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Ana Beatriz Silva de Lemos 17/06/2021 Adultos e Idosos NUTRICIONAL • Consideramos a anamnese o pontapé inicial da avaliação nutricional. É um método indireto muito utilizado. Podemos dizer que a anamnese nutricional é o primeiro contato que o nutricionista tem como o paciente, é a conversa inicial que já dá início ao processo de avaliação. Ela pode ser definida como uma entrevista que vai permitir que o nutricionista já tenha uma visão geral sobre os antecedentes fisiológicos, socioeconômicos, medicamentoso, patológico e familiar do paciente, tendo a finalidade de facilitar o diagnóstico. • É, de início, uma forma de estabelecer vínculo com o paciente e adquirir confiança. A partir dessa entrevista é possível já fazer alguns levantamentos e ter algumas percepções sobre as queixas que são relatadas. • Para que uma anamnese seja bem- sucedida, é importante que o entrevistador estabeleça um bom vínculo com o entrevistado, permitindo maior veracidade nas informações, visando também um atendimento mais humanizado, por isso é necessário que está seja bem-preparada. ASPECTOS IMPORTANTES • Tipo de registro: como vai ser realizado? Em papel? Computador? Como vai ser formulado o questionário? Perguntas objetivas? Tudo isso precisa ser planejado antes pois o tipo de registro também vai depender muito do paciente que está sendo atendido. • Ambiente da entrevista: Meu ambiente de entrevista é confortável? Aconchegante? Privado? • Objetivos da entrevista: é preciso ter em mente qual o objetivo do paciente, por isso é importante que já na marcação da consulta isso seja considerado, pois permite uma maior objetividade (principalmente na elaboração do questionário). • Postura do entrevistador: é importante que o entrevistador mantenha sempre uma postura neutra em relação as respostas do entrevistado (as reações podem influenciar nas respostas e na abertura do paciente). É recomendável tratar o paciente como Sr. (a), acrescido do nome. • Condução do relato e bom senso: uma opção para isso é iniciar a entrevista com perguntas mais abertas, e que permitam ao paciente explicar um pouco sobre o motivo da procura. É importante que o entrevistador esteja sempre atento as respostas, Ana Beatriz Silva de Lemos 17/06/2021 questionamentos e dúvidas, assim como demonstrar que está atento através de gestos ou expressões. Não devemos interferir no relato do paciente, ou induzir respostas deste. Sempre lembrar de fazer uma pergunta de cada vez para poder facilitar as respostas. Se o entrevistado tiver alguma dúvida ou dificuldade para responder ao questionamento, tentar usar perguntas diretas que possam ser respondidas com “sim” ou “não”. Ter o bom senso de que algumas perguntas podem se tornar inconvenientes para o paciente. • Linguagem utilizada: sempre usar uma linguagem acessível e que seja compreendida pelo paciente. Evitar usar termos técnicos e explicar mais detalhadamente quando necessário. • Idade do entrevistado e tempo da entrevista: a condução da entrevista, assim como a abordagem precisa ser adaptada e direcionada para o público que está ali. Ou seja, crianças, idosos, gestantes, lactentes, vão ter particularidades e vão precisar, às vezes, de uma atenção maior, de mais tempo, de adaptação na velocidade da fala, dentre outros aspectos que podem ser observados no decorrer da entrevista. • Situações específicas: vai depender muito do seu entrevistado e como ele se encontra no momento, a partir disso o entrevistador pode avaliar a melhor maneira de conduzir ou retomar a entrevista. • Estabeleça sempre uma relação e confiança, respeito, empatia e ética com o paciente, e lembre-se: o seu paciente é o amor da vida de alguém. Trate ele como você gostaria de ser tratado. O QUE DEVEMOS CONSIDERAR EM UMA ANAMNESE NUTRICIONAL? (Não é obrigatório que contenham todos esses dados) • Dados pessoais: nome, idade, sexo, naturalidade, estado civil e o motivo da consulta. • Dados socioeconômicos e culturais: renda, escolaridade, ocupação, religião, crença religiosa, condições de moradia e saneamento, quantidade de pessoas com que reside, mitos sobre alimentação. • História clínica: história de doença atual (HDA) – são doenças que o paciente apresenta no momento da consulta; história de doença pregressa (HDP) – doenças que o paciente já Ana Beatriz Silva de Lemos 17/06/2021 teve ao longo da vida; história familiar – histórico de doenças presentes na família (visa avaliar as predisposições que o paciente pode ter para algumas doenças e assim já auxiliar); revisão dos sistemas corporais – verificar alguns problemas que não foram relatados pelo paciente (ex.: sistema digestório: mastigação, deglutição, hábito intestinal; sistema respiratório; sistema cardiovascular: pressão arterial; entre outros sistemas). • Hábitos de vida: prática de exercícios físicos; hábitos de sono, se faz ingestão frequente de bebidas alcoólicas; onde faz as refeições; quantidade de sal e óleo utilizada nas refeições, dentre outros.
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