mesmas acabam por promover análises transversais que possibilitam a discussão de forma mais ampla a respeito do tema, vislumbrando proporcionar uma melhor compreensão por parte do interlocutor deste. 
Outrossim, percebe-se que o caráter interdisciplinar é evidenciado através da utilização de autores que transitam nos âmbitos da psicologia e filosofia, e proferem abordagens interligadas as nuances da Alienação Parental. Essa forma, acabam por complementar o referido texto, contribuindo para o alcance do objetivo lançado na inicial deste.
7. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 
Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter crítico, bem como detalhada, que de acordo com (MARTINS, 2001), têm o principal objetivo de fundamentar pesquisas bibliográficas, afim de embasar o presente projeto de pesquisa com periódicos e obras de autores renomados. Para além disso, fora utilizada consultas em base de dados, com intuito de enriquecer o estudo aqui proposto.
Fora analisada minuciosamente, diversas obras em bases de dados que obtivesse total relação com a temática proposta, afim de focalizar no assunto proposto, evitando ao máximo o distanciamento de tal. Parafraseando (DEMO, 2000), a presente pesquisa contribui significativamente para a relação entre aluno e teoria, que é mediado através da leitura, onde por sua vez leva a interpretação da mesma
8. CRONOGRAMA 
 
	ATIVIDADE 
 
	
	2020 
	
	
	Agosto 
	Setembro 
	Outubro 
	Novembro 
	Dezembro 
	Revisão bibliográfica 
	X 
	 
	 
	 
	 
	Definição da pesquisa/objetivos 
	X 
	
	 
	 
	 
	Elaboração do instrumento de 
	 
	X 
	 
	 
	 
	Pesquisa/Coleta de dados 
	
	 X
	
	
	
	Análise e discussão dos dados 
	 
	 
	X 
	 
	 
	Elaboração do relatório para de pesquisa 
	 
	 
	 
	X 
	 
	Redação final do TCC 
	 
	 
	 
	 
	X 
10. REFERÊNCIAS 
AGLLIAS, K. Difference, choice, and punishment: parental beliefs and understandings about adult child estrangement. Australian Social Work, v. 68, n. 1, p. 115-129, 2015.
BAKER, A. J. L.; VERROCCHIO, M. C. Parental bonding and parental alienation as correlates of psychological maltreatment in adults in intact and non-intact families. Journal of child and family studies, v. 24, p. 3047-3057, out 2015.
BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BRANDÃO, E. P. Por uma ética e política da convivência: um breve exame da "Síndrome de Alienação Parental" à luz da genealogia de Foucault, 2009. Disponível em: < http://www.ibdfam.org.br >. Acesso em: 28 de novembro de 2020.
BROCKHAUSEN, T. Síndrome de Alienação Parental e psicanálise no campo psicojurídico: de um amor exaltado ao dom do amor. Dissertação de mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
BRASIL. Decreto-lei n° 12.318 de 26 de agosto de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso em: 27 de novembro de 2020.
BRASIL. Decreto-Lei n° 13.058, de 22 de dezembro de 2014. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil> Acesso em: 26 de novembro 2020.
CLEMENTE, M.; PADILLA-RACERO, D. Are children susceptibleto manipulation? The best interest of children and their testimony. Children and Youth Services Review, n. 51, p. 101-107, 2015.
DEMO, P. Pesquisa: Princípios científicos e educativos. 7ª edição, São Paulo: Cortez, 2000.
DIAS, M. B. A mediação e a conciliação no novo CPC, 2015. Disponível em: <http://www.ibdfam.org.br > Acesso em: 27 de novembro de 2020.
DSM-V: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5ª Ed. American Psychiatric Association. Porto Alegre: Artmed, 2014.
FIDLER, B. J.; BALA, N. Children resisting postseparation contact with a parent: concepts, controversies and conundrums. Family Court Review, v. 48 n. 1, p. 10-47, 2010.
FIGUEIREDO, M. R. S. A intervenção estatal na convivência paterno/materno-filial: tensões entre o Poder Estatal e o Poder Familiar. Jurisprudência Revista OABRJ, Rio de Janeiro, v. 27, n. 2, p. 175-198, 2011. 
FONSECA, P. M. P. C. Síndrome da Alienação Parental. In: Revista do Centro de Apoio Operacional Cível / Ministério Público do Estado do Pará, Belém. Ano 11, N.15, p. 1-15. 2009.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FRANCES, A. Normality is an endangered species: psychiatric fads and overdiagnosis, 2010. 
GAMBRILL, E. The Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders as a major form of dehumanization in the modern world. Research on Social Work Practice, v. 24, n. 1, p. 13-36, 2014.
GARDNER, R. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de SAP? Trad. Rita Rafaeli, 2002. 
GARDNER, R. Recent trends in divorce and custody. Academy Forum, v. 29, n. 2, 1985. 
HARMAN, J. J. et al. Parents Behaving Badly: Gender Biases in the Perception of Parental Alienating Behaviors. American Psychological Association. Journal of Family Psychology, v. 30, n. 7, p. 866-874, out 2016. 
HOUCHIN, T. M. et al. The parental alienation debate belongs in the courtroom, not in DSM-5. Journal of the American Academy of Psychiatry and the Law, v. 40, p. 127-31, 2012.
ILLICH, I. A expropriação da saúde: Nêmesis da medicina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
LACAN, J. O Seminário. Livro 3: As psicoses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
LACAN, J. O Seminário. Livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.
 
 
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