Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@nutribyancacarneiro Selênio (Se) 70° lugar em abundancia, dentre os 98 elementos existentes na crosta terrestre. Distribuído na natureza de forma heterogênea: aparece em todos os solos, e pequenas ou grandes concentrações. Concentração no solo depende de fatores geoquímicos, especialmente pH e a natureza da rocha. 1817: Descoberto pelo químico sueco Jons Jakob. Inicialmente, foi considerado cancerígeno e altamente tóxico para a saúde humana. 1957: Descobriu-se a sua essencialidade para os mamíferos. 1973: Isolou-se a enzima glutationa peroxidase dependente de selênio. 1979: Reconhecida a sua vital importância na nutrição humana, em razão da doença de Keshan (China). Absorção Formas inorgânicas: × Selenato: Co-transplante ativo de NA. Absorção maior que 90%, entretanto uma fração significativa é perdida na urina antes de ser incorporada aos tecidos. × Selenito: Absorvido principalmente no duodeno, por difusão simples (> 80%) – mais retido que o selenato. Forma orgânica: São mais biodisponíveis. × A forma orgânica (selenometionina) é absorvida por transporte duplo ativo de sódio e aa neutros. Absorção em torno de 95-98%. Biodisponibilidade Geralmente compostos de selênio são bem absorvidos. Facilitam a absorção: Metionina/Proteína, vitamina E, A e C e também outros antioxidantes. Inibem a absorção: Altas doses de enxofre e metais pesados. Metabolismo Armazenado principalmente na forma de selenometionina (músculos, esqueleto, eritrócitos, pâncreas, fígado, rins, estômago, cérebro, pele e mucosa gastrointestinal) – dependente da ingestão de selênio na forma de selenometionina. Segunda forma de estoque é no fígado, na forma de glutationa perozidase 1. Quando a ingestão de selênio diminui, a produção desta enzima reduz. Terceira forma é a selenoproteína no plasma. Seres humanos não sintetizam selenometionina. Somente a selenometionina pode ser incorporada às proteínas corporais, pois segue a rota metabólica das proteínas até ser catabolizada pela transulfuração. Esta rota depende do estado nutricional: Se a dieta for pobre em metionina e vitamina B6, a conversão da selenometionina a outros compostos biologicamente ativos fica prejudicada. Excreção Entre as formas selenito, selenocisteína e selenometionina, esta última é a menos excretada. @nutribyancacarneiro Principal via de eliminação é pela urina. Também se perde poucas quantidades pelas fezes, cabelo, unhas, respiração e leite humano. Funções × Antioxidante – sistema glutationa peroxidadse. × Participação no metabolismo dos hormônios tireoidianos – conversão de T4 em T3. × Proteção contra ação de metais pesados e xenobióticos (detoxificação). × Prevenção de DCNT. × Aumento da resistência do sistema imunológico. × Mediador da ação da insulina. × Fertilidade masculina. × Função neurológica. Recomendações de ingestão Faixa etária EAR (µg/dia) RDA/AI* (µg/dia) UL (µg/dia) Bebes 0-6 meses ND 15* 45 7-12 meses ND 20* 60 Crianças 1-3 anos 17 20 90 4-8 anos 23 30 150 Homens e Mulheres 9-13 anos 35 40 280 14-70 anos 45 55 400 Gestantes 18-50 anos 49 60 400 Lactantes 18-50 anos 59 70 400 Fontes alimentares Homem obtêm por meio de alimentos, suplementos, água e ar. Porém, a principal fonte é a alimentação. A quantidade nos alimentos, água e ar reflete a concentração no solo. Consumo de selênio em dietas brasileiras tem variado de 18 a 139 µg/dia. Não foram publicadas tabelas completas do teor de selênio nos alimentos. × Castanha do Brasil × Frutos do mar × Cogumelos × Fígado, rins × Carne vermelha × Cereais × Aves, ovos, leite e derivados contêm pouco selênio Exemplo RDA para uma mulher adulta (55 µg) Alimento em 100 g – Valor do nutriente Medida usual – X Castanha do Brasil (porção usual de 2 unidades - 8 g) = 153 µg, portanto: 55 µg – 100% 153,36 µg – x x = 278,84% (excelente fonte) Deficiência Grupos mais vulneráveis: × Nutrição parenteral total sem suplementos de selênio (período superior a 20 ou 30 dias) × Enfermos de DCNT × Indivíduos sujeitos a estresse elevado e doenças debilitantes (Ex.: AIDS, hepatite C, hanseníase etc.) × Patologias do TGI × Fumantes × Idosos × Gestantes e lactantes × Crianças de 2 a 10 anos e meninas adolescentes × Populações de áreas de solo pobre em Se × Populações de áreas contaminadas por mercúrio Ocorre quando a ingestão diária desse mineral é igual ou inferior a 11 µg/dia. @nutribyancacarneiro Rara em populações de todo o mundo Forma crônica: Degeneração muscular, cardiomegalia, isquemia do miocárdio, hepatomegalia e edema pulmonar. Sintomas: Arritmia cardíaca, pulsação rápida, incapacidade de ficar em pé e segurar objetos pesados, mialgia generalizada. Alargamento e deformidades nas articulações e dores ósseas. Doença de Keshan: Miocardioparia, principalmente em crianças e mulheres jovens. Endêmica na China, em regiões com solo pobre em Se. Degeneração muscular, fibrose no miocárdio, cardiomegalia, eletrocardiograma anormal. Doença de Kashin-Beck: Osteoartrite deformante, principalmente crianças e adolescentes. Inchaço e dor nas articulações dos dedos das mãos, seguida de osteoartrite generalizada. Infecções e deficiências de Se. Toxicidade Fase aguda (altas doses, acima de 1 g de Se, ou 22 mg/Kg de peso corporal). × Graves distúrbios gastrointestinais × Gosto metálico na boca × Distúrbios neurológicos × Síndrome do estresse respiratório × Infarto do miocárdio × Odor de alho (dimetilselenido) × Falência renal × Morte Fase crônica (altas doses - > 800 µg/dia) × Unhas quebradiças, com pontos brancos e estrias longitudinais e, em seguida, perdem parte do tecido × Cabelos sem brilho, quebradiços e com pontas duplas × Despigmentação do cabelo e nos pelos do corpo × Manchas nos dentes, com aumento de cáries × Lesões ulcerativas na pele × Exalação de odor de alho (dimetilselenido) × Alterações do sistema nervoso em casos mais graves: paralisia periférica, distúrbios motores, convulsões etc.
Compartilhar