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Questão 1/10 - Segurança Internacional “Wendt vai introduzir um elemento inovador, desde o ponto de vista da segurança internacional, na sua obra Social Theory of International Politics (1999), na qual o sistema internacional é visto como anárquico, mas é a “cultura” apresentada pela “estrutura” ideacional do sistema o ponto determinante para se conhecer qual é relação predominante entre Estados, quer dizer, a estrutura anárquica, é mais concebida em termos culturais e menos em termos materiais. “Em particular, ela depende de como os “Outros” (Estados) são conceitualizados: inimigos, rivais ou amigos.” (Hoffman, 2010, p. 336)”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 – A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança). Wendt identifica três culturas de anarquia com impacto sobre as relações dos Estados num sistema anárquico: cultura hobessiana, cultura lockiana e cultura kantiana. Partindo dessa informação, examine os enunciados abaixo e assinale a alternativa correta acerca da cultura kantiana: Nota: 10.0 A A cultura kantiana é um estado de direito de fato em que disputas são resolvidas sem apelo a violência. Você acertou! A alternativa correta é: (A cultura kantiana é um estado de direito de fato em que disputas são resolvidas sem apelo a violência). De acordo com o livro base da disciplina, “Wendt identificaria três culturas de anarquia, com impacto sobre as relações de amizade e inimizade que os estados possam ter num sistema anárquico. A cultura kantiana é um estado de direito de fato em que disputas são resolvidas sem apelo a violência. Há uma espécie de mecanismos de segurança coletiva entre os membros que lutam como um time, caso sejam atacados por uma terceira parte. E, para além do poder militar outros tipos de poder, como o discursivo, o institucional e o econômico são mais salientes” (Adaptado)”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 – A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança). B A cultura kantiana é uma totalidade em funcionamento que integra hábitos, costumes, técnicas e crenças. Assim, todo elemento cultural deve ser estudado em seu contexto. C A cultura kantiana é uma configuração única e construída entre o local de sua diversidade e o desejo de compreensão de projeção e interesse das ciências de sua universalização. D A cultura kantiana é aquela situação em que a guerra é simultaneamente aceita e restrita. É um sistema de cultura liberal, em que há o direito à vida e a liberdade, entendida como autonomia e soberania. E A cultura kantiana é caraterizada por um estado de guerra endêmico, onde o que prevalece é um sistema de autoajuda, uma alta taxa de mortalidade dos atores, levando em conta o conflito permanente de “guerra de todos contra todos”. Questão 2/10 - Segurança Internacional “A teoria de securitização é uma das principais contribuições da Escola de Copenhague, que surgiu em 1985, originalmente chamada de Copenhagen Peace Research Institute (Tanno, 2003, p. 48). Nesse momento, as escolas europeias acompanhavam o movimento de renovação teórica das Relações Internacionais sobre os conceitos de segurança. Somado a isso, as marcas da II Guerra Mundial permaneciam no dia-a-dia europeu, o que favorecia o processo de criação de uma identidade europeia e a unificação das políticas de defesa e segurança. A Escola, inicialmente liderada por Barry Buzan, Ole Waever e Jaap de Wilde, sustentava o pressuposto segundo o qual ocorreu uma evolução nos estudos de segurança internacional. Segundo eles, três grandes diferenças marcaram a evolução nesses estudos. A primeira está no conceito chave de segurança. A segunda mudança foi a abordagem de um novo problema: as armas nucleares. A terceira grande mudança diz respeito à natureza das questões de segurança” (Adaptado). Fonte: SILVA, Caroline Cordeiro Viana e; PEREIRA, Alexsandro Eugenio. A Teoria de Securitização e a sua aplicação em artigos publicados em periódicos científicos. Revista de Sociologia e Política. Curitiba, v. 27, n. 69, e007, 2019. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010444782019000100204&lng=en&nr m=iso>. access on 09 Feb. 2020. Partindo do conteúdo abordado em “Segurança Internacional”, analise os enunciados abaixo e selecione a alternativa correta acerca da Teoria de Securitização, desenvolvido pela Escola de Copenhagen. I. A securitização é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro. II. Existe sempre um interlocutor, alguém que discursa pelo tema, esse interlocutor é chamado de agente securitizador. III. O ator securitizador não se reduz ao Estado, pode incluir os grupos sociais, os indivíduos, organizações e os grupos transnacionais. IV. A Teoria da Securitização é uma estratégia militar que se concentra na adoção de medidas de economia de guerra, como regularização de taxas e expansão administrativa. Nota: 10.0 A Apenas as afirmativas I e IV estão corretas B Apenas as afirmativas II e III estão corretas C Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas Você acertou! A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “a securitização é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro. Os argumentos sempre envolvem a decisão em duas possibilidades de caminho: o que irá acontecer se não for tomada uma ação e o que ocorrerá se a ação for tomada. Partindo da ideia de que todo tema de segurança é visto efetivamente como um tema de segurança por que foi argumentando como tal, os autores definem que: Existe sempre um interlocutor, alguém que discursa pelo tema, esse interlocutor é chamado de agente securitizador. O agente securitizador discursa sobre um tema, alegando que esse tema é uma ameaça à existência do Estado. (BUZAN; WAEVER; WILDE, 1998)”. Esse tema também foi abordado no livro base da disciplina, “Para Buzan, Waever e Wilde a ”[s]ecuritização é uma versão extrema da politização” (1998, p. 23-24), um ato do discurso ou da linguagem (speech act) de um ator que se apresenta da seguinte forma: confere-se a uma questão política um caráter emergencial, ou seja, transforma-se um problema da esfera política numa questão de segurança. Esse passo não depende só dos atores, sendo necessário que uma audiência e que a questão seja identificada pelo auditorium [audiência, público] como uma ameaça existencial à sobrevivência de um objeto referente. Em outras palavras: para que a ameaça seja identificada é necessário que ocorra um processo intersubjetivo de reconhecimento pelos atores securitizadores e pelas sociedades. Isso é o que confere legitimidade social àquilo que é deslocado da esfera da política e transformado em ameaça à segurança, acarretando e justificando “medidas emergenciais” ou recursos extraordinários para enfrentá-lo. A ameaça justifica medidas que diferem das que seriam tomadas na esfera pública da política. As regras do jogo são quebradas ou suspensas (Buzan; Waever; Wilde, 1998, p.23-24). Em síntese, a securitização é o que Wæver (1995b) denomina de “política do pânico”: quando determinados assuntos se tornam confidenciais e passam a ser tratados sem se respeitar as regras comuns, conferindo às autoridades públicas poderes adicionais e o desempenho de atividades que seriam consideradas ilegais em outras circunstâncias “Villa e Santos, 2010, p. 122). O conceito de securitização inclui também categorias operacionais, das quais três se sobressaem: (i) o objetos referentes, aquilo que é percebido comoobjeto de uma ameaça existencial; o ator securitizador, que não se reduz ao Estado, podendo incluir os grupos sociais, os indivíduos, organizações e os grupos transnacionais, que reivindicam a existência de uma ameaça para objeto referente – o ator securitiza a ameaça, e (iii) os atores funcionais, que não pertencem a nenhuma da duas categorias anteriores mas que direta ou indiretamente têm um papel relevante nas dinâmicas de segurança de um setor, a exemplo de uma grande empresa multinacional em setores como o meio ambiente, a economia e a política (Buzan; Wæver; Wilde, 1998)”. Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Escola de Copenhague: visão ampliada). Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - Securitização) E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas Questão 3/10 - Segurança Internacional -Nesta fase o Brasil procura melhorar sua imagem internacional com os Estados Unidos se ajustando aos chamados valores mainstream (valores dominantes) do sistema internacional pós-guerra fria, tais como democracia liberal, participação concertadas em regimes multilaterais, direitos humanos e economia liberal e com flexibilização das regulações estatais. Nesta fase as iniciativas em segurança frente a seu entorno regional e frente a problemas considerados ameaças ao país, aquelas de natureza multidimensional, são reativas e poucos propositivas”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - Fase bandwagoning, ou fase reativa). Considerando o conteúdo da aula 4 de “Segurança Internacional”, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que descreve, corretamente, a fase reativa da política de segurança brasileira. I. O país passa a participar de operações de peace enforcement. II. Na fase reativa ocorre uma mudança no padrão de inserção internacional do país. III. Na fase reativa houve uma mudança no modelo de desenvolvimento econômico iniciado no início dos anos 1990. IV. O país diversifica e intensifica sua participação nas instâncias multilaterais e passa a se envolver em uma multiplicidade de negociações internacionais. Nota: 10.0 A Apenas a afirmativa III está correta B Apenas a afirmativa IV está correta C Apenas as afirmativas III e IV estão corretas D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas E Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas Você acertou! Apenas afirmativas II, III e IV estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 4, “O autor Faria (2008) corrobora com a visão de que o processo insular da formulação da política externa brasileira passa por uma revisão. O principal fator a pressionar a mudança é o duplo processo iniciado nos anos 1990. Ou seja, a mudança no modelo de desenvolvimento e a mudança no padrão de inserção internacional. O país diversifica e intensifica sua participação nas instâncias multilaterais e passa a se envolver em uma multiplicidade de negociações internacionais. Ao mesmo tempo, o processo de globalização, de liberdade econômica e a revolução nos meios de comunicação tem ampliado o coeficiente de internacionalização da sociedade brasileira. (Idem, p. 84). Esse momento específico da política externa brasileira faz com que a postura do Brasil frente a temas de segurança internacional seja reativa. Ou seja, o Brasil reage a demandas internacionais para alguns temas pois o Itamaraty está preocupado em pensar na sua renovação e aprendendo como organizar um processo de política externa que seja mais democrático e ao mesmo tempo que se posicione no cenário internacional.” (Adaptado). A alternativa I (O país passa a participar de operações de peace enforcement) está, portanto, incorreta. Fonte: Rota de Aprendizagem 4 (Fase reativa da política de segurança brasileira). Questão 4/10 - Segurança Internacional “A redefinição e iniciou das reformas nas operações mantenedoras de paz também se operaram de maneira cronológica. Costuma-se definir-se duas grandes fases das operações de paz: o período das operações de paz de primeira e de segunda geração. As de primeira geração ou tradicionais, que acontecem de finais dos anos 40 até inícios dos anos 90, que atuavam com mandatos mais restritos, direcionadas para lidar com situações que se encaixassem na categoria de conflitos interestatais e foram empregados em pequeno número pela ONU”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz). Partindo da leitura do livro “Segurança Internacional” do professor Villa, examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa que descreve, corretamente, as caraterísticas das operações de paz de primeira geração. I. Atuação restrita a conflitos interestatais. II. Se limitavam ao monitoramento de acordos sobre cesse de fogo, tréguas e armistícios entre países. III. Patrulhavam fronteiras e zonas de exclusão militar, estimulavam a retomada de negociações entre as partes e eram compostas basicamente por poucos militares. IV. Questionavam o princípio de neutralidade. A neutralidade é também debatida e vem sendo constantemente definida não mais em termos de neutralidade em relação às partes, mas de objetividade na execução do mandato. Nota: 10.0 A Apenas as afirmativas I e IV estão corretas B Apenas as afirmativas I e II estão corretas C Apenas as afirmativas II e III estão corretas D Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas Você acertou! As afirmativas I, II e III estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “As principais caraterísticas dessas operações de paz de primeira geração eram i) atuação restrita a conflitos inter-estatais; ii) possuíam estrutura institucional simples: basicamente os dos países que contribuíam com tropas e os países contendores; iii) se limitavam ao monitoramento de acordos sobre cesse de fogo, tréguas e armistícios entre países; iv) patrulhavam fronteiras e zonas de exclusão militar; v) estimulavam a retomada de negociações entre as partes; vi) eram composta basicamente por militares e em pequenos números. Exemplos dessas operações foram: a United Nations Military Obsever Group – que agrega 44 observadores militares na Caxemira desde 1949 (cuja missão ou mandato observar cumprimento do cessar- fogo) e a UNEF (1973-1979), cujo mandato consistia em monitora uma zona desmilitarizada entre Egito e Israel (Mello, 2007) desde finais dos anos 50” (Adaptado). A alternativa IV (Questionavam o princípio de neutralidade. A neutralidade é também debatida e vem sendo constantemente definida não mais em termos de neutralidade em relação às partes, mas de objetividade na execução do mandato) está, portanto, incorreta. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz). E As afirmativas I, II, III e IV estão corretas Questão 5/10 - Segurança Internacional “O aumento de incidentes reais, aspectos materiais da segurança cibernética estão entrando em foco, principalmente porque uma parte crucial das ameaças cibernéticas é inerentemente material: muitas ciberoperações são conduzidas com a ajuda de software malicioso, os chamados 'malware'. O malware é escrito para executar sequências de ações em máquinas, produzindo efeitos físicos de acordo com a semântica das instruções no programa. Sem uma execução real, o código é imperceptível como um fenômeno, pois foge da percepção de humanos”. Fonte: Rota de Aprendizagem 5 (Guerra cibernética). Considerando o material disponibilizado na disciplina “Segurança Internacional”, examine as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta acerca das guerras cibernéticas: I. A corrida armamentistapela construção de um grande arsenal de armas nucleares é o objetivo central das guerras cibernéticas. II. A segurança cibernética passa a ser pensada como segurança em disciplinas de ciência da informação e ciência da computação. III. As ameaças cibernéticas tornam-se visíveis e explicáveis por meio de seu desempenho e, em extensão, de seus efeitos materiais. IV. As ameaças à segurança cibernética não surgem apenas de agentes intencionais, mas também de ameaças sistêmicas. Essas ameaças decorrem da imprevisibilidade inerente de computadores e sistemas de informação que criam situações perigosas não intencionais. Nota: 10.0 A Apenas a afirmativa I está correta B Apenas as afirmativas I e III estão corretas C Apenas as afirmativas II e III estão corretas D Apenas as afirmativas II e IV estão corretas E Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas Você acertou! As afirmativas II, III e IV estão corretas. De acordo com a rota de aprendizagem 5, “As ameaças cibernéticas tornam-se visíveis e explicáveis por meio de seu desempenho e, em extensão, de seus efeitos materiais. No início, porém, os efeitos do malware se desdobram dentro de uma máquina. Para se tornar segurança politicamente relevante, esses efeitos técnicos precisam ser colocados em um contexto mais amplo e conectados a algo de valor considerado ameaçador. Entre o efeito inicial do código na máquina e a leitura política subsequente, está um processo de criação de significado, um processo de securitização durante o qual alguns incidentes técnicos são transformados em incidentes visíveis de cibersegurança, com segurança e impacto politicamente relevante (CAVELTY, 2019). A cibernética passa a ser pensada como segurança em disciplinas de ciência da informação e ciência da computação. Em 1991 essas áreas já definiam a segurança como proteção contra divulgação, modificação ou destruição indesejada de dados em um sistema e também a salvaguarda dos próprios sistemas. A segurança cibernética compreendia aspectos técnicos e humanos, além de possuir importantes componentes processuais, administrativos, físicos e de pessoal. Fundamentalmente, as ameaças à segurança cibernética não surgem apenas de agentes intencionais, mas também de ameaças sistêmicas. Essas ameaças sistêmicas, a segurança do ciberespaço, decorrem da imprevisibilidade inerente de computadores e sistemas de informação que, por si só, criam situações perigosas não intencionais para si ou para os ambientes físico e humano em que estão inseridos” (Adaptado). A alternativa I (A corrida armamentista pela construção de um grande arsenal de armas nucleares é o objetivo central das guerras cibernéticas) está, portanto, incorreta. Fonte: Rota de Aprendizagem 5 (Guerra cibernética). Questão 6/10 - Segurança Internacional “Com a eclosão de muitos conflitos internos no início do pós-guerra fria na Europa central, na ex- União Soviética, Ásia, e na África organizações, governos e pesquisadores constatavam que muito mais pessoas eram mortas pelo seu próprio governo do que por exércitos estrangeiros inimigos. Desta maneira uma preocupação normativa estava começando a emergir no início do pós-guerra fria: a defesa das fronteiras contra inimigos estrangeiros deveria ser reforçada pela defesa da integridade dos indivíduos, da pessoa e da sociedade Era o início do que começou a ser chamado de segurança humana. No entanto, o evento mais notável ocorreu em 1994, e que marca o nascimento do conceito de segurança humana acontece em 1994 quando o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento da ONU (o PNUD) enfatizou explicitamente que a “segurança humana” não é uma preocupação com armas - é uma preocupação com a “vida e dignidade” humana (UNDP, 1994)”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - O pioneirismo da segurança humana). Partindo do conteúdo discutido na disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que faz uma análise correta do conceito de segurança humana desenvolvido por King e Murray. Nota: 10.0 A Segurança humana é sinônimo do nível médio de bem-estar futuro. B A segurança humana é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano". C A segurança humana de um indivíduo é definida como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada. Você acertou! A alternativa correta é: (A segurança humana de um indivíduo é definida como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada). De acordo com a rota de aprendizagem 2, “Os autores, King e Murray (2000, p.592) definem a segurança humana da seguinte forma: “Definimos a segurança humana de um indivíduo como a expectativa de anos de vida sem enfrentar o estado de pobreza generalizada. A segurança humana da população é então uma agregação da segurança humana dos indivíduos.” (Tradução livre). O conceito de segurança humana traz um importante ganho para as teorias de relações internacionais. Durante a década de 1990, todas as construções conceituais foram importantes, principalmente por apresentarem perspectivas diferentes da visão realista clássica e mesmo sua versão neorrealista”. Esse assunto foi especificado no livro base da disciplina, “A fim de contribuir para um avanço prático neste debate, King e Murray (2001) propuseram uma definição alternativa de segurança humana para torná-la mensurável: o número de anos de vida futura fora de um estado de “pobreza generalizada”. Na opinião dos autores, todos os conceitos controversos de “pobreza generalizada” referem-se a um indivíduo que se sentia abaixo do limiar de qualquer domínio- chave do bem-estar humano. Também é importante reforçar a ideia correta dos autores de que qualquer “conjunto de limiares usados para definir a pobreza generalizada com a finalidade de medir a segurança humana deve ser geral e não específico do contexto ou da região” (King; Murray, 2001, p. 595). Em outras palavras, independentemente da localização, como pertencente à mesma comunidade global, o conceito de pobreza generalizada, bem como o limiar dos domínios do bem- estar, deve ser uma consideração comum e global”. As demais alterativas estão, portanto, incorretas. Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Segurança Humana). Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - O pioneirismo da segurança humana). D O conceito de segurança humana compreende o agrupamento de três variáveis: renda per capita, grau de instrução e população em idade ativa. E O conceito de segurança humana pode ser definido como sendo o aumento sustentado de uma unidade económica durante um ou vários períodos longos. Questão 7/10 - Segurança Internacional “Kalyvas mostra que a ideia de que as guerras civis contemporâneas são gratuitamente cruéis é anterior à emergência das chamadas novas guerras civis: “a violência dos mais fortes pode expressar-se através do uso de explosivos ou bombas. Mas estas armas não são diferentes das granadas de mão atiradas de cima de telhados; de fato, as granadas farão mais vítimas inocentes” (Kalyvas, 2001, p. 115). Assim, por exemplo, “as atrocidades cometidas na Serra Leoa (1998- 1999), na Bósnia (1992) ou no Congo (1997-2000) foram cuidadosamente planejadas e centralizadas e resultaram de uma estratégia orquestrada para aterrorizar as vítimas sendo apoiadas e controladas a partir do exterior”. (Moura, 2005, p. 81)” (Adaptado). Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 5 - A guerra como fenômeno gratuito e ideológico). Partindo da leitura do livro “Segurança Internacional” do professor Villa, examine as assertivas abaixo eassinale a alternativa correta acerca dos conflitos ideológicos contemporâneos. I. Podemos afirmar que os conflitos vinculados a uma oposição ideológica têm aumentado nos últimos anos da década de 2000. II. A Ásia é a região que vem apresentando maiores conflitos ideológicos nos últimos anos, como os casos da China e do Camboja. III. É de se esperar que os conflitos ideológicos continuem aumentando em países em vias de desenvolvimento, como na América Latina. IV. A guerra na Síria é um exemplo. Um dos gatilhos da guerra tem sido as diferenças políticas entre as forças do governo e os grupos de oposição, o que levou ao confronto armado. Nota: 10.0 A Apenas as afirmativas II e IV estão corretas B As afirmativas I, II, III e IV estão corretas Você acertou! As afirmativas I, II, III e IV estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “os conflitos vinculados a uma oposição ideológica têm aumentado nos últimos anos da década de 2000 e é de se esperar que este tipo de conflito continue aumentando em países em vias de desenvolvimento, como na América Latina. A Ásia é a região que vem apresentando maiores conflitos ideológicos nos últimos anos, como os casos da China, do Laos e Camboja. Também sucede o mesmo no Oriente Médio, especificamente nos enfrentamentos entre Estados Unidos e Israel com os países árabes. Assim, “os países em vias de desenvolvimento têm mostrado, nos últimos anos, conflitos vinculados à rejeição ao sistema internacional e a globalização econômica”. (Chahab, 2018). De acordo com a ACNUR, os elementos político e ideológico andam juntos nos conflitos. De muitas maneiras, a política expressa ideologias, algo que frequentemente gera diferenças entre os defensores de uma ou outra posição. Causas da guerra na Síria: por exemplo, um dos gatilhos da guerra tem sido as diferenças políticas entre as forças do governo e os grupos de oposição, o que levou ao confronto armado (Rodriguez, 2016)”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 5 - A guerra como fenômeno gratuito e ideológico). C Apenas as afirmativas I e II estão corretas D Apenas as afirmativas III e IV estão corretas E Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas Questão 8/10 - Segurança Internacional “De profunda rivalidade até a Segunda Guerra Mundial, a França e a Alemanha construíram percepções mútuas de confiança porque nos últimos 50 anos seu histórico de interações foi baseado em relações de cooperação. Argentina não teme hoje em dia o fato de que Brasil seja mais poderoso militarmente porque apesar de ambos os países terem profundas desconfianças sobre as intenções geopolíticas de ambas durante quase todo o século XX a cooperação, através de mecanismos como Mercosul, medidas de confiança mútua e redemocratização, levou a que Argentina construísse uma visão e percepção positiva sobre o poderio brasileiro. Estados Unidos teme muito às escassas bombas armas atómicas que a Coreia do Norte tem que às várias dúzias que possuem o Reino Unido e a França simplesmente porque às percepções de inimizade desde a Guerra da Coréia entre ambos países têm estado alimentadas pelo conflito diplomático, tensões militarizadas na fronteira com a Coréia do Sul e tensões sobre a proliferação nuclear norte- coreana”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança). Com base no conteúdo da disciplina “Segurança Internacional”, assinale a alternativa que descreve, corretamente, o conceito de segurança a partir de perspectivas construtivistas. Nota: 10.0 A Para o construtivismo, a segurança é um processo, que trata de uma argumentação sobre o futuro. B Para o construtivismo, a segurança é uma relação entre agentes com maiores ou menores capacidades de comando, influência e persuasão. C Para o construtivismo, segurança se traduz na busca de oportunidades para sobrepor o poder dos outros rivais, tendo a hegemonia do poder político e econômico como objetivo final. D Para o construtivismo, a segurança é uma construção social. O resultado vai depender como Estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito. Você acertou! A alternativa correta é: (Para o construtivismo a segurança é uma construção social. O resultado vai depender como Estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito). De acordo com o livro base da disciplina, “Para o construtivismo a segurança é uma construção social, algo como “o que os estados fazem dela” os estados podem ter num sistema internacional anárquico profundas relações de paz, e amizade e cooperação ou de profundas relações de conflito, inimizade e rivalidade. O resultado vai depender como estados constroem social e historicamente ao longo do tempo suas relações de cooperação e conflito”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 2 - A emergência das perspectivas emergente: construtivismo e comunidades de segurança). E Para o construtivismo, segurança é um conceito que se observa na investigação dos aspectos militares e, especialmente, na mensuração das armas nucleares em perspectiva comparada. Quanto mais munição bélica, mais segurança dispõe uma Nação. Questão 9/10 - Segurança Internacional “As Operações de Paz tiveram início em maio de 1948 com o envio de observadores militares ao Oriente Médio em uma operação de monitoramento do armistício entre Israel e Palestina (United Nations Truce Supervision Organization - UNTSO). As duas primeiras operações da ONU, a referida UNTSO e a UNMOGIP (United NationsMilitary Observer Group in India and Pakistan), enviada em janeiro de 1949, serviram de base para a criação das Operações de Manutenção de Paz (Annan, 2013, p. 54). Essas duas operações de observação não se constituem como operações de manutenção de paz de fato pois contaram com um número reduzido de observadores militares desarmados, suas atividades se limitavam a responder reclamações das partes e, no caso da UNMOGIP, a auxiliar as autoridades locais a manter a ordem. Essas atribuições não foram suficientes para manter a paz nos locais de operação”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - Um breve histórico). Tendo em conta os ensinamentos da aula 6, sobre a operação de paz classificada como Peacemaking (fazer a paz), examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta: ( ) Fazer a paz envolve a aplicação de uma série de medidas coercitivas, incluindo o uso da força militar. ( ) Fazer a paz geralmente inclui medidas para lidar com conflitos em andamento e geralmente envolve ações diplomáticas para levar as partes hostis a um acordo negociado. ( ) Os esforços de pacificação também podem ser realizados por grupos não oficiais e não governamentais, ou por uma personalidade proeminente que trabalha de forma independente. ( ) Peacemaking visa reduzir o risco de cair ou recair em conflito, fortalecendo as capacidades nacionais em todos os níveis para a gestão de conflitos e estabelecer as bases para a paz e o desenvolvimento sustentáveis. Nota: 0.0 A F, F, V, F B V, V, F, V C F, V, V, F A sequência correta é: (F, V, V, F). De acordo com a rota de aprendizagem 6, “A Peacemaking geralmente inclui medidas para lidar com conflitos em andamento e geralmente envolve ações diplomáticas para levar as partes hostis a um acordo negociado. O Secretário- Geral da ONU pode exercer seus“bons ofícios” para facilitar a resolução do conflito. Os pacificadores também podem ser enviados, governos, grupos de estados, organizações regionais ou as Nações Unidas. Os esforços de pacificação também podem ser realizados por grupos não-oficiais e não- governamentais, ou por uma personalidade proeminente que trabalha de forma independente”. O livro base da disciplina também comenta o assunto, “Promoção da paz (peacemaking): ações para trazer partes de um conflito para um acordo de paz, através dos mecanismos de solução de conflitos trazidos pelo cap VII da ONU. Neste caso, os esforços da organização se dirigem à intermediação de um acordo político entre as partes adversárias, com o objetivo de por fim ao conflito armado (inter ou intraestatal). A operação de paz é uma iniciativa importante, que, normalmente antecede operações multidimensionais de paz”. As alternativas I (Fazer a paz envolve a aplicação de uma série de medidas coercitivas, incluindo o uso da força militar) e IV (Peacemaking visa reduzir o risco de cair ou recair em conflito, fortalecendo as capacidades nacionais em todos os níveis para a gestão de conflitos e estabelecer as bases para a paz e o desenvolvimento sustentáveis) são, portanto, falsas. Fonte: Rota de Aprendizagem 6 (Tema: Breve histórico das operações de paz). Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 6 - As reformas nas operações de manutenção de paz). D V, F, F, V E F, V, V, V Questão 10/10 - Segurança Internacional “As iniciativas de uma agenda internacional de segurança, um dos passos mais ousados dados pela diplomacia brasileira em questões de segurança global e regional foi a mediação desempenhada pelo Brasil e Turquia num acordo com o Irã. Em maio de 2010, os três países assinaram um documento - conhecida como a Declaração de Teerã - através do qual o governo iraniano comprometeu-se a enviar 1,2 tonelada de urânio para a Turquia, onde o material seria enriquecido e enviado de volta a Teerã para ser aplicado na pesquisa médica. O acordo representou um esforço da diplomacia brasileira para evitar renovação de sanções para esse país persa no Conselho de Segurança da ONU. No entanto, a iniciativa também pode ser interpretada como uma tentativa de conferir reconhecimento internacional à capacidade de iniciativa do Brasil de construir diálogos sobre temas da agenda de segurança mundial e, nesse sentido, avançar na sua busca por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Apesar do Conselho de Segurança da ONU ter se recusado, através do veto ao acordo dos cinco estados permanentes, em aceitar o acordo vale a pena dizer que foi a primeira vez que um país em desenvolvimento assumiu uma posição pró-ativa nas negociações centrais sobre segurança e estabilidade mundiais”. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira). Tendo em conta os ensinamentos da aula 4, que trata a respeito do Plano Estratégico de Segurança Nacional, examine as afirmativas abaixo, marcando-as com V para verdadeiro e F para falso para, em seguida, selecionar a alternativa com a sequência correta. ( ) O plano busca responder: quais as melhores estratégias para tempos de paz e guerra? ( ) O plano prevê a revisão das estratégias de defesa, a reativação da indústria armamentista doméstica e a autonomia da política de defesa. ( ) O plano tem por finalidade definir ações estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa nacional. ( ) O plano estabelece a identificação das Forças Armadas com a nação, especialmente quanto à defesa das fronteiras, em que a Amazônia aparece como uma prioridade, serviço militar compulsório e tarefas sociais. Nota: 0.0 A F, F, V, V B V, V, F, V A sequência correta é: (V, V, F, V). De acordo com o livro base da disciplina, “nesse contexto de motivações regionais e globais possa ser lida a elaboração do Plano Estratégico de Defesa Nacional. Em setembro de 2007 o então presidente brasileiro evitando referir-se a qualquer motivação que tivesse a ver com qualquer outro país sul-americano, comunicou a criação de um grupo de trabalho, sob a direção do Ministério da Defesa e coordenado pelo intelectual Mangabeira Unger, para formular as diretrizes de um plano de modernização das Forças Armadas (Plano Estratégico de Defesa Nacional, ou Plano de Aceleração do Crescimento em Defesa – PAC em Defesa, como também tem sido chamado) que leva em conta três metas gerais e cinco objetivos concretos. Os primeiros referem-se a: 1) a revisão das estratégias de defesa; 2) a reativação da indústria armamentista doméstica; 3) a autonomia da política de defesa. As preocupações concretas estão dirigidas a dar respostas às seguintes questões: 1) quais as melhores estratégias para tempos de paz e guerra; organização das Forças Armadas, dotadas com a vanguarda tecnológica e operacional; 3) reativação da indústria armamentista nacional, direcionada à meta da autonomia em defesa; 4) identificação das Forças Armadas com a nação, especialmente quanto à defesa das fronteiras, em que a Amazônia aparece como uma prioridade, serviço militar compulsório e tarefas sociais; 5) estabelecimento de linhas para atuação das Forças Armadas em situações de manutenção da ordem e do estado de direito (Villa e Vianna, 2010)”. A alternativa III (O plano tem por finalidade definir ações estratégicas de médio e longo prazos, atuando por meio de eixos fundamentais com vistas à atuação interna das Forças Armadas na promoção da defesa nacional) é, portanto, falsa. Fonte: VILLA, Rafael Duarte. Segurança Internacional. Curitiba: InterSaberes, 2020 (Capítulo 4 - A fase assertiva da política de segurança brasileira). C V, V, V, V D V, F, V, V E V, V, V, F