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Giardia Giardia lamblia Profa Janainna Olegario Giardia duodenalis Reino: Protozoa Filo: Sarcomastighophora Subfilo:Mastigophora Ordem: Diplomonadida Família: Hexamitidae Gêneros: Giardia Espécie: Giardia duodenalis (G.lamblia e Giardia intestinalis) Giardia lamblia Doença: Giardíase Habitat: duodeno e jejuno. Raramente em vesícula biliar e condutos biliares. Via de transmissão: Ingestão de cistos em alimentos e bebidas contaminadas. Morfologia: Trofozoítos e cistos. Parasita monoxeno e eurixeno. Hospedeiros: homem e mamíferos em geral, aves e répteis. Divisão por fissão binária longitudinal. Obs: Países em desenvolvimento, é uma das principais causas de diarréia infecciosa, podendo impedir o desenvolvimento físico em crianças. Países desenvolvidos é o principal parasito encontrado. Obs: disco suctorial ou ventral ou adesivo Giardia lamblia • Disco adesivo: Responsável pela aderência do parasito • Axonemas: Eixo por onde passam os flagelos em trajeto intra-celular. • Corpos parabasais ou medianos: Formado por microtúbulos e proteínas contráteis • Flagelos: Responsáveis pela locomoção do parasito Ciclo biológico • Ingestão do cisto. • Desencistamento no estômago pela ação do pH ácido (pH 2). • Liberação dos trofozoítos no duodeno e jejuno. • Aderência à superfície da mucosa intestinal através do disco adesivo. • Formação de revestimento extenso na superfície da mucosa. Nutrição do parasito realizada por pinocitose. • O ciclo se completa pelo encistamento do parasito, principalmente no ceco, e sua eliminação para o exterior através das fezes formadas. • O trofozoíto inicia o processo de encistamento no baixo íleo nas seguintes condições: Influência do ph intestinal Estímulo de sais biliares Destacamento do trofozoíto da mucosa • O trofozoíto recolhe os flagelos e secreta uma membrana cística formada de quitina. • No interior do cisto ainda ocorre a nucleotomia. • Resiste no ambiente por vários meses. Patologia • Achatamento ou atrofia das vilosidades e dos microvilos, com redução da área de absorção intestinal, infiltração de leucócitos e aumento da secreção de muco. Resposta Imune • Ação citotóxica dos macrófagos para os parasitos. • Ativação de linfócitos e liberação de linfocinas suficientes para destruir os parasitos na maioria dos indivíduos. • Ação dos granulócitos sobre trofozoítos. • Ação de anticorpos anti-Giardia :IgA, IgG, IgM e IgE. http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2006/Giardiasis/index.html Sintomatologia • Pacientes parasitados geralmente assintomáticos com cura espontânea. • Quadros sintomáticos - Quadro agudo (poucos dias): diarréia com má absorção intestinal, mal cheirosa, cólicas, fraqueza e perda de peso. - Crianças: sintomas associados à irritabilidade, insônia, náuseas e vômito. - Quadro crônico: esteatorréia , perda de peso e má-absorção. Diagnóstico • Clínico: em crianças de 8 meses a 10-12 anos a sintomatologia indicativa é diarréia com esteatorréia, irritabilidade, insônia, náuseas e vômitos, perda de apetite e dor abdominal. • Laboratorial: -Parasitológico: exame de fezes e identificação das formas evolutivas. Pode ser analisado o fluido duodenal (Entero-Test) ou biópsia de tecido duodenal. - Imunológico: IFI e ELISA. Epidemiologia • Giardíase encontrada em todo mundo (OMS: 200 milhões de infectados). • Alta prevalência em crianças por mau hábitos higiênicos. • Transmissão: ÁGUA e alimentos contaminados • Diarréia dos viajantes para áreas endêmicas • Infecção encontrada em ambientes coletivos. • Viabilidade dos cistos por meses no ambiente, sendo resistentes ao processo de cloração da água, mas destruídos em água fervente. Controle / Profilaxia Higiene pessoal Proteção dos alimentos Tratamento da água e esgotos Tratamento dos doentes Saneamento básico Tratamento • Derivados do 5-nitromidazóis: metronidazol, tinidazol, ornidazol, secnidazol, nitazoxamida. • Derivado dos nitrofuranos: Furazolidona • Derivado dos benzimidazóis: Albendazol. Amebas Entamoeba histolytica/dispar Entamoeba coli Entamoeba hartmai Amebas Reino: Protozoa Filo: Sarcomastighophora Subfilo: Sarcodina Ordem: Amoebida Família: Entamoebidae Gêneros:Entamoeba Espécie: Entamoeba histolytica, E.coli, E. dispar, E.hartmanni As espécies de amebas foram reunidas em grupos, segundo o número de núcleos do cisto maduro ou pelo desconhecimeto desta forma: 1- Cistos com 8 núcleos (Grupo coli): E. coli (humanos), E. muris (roedores). 2- Cistos com 4 núcleos (grupo histolytica): E. histolytica (humanos), E. dispar (humanos). 3- Cisto com 1 núcleo: E. polecki (suínos, macacos, humanos) 4- Não possuem cistos: E. gingivalis (humanos e macacos). Epidemiologia Frequente em todo o mundo Variável de país para país Aproximadamente 10% dos casos estão relacionados à amebíase invasiva Prevalência nas regiões tropicais e subtropicais pelas condições precárias e não pelo clima 2ª causa de morte por protozoonose, ficando atrás somente da malária Estimativa de 40.000 a 110.000 óbitos Entamoeba histolytica/dispar • Doença: amebíase. • Habitat: Intestino delgado e grosso. • Locomoção por emissão de pseudópodes. • Via de transmissão: Ingestão de cistos em alimentos e bebidas contaminadas, contato oral-anal e transporte mecânico por insetos. • Morfologia: cistos, metacistos, trofozoítos e pré-cistos • Parasita monoxeno. • Reprodução por divisão binária. 8 μm a 20μm Cistos Disponível em Parasitologia Humana. Neves, 2012 Ciclo biológico • Ingestão de cistos. • Resistem ao pH estômago. • Processo de desencistamento no final do ID e início IG com temperatura de 37°C em meio anaeróbio. • Um cisto tetranucleado rompe a parede cística e libera o metacisto. •Divisões nucleares e citoplasmáticas com formação de 8 trofozoítos. • Os trofozoítos liberados ficam aderidos à parede intestinal alimentando-se de bactérias e detritos (10- 20μm). • Multiplicação na luz do IG. Ciclo biológico • Trofozoítos são encontrados em fezes diarréicas. • Processo de encistamento: - Formação dos pré-cistos - Diminuição da atividade de fagocitose - Diminuição da motilidade pela não emissão de pseudópodes - Desaparecimento dos vacúolos - Aparecimento dos corpos cromatóides - Transformação em pré-cistos e secreção de membrana cística Ciclo biológico • Divisão nuclear com produção de cistos tetranucleados. • Grande área do citoplasma ocupada por formação de glicogênio. Obs: A coloração por hematoxilina férrica remove o glicogênio deixando no lugar um grande vacúolo vazio, enquanto na coloração por lugol, o glicogênio cora-se de castanho –avermelhado. • Os cistos são eliminados pelas fezes. Ciclo: Forma Invasora • Trofozoíto: Adquirem a capacidade de invadir a mucosa intestinal penetrando nos tecidos e produzindo formas ainda maiores (até 60 μm). • Produção de hialuronidase, proteases e mucopolissacaridases • Fagocitose de hemácias. • Emissão de pseudópodes grossos e digitiformes • Divisão binária • Incapacidade de produção de cistos • Raramente encontrada nas fezes exceto em casos de diarréia e disenteria Bases da parasitologia Médica. Luís Rey, 2010 Manisfestações clínicas: • Formas assintomáticas (10% E. histolytica – 90% E. dispar). •Formas sintomáticas: A- Amebíase intestinal: - disentérica, - colites não disentérica, - amebomas, - apendicite amebiana. Complicações: perfuração intestinal, peritonite, hemorragia, etc. B- Amebíase extraintestinal: -Hepatica: aguda não supurativa ou abscesso necrótico (necrose coliquativa); - Amebíase cutânea; - Amebíase em outros órgãos (pulmão, cérebro, baço,rim, etc). - Complicações do abscesso hepático: ruptura, infecção bacteriana e propagação para outros órgãos. Patologia • Varia conforme a cepa • Dependentes da flora bacteriana • Lesões iniciais no intestino grosso; mutiplicam-se pela submucosa, ganhando profundidade até atingirem o tecido muscular. • Exercem ação lítica por processo enzimático • Produzem necrose • Invasão da corrente sanguínea pelo sistema porta podendo atingir o fígado, pulmões, cérebro e pele (normalmente da região anal e genital). Patologia • Observa-se escassez de infiltrações leucocitárias em torno dos parasitos • Incidência de infecção bacteriana no tecido • Lesões com maior frequência na região cecal, no sigmóide e no reto • Locais de trânsito rápido são menos frequentes • Incubação: muito variável – 2 a 4 semanas. Patologia • Forma intestinal Colite não disentérica: 2 a 4 evacuações/dia com fezes diarréicas ou pastosas Cólica e desconforto abdominal Colite disentérica Aguda com presença de cólica, diarréia e tenesmo 8 a 10 evacuações diárias Mucossanguinolenta Febre moderada Patologia Forma hepática: Causam necrose de coagulação com liquefação asséptica do tecido (abcessos amebianos). Material necrosado formado por tecido hepático lisado, sangue, bile, e algumas amebas – pus de chocolate. Lesões antigas podem ser envolvidas por cápsula fibrótica. Sintomas Dor ou desconforto no hipocôndrio direito que se agrava com movimentação, confunde-se com cólica biliar. Febre irregular com calafrios, suores, náuseas e vômitos. Fígado aumentado de volume e doloroso à percussão na área do abcesso e ligeira icterícia. Patologia Amebíase pulmonar : Invasão torácica pode ocorrer via hematogênica ou hepatobrônquica – ruptura do abcesso hepático na cavidade pleural e peritonial. Sintomas Tosse com expectoração de material gelatinoso, ora de coloração achocolatada, ora avermelhada Febre Dor torácica Em caso de infecções bacterianas secundárias: secreção de aspecto amarelado. Tratamento O tratamento é baseado no uso de amebicidas que atuam na luz intestinal, nos tecidos ou em ambos os locais. Amebicidas da luz intestinal: • Compostos que não são absorvidos pela mucosa intestinal • Destroem os trofozoítos, mas não possuem ação contra cistos • Derivados da quinoleína, diiodo-hidroxiquinoleía, iodocloro- hidroxiquinoleía. • Antibióticos: paramomicina, eritromicia. Amebicidas de ação tissular: atuam na submucosa do intestino e no figado. • Cloridrato de Emetina; Cloridrato de diidroemetina; Cloroquina (figado). Tratamento Amebicidas com ação intestinal e tissular: • Antibióticos isolados ou combinados com amebicidas: tetraciclinas, eritromicia e paramomicina. • Derivados imidazólicos: Metronidazol (mais utilizado), Tinidazol , Ornidazol , Seccidazol. Formas de diagnóstico • Identificação de trofozoítos e cistos • Análise macroscópica do aspecto e consistência das fezes • Verificação da presença de muco ou sangue • Fezes líquidas coletadas com conservantes (SAF, álcool polivinílico). Encontro de formas trofozoíticas Encontro de hemácias no campo microscópico devido as ulcerações no caso de E.histolytica • Fezes formadas (formol 10%, MIF, SAF) Encontro de cistos Formas de diagnóstico • Técnicas para pesquisa de trofozoítos (fezes diarreicas): Método direto à fresco (20 a 30 min.) - triagem • Fezes formadas: Utilização de métodos de concentração Centrífugo-flutuação: Método de Faust Centrifugação em éter: Método de MIF ou formol-éter. Sedimentação espontânea: Método de Lutz, Hoffman. • Formas de diagnóstico imunológico para E. histolytica / E. dispar Imunológico: ELISA Hemaglutinação indireta Imunoflorescencia indireta Profilaxia • Educação sanitária • Hábitos de higiene • Saneamento ambiental • Tratamento da água e de esgoto • Identificação e tratamento das fontes de infecção Entamoeba coli Não patogênica Habitat: cavidade intestinal Morfologia: trofozoítos e cistos. Cistos: Esféricos ou ligeiramente ovóides, com parede cística espessa. Ausência de vacúolos citoplasmáticos. Contém de 1 a 8 núcleos. Cariossomo irregular e excêntrico. Cistos imaturos: Presença de reserva de glicogênio, presença de corpos cromatóides finos. Entamoeba coli Trofozoíto: Nutrição através de restos celulares e bactérias. Citoplasma com vacúolos que podem apresentar bactérias, leveduras e outros cistos de protozoários. Eliminados em fezes diarréicas. E. hartmanni Não patogênica Localizado na luz do intestino grosso Fagocita bactérias e fungos Morfologicamente confundido com formas pequenas de E.histolytica Diagnóstico diferencial pela morfologia do núcleo ou tamanho dos cistos. E. hartmanni Trofozoíto medindo 5 a 12 μm Cariossomo pequeno, puntiforme , ora no centro do núcleo ora levemente excêntrico. Cromatina periférica distribuída em intervalos. Presença de vacúolos citoplasmáticos contendo bactérias e fungos Cisto com 4 núcleos e cromatina fina, medindo 4 a 10 μm Possui corpos cromatóides pequenos Trichomonas Taxonomia Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Ordem: Trichomonadida Família: Trichomonadidae Gênero:Trichomonas Espécie: Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax e Pentatrichomonas hominis Trichomonas - Trichomonas hominis ( Pentatrichomonas hominis): Habita o trato intestinal humano - IG Não patogênico Transmissão oral-fecal e Ausência de cistos - Trichomonas tenax Habita a cavidade bucal humana. Não patogênico Alimentam-se de bactérias e detritos orgânicos Presente no placa dental Transmissão através da saliva e Ausência de cistos Trichomonas - T. Vaginalis Protozoário causador da tricomonose / tricomoníase Morfologia Célula polimorfa em hospedeiros e meios de cultura Podem ser elipsóides ou esféricas. Medem em média 9,7 µm x 7,0 µm Capacidade de emissão de pseudópodes para alimentação e não locomoção. Possuem somente a forma trofozoítica. T.Vaginalis Características : Reprodução por fissão binária longitudinal Desenvolvimento em pH 5,0 e 7,5 O pH vaginal varia de 3,5-4,5 Temperatura entre 20 a 40 °C Anaeróbio facultativo T.Vaginalis Utilização de glicose,maltose e galactose Desprovido de mitocôndrias Presença de ferredoxina-oxidorredutase que convertem o piruvato em acetato para liberação de ATP. Reserva de glicogênio Fator de virulência: adesinas, integrinas, cisteínaproteinases, cell-detaching factor (CDF) e glicosidases. T.Vaginalis Habitat: genitourinário feminino e masculino Não sobrevive fora do sistema urogenital Não se instala em cavidade bucal ou no intestino Transmissão: Relação sexual Parasito sobrevive por uma semana sobre prepúcio do homem sadio Podem ser levados à vagina pela ejaculação Fraca transmissão através de fômites T.Vaginalis Fatores que facilitam a parasitose: Alteração da flora bacteriana: redução da ação do Lactobacillus acidophilus com diminuição da acidez local Diminuição do glicogênio: A utilização do glicogênio das paredes vaginais pelos Trichomonas eleva do pH vaginal Capacidade de revestimento com proteínas plasmáticas do hospedeiro para evasão do sistema imunológico T.Vaginalis Mecanismos de proteção do hospedeiro Menstruação: Diminuição do número de parasitos mas aumentam a resistência contra degradação via complemento. Presença do bacilo de Döderlein: Metabolizam o glicogênio e produzem ácido lático T.Vaginalis Sinais e sintomas femininos: Período de incubação: 20 dias Vaginite caracterizada por : Leucorréia abundante Coloração amarelo-esverdeada Odor fétido Prurido e irritação vulvovaginalpH alcalino Dor e dificuldade de manter relações sexuais Disúria e frequência miccional T.Vaginalis Complicações relacionadas a gravidez A resposta inflamatória gerada pela infecção por T.vaginalis pode conduzir a alterações na membrana fetal, ruptura prematura de membrana, baixo peso de recém-nascido, endometrite, natimorto e morte neonatal. T.Vaginalis Complicações relacionadas a fertilidade a infecção do trato urinário superior ocasiona a destruição da estrutura tubária danificando as células ciliadas ocasionando inibição da passagem dos espermatozóides ou óvulos. T.Vaginalis Sinais e sintomas masculinos: Parasito desenvolve-se melhor no trato urinário masculino pela presença do glicogênio Pode ser assintomática Quando sintomática: Uretrite com fluxo leitoso ou purulento, Sensação de prurido na uretra, Secreção matinal (antes da primeira urina ) clara , viscosa e pouco abundante, Desconforto ao urinar T.Vaginalis Sinais e sintomas masculinos: Pode apresentar complicações como: Prostatite Balanopostite (glande e prepúcio) Cistite Epididimite Diagnóstico Coleta de material Para os homens: Não realizar higienização e não urinar antes da coleta O parasito é melhor encontrado no sêmen do que na urina ou esfregaços uretrais. Cetrifugação e análise do sedimento Secreção uretral e material subprepucial: swab umedecido em solução isotônica Diagnóstico Coleta de material Para mulheres: Não realizar higienização matinal de 18 a 24hrs antes da coleta Maior concentração do parasito logo após a menstruação Coleta de material através de swab Diagnóstico Parasitológico: Suspender o uso de medicação ou anticoncepcionais um ou dois dias antes do exame Exame direto de esfregaços à fresco Visualização da motilidade do parasito: análise imediata do material; Corados ou não corados - Coloração: laranja de acridina, Giemsa, Leishman, Gram e hematoxilina férrica. Cultura em meios específicos contendo penicilina e streptomicina: CPLM, TYM, STS Diagnóstico Clínico: Difícil realização através dos sinais e sintomas Imunológico Aglutinação IF direta e indireta ELISA Tratamento Tratamento para paciente e parceiro Metroinidazol: 10 dias Ornidazol: 5 dias Tinidazol: dose única Nimorazol: 6 dias Epidemiologia Ampla distribuição geográfica Faixa etária: 16 a 35 anos Mais frequente entre as mulheres Promiscuidade e falta de higiene favorecem a transmissão Permanência fora do habitat: Toalhas úmidas: 24 horas Urina coletada: 3 horas Sêmem ejaculado: 6 horas Podem sobreviver a temperaturas de até 40 graus Profilaxia Educação sanitária Diagnóstico precoce Uso de preservativos Medidas higiênicas Blastocitose Taxonomia Filo: Stramenopiles Classe Blastocystea Ordem Blastocystida Família Blastocystidae Gênero Blastocystis Espécie: Blastocystis hominis, B. ratti, B. galli, entre outras. Blastocystis hominis Protozoário causador da Blastocitoce Morfologia Organismo polimórfico, possui 4 formas morfológicas descritas, sendo elas: vacuolar, granular, amebóide (fezes diarréicas) e cística (trnasmissão oral – facal). Ciclo Ciclo de Vida A forma clássica encontrada nas fezes humanas é o cisto (1). O cisto de parede espessa presente nas fezes parece ser o responsável pela transmissão externa, possivelmente por via fecal-oral através da ingestão de água ou alimento contaminado; (2) Os cistos penetram nas células do trato digestório e multiplicam-se assexuadamente; (3) e (4) Formas vacuolares do parasito dão origem a formas multivacuolares (5a) e formas amebóides (5b). O desenvolvimento multivacuolar em pré-cisto (6a) dá origem ao cisto de parede fina (7a) que parece ser o responsável pela autoinfecção. A forma amebóide dá origem ao pré-cisto (6b), o qual se desenvolve para o cisto de parede espessa (7b) por esquizogonia. A forma de transmissão mais aceita é a via fecal- oral, como ocorre com a maioria dos protozoários intestinais. Patologia / Patogenia • Maior parte será assintomático • Virulência da cepa, • Carga parasitária •Imunodeficiência do indivíduo (mais comum em AIDS, leucemia, diabetes descontrolada e em pacientes em uso de pequenas doses de imunossupressores) •Sintomatologia: sintomas são inespecíficos e incluem diarréia, dor abdominal, cólicas ou desconfortos e náusea. Em casos agudos da doença tem-se relatado diarréia aquosa, ocorrendo em menor proporção nos casos crônicos. Tem-se observado ainda a ocorrência de fadiga, anorexia e flatulência, assim como sangramento retal. Diagnóstico • Exame parasitológico de fezes utilizando-se os métodos de concentração de fezes por sedimentação espontânea (Lutz), sedimentação por centrifugação (Ritchie) e de flutuação (Faust) - recomendado o uso de solução salina nas diluições ou lavagens durante a preparação de amostras. • Análise de amostras múltiplas de fezes. • Coloração: tricrômica (mais utilizada), Giemsa, Wright, hematoxilina férrica e Lugol. Diagnóstico • Os meios de cultura têm tido cada vez mais importância, devido à habilidade dos microrganismos crescerem como colônias sobre um meio sólido ou semi-sólido. • O diagnóstico imunológico tem obtido pouco sucesso através de técnicas sorológicas de Imunoblotting, ensaio imunoenzimático (ELISA) e Imunofluorescência. Tratamento • Paciente assintomático não requer maiores investigações e nenhuma forma de terapia, porque o protozoário tende a desaparecer espontaneamente e/ou infectar cronicamente o ser humano (colonizar). • Quando há sintomatologia, deve-se iniciar metronidazol, que no entanto não apresenta eficácia absoluta. •Estudos “in vitro” mostram que o parasito é sensível à furazolidona, sulfametoxazol com trimetropim, pentamidina e iodoquinol. Profilaxia • Educação sanitária • Hábitos de higiene • Saneamento ambiental • Tratamento da água e de esgoto • Identificação e tratamento das fontes de infecção
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