Buscar

RESUMO COMPLETO DE DIREITO PENAL - OAB/ GRADUAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO COMPLETO DE DIREITO PENAL - OAB/
GRADUAÇÃO
Autor: Gustavo Henrique Cavalcante Marques
Todos os direitos desta edição são reservados ao autor.
Esse e-book faz parte do conteúdo de estudo do Curso: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB –
1ª FASE. Acesso ao curso: https://www.udemy.com/course/operacaopasseinaoab/
Proibida a cópia ou reprodução por qualquer meio, inclusive eletrônico, conforme a lei
no 10.695 de 4 de julho de 2003, sem a prévia autorização do autor.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
PARTE GERAL
EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO – Artigos 1º ao 4º CP
Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal (Princípio da legalidade – art. 1º CP).
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos
penais da sentença condenatória (art. 2º CP).
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.
A norma que deve ser aplicada é a norma vigente, salvo se lei
posterior for mais benéfica.
A lei mais benéfica retroage aplicando-se inclusive aos fatos já
decididos por sentença transitada em julgado. 
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-
se ao fato praticado durante sua vigência (Art. 3º CP).
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado (Art. 4º CP).
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
ATENÇÃO: Súmula 611 do STF Transitada em julgado a
sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a
aplicação de lei mais benigna.
Abolitio criminis – Nova lei que tira a tipicidade da conduta, ou seja,
descriminaliza. Abolindo o crime e extinguindo a pena e seus efeitos
penais. Contudo, os efeitos civis não são abolidos. 
Súmula 711 do STF A lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à
cessação da continuidade ou da permanência.
Tempus regit Actum - Expressão em latim que significa “o tempo
rege o ato”, no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da
época em que ocorreram.
EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO – ARTIGOS 5º AO 8º CP
A regra adotada é a da Territorialidade temperada, ou seja, a
princípio aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no território
nacional, porém, é possível determinação contrária caso haja
Tratado Internacional que assim preveja. 
São aplicadas as leis brasileiras:
- Em todo seu espaço terrestre;
- Nas embarcações ou aeronaves públicas ou a serviço do governo;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
- Nos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, que estejam em pouso no
território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e
embarcações privadas em porto ou mar territorial do Brasil.
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado (Art. 6º CP)
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não
sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende
do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí
cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as
condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
Contagem de Prazos 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
O prazo deve ser computado o dia de início, independente da hora
em que esta começou, contando-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum.
CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES 
Crime é fato típico, antijurídico, praticados por uma ação ou
omissão, dolosa ou culposa.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO AGENTE:
Comuns – Os que podem ser praticados por qualquer pessoa.
Exemplo: homicídio. 
Próprios ou especiais – Praticados por sujeitos específicos. Os
crimes especiais são os que figuram na legislação penal especial.
Exemplo: Infanticídio. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CONDUTA PUNÍVEL:
No Brasil prevalece o conceito finalista de conduta: movimento
corpóreo humano positivo ou negativo, consciente e voluntário,
dirigido a uma finalidade. 
Comissivos – Cuja ação provoca o resultado.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Omissivos - Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
 
Os omissivos podem ser classificados como comissivos próprios
ou impróprios.
Nos crimes omissivos próprios, a lei prevê um dever jurídico
genérico de agir, ou seja, imposto a uma coletividade, sendo um
crime de mera conduta que não admite tentativa. Exemplo:
Omissão de socorro artigo 135 CP.
Nos crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão, a
lei prevê o dever de ação a determinados sujeitos, cuja função era
de impedir o resultado mas se calaram e, por conta disso,
responderão por dolo ou culpa pelo resultado. 
A lei elenca os seguintes sujeitos como possíveis praticantes de
crimes comissivos por omissão: 
a) Os tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; (ascendente, descendente, cônjuge e irmão; tutores e
curadores; funcionários públicos com estes deveres: bombeiro,
policial e médico) 
b) Os que de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado; (dever garante por dever contratual, ou acordo de
vontades: salva vidas, vigilantes, professora) 
c) Os que com seu comportamento anterior, criou o risco da
ocorrência do resultado. (dever garante por ingerência – 
quem cria o risco, dolosa ou culposamente) 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
QUANTO AO MOMENTO CONSUMATIVO:
Materiais: Se consuma com a produção do resultado naturalístico.
Admite tentativa. Exemplo: crime de homicídio (artigo 121 CP).
 
Formais: Não exige a produção do resultado para a consumação
do crime Exemplo: extorsão mediante sequestro (artigo 159 CP). 
Crimes de mera conduta: Não produzem um resultado concreto,
não se punindo o resultado massim a conduta do agente. Exemplo:
Porte ilegal de arma (art. 14 da lei 10.826/2003) 
QUANTO AO CONCURSO DE AGENTES
Concurso facultativo – Não exige, para a configuração do crime,
que ele seja necessariamente praticado por mais de duas pessoas. 
Concurso necessário - Exige, para a configuração do crime, que
ele seja necessariamente praticado por mais de duas pessoas. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À AÇÃO PENAL QUE OS
DETERMINA
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Ação Penal Pública – Aqueles do interesse do Estado, cujo pólo
ativo será o Ministério Público.
Possui duas formas: a incondicionada e a condicionada
mediante representação. 
Incondicionada: Não depende de prévia manifestação de
qualquer pessoa para ser iniciada, sendo, inclusive, irrelevante a
manifestação do ofendido.
Condicionada: Algumas ações, para que sejam possíveis de se
iniciarem, há a necessidade de representação do ofendido ou à
requisição do Ministro da Justiça, isto é, condicionada a
representação. 
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede
mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da
violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da
Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e
mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo
artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
Ação Penal privada – Onde o que prepondera é o interesse do
particular que, ofendido, provocará o judiciário para conseguir a
responsabilização penal do ofensor. 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Nessa situação, o ofendido é o autor da ação e se inicia com a
queixa deste ou de seu representante legal. 
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente
a declara privativa do ofendido. 
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público,
dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou
de requisição do Ministro da Justiça. 
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do
ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
 § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de
ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo
legal. 
 § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado
ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de
prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão. 
A Ação Penal Privada pode ser: Exclusiva; Personalíssima; e
Subsidiária da Pública.
Exclusiva é aquela cuja vítima ou seu representante legal exerce
diretamente, mas em caso de morte daquele, seus sucessores
também podem propor a ação. 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Personalíssima Nessa hipótese, a ação somente pode ser
proposta pela vítima, não se estendendo aos sucessores. Exemplo:
CP Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o
outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja
casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente
enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em
julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o
casamento.
Subsidiária da Pública: Movida no caso em que o Ministério
Público se mostrar inerte em uma ação penal pública, deixando de
atuar nos prazos legais, não promovendo a denúncia, não pedindo
arquivamento ou não requisitando novas diligências, surgindo o
direito subjetivo do ofendido de apresentar a queixa a fim de
provocar movimentação no Ministério Público.
CLASSIFICAÇÃO LEGAL
Consumado - quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Tentado - quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente;
A aplicação da tentativa é a mesma pena do crime consumado,
diminuída de 1/3 a 2/3. 
-Tentativas qualificadas: 
Desistência voluntária – Após iniciar o crime, o sujeito por ato
voluntário desiste de prosseguir com a execução, impedindo que
se consuma. 
Consequência: Nessa hipótese, a tentativa fica afastada e o agente
só responde pelos atos já praticados.
 
Arrependimento eficaz – O agente esgota a execução do crime,
mas desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado.
Consequência: O agente só responde pelos atos já praticados. 
Nas palavras de Celso Delmanto:
“Na desistência voluntária, o agente interrompe o processo de
execução que iniciara; ele cessa a execução, porque a quis
interromper (mesmo que haja sido por medo remorso ou decepção)
e não porque tenha sido impedido por fator externo à sua vontade.
No arrependimento eficaz, embora já houvesse realizado todo o
processo de execução, o agente impede que o resultado ocorra. Em
ambos os casos, sempre voluntariamente.” (DELMANTO, 2010, p.
141/142).
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Impossível – Quando a maneira da execução do crime seja
ineficiente para o resultado criminoso. Exemplo: Quando alguém
tenta furtar a carteira de outrem sendo que outrem nem carteira tem
ou quando o agente tenta envenenar outrem com um copo de água
pura.
Doloso – Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo.
Culposo – Quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência e imperícia. 
IMPORTANTE: 
Negligência:Não agir com cuidado,omissão ou falta de observação
do dever de cuidado do agente. 
Imprudência:Ação do agente sem cuidado. Enquanto a negligência
é uma omissão, a imprudência é uma ação descuidada.
Imperícia: Falta de técnica, conhecimento ou habilidade para
realizar determinada tarefa. 
IMPORTANTE: 
Diferença entre dolo eventual e culpa consciente. 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
São institutos diferentes que produzem efeitos diversos, mas se
assimilam porque nos dois casos, o agente realiza uma conduta,
prevendo o risco de ocorrer ofensa a um bem jurídico penalmente
tutelado e relevante, mas mesmo assim continua agindo,
provocando o crime.
No dolo eventual, o resultado não é motivo que detém o agente de
praticar a conduta, consentindo, assumindo os riscos. Exemplo:
Dirigir em uma velocidade acima do permitido postando corrida,
assumindo o risco de causar um acidente e provocar a morte de
outrem. 
Na Culpa consciente, o agente prevê que o resultado pode
acontecer mas não espera que possa acontecer, podendo evitar. 
Exemplo: Um atirador de facas que prevê a possibilidade de errar
na mira e acertar sua ajudante mas cree que poderia evitar o crime,
ele atira a faca e acerta à ajudante. 
Preterdoloso – Aqueles cujo resultado é mais grave do que o
pretendido pelo agente. Dolo no antecedente e culpa no
consequente. 
Continuado – Ações sucessivas da espécie de crime ligadas
por uma circunstância de várias ordens que induzem a prática. 
Crime habitual – a conduta pressupõe reiteração de atos da
mesma espécie para se consumar, e a prática isolada não configura
crime.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
Nexo de causalidade 
É o que liga a conduta do agente e o resultado. 
Iter Criminis 
É o caminho do crime, ou seja, a sucessão dos vários atos
praticados pelo criminoso para a realização do crime. 
São as fases:
1º) Cogitação; 
2º) Atos preparatórios; 
3º) Execução; 
4º) Consumação; 
5º) Exaurimento. 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
Não há crime quando o agente pratica o fato:
A) em estado de necessidade;
B) em legítima defesa;
C) em estritocumprimento de dever legal; 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
D) no exercício regular de direito.
Estado de necessidade: Considera-se em estado de necessidade
quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-
se.
Legítima defesa: Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Estrito cumprimento de dever legal: Quem comete ato típico em
cumprimento de um dever legal não responde pelo crime. Exemplo:
Policial que em tiroteio com criminosos acaba matando um deles. 
Exercício regular de direito: Quem em exercício regular de um
direito acaba cometendo um fato típico. Exemplo: Lutador de boxe
que acaba desferindo um golpe fatal em seu adversário. 
IMPUTABILIDADE PENAL – EXCLUDENTES DE
CULPABILIDADE
São inimputáveis, ou seja, não são passíveis de sanção:
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
- Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, que era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
- Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis
(cometem atos infracional análogo a crime e respondem com
medidas socioeducativas e civilmente)
- Aquele cometido de embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Não exclui a punibilidade:
I - a emoção ou a paixão;
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância
de efeitos análogos
DAS PENAS
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
III - de multa.
Privativas de liberdade:
Reclusão - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime
fechado, semiaberto ou aberto.
Detenção - A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo
necessidade de transferência a regime fechado.
Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de
segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola,
industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado.
ATENÇÃO:
As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os
seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a
regime mais rigoroso: 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
a) o condenado à pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a
cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4
(quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio,
cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4
(quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á
com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código.
O condenado por crime contra a administração pública terá a
progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à
reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito
praticado, com os acréscimos legais.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
I - prestação pecuniária;
II - perda de bens e valores;
III - limitação de fim de semana.
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V - interdição temporária de direitos;
VI - limitação de fim de semana.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
MULTA
Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-
multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360
(trezentos e sessenta) dias-multa.
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser
inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao
tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos
índices de correção monetária.
DOSIMETRIA DA PENA E O SISTEMA TRIFÁSICO (APLICAÇÃO
DA PENA EM TRÊS FASES)
● 1ª fase, a fixação da pena-base (artigo 59 do Código Penal);
● 2ª fase, o magistrado deve levar em consideração a existências
de circunstâncias atenuantes (artigo 65 do Código Penal) e
agravantes (artigos 61 e 62, Código Penal);
● 3ª fase, as eventuais causas de diminuição e de aumento de
pena.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
A) pela morte do agente;
B) pela anistia, graça ou indulto;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
C) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como
criminoso; 
D) pela prescrição, decadência ou perempção;
E) pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos
crimes de ação privada;
F) pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
G) pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
PRESCRIÇÃO
ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO
Lapso de tempo para ocorrer
a prescrição
Penalidade
20 anos Pena superior a 12 anos
16 anos Pena superior a 8 e inferior a 12
anos
12 anos Pena superior a 4 e inferior a 8
anos
8 anos Pena superior a 2 e inferior a 4
anos
4 anos Pena igual ou inferior a 2 anos e
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
superior a 1 ano
3 anos Pena inferior a 1 ano
DEPOIS DO TRÂNSITO EM JULGADO
A prescrição depois de transitar em julgado a sentença
condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos
fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o
condenado é reincidente
A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em
julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso,
regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese,
ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
PARTE ESPECIAL
Homicídio:
Matar alguém
Crime Comum
Comissivo
Admite Culpa
Diminuição da pena: Se o agente comete o crime impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado:
Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo
torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo
comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
(FEMINICÍDIO)
VII – contra autoridade ou agente descrito nosarts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino
quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio 
Induzir, instigar ou auxiliar alguém a cometer suicídio
Crime Comum
Comissivo
Infanticídio 
Matar próprio filho durante o parto ou logo após
Próprio – Só pode ser cometido pela mãe quando em estado
puerperal.
Comissivo ou omissivo
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO PENAL - RESUMO
CRIMES CONTRA A HONRA 
Calúnia (mentira) 
Ofensa à honra e imagem da pessoa, atribuindo falsamente algo
definido como crime.
Difamação (fofoca) 
Espalhar para terceiros uma fofoca denegrindo a imagem da
pessoa. 
Injúria (xingamento) 
Atinge a honra subjetiva, não precisa chegar ao conhecimento de
terceiros. 
ARTIGOS PARA LER
Parte Geral
Artigo 6º, 7º, 10, 13, 14, 17, 20/29, 33, 43, 59/70, 112 do CP.
Parte especial
Artigos 121 ao 128, 155, 157, 183, 217 A, 225 312, 313,316,
317,319 do CP.

Outros materiais